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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 288 DE 09 DE JANEIRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 288 |09 de janeiro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: semana termina com cotações estáveis

O ano começou, porém, as negociações no mercado físico do boi gordo ainda não retornaram aos níveis normais de atividade e liquidez, informa a equipe de analistas da IHS Markit


“Nestes primeiros dias de 2023, os players estiveram ausentes das negociações, condicionando um ambiente de baixa liquidez e poucas negociações entre pecuaristas e indústrias”, ressaltou a consultoria. Mesmo diante da pressão baixista, cotações dos animais terminados ficaram estáveis na maioria das praças pecuárias; em SP, macho vale R$ 280/@, enquanto a vaca e a novilha gordas estão cotadas em R$ 267/@ e R$ 272/@ (preços brutos e a prazo), informa Scot. Nas praças do interior de São Paulo, a boa oferta de bovinos terminados e as escalas de abate alongadas fizeram com que o preço da arroba permanecesse estável ao longo da semana, de acordo com dados da Scot Consultoria. Com isso, o boi gordo paulista segue negociado por R$ 280/@, enquanto a vaca e a novilha gordas estão cotadas em R$ 267/@ e R$ 272/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China”, está valendo R$ 285/@ em São Paulo, no prazo, valor bruto, acrescenta a Scot. Segundo a IHS, muitas indústrias ainda permanecem em férias coletivas, enquanto os pecuaristas também postergam a volta ao mercado, gerando lateralidade nos preços do boi gordo na maior parte das praças pecuárias. No mercado atacadista, o final da primeira semana de janeiro foi marcado pelo movimento de queda em quase todas as categorias de cortes bovinos. Em paralelo, proteínas concorrentes também condicionaram recuos significativos ao longo da semana, sobretudo aves, informa a IHS. Segundo a mesma consultoria, as vendas de carne bovina computadas durante o período de festividades (entre Natal e Ano Novo) tiveram um desempenho bastante positivo, sobretudo de cortes do traseiro, trazendo algum alívio para o setor frigorífico, que destina a maioria de sua produção ao mercado doméstico. Em contrapartida, neste início de ano, os estoques de cortes menos nobres, sobretudo do dianteiro, encontram-se em sobre oferta nos entrepostos e câmaras frigoríficas. Em relação à demanda externa, o volume embarcado de carne bovina in natura alcançou 152,7 mil toneladas em dezembro/22, bem acima do resultado obtido em dezembro/21, de 126,8 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A média diária exportada no último mês de 2022 ficou em 6,9 mil toneladas, com elevação de 25,9% frente ao volume médio observado em dezembro de 2021, de 5,5 mil toneladas diárias. O preço médio da carne bovina in natura ficou em US$ 4.950 mil/tonelada em dezembro/22, com um incremento de 2,6% frente ao valor médio de dezembro de 2021. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 286/@ (prazo) vaca a R$ 269/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); RS- Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Carcaça especial suína cai mais de 11% em São Paulo

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve baixa de 2,17%/2,10%, chegando em R$ 135,00/R$ 140,00, enquanto a carcaça especial cedeu 11,71%/1,90%, valendo R$ 9,80/R$ 10,30 o quilo

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (5), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, fixado em R$ 6,93/kg. Houve recuo de 0,65% em Minas Gerais, cotado em R$ 7,60/kg, baixa de 0,89% no Paraná, atingindo R$ 6,69/kg, retração de 1,56% em Santa Catarina, custando R$ 6,93/kg, e de 0,39% em São Paulo, fechando em R$ 7,72/kg.

Cepea/Esalq


Suínos: oferta interna deve seguir em expansão em 2023

O ano de 2023 será desafiador para a suinocultura brasileira, por causa do quadro da disponibilidade de suínos, que seguirá em expansão


Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o primeiro semestre será mais desafiador, por vários fatores, tais como: Historicamente o consumo da carne suína cai nos primeiros meses do ano devido ao menor poder aquisitivo das famílias, por conta do pagamento de impostos e da compra de materiais escolares. Além disso, temperaturas elevadas do verão impactam o consumo. O preço do milho deve se manter em patamares elevados no período, considerando um quadro de logística difícil devido a prioridade do escoamento da soja. Os fretes devem subir. Outro ponto é que o estoque final será curto por conta da forte exportação do atual ano comercial. A soja deve apresentar um quadro baixista por conta da estimativa de produção recorde, na casa dos 154 milhões de toneladas. O clima é uma variável a ser acompanhada para confirmação da safra. A partir do segundo semestre de 2023, o preço do milho tende a ser pressionado, com a entrada da safrinha no mercado. Os preços firmes do cereal devem levar os produtores a expandir a área de plantio e, consequentemente, haverá maior disponibilidade do produto caso não ocorra quebras. A carne suína é a terceira opção dos brasileiros. O preço dos cortes de frango pode encontrar dificuldade para altas nos primeiros meses de 2023, considerando que o número do alojamento de dezembro e janeiro virão fortes, o que sinaliza para grande produção e disponibilidade, mesmo com a expectativa de forte exportação. Já os cortes bovinos devem fechar dezembro em queda no atacado e podem encontrar dificuldade para fortes altas no ano que vem, considerando que é esperado avanço de abates. O abate de matrizes deve continuar ocorrendo, o que pesa sobre os preços ao longo da cadeia. Outro ponto a ser acompanhado é a atuação chinesa nas importações de carne bovina. A China está pagando menos neste momento, o que significa pressão nas margens dos exportadores. Assim, diante do cenário das concorrentes, os cortes suínos precisam ser acessíveis para ganhar a preferência entre os consumidores. De acordo com o Safras & Mercado, a produção brasileira de carne suína deve alcançar 5,218 milhões de toneladas em 2023, avanço de 3% em relação às 5,067 milhões de toneladas previstas para este ano. O Brasil deve exportar 1,072 milhão de toneladas em 2023, de acordo com Safras, queda de 1% se comparado às 1,083 milhão estimadas para esse ano. No segundo semestre de 2022 a China ampliou as compras de carne suína brasileira, o que é positivo. Caso contrário, a situação do Brasil seria ainda mais difícil. Mas, para os próximos meses, o ritmo de embarques para este destino tende a cair e com possível retração do preço da tonelada, no pior momento possível. Os preços na China estão em queda forte neste momento, quadro que é refletido nos futuros listados na bolsa de Dalian, onde a cotação do contrato spot atingiu patamares registrados há 10 meses. O mercado precifica aumento de oferta local e demanda enfraquecida. Deste modo, a tendência é que os chineses desacelerem o ritmo de importações até que a sua oferta enxugue, o que deve levar alguns meses. Isso não significa que a China ficará ausente das compras. Avanço de produção e possível queda de exportações nos próximos meses significa maior disponibilidade de carne e dificuldade em relação a preços e margens. A dinâmica dos negócios envolvendo o vivo devem se mostrar acirradas no primeiro semestre de 2023. Dados os números de produção e exportação, Maia sinaliza ainda que a disponibilidade doméstica brasileira deve crescer 4% em 2023, alcançando 4,145 milhões de toneladas de carne suína, contra às 3,984 milhões previstas para este ano.

AGÊNCIA SAFRAS


FRANGOS


Frango com quedas ou estabilidade

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado recuou 3,17%, chegando em R$ 6,10/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, não houve mudança de preço, com valor inalterado de R$ 3,02/kg; já no Paraná, a retração foi de 1,95%, custando R$ 5,03/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (5), houve leve recuo de 0,13% para a ave congelada, atingindo R$ 7,47/kg, enquanto o frango resfriado permaneceu estável, fechando em R$ 7,61/kg.

Cepea/Esalq


Campanha de frango brasileiro no Catar alcança 1,6 milhão de pessoas

Entre lances e celebrações no maior evento futebolístico mundial, a carne de frango ganhou destaque em uma campanha realizada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), nas principais avenidas de Doha (Catar)


Segundo análise de resultados da campanha, mais de 1 milhão de catarianos e turistas foram alcançados pelas mensagens dos 30 painéis espalhados pelas avenidas mais movimentadas da capital do país sede da Copa, de acordo com o relatório gerado pela Cap Amazon - agência contratada para a ação. Com a mensagem “Frango Halal do Brasil: trazendo sabor e sustentabilidade para mais de 150 países. Experimente no Catar!” (escritas em árabe e em inglês), os painéis ficaram expostos desde o início da Copa até o último dia de dezembro. A campanha buscou reforçar a presença brasileira como principal fornecedor da proteína avícola, tanto para o mercado catari (70% da carne de frango consumido no País tem origem brasileira), como para todo o mercado internacional islâmico. “Para o Brasil, que é o maior exportador de carne de frango halal (permitida ao público muçulmano) do planeta, a Copa do Mundo representou uma oportunidade única para fortalecer nossa presença diretamente com os consumidores presentes no país, sejam residentes ou turistas, destacando os atributos que colocam o produto brasileiro como protagonista no mercado internacional”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

ABPA


Carne de frango poderá perder espaço para carne bovina

No mercado interno, a carne de frango deverá competir por espaço com a carne bovina


O Brasil é líder na exportação mundial de carne de frango desde 2004 e detém 35% desse mercado. Só em 2021, o país produziu 14,3 milhões de toneladas de carne de frango. Deste total, 32% foram exportados para mais de 150 nações, gerando uma receita de US$ 7,6 bilhões, conforme dados do Governo Federal. Em relação as exportações brasileiras, o relatório Rabobank divulgado na última semana, prevê que elas permaneçam crescentes.

Porém, no mercado interno, a carne de frango deverá competir por espaço com a carne bovina. Um dos motivos é a forte valorização da carne bovina combinada com um menor poder aquisitivo, o que resultou em um aumento de 13% no consumo per capita de carne de frango nos últimos três anos”, diz a projeção. Ainda de acordo com o grupo a competitividade da carne bovina melhorou e o consumo de frango deu sinais de saturação. Com menor diferença de preços entre ambas, o Robobank projeta que esse cenário continue no início de 2023.

AGROLINK


EMPRESAS


Cocamar prevê faturar R$ 13,7 bilhões em 2023

Recuperação da produção de soja deve puxar aumento ante 2022, quando receita foi de R$ 11,1 bilhões


Com o bom desenvolvimento das lavouras de soja em sua área de atuação, a cooperativa paranaense Cocamar, com sede em Maringá, projeta que seu faturamento chegará a R$ 13,7 bilhões em 2023. No ano passado, o valor chegou a R$ 11,1 bilhões, 12% mais que em 2021. Em nota, o grupo lembra que a soja é o principal produto agrícola que recebe de seus cooperados, e estima que o volume total de entregas deverá somar pelo menos 2,3 milhões de toneladas até o fim de março. “O período de verão da safra 2022/23 está sendo muito diferente do anterior (2021/22), quando houve uma redução de 50% na produtividade das lavouras devido ao déficit hídrico”, afirma a Cocamar. Mesmo com a quebra de safra, os resultados da cooperativa foram positivos no ano passado, e foram distribuídas aos associados R$ 107 milhões em sobras (lucros). Com negócios no Paraná, em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, a Cocamar viu o número de cooperados aumentar de 16,5 mil para 18 mil em 2022. A cooperativa destacou, ainda, que o início das operações de sua fábrica de biodiesel em Maringá e a expansão da rede de unidades de atendimento nos Estados em que atua foram algumas de suas principais realizações no ano passado. Com o bom andamento de suas atividades, a Cocamar estabeleceu como meta atingir um faturamento de R$ 15 bilhões em 2025.

VALOR ECONÔMICO


GOVERNO


Nova estrutura preocupa Ministério da Agricultura

Equipe de Carlos Fávaro avalia como “inviável” o quadro de cargos comissionados e funções de confiança destinado à Pasta

A equipe do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, avalia como “inviável” o quadro de cargos comissionados e funções de confiança destinado ao Ministério da Agricultura neste início de governo. Como a Pasta foi dividida em três para a criação dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Pesca e Aquicultura, o número de vagas caiu de 2,1 mil para 1,4 mil, segundo o decreto que passará a vigorar no fim do mês. O maior problema, no entanto, está no “rebaixamento” de algumas áreas, onde poderá haver dificuldade para encaixar funcionários da casa devido à responsabilidade do serviço. É o que aconteceu com as chefias das áreas de ponta dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) e da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). Há um vácuo também em postos operacionais, como cargos para licitações e compras, fundamentais para o funcionamento da Pasta. Assessores do ministério dizem que algumas áreas podem ser inviabilizadas. A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) teve um corte de quase 50% no pessoal em relação à estrutura vigente em 2022, passando de 117 para 60 cargos e funções. A Consultoria Jurídica foi reduzida em dois terços. As áreas de assessoria direta do ministro e de gestão estratégica também encolheram. Na Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), a preocupação é com o “rebaixamento” de cargos e funções de níveis mais elevados, que tinham salários melhores. “São cargos que deverão ser ocupados por pessoas da casa, mas com valores muito baixos e grande responsabilidade”, disse uma fonte. O novo quadro é fruto de um estudo feito na transição para revisar a estrutura e excluir sobreposições de funções. Questões técnicas foram vinculadas às secretarias e o assessoramento foi reduzido por causa das redundâncias em várias posições existentes. O levantamento teria nivelado salários de cargos equivalentes e privilegiado os postos para os servidores de carreira, mas houve um “rebaixamento” de funções. Além disso, o ministério perdeu as secretarias que viraram ministérios, o que resultou na extinção dos 146 cargos existentes até então. O número, porém, é menor do que o corte total feito no quadro de funcionários comissionados e de confiança. A saída da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anatar) do organograma da Pasta também contribuiu para a redução. Na Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, comandada por Nabhan Garcia, eram 35 postos de comissão e funções de confiança. Na Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo havia 76 vagas, e na então Secretaria de Aquicultura e Pesca, outras 35. Há uma preocupação especial com a Rede de Laboratórios Federais Agropecuários, responsável pelo controle de vacinas, medicamentos veterinários e defensivos agrícolas e também pela identidade e qualidade dos alimentos produzidos no Brasil. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), 25 cargos em divisões técnicas e administrativas e outros 80 em áreas de serviço foram extintos do departamento de serviços técnicos da SDA, que faz a gestão dessa área.

VALOR ECONÔMICO


Irajá Lacerda é nomeado secretário-executivo do Ministério da Agricultura

Advogado chefiou o gabinete do ministro Carlos Fávaro no Senado


O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou, na sexta-feira, Irajá Lacerda para exercer o cargo de Secretário-Executivo do Ministério da Agricultura. Advogado, tem atuação na área de direito agrário e ambiental. Ele chefiou o gabinete do ministro Carlos Fávaro no Senado. Nas últimas eleições, concorreu para uma vaga de deputado federal pelo PSD em Mato Grosso, mas não se elegeu. Essa é a primeira nomeação da equipe de Fávaro. Outros nomes já foram enviados para a Casa Civil. A expectativa é que as publicações saiam nos próximos dias.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Com 58 milhões de toneladas movimentadas, Paraná alcança novo recorde nos portos

Em 2022, 58.399.109 toneladas de cargas foram carregadas e descarregadas pelos portos de Paranaguá e Antonina. O volume é 1,53% maior que o registrado em 2021, o maior registro anterior (57.519.879 toneladas)


A movimentação portuária no Estado do Paraná atingiu um novo patamar recorde. Em 2022, 58.399.285 toneladas de cargas foram carregadas e descarregadas pelos terminais paranaenses, uma alta de 1,53%. A marca histórica supera o maior registro anterior, que era de 2021: 57.519.879 toneladas. Se comparada à movimentação de 2019, quando foi iniciado o trabalho desta gestão, o salto é ainda maior: 9,6%. Naquele ano a movimentação atingiu 53.203.775 toneladas de carga. Em 2020 foram 57.339.307 toneladas. O maior volume maior está nos produtos exportados pelos portos de Paranaguá e Antonina. Em 2022, o embarque de carga rumo ao Exterior somou 35.535.711 toneladas de cargas, 9,31% a mais que em 2021, com 32.508.471 toneladas. O número de atracações também foi superior – 2.539 recepções a embarcações em 2022. São 75 a mais que em 2021. Os produtos mais exportados pelos portos paranaenses foram soja, farelo de soja, açúcar, milho, frango, óleos vegetais, madeira, celulose, combustíveis, papel e carne bovina. Entre esses, com exceção da soja, celulose e combustíveis, todos os demais apresentaram alta. As mais significativas ocorreram nos embarques de milho (+535,5%), carne bovina (+113,1%), óleos vegetais, principalmente óleo de soja (+30,8%), papel (+26%) e madeira (+14,8%). Apesar de ter registrado queda, soja é o principal produto exportado pelos portos do Paraná. No ano passado, foram embarcadas 10.012.450 toneladas. Em 2021, 13.208.676 toneladas. A queda (-24,1%) é reflexo do comportamento da oleaginosa no campo, onde a seca comprometeu o resultado da colheita. Entre as importações do ano, com um volume de 19.932.513 toneladas, houve queda em 2022, comparado com o ano anterior (-10,6%). Em 2021, o desembarque de cargas nos portos paranaenses totalizou 22.308.089 toneladas. Pelos portos do Paraná, em 2022, foram importadas 10.075.277 toneladas de adubos, 15,6% a menos que em 2021, com 11.948.004 toneladas. Segundo dados do ComexStat (governo federal), em geral, no País, a importação de adubos caiu de 41.572.778 toneladas em 2021 para 38.202.010 toneladas em 2022, uma redução de 8,1%. Em 2022, houve uma antecipação na importação dos adubos, principalmente nos meses de janeiro, fevereiro, março e maio.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha 1ª semana do novo governo em baixa, após tom conciliador de Lula e dados dos EUA


O dólar caiu mais de 2% frente ao real na sexta-feira, após dados de emprego norte-americanos em linha com o esperado e tom conciliador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua primeira reunião ministerial, o que levou a moeda norte-americana a reverter completamente os ganhos que acumulava na primeira semana do novo governo


A moeda norte-americana à vista fechou em queda de 2,17%, a 5,2364 reais na venda, maior desvalorização percentual diária desde 31 de outubro (-2,57%) e o patamar de encerramento mais baixo desde 26 de dezembro (5,2105). Somado à queda de 1,81% do dólar na última sessão, o tombo da sexta-feira deixou a moeda norte-americana 0,79% abaixo do patamar de fechamento da semana passada, de 5,2779 reais, compensando o salto de mais de 3% registrado no acumulado dos dois primeiros dias úteis do novo governo. "Estamos vendo esse desmonte parcial de posições compradas em dólar no começo do ano, e a reunião ministerial de hoje sem dúvida contribuiu para estender o alívio local já iniciado ontem", disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital. Em Brasília, Lula abriu o encontro com ministros afirmando que o compromisso de seu governo é unificar o país, e não acabar com as divergências, e ressaltando a importância da boa relação do Executivo com o Congresso. Ele também disse que é possível a economia crescer com responsabilidade. Seu tom aparentemente mais conciliador veio depois que vários de seus ministros apaziguaram os mercados nesta semana com sinalizações de que o governo não alterará reformas estruturais e outras medidas de gestões anteriores. "Me parece que a reação inicial do mercado (ao novo governo) foi exagerada, em um nítido movimento de cautela, mas que não se apoiou depois; acredito que o novo governo está 'tentando falar a língua do mercado', embora críticas sobre o teto de gastos acabem contribuindo para um certo ceticismo dos investidores", completou Bergallo. O cenário internacional também jogou a favor do real, depois que o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que a criação de vagas fora do setor agrícola do país totalizou 223 mil no mês passado, em linha com o esperado pelos mercados e abaixo do dado de novembro. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 200 mil postos de trabalho, com as estimativas variando de 130 mil a 350 mil.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta pelo terceiro pregão seguido

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em alta pelo terceiro pregão seguido na sexta-feira, com a trégua nos ruídos políticos abrindo espaço para o mercado brasileiro acompanhar o desempenho positivo de Wall Street após dados de emprego


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,23%, a 108.963,70 pontos. O volume financeiro somou 23 bilhões de reais. Na semana, porém, o Ibovespa contabilizou um recuo de 0,7%. Na visão de Fernando Donnay, sócio e gestor de carteiras da G5 Partners, os investidores ainda estão muito sensíveis sobre qual será o rumo do governo. "O novo arcabouço fiscal é uma das peças importantes para diminuir algumas incertezas. Ele avalia que precificação dos ativos brasileiros está muito atrativa, no entanto, elas estão assim por algum motivo e está relacionado à incerteza política e, nesse campo, o fiscal é o que mais preocupa. A Ibiuna Investimentos, que tem entre seus sócios ex-diretores do Banco Central, decidiu manter a cautela e baixo envolvimento com ativos brasileiros no momento. Na sexta-feira, números do mercado de trabalho dos EUA também ocuparam a atenção, mostrando arrefecimento dos salários e moderação no crescimento do emprego em dezembro, acalmando apreensões sobre os próximos passos Federal Reserve. Segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue Securities, os salários são a maior preocupação do Fed, pois a continuidade do aumento de renda dos trabalhadores reforça seu poder de compra, o que tende a retroalimentar a inflação. "Pouco adianta a mudança na taxa de desemprego se os trabalhadores continuarem percebendo aumentos de salários. Por esse motivo, o dado foi visto como positivo pelo mercado, pelo aumento de salários menor do que o esperado." Em Wall Street, o S&P 500 avançou 2,28%. Para Donnay, o tema inflação global continua sendo o principal direcionador do ano, pois ele definirá o quanto os bancos centrais terão que subir os juros e isso poderá ocasionar ou não em uma recessão.

REUTERS


Liberação de recursos do Plano Safra já ultrapassou R$ 200 bi

Montante total contratado de julho a dezembro bateu recorde


Em uma temporada marcada pelo aumento dos custos de produção no campo, incertezas com os cenários político e econômico e juros elevados, as contratações para custeio puxaram os desembolsos recorde de recursos do Plano Safra nos primeiros seis meses da safra 2022/23. De julho a dezembro do ano passado, o montante chegou a R$ 125,6 bilhões apenas para custear lavouras e criações, 41% a mais que em igual período do ciclo 2021/22. Ao todo, foram desembolsados mais de R$ 202 bilhões no primeiro semestre do ciclo, considerados também os financiamentos de investimentos, comercialização e industrialização, segundo dados do Banco Central compilados pelo Valor no dia 4. No mesmo intervalo da safra passada, foram R$ 169,9 bilhões. As contratações nas linhas de investimentos voltaram a crescer e se aproximaram do patamar registrado no ciclo anterior. De julho a dezembro de 2022, os produtores acessaram R$ 52,7 bilhões nessa modalidade, um recuo de 3% em relação aos R$ 54,7 bilhões no segundo semestre de 2021. O saldo das operações de comercialização ainda segue abaixo do patamar de 2021/22. Os desembolsos nos seis primeiros meses da safra 2022/23 somaram R$ 13,5 bilhões; um ano antes, foram R$ 17,7 bilhões. Os financiamentos para industrialização avançaram 13%, passando de R$ 8,9 bilhões para R$ 10,1 bilhões. Os desembolsos para os médios produtores (Pronamp), que vinham crescendo de maneira tímida, empataram com as contratações dos agricultores familiares (Pronaf), com R$ 33,6 bilhões cada. O governo fez recentemente novos movimentos para tentar contemplar essas linhas com mais subvenção e permitir o acesso às linhas de financiamentos com juros mais baixos. Os juros desta temporada estão mais altos em todas as categorias. Boletim do Banco Central referente aos dados de outubro mostra que produtores do Pronaf estão pagando, em média, 5,9% em empréstimos cuja fonte são os recursos obrigatórios dos depósitos à vista dos bancos e 5,8% nas linhas da poupança rural com subvenção. Na temporada passada, as taxas estavam em 3,9% e 4,2%, respectivamente. O cenário se repete no caso dos médios e grandes produtores. No Pronamp, tanto os financiamentos com recursos obrigatórios quanto os equalizados saem, em média, a 8% ao ano - no ciclo 2021/22, as médias foram de 5,5% e 5,7%, respectivamente. A agricultura empresarial está pagando 11,6% nas linhas dos depósitos à vista e 11,1% nas categorias com subvenção. Os juros das linhas alimentadas com recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) saltaram de 7,6% para 12,9%, em média, entre a safra passada e a atual. Os recursos livres são acessados a 13,1%.

VALOR ECONÔMICO


Índice de preços de alimentos da FAO subiu 14% em 2022

Mas em dezembro houve queda, pelo nono mês consecutivo


Embora tenha recuado em dezembro, pelo nono mês seguido, o índice de preços globais de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) encerrou 2022 com média anual de 143,7 pontos, alta de 14,3% em relação ao ano anterior. A organização ressaltou que o valor médio do subíndice dos óleos vegetais atingiu um novo recorde no ano passado - 187,8 pontos, ante 164,4 pontos em 2021. Nos grupos de lácteos e carnes, foram alcançados os mais altos patamares anuais desde 1990: 142,5 pontos e 118,9 pontos, respectivamente. “É importante manter o foco na mitigação da insegurança alimentar global, uma vez que os preços mundiais dos alimentos permanecem em níveis elevados, com muitos alimentos básicos perto de recordes, e ainda muitos riscos associados ao abastecimento futuro”, disse, em comunicado, o economista-chefe da FAO, Máximo Torero. Em dezembro, o índice de alimentos da FAO recuou 1,9% ante novembro, para 132,4 pontos. Nessa comparação, a queda foi liderada pelos óleos vegetais (6,7%), e o nível atingido foi o mais baixo desde fevereiro de 2021. “As cotações internacionais de óleos de palma, soja, canola e girassol caíram em dezembro, pressionadas pela importação global moderada e pelas perspectivas de aumento sazonal da produção de óleo de soja na América do Sul, bem como pela queda nos preços do petróleo bruto”, disse a FAO. No grupo dos cereais, houve baixa de 1,9% em dezembro. As colheitas em andamento no Hemisfério Sul impulsionaram a oferta exportável de trigo, enquanto a forte concorrência do Brasil reduziu os preços mundiais do milho, destacou a organização. Por outro lado, os preços internacionais do arroz subiram, impulsionados pelas compras asiáticas e pela valorização da moeda frente ao dólar dos Estados Unidos para os países exportadores. Já o subíndice das carnes caiu 1,2% no mês passado, graças aos preços mais baixos das carnes bovina e de aves, enquanto as carnes suína e ovina subiram. A FAO diz que os preços internacionais da carne bovina foram impactados pela fraca demanda global, enquanto a ampla oferta para exportação derrubou a carne de frango. Os preços da carne suína subiram devido à forte demanda interna de férias, especialmente na Europa.

VALOR ECONÔMICO


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