Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 280 |21 de dezembro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi-China recua R$ 5/@ em São Paulo, para R$ 285/@, informa a Scot Consultoria
As cotações do boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) seguem estáveis, valendo R$ 282/@ (valor bruto e a prazo) no Estado de São Paulo. Com as escalas de abate mais alongadas e muitas indústrias frigoríficas em férias coletivas, em razão da época final do ano, as negociações envolvendo animais terminados seguem em ritmo de conta-gotas
Nas praças paulistas, a terça-feira (20/12) foi marcada pela queda nos preços dos animais com padrão para exportação ao mercado chinês. O chamado “boi-China recuou R$ 5/@, atingindo R$ 285/@, valor bruto, no prazo. Por sua vez, as cotações do boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) seguiram estáveis, valendo R$ 282/@ (valor bruto e a prazo) no Estado de São Paulo, acrescentou a Scot. Os preços da vaca e da novilha gordas também apresentaram estabilidade, cotadas em R$ 262/@ e R$ 272/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Para a IHS Markit, em âmbito nacional (considerando as principais praças pecuárias brasileiras), a morosidade de negócios persistiu na terça-feira, e o cenário atual ainda sinaliza acomodação dos preços da arroba nos patamares atuais. Neste contexto, diz a IHS, as oscilações de preços da arroba do boi gordo seguem pontuais. No Mato Grosso, por exemplo, houve repique de negócios a preços mais firmes. No Paraná, as escalas de abate já adentram o mês de janeiro/23 e as indústrias já não demostram interesse em fechar novos negócios neste momento, relata a consultoria. Nas praças de São Paulo e de Minas Gerais, a disparidade entre o preço do “boi-China” e o valor de balcão para o boi “comum” continua em torno de R$ 10/@, embora haja relatos de plantas frigoríficas igualando os referenciais. No mercado atacadista, o volume de venda de carne bovina segue avançando dentro das expectativas do setor, diz a IHS. Porém, ainda não houve espaço para novos ajustes nos preços dos principais cortes bovinos. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 288/@ (prazo) vaca a R$ 269/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca R$ 263/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 249/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 241/@ (à vista) vaca a R$ 221/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).
PORTAL DBO
Preços menores para a carne bovina brasileira atrapalha desempenho dos frigoríficos exportadores
Segundo a Secex, o preço médio nas três semanas de dezembro/22 ficou em US$ 4.986,09/t, uma desvalorização de 4,6% sobre o valor médio registrado em novembro/22
Nos 12 primeiros dias úteis de dezembro (acumulado das três primeiras semanas do mês) foram exportadas 81,92 mil toneladas de carne bovina brasileira in natura, com média diária de embarques em 6,83 mil toneladas, volume 8,3% abaixo do registrado no mês passado, mas 23,7% superior à média de dezembro de 2021 (quando as vendas para à China estavam embargadas devido aos casos atípicos de “vaca louca” no Brasil), informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). “O que preocupa as indústrias exportadoras brasileiras é a queda acumulada no valor médio da tonelada embarcada ao exterior”, relatam os analistas da IHS Markit. Segundo a Secex, o preço médio nas três semanas de dezembro/22 ficou em US$ 4.986,09/tonelada, uma desvalorização de 4,6% sobre o valor médio registrado em novembro/22. “Em relação à máxima do ano, alcançada em junho/22, a queda no preço da carne exportada no acumulado de dezembro/22 é de 26,9%”, compara a IHS. Segundo a consultoria, os casos de renegociações de contratos envolvendo importadores da China é apontando como principal fator para o recuo geral na cotação média da commodity brasileira.
PORTAL DBO
SUÍNOS
Suínos: novas altas na terça-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 5,71%/4,83%, chegando em R$ 148,00/R$ 152,00, enquanto a carcaça especial aumentou 2,75%/3,54%, valendo R$ 11,20/R$ 11,70 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (19), houve alta de 1,31% em São Paulo, chegando em R$ 7,74/kg, avanço de 1,30% em Santa Catarina, custando R$ 6,99/kg, incremento de 1,29% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,85/kg, alta de 0,88% no Paraná, alcançando R$ 6,85/kg, e de 0,15% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 6,83/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Preços estáveis ou pequenas altas para o frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, assim enquanto o frango no atacado teve leve alta de 0,43%, cotado em R$ 6,95/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,21/kg, da mesma maneira que no Paraná, precificado em R$ 5,08/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (19), a ave congelada teve incremento de 0,51%, valendo R$ 7,82/kg, enquanto o frango resfriado ficou estável em R$ 7,91/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Estado indiano de Kerala abate centenas de aves após surto de gripe aviária
Centenas de aves foram abatidas no estado de Kerala, no sul da Índia, onde um distrito registrou um aumento no número de casos de gripe aviária ou gripe aviária, disseram autoridades locais de saúde à ANI, parceira da Reuters
Após um surto na semana passada em frangos de corte em duas aldeias no distrito de Kottayam, as autoridades sacrificaram centenas de patos e outras aves domésticas, disseram médicos veterinários do distrito. No domingo, os fazendeiros foram vistos pegando patos em lagoas rasas e entregando-os às autoridades de saúde para serem levados a uma área designada para abate. “Iniciamos a operação de abate de diferentes aves domésticas em uma área de um quilômetro (0,62 milha) de raio ao redor das lagoas infecciosas”, disse Shaji Panikar, chefe veterinário de Kottayam, na segunda-feira. A disseminação do vírus preocupa os governos e a indústria avícola devido à devastação que pode causar aos rebanhos, à possibilidade de restrições comerciais e ao risco de transmissão humana.
REUTERS
LEGISLAÇÃO
Autocontrole em agroindústrias de alimentos é aprovado pelo Senado. texto vai a sanção presidencial
Novas regras, que valem inclusive para frigoríficos, criam um sistema híbrido de fiscalização sanitária
O Senado Federal aprovou na terça-feira o projeto de lei 1.293 de 2021, que permite a agroindústrias de alimentos, inclusive frigoríficos, o autocontrole da produção, criando um sistema híbrido de fiscalização sanitária, compartilhado com órgãos governamentais. O projeto é tema de divergências entre o setor produtivo - principalmente a indústria de proteínas animais -, ONGs e o Sindicato dos Auditores Fiscais Federais (Anffa Sindical). O sistema de fiscalização por autocontrole exige que as indústrias enviem dados e informações ao Ministério da Agricultura por meio de sistemas informatizados. O governo federal vê o projeto como uma alternativa para suprir o atual déficit de fiscais federais agropecuários, que vai aumentar em virtude da aposentadoria de servidores.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
G7:grupo pede extinção do Funrep e exclusão de itens da substituição tributária
O G7, grupo composto por sete entidades do setor produtivo paranaense, está solicitando ao governador Carlos Massa Ratinho Junior a extinção do Fundo de Recuperação do Estado do Paraná (Funrep) e a exclusão de itens da substituição tributária
Em ofícios protocolados no Gabinete do Governador na quinta-feira (15/12), as entidades informam que as empresas paranaenses estão perdendo competitividade e Santa Catarina e Rio Grande do Sul já adotaram tais medidas. Ao solicitar a extinção do Funrep, as entidades alegam que estudo realizado teve como base a tabela do anexo único do Decreto 11.584/2022 PR, no qual foi calculada a incidência do crédito presumido dos itens constantes no RICMS-PR com o recolhimento do Funrep na percentagem mínima de 12%, sendo comparado com o Estado de Santa Catarina, que instituiu fundo semelhante (o Fundo Social pelo Decreto nº 18.334/2022 SC) na percentagem de 2,5%, também aplicado aos itens beneficiários do crédito presumido. Conforme planilhas comparativas e gráficos do estudo enviados ao governador, o Estado do Paraná ainda apresenta defasagem em alguns itens, comparado ao Estado de Santa Catarina, sejam eles: Adesivo hidroxilado; Biodiesel; Bobinas de aço inoxidável; Bobinas e chapas a frio; Bobinas e chapas a quente e chapas grossas; Bobinas e chapas zincadas; Cerveja e chope artesanais; derivados do leite (queijo, iogurte, etc); Embalagens agrotóxicos e de óleos lubrificantes; Energia elétrica; Filmes plásticos; Industrialização de pescado; Material reciclável de papel; Obras de arte; Óleo combustível; Óleo de soja; Produtos eletroeletrônicos e de informática; Tiras de aço inoxidável e Transporte aéreo. O estudo realizado pelo G7 teve como base os dados da Substituição Tributária dos três Estados da Região Sul e demonstra que o Paraná está aquém dos demais estados no quesito competitividade, visto que diversos itens ainda permanecem no regime do ICMS-ST. Um exemplo é que dos 40 itens excluídos pelos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o Paraná só excluiu três do regime de ST. Os itens que foram excluídos por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas se mantém no Paraná, são: água mineral e aromatizada; aparelhos celulares e cartões inteligentes; artefatos de uso doméstico; artigos de papelaria; autopeças; diversas bebidas, incluindo alcóolicas; biscoitos e bolachas; chocolates; detergentes; ferramentas; lâmpadas e reatores; materiais de construção, elétricos e de limpeza; medicamentos; papéis e plásticos; pneumáticos e câmaras de ar de bicicleta; produtos alimentícios e lácteos, produtos eletrônicos e de papelaria; rações; tintas e vinhos. Para que o Estado do Paraná possa manter a sua competitividade nos itens descritos, é necessária a exclusão dos itens do regime do ICMS-ST.
Assessoria de Comunicação do G7
Ipardes: pib do Paraná cresce acima da média nacional no 3º trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 0,65% no 3º trimestre (julho a setembro) de 2022, em comparação ao período de abril a junho deste ano, segundo relatório divulgado na segunda-feira (19/12) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes)
É o segundo aumento consecutivo do ano (3,46% no trimestre anterior) e está acima da média nacional, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou taxa real de crescimento de 0,4% do Brasil no mesmo intervalo. Entre as atividades econômicas, o destaque é o desempenho da agropecuária paranaense, que avançou 6% no confronto com o 2º trimestre de 2022. Essa performance reflete o alto patamar de produção alcançado na safra de inverno do milho, sendo consequência também da boa colheita de trigo. Também em trajetória ascendente, o setor de serviços evoluiu 0,21%, em continuidade ao processo de retomada após a crise da Covid-19. Por outro lado, a indústria do Estado contabilizou variação real de -1,07% em relação ao 2º trimestre deste ano, em decorrência dos resultados do segmento de transformação. No comparativo com o 3º do trimestre do ano anterior, a evolução chega a 2,7%, com bons resultados nos três setores analisados: agropecuária (11,99%), indústria (1,15%) e serviços (1,45%). O PIB do Estado cresceu 1,29% nos três primeiros trimestres de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos quatro trimestre, o Paraná registra crescimento de 0,92% no PIB. Valor - No 3º trimestre, o valor do PIB paranaense atingiu R$ 152,4 bilhões, alcançando R$ 487,3 bilhões no acumulado de 2022 e R$ 626,2 bilhões no acumulado dos últimos quatro trimestres. “Os resultados verificados até o momento podem ser considerados muito positivos, especialmente diante da perspectiva um tanto quanto desfavorável que prevalecia no início do presente exercício, com a expressiva queda da produção de grãos de verão, por conta da prolongada estiagem”, afirma o economista Francisco Castro, do Ipardes. "O avanço da indústria decorre de expansões da geração de energia elétrica e do nível de atividade da construção civil e segmento de alojamento e alimentação foi o principal responsável ampliação do setor de serviços".
IPARDES
Orçamento do Paraná vai a votação com R$ 750 milhões destacados para reajuste dos servidores
A Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, nesta terça-feira (20), o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023
O orçamento de 2023 foi aprovado na forma do substitutivo geral que garante, entre outras mudanças na proposta original, a reserva de R$ 750 milhões para o pagamento de reajuste aos servidores públicos estaduais, o que não estava previsto no anteprojeto de LOA apresentado pelo Governo do Estado. O texto começa a ser votado nesta quarta-feira (21) no plenário da Casa (de forma virtual), com previsão de ser aprovado até sexta-feira (23). Segundo o relator do Orçamento, deputado Tiago Amaral (PSD), a LOA prevê um orçamento de R$ 60,5 bilhões, superior em 10,8% em relação ao deste ano, mas, ao mesmo tempo, apresenta uma queda de previsão de receita tributária de R$ 3,6 bilhões comparando com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Apesar do Estado não ter sentido os efeitos da redução da carga tributária em energia, comunicação e combustíveis entre junho e setembro, houve uma queda nos meses de outubro e novembro. Em outubro houve redução de R$ 300 milhões e novembro R$ 600 milhões. Há um período de incerteza para o próximo exercício em relação à arrecadação tributária”. Além dos R$ 750 milhões para o pagamento de parte do reajuste dos servidores, consta no novo texto a previsão de R$ 277 milhões para reposição do quadro de servidores. Em caso de arrecadação além do previsto o governo está autorizado a contratar sem necessidade de autorização legislativa, a fim de agilizar o processo de contratação. Outra mudança significativa foi a redução do percentual para o remanejamento de crédito suplementar por parte do Executivo. A proposta do Executivo previa 15% e os deputados aprovaram no substitutivo o limite de 10% para o remanejamento de valores no orçamento sem a necessidade de aprovação da Assembleia Legislativa, elevando assim a efetividade das funções legislativas e fiscalizatórias. Os deputados estaduais paranaenses apresentaram ao projeto de lei original um total de 760 emendas, sendo que 738 foram acatadas pelo relator.
GAZETA DO POVO
Com exceção do Sul do Brasil, verão terá chuvas acima da média, prevê Inmet
No Sudeste, previsão para próximos três meses é de irregularidade espacial das chuvas, com acumulados acima da média no ES, Triângulo Mineiro e região metropolitana de BH, além do oeste e leste de SP
Estação mais quente do ano, o verão no Brasil começa na próxima quarta-feira (21/12), e se estende até 20 de março do ano que vem. As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram condições favoráveis para chuvas frequentes em grande parte do país, com exceção da região Sul. A previsão indica maior probabilidade de chuvas próximas e abaixo da climatologia no Sul, em decorrência dos impactos que o fenômeno La Niña pode provocar. As temperaturas serão próximas à climatologia e ligeiramente acima da média na região. No Sudeste, a previsão para os próximos três meses é de irregularidade espacial das chuvas, com totais acumulados acima da média no Espírito Santo, região do Triângulo Mineiro e região metropolitana de Belo Horizonte, além do oeste e leste de São Paulo. Enquanto nas demais áreas, a previsão é de chuvas próximas e ligeiramente abaixo da média. As temperaturas devem ser próximas e ligeiramente acima da climatologia nos próximos meses. Para o Centro-Oeste, o Inmet prevê chuvas acima da média durante do verão, exceto no sul do Mato Grosso do Sul, norte do Mato Grosso e oeste de Goiás, onde são previstos totais de chuvas ligeiramente abaixo da climatologia do trimestre. Quanto às temperaturas, a previsão indica que devem ser próximas e ligeiramente acima da média climatológica nos próximos meses. No Norte do país, o Inmet indica predomínio de chuvas acima da média, principalmente na área norte da região, ainda devido à atuação do fenômeno La Niña e ao padrão de águas mais aquecidas próximo à costa. No sul do Amazonas e do Tocantins, além do sudoeste do Pará, a previsão é de chuvas ligeiramente abaixo da média durante o trimestre. Assim como na região Norte, a continuidade das chuvas na região Nordeste está associada aos impactos da La Niña e ao padrão de águas ligeiramente mais aquecidas próximas à costa nordestina. Em áreas da Bahia, Sergipe e Alagoas, existe a probabilidade de ocorrerem chuvas ligeiramente abaixo da média. A temperatura do ar deve predominar próxima e acima da média histórica em grande parte da região nos próximos meses.
VALOR ECONÔMICO
Rodovia paranaense é interditada novamente devido ao risco de deslizamento causado pelas chuvas
A previsão é de que a BR-376 fique fechada por pelo menos 24 horas; aumento das chuvas gera risco de novos deslizamentos na região
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), interditou totalmente a BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná, devido às chuvas excessivas e o risco de deslizamentos. No início do mês, no km 669 da rodovia, que liga o Paraná ao litoral de Santa Catarina, um deslizamento provocou a morte de dois caminhoneiros. Segundo a polícia, antes da interdição havia congestionamentos no local que estava com interdição parcial. Houve registro de 50 mm de chuva no local nas últimas 24 horas. Um deslizamento de terra na BR-376, na altura do quilômetro 669, em Guaratuba, litoral do Paraná, deixou uma pessoa morta no final de novembro. De acordo com a concessionária Arteris Litoral Sul, que administra o trecho, a previsão inicial é de que a rodovia fique bloqueada por pelo menos 24 horas. A retenção dos veículos ocorre no posto da PRF em Tijucas do Sul, na região metropolitana de Curitiba, no km 662. Há também retenção no km 1 da BR-101, em Garuva (SC), para quem está no sentido Santa Catarina-Paraná. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho para o acumulado de chuva no Litoral do Paraná. O alerta destacava o Pontal do Paraná, Paranaguá, Matinhos e Guaratuba.
O ESTADO DE SÃO PAULO
Soja: 90% da área tem bom desenvolvimento no Paraná
A condição é regular para 9% da soja e 16% do milho e ruim para 1% da oleaginosa e 2% do cereal
Deral informou que 41% da soja está em desenvolvimento vegetativo, 40% em floração e 18% em frutificação. As condições de desenvolvimento das lavouras de soja e milho do Paraná são boas nesta semana para, respectivamente, 90% e 82% da área semeada, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. A condição é regular para 9% da soja e 16% do milho e ruim para 1% da oleaginosa e 2% do cereal. Em relação às fases de desenvolvimento, o Deral informou que 41% da soja está em desenvolvimento vegetativo, 40% em floração e 18% em frutificação. Quanto ao milho, 38% da área está em desenvolvimento vegetativo, 36% em floração, 25% em frutificação e 1% em maturação.
Estadão conteúdo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tomba a R$5,2059 com perspectiva de desidratação da PEC da Transição
O dólar caiu acentuadamente na terça-feira e chegou a ser negociado abaixo dos 5,20 reais, com o mercado comemorando a perspectiva de desidratação dos termos da PEC da Transição na Câmara dos Deputados
No mercado à vista, o dólar recuou 1,97%, a 5,2059 reais na venda, depois de durante a sessão ter chegado a cair 2,52%, a 5,1764 reais na venda. A moeda norte-americana registrou nesta terça-feira a maior depreciação percentual diária desde 31 de outubro (-2,59%) e o patamar de encerramento mais baixo desde 1° de dezembro (5,1979). Os líderes da Câmara fecharam acordo pela manhã para reduzir o tempo de vigência da PEC de dois para um ano, mantendo o valor de 145 bilhões de reais para o pagamento do Bolsa Família e o espaço fiscal em cima do excesso de arrecadação, anunciou o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) após encontro de parlamentares, incluindo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com membros do governo eleito. "O mercado está reagindo a uma perspectiva de desidratação da PEC da Transição na Câmara", disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital. "Então vejo uma forte entrada de investidores tanto para bolsa como para renda fixa", o que ajudou a impulsionar o real, acrescentou o especialista. O Ibovespa disparava cerca de 2% nesta tarde, enquanto alguns dos principais contratos de DI chegaram a cair até 40 pontos-base. Custos de empréstimos elevados no Brasil tornam o real atraente para estratégias de "carry trade", que consistem na tomada de empréstimo em país de juro baixo e aplicação desses recursos num mercado mais rentável. O intenso ciclo de aperto monetário do Banco Central, que levou a taxa Selic para os atuais 13,75%, é apontado como um dos principais responsáveis pela queda de 4,7% que o dólar apresenta frente ao real no acumulado de 2022. Colaborou para o avanço do real na terça-feira a fraqueza da divisa norte-americana no exterior. O índice do dólar contra uma cesta de seis pares de países ricos recuava 0,55% no dia. A maior parte dessas perdas era frente ao iene japonês, que disparou depois que o Banco do Japão chocou os mercados ao decidir rever sua política de controle da curva de juros e ampliar a faixa de negociação para o rendimento dos títulos do governo de dez anos.
REUTERS
Ibovespa sobe com PEC da Transição desidratada e movimento técnico
Parlamentares do PT já reconhecem que o texto da proposta deve ser esvaziado para garantir uma aprovação na Câmara
A indicação de que a PEC da Transição deve ser desidratada na Câmara dos Deputados deu fôlego para que o Ibovespa emendasse seu segundo pregão consecutivo de alta na terça-feira, avançando 3,90% no período. Analistas atribuem, adicionalmente, fatores técnicos ao movimento dos últimos, com o possível desmanche de posições vendidas em alguns papéis de índice. No fim da sessão, o referencial local registrou ganhos de 2,03%, aos 106.864 pontos, tocando os 104.607 pontos na mínima intradiária e os 105.792 pontos na máxima. Com isso, voltou a apresentar ganhos, de 1,95%, em 2022. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 22,64 bilhões no Ibovespa e R$ 28,86 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,10%, aos 3.821 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,28%, aos 32.849 pontos e Nasdaq oscilou positivamente em 0,01%, aos 10.547 pontos. Brasília seguiu no foco durante a sessão. Após as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre o orçamento secreto, que foi declarado inconstitucional, e sobre o Bolsa Família ficar fora do teto de gastos em 2023, abrirem espaço para sessão positiva do Ibovespa ontem, o mercado aguardava para ontem a votação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados. Apesar da notícia ter sido bem recebida no curtíssimo prazo, a visão da maior parte dos analistas é que o movimento ainda é circunstancial. "Não parece ser um movimento fundamentado, principalmente no caso dos papéis mais sensíveis ao cenário macro local. Será preciso um nível de definição maior para que o mercado possa incorporar as mudanças nos preços de forma estrutural", diz Jennie Li estrategista de ações da XP ressaltando que, nos últimos dias, qualquer boa notícia vinda de Brasília tem um efeito relevante nos preços ativos. Isso sugere, segundo a executiva, que pode haver algum movimento técnico impulsionando os ativos, principalmente se as empresas com maior nível de 'short interest' [percentual de ações de uma empresa que está alugado e vendido a descoberto, quando o locatário espera que o ativo recue] da bolsa estão subindo bastante.
VALOR ECONÔMICO
Fitch afirma rating do Brasil em "BB-" com perspectiva estável
A agência de classificação de risco Fitch afirmou na terça-feira o rating do Brasil em "BB-", com perspectiva estável, mas destacou as incertezas elevadas em relação aos planos do governo eleito e seus impactos sobre os desafios econômicos e fiscais
"A perspectiva estável reflete a expectativa da Fitch de que o crescimento vai desacelerar no próximo ano e que a recente melhora fiscal vai piorar sob o novo governo, mas dentro de uma margem consistente com o rating atual, e de um ponto de partida melhor do que o esperado antes", disse à agência.
REUTERS
Cepea: queda acumulada do PIB Agro chega a 4,28% de janeiro a setembro/22
Segundo pesquisadores, o principal fundamento para esse cenário é a forte alta dos custos com insumos, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias
O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), alcançou recordes sucessivos em 2020 e em 2021, com esse biênio se caracterizando como um dos melhores da história recente do agronegócio nacional. Já em 2022, o PIB do setor teve recuos sucessivos ao longo dos três primeiros trimestres do ano, acumulando queda de 4,28% de janeiro a setembro de 2022. Segundo pesquisadores do Cepea, o principal fundamento para esse cenário é a forte alta dos custos com insumos no setor, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias, que tem corroído o PIB ao longo das cadeias. De janeiro a setembro, o PIB do ramo agrícola caiu expressivos 5,69%, e o pecuário, ligeiro 0,24%. Considerando-se os desempenhos parciais da economia brasileira e do agronegócio, o Cepea estima que a participação do setor no total fique por volta de 25% em 2022, pouco abaixo dos 27% registrados em 2021 – isso porque a queda deste ano se verifica frente ao patamar recorde de PIB alcançado em 2021. O resultado negativo do PIB do ramo agrícola decorreu especialmente da forte alta dos custos com insumos para a produção agrícola (dentro da porteira), como fertilizantes, defensivos, combustíveis, sementes e outros.
Além disso, o PIB agrícola também segue pressionado pela redução da produção em culturas importantes, especialmente soja e cana-de-açúcar. Além dessas duas atividades, que detêm peso expressivo no PIB, estima-se menor produção no ano para o arroz, a batata, o fumo, a mandioca, o tomate, a uva e a madeira em tora. No ramo pecuário, houve reduções do PIB para todos os segmentos, exceto o primário, no acumulado de janeiro a setembro. De acordo com pesquisadores do Cepea, no segmento primário pecuário, a alta decorreu de algum aumento do valor bruto da produção (produção maior e preços levemente superiores aos de 2021), somado à redução dos custos com insumos; nesse último caso, em relação ao patamar expressivamente elevado alcançado em 2021.
CEPEA/ESALQ
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