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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 266 DE 01 DE DEZEMBRO DE 2022

Atualizado: 2 de dez. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 266 |01 de dezembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Escassez de boiadas gordas eleva o preço da arroba

Depois de um começo de semana estável, a ponta compradora ofertou R$ 5 a mais pela arroba do boi gordo “comum” negociado no interior de São Paulo, que agora vale R$ 280, preço bruto, no prazo, informou na quarta-feira (30/11) a Scot Consultoria. Na avaliação dos analistas, a tendência de alta nas cotações da arroba é motivada pelo enxugamento da oferta de bovinos terminados


Ainda segundo dados da Scot, no mercado paulista, a vaca e a novilha gordas seguem cotadas em R$ 260 e R$ 270, respectivamente (preços brutos e a prazo). O bovino destinado ao mercado da China está valendo R$ 285/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), acrescentou a Scot. Segundo apuração IHS Markit, na quarta-feira, considerando todas as importantes praças pecuárias do Brasil, o mercado do boi gordo registrou uma maior morosidade no fluxo de comercialização de gado. Entre as principais praças pecuárias do Brasil, foram observadas variações positivas da arroba nos Estados de MG, MT, PR e TO, de acordo com os dados levantados pela IHS. Em Minas Gerais, as indústrias ainda alegam dificuldade na originação de volumes mais significativos de boiada gorda, o que motivou novas altas nos preços da arroba, informa a IHS. As escalas de abate atendem entre 3 e 5 dias. Para lotes com bom acabamento e rendimento, houve efetivação até R$ 285/@, valor bruto, na praça de Belo Horizonte, acrescentou. No Tocantins, as escalas de abate atendem em média 4 dias, o que fez alguns frigoríficos locais trabalharem com valores para o boi gordo entre R$ 270-275/@, no bruto. Na praça do Mato Grosso, os compradores concluíram as escalas da próxima semana, dando preferência por fêmeas. No Paraná, embora o preço da vaca tenha caído, os valores do macho e da novilha seguem firmes, sustentado pela demanda externa. Nas demais regiões houve estabilidade nos preços do boi gordo, influenciada pela menor liquidez de negócios e pela oferta mais enxuta de boiada gorda. Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo finalizaram a sessão de terça-feira em baixa. O contrato do boi gordo com vencimento para dezembro/22, assim como os demais, continua operando acima de R$ 300/@, o que também colabora para cautela dos agentes no mercado spot. No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos permaneceram estáveis na quarta-feira. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 286/@ (prazo) vaca a R$ 266/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 248/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 231/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 246/@ (à vista) vaca a R$ 230/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca R$ 261/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 249/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 271/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 222/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 266/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos com leves altas no PR e queda em SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 130,00/R$ 135,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,90/kg/10,40/kg


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (29), houve queda somente em Santa Catarina, na ordem de 0,46%, chegando em R$ 6,48/kg. Leve alta de 0,42% foi apontada em São Paulo, alcançando R$ 7,21/kg, e de 0,15% no Paraná, atingindo R$ 6,52/kg. Ficaram estáveis as cotações em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, fechando, respectivamente, em R$ 7,26/kg e R$ 6,65/kg.

Cepea/Esalq


Adapar e SINDICARNE-PR participam de simulado de emergência contra peste suína africana

Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) participaram na semana passada de um simulado de emergência zoosanitária contra a peste suína africana (PSA). O trabalho, que reuniu serviços veterinários oficiais de todo o País e representantes internacionais, foi realizado em Presidente Getúlio (SC)


A PSA é uma enfermidade viral e não oferece risco à saúde humana. No entanto, pelo alto grau de transmissibilidade, pode dizimar rebanhos de suínos, constituindo-se em uma das mais temidas mundialmente. O último foco registrado no Brasil é de 1981 e o País foi declarado livre da doença em 5 de dezembro de 1984. Por não ter nenhuma vacina comprovadamente eficaz, a ação preventiva é sempre importante. O exercício simulado realizado em Santa Catarina imitou a ocorrência da doença, com o objetivo de treinar os serviços veterinários e avaliar a eficiência dos planos de contingência na eventualidade de foco real da PSA, minimizando impactos econômicos e sociais. O Paraná, juntamente com o órgão correlato do Rio Grande do Sul, foi o que teve mais representantes. Participaram o coordenador de Sanidade dos Suínos da Adapar, João Teotônio, e os fiscais Patrícia Muzolon e Renato Pacheco Morferdini, além do representante do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne) e da Frimesa, Valdecir Mauerwerk. Teotônio reforçou a importância de o serviço veterinário oficial manter um know-how técnico para atendimento a enfermidades de alto impacto no agronegócio. “A defesa agropecuária robusta se faz com técnicos bem treinados”, afirmou. Durante o simulado, ele foi o responsável pela coordenação operacional de campo com 136 médicos veterinários sob sua responsabilidade. Além da PSA, o Paraná é livre da peste suína clássica (PSC) e tem reconhecimento de bloco em separado, o que garante maior autonomia no caso de ocorrência da doença em outros estados da federação com realidades diferentes da paranaense. O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, também exaltou a participação paranaense com técnicos da Adapar e da iniciativa privada “Na vigência de uma emergência zoosanitária, a parceria público-privada é essencial”, justificou. Segundo ele, desde os focos de PSC no Nordeste do Brasil em 2018 e 2019, a Adapar sempre envia missões de auxílio no combate a doenças, o que acaba proporcionando experiências reais de campo aos fiscais paranaenses.

ADAPAR/SEAB


FRANGOS


Mercado do frango estável no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,70%, custando R$ 7,08/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou estável em R$ 4,19/kg, da mesma maneira que no Paraná, fixado em R$ 5,19/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (29), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado registraram queda de 0,13%, cotados, respectivamente, em R$ 7,85/kg e R$ 7,96/kg.

Cepea/Esalq


A principal doença no setor avícola bate às portas do Brasil

Maior exportador mundial de carne de frango, o país recebe ameaças da influenza aviária, que já está em três países vizinhos


Dos cinco maiores produtores mundiais de carne de frango, apenas o Brasil não registra ainda a gripe aviária, uma doença que vem obrigando os produtores a descartar parte de suas aves.

A doença teve forte presença na China, onde persiste, está na Europa e, neste ano, chegou aos Estados Unidos. Avançou ainda mais e atingiu os vizinhos Colômbia, Peru e Equador. O Brasil entrou em estado de alerta, e o país monta uma operação de guerra e um gabinete de prevenção. As medidas de defesa estão sendo discutidas por todos os países da América Latina, devido aos estragos na produção de carne da região que a doença pode causar. Governo e empresas se envolvem nas operações, com mapeamento de áreas, treinamento de profissionais do setor e até a proibição de qualquer visita nas granjas. "Estamos nos preparando para o pior, mas espero que isso não ocorra", diz Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). O Brasil tem duas vantagens em relação aos demais países: a cordilheira dos Andes e a floresta amazônica. Em geral, o aparecimento do vírus vem por aves silvestres, que têm maiores dificuldades de chegar ao Brasil. A gripe aviária é causada pelo vírus influenza tipo A. Ele evoluiu e está altamente patogênico, ou seja, com um alto índice de contágio. O efeito da influenza aviária é grande na avicultura. Além da necessidade do abate das aves, há um retardamento no ciclo de produção. É o que ocorre nos Estados Unidos, que passam por um período de alta inflacionária vinda de perus, ovos e carne de frango, devido aos efeitos da doença, que se instalou no país em janeiro deste ano. Mesmo com os recursos bilionários dados pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o país acaba de registrar o recorde de 52,4 milhões de aves que tiveram de ser abatidas. A doença se alastra e já são 650 focos no país, se espalhando por 46 estados norte-americanos. Apenas Lousiana, Alabama, Virgínia do Oeste e Havaí estão livres do vírus. Esperava-se um controle da doença no verão no hemisfério Norte, o que não ocorreu. A preocupação agora é com a chegada do inverno, mais propício para a ocorrência de novos focos. Os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de carne de aves, colocando 21 milhões de toneladas da proteína no mercado por ano, segundo o Usda. O Brasil é o segundo maior produtor, com 14,4 milhões de toneladas, mas lidera as exportações mundiais, comercializando 4,9 milhões de toneladas de carne de frango no exterior. Uma eventual chegada da doença ao Brasil colocaria o produto brasileiro sob suspeita em vários países. Uns o farão por questões sanitárias; outros, porém, por barreiras comerciais. O Brasil detém 35% das exportações mundiais, e deve atingir US$ 10 bilhões neste ano. São próximos de R$ 55 bilhões vindos de fora para irrigar a economia nacional. Se a doença atingir o mercado interno, tanto os consumidores brasileiros como os estrangeiros serão afetados. O efeito da doença sobre as exportações tem como base a regionalização de cada país. Importadores colocam barreiras nas regiões afetadas. O Brasil, no entanto, não tem uma regionalização para a doença, porque é um mercado livre da influenza aviária. Um dos maiores desafios seria que, quando certificar as carnes, o Brasil não poderia mais classificá-lo como livre da doença, e isso exigiria uma reformulação nas negociações com os parceiros comerciais, afirma Santin. O país precisará ser ágil no controle e na identificação da doença, se ela chegar. A densidade de produção é muito próxima e os testes têm de indicar se é uma simples gripe ou realmente a gripe aviária. O isolamento é fundamental e tem de ser feito rapidamente, afirma o presidente da ABPA. Santin acredita, no entanto, que os controles sanitários brasileiros vão funcionar, assim como funcionaram quando a doença atingiu o Chile. A exigência de um nível máximo de alerta, porém, deve estar presente a todo instante a partir de agora, diz ele.

FOLHA DE SP


Hungria relata gripe aviária H5N1 em fazenda de ganso

A Hungria relatou um surto do vírus altamente patogênico da gripe aviária H5N1 em uma fazenda de gansos, informou o Escritório Nacional de Segurança da Cadeia Alimentar (Nebih) na quarta-feira


O surto no condado de Bekes levou ao abate de mais de 3.000 gansos na fazenda onde o vírus foi detectado. No início deste mês, Nebih relatou surtos de H5N1 em duas fazendas no condado vizinho de Bacs-Kiskun. consulte Mais informação

REUTERS


EMPRESAS


Lar Cooperativa diz que 2022 foi um bom ano apesar de desafios

O presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues, considera que 2022 foi um bom ano para a cooperativa apesar dos desafios enfrentados, com quebra na safra de soja e dificuldades no segmento de suínos, disse ele em programa de rádio divulgado pela cooperativa na quarta-feira (30)


O segmento de frangos e suínos da Lar sofreu com alta nos custos no início do ano, resultando em prejuízos para estas atividades em alguns meses. O setor de suínos “não está tendo um bom ano”, segundo o executivo. “Apesar de tudo isso, a Lar está crescendo acima de 30%, está apresentando um balanço bom”, disse Rodrigues sem dar detalhes sobre os resultados financeiros. Segundo ele, o resultado deste ano não será “excepcional” como os de 2020 e 2021. Rodrigues está realizando pré-assembleias com associados, fazendo um relato do desempenho da Lar em 2022 considerando dados fechados até o final de outubro. A Assembleia Geral da cooperativa, quando os resultados finais devem ser apresentados, ocorre em janeiro de 2023. “Estamos apresentando também os desafios para o próximo ano, que sinalizam que a Lar vai continuar crescendo, vai diminuir os investimentos, o que é saudável”, disse Rodrigues. “Tem aí um novo governo que precisamos entender qual o rumo que ele vai dar pra nossa atividade, se haverá impactos com novos impostos ou não, então é um momento também de certa cautela. Mas a Lar, seguramente, vai ter um bom ano de 2023, com a graça de Deus. A Lar já tem um tamanho importante, não precisa preocupar em crescer muito em estrutura.” Em 2021, a Lar teve uma alta de 56% no faturamento em relação a R$ 6,95 bilhões registrados em 2020, quando o faturamento também cresceu 50% na comparação anual.

CARNETEC


MEIO AMBIENTE


Lei de desmate da UE afetará ganhos de JBS, Marfrig e Minerva

Segundo a Chain Reaction Research (CRR), lei afetará os lucros operacionais das empresas


JBS, Marfrig e Minerva não deverão atender os requisitos da lei que a União Europeia poderá aprovar semana que vem para bloquear importações de commodities associadas ao desmatamento (legal e ilegal) ocorrido após dezembro de 2020. Segundo análise da Chain Reaction Research (CRR), a lei afetará os lucros operacionais das empresas e pode impor a elas multas pelos danos ambientais em suas cadeias. A CRR traçou estimativas com base e dados de alertas de desmatamento (Deter), e não os dados anuais consolidados do Prodes, que são usados por ONGs e empresas - o Inpe só divulgou ontem o Prodes Amazônia do último ano. A CRR também usou bases de dados fundiários do Incra, e não do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é usado em análises de ONGs e do Ministério Público Federal (MPF). A CRR estimou que os fornecedores das três desmataram 81 mil hectares após a data de corte da lei, sendo 72,6 mil hectares dentro da restrição da norma. A diferença corresponderia ao desmatamento em áreas do Cerrado que, conforme está o projeto hoje, não é bloqueado. No caso da JBS, a CRR estima que tenham sido desmatados 50 mil hectares de 31 de dezembro de 2020 a julho de 2022 nas fazendas fornecedoras. Na cadeia da Marfrig, a estimativa é de 18 mil hectares. Para a Minerva, o cálculo é 12 mil hectares. A CRR também estimou os danos aos balanços, uma vez que as companhias não conseguirão exportar à UE a carne do gado destas áreas. O impacto no Ebitda global da JBS seria de 1,8%. Para a Marfrig, o percentual é de 2,7%, e na Minerva, de 5,3%. Já as multas podem afetar 0,6% do Ebitda da JBS, 0,7% da Marfrig e 2,4% da Minerva. Pelo projeto da lei, as multas podem ser de até 4% das vendas a cada país da UE. Procurada, a JBS criticou o relatório da CRR e a lei da UE. A companhia disse estar dialogando com o bloco para “discutir as melhores estratégias” para “garantir a sustentabilidade da cadeia”, e que crê que “somente com colaboração e apoio técnico e financeiro aos produtores, em vez de foco exclusivo em bloqueio”. Para a JBS, a CRR “se baseia em metodologia equivocada”, ao deixar de usar o CAR, como recomenda o Imaflora, e por usar bases do Incra, “não adequadas para a análise em questão”. Também disse que a CRR “não é transparente” ao não “especificar as fazendas infratoras, impedindo que a empresa possa analisar, prestar esclarecimentos e agir de acordo”. A JBS disse que já monitora os fornecedores diretos e está implantando ferramenta para estender o controle aos indiretos até 2025. Por sua vez, a Marfrig encaminhou uma carta de 17 páginas enviada à CRR em que detalhou as ações do programa Marfrig Verde + para monitorar toda sua cadeia até 2025 na Amazônia e até 2030 no Cerrado. Os prazos estão além da data de corte da lei da UE. Até agora, a companhia já monitora todos os fornecedores diretos na Amazônia e no Cerrado, 71% dos indiretos na Amazônia e 70% no Cerrado. A Marfrig disse que monitora focos de queimadas na Amazônia e que quando há sobreposição com fazendas, um alerta a faz reavaliar compras até a situação ser esclarecida. A companhia ainda informou que sua cadeia em Mato Grosso, de onde provém a maior parte de seu gado, será auditada em 2023. Mas seu mapa de risco mostra o Pará como o foco dos maiores riscos. Já a Minerva respondeu ao Valor, em documento de quatro páginas, que “está apta a atender aos mais exigentes mercados e clientes” e que “conta com fornecedores que conseguem atuar sob os mais diversos protocolos de qualidade, sanidade e sustentabilidade de diferentes países”. A empresa reforçou que sua meta é monitorar toda sua cadeia na América do Sul até 2030 e que já monitora todos os fornecedores diretos no Brasil e Paraguai. Na Colômbia, o monitoramento está em 80%, e na Argentina, em 90%. A companhia disse que disponibiliza a eles um aplicativo, o Visipec, para monitorar os fornecedores indiretos. E ressaltou que foi uma das mais bem avaliadas do setor na última auditoria do MPF-PA, referente a 2020, de fornecedores diretos no Estado. Marfrig e Minerva não comentaram o relatório do CRR em específico. Nenhuma das três companhias citadas na análise da CRR comentou sobre os impactos que a aprovação da lei na UE terá em seus negócios.

VALOR ECONÔMICO


Masterboi avança no ESG com monitoramento indireto dos fornecedores de gado

Na quarta-feira (30), em Workshop da National Wildlife Federation - NWF, a equipe de ESG da Masterboi apresentou a experiência na implementação da VISIPEC, uma ferramenta desenvolvida pela NWF em parceria com a Universidade de Wisconsin - Madison, para os frigoríficos brasileiros, visando o monitoramento de fornecedores de matéria-prima bovina, incluindo os fornecedores indiretos

A NWF trabalha no Brasil ao lado de parceiros internacionais e organizações locais promovendo práticas agrícolas sustentáveis que ajudam a reduzir o desmatamento de florestas tropicais do país, um dos ecossistemas de maior biodiversidade da Terra. A ação teve início em meados de março deste ano, quando os consultores técnicos da NWF, Katiuscia Moreira e Rodrigo Dias Lopes, e as equipes de Compra de Gado e ESG da empresa estiveram em campo na unidade do Pará, em São Geraldo do Araguaia, visitando pecuaristas para a divulgação do projeto. As visitas às fazendas incluíram a orientação sobre a ferramenta e a inclusão de voluntários para participar da iniciativa. “A experiência foi um sucesso, conseguimos com o apoio da equipe técnica da NWF captar mais voluntários interessados no tema do que esperávamos. Foi excelente! E a implementação tem nos provado que somente a ação conjunta de todos os players da cadeia pode garantir o sucesso dessa empreitada. Por isso, quanto mais engajamento tivermos, mais evoluiremos com as ações e alinhamento de toda a cadeia”, afirma Sandra Catchpole, responsável pelo ESG da Masterboi.

Masterboi


Desmate na Amazônia cai 11%, mas permanece acima de 10 mil km2

Dados de agosto de 2021 a julho de 2022 mostram queda em relação ao ano anterior, ainda que destruição siga elevada; Amazonas é o único estado sem diminuição


Pelo quarto ano consecutivo, o desmatamento na Amazônia em um ano ultrapassou os 10 mil km². Os dados do programa Podes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados na quarta-feira (30), mostram que foram ao chão 11.568 km² de floresta de agosto de 2021 a julho de 2022. O número, porém, é cerca de 11% inferior à taxa do ano anterior e interrompe uma sequência de crescimento que vinha desde 2018. De toda forma, os números permanecem elevados —os mais de 11 mil km² equivalem a mais de sete cidades de São Paulo ou uma Manaus—, e são especialmente preocupantes ao se considerar os alertas de que a Amazônia não está distante de um ponto de não retorno. Se ele for atingido, devido ao desmatamento, a floresta poderá passar por uma savanização, com a perda de sua biodiversidade e serviços ecossistêmicos. A situação é ainda mais crítica ao se considerar o avanço da crise climática, que deixa cada vez mais explícitos os eventos extremos que deverão ser experienciados com maior frequência pela população mundial. Conter o desmatamento, especialmente na Amazônia, é central para o papel do Brasil frente às mudanças climáticas. No país, a derrubada de floresta é a principal fonte de emissões de gases-estufa. Além disso, o desmate explosivo ocorrido sob o governo de Jair Bolsonaro (PL) vem trazendo problemas para a imagem do Brasil no exterior, o que gera dificuldades comerciais e perdas de parcerias —o exemplo máximo foi a paralisação do bilionário Fundo Amazônia.

FOLHA DE SP


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Assembleia aprova criação de nove secretarias e 493 cargos no governo do Paraná

A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, na quarta-feira (30) projeto de lei de autoria do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) que “2022 promove a reorganização da estrutura administrativa do Estado para a gestão de 2023-2026”, o segundo mandato do governador. Na prática, o projeto cria nove novas Secretarias de Estado e 493 cargos para estrutura-las


As novas secretarias, de acordo com a matéria, serão Justiça e Cidadania; Ação Social e Família; Mulher e Igualdade Racial; Cultura; Esporte; Turismo; Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Indústria, Comércio e Serviços; Trabalho, Qualificação e Renda; e Inovação, Modernização e Transformação Digital. O projeto passou, em segunda e terceira discussões, com emendas para suprimir os trechos que propunham a extinção dos órgãos de regime especial do Colégio Estadual do Paraná e da Biblioteca Pública do Paraná, passando-os, respectivamente, para as estruturas da Secretaria de Educação e Secretaria de Cultura. A reforma administrativa é um dos principais projetos do pacote com 17 proposições enviado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na última semana. Outros projetos de lei do pacote ainda não conseguiram avançar. O projeto de lei que trata das terceirizações no sistema penitenciário do estado, por exemplo, foi, novamente, retirado de pauta. A proposta recebeu emenda na Comissão de Segurança e precisa ser novamente analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

GAZETA DO POVO


Assembleia aprova projeto que deixa o Paraná com o maior ICMS do Brasil

Os deputados estaduais do Paraná aprovaram, nesta quarta-feira (30) projeto de lei de autoria do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) que altera a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado


O projeto aprovado eleva de 18% para 19% a alíquota base do imposto no estado, aplicada a todos os produtos que não tiverem uma legislação específica fixando outra alíquota. Quando sancionada a lei, o Paraná terá o maior ICMS do país, ao lado do Pará, que, nesta semana, também aprovou legislação no mesmo sentido. O projeto de lei é uma alternativa apresentada pelo Estado para recompor a arrecadação após a perda de receita com a lei complementar federal que fixou teto para o ICMS de combustíveis, energia, comunicações e transportes, fazendo o Paraná reduzir de 29% para 18% a alíquota sobre a gasolina, por exemplo.

GAZETA DO POVO


Bovinocultura de corte: Fórum vai reunir gestores e técnicos das cooperativas do PR em Maringá no dia 7 de dezembro

O Sistema Ocepar realiza, no dia 7 de dezembro, o 2º Fórum de Bovinocultura de Corte das Cooperativas do Paraná, na sede da Cocamar, em Maringá, na região Noroeste do Estado. A ideia é reunir gestores e técnicos do cooperativismo paranaense que atuam nesse segmento para debater ações que fortaleçam a presença do setor no mercado de carnes


O evento ocorrerá das 14h às 17h30. A programação contempla a apresentação da cooperativa anfitriã na abertura. O consultor Roberto Barcellos vai tratar sobre as tendências e o futuro do mercado da carne bovina. Haverá ainda uma dinâmica de grupos e debate sobre as ações para 2023. Os interessados em participar devem se inscrever até o dia 2 de dezembro. Atualmente há seis cooperativas registradas no Sistema Ocepar que trabalham com bovinocultura de corte, com foco maior em carnes nobres. Juntas, elas abatem 70 mil animais por ano e agregam aproximadamente 500 cooperados. Mais informações com Alexandre Monteiro (alexandre.monteiro.sistemaocepar.coop.br / 41 3200-1114).

Ocepar


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em queda de 1,68%, a R$5,1996 na venda

O dólar teve forte queda pela terceira sessão consecutiva na quarta-feira e fechou abaixo de 5,20 reais, acompanhando intenso movimento internacional de busca por risco depois que o banco central norte-americano sinalizou que moderará seu ritmo de altas de juros


Apesar do tombo recente, o dólar ainda fechou novembro com alta de 0,67%, contrariando tendência externa, depois que temores sobre a magnitude dos gastos extra-teto pretendidos pelo governo eleito e dúvidas sobre quem será o ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva elevaram o estresse nos mercados brasileiros mais cedo neste mês. A moeda norte-americana à vista caiu 1,68% neste pregão, a 5,1996 reais, patamar de encerramento mais baixo desde o último dia 9 (5,1845). No acumulado das últimas três sessões, o dólar despencou 3,85%.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta liderado por commodities, PEC e Powell, mas cai 3% no mês

Índice local acompanhou parte do rali das bolsas em Wall Street, que dispararam após discurso do presidente do banco central americano


O Ibovespa emplacou sua segunda sessão de alta seguida, liderado novamente pela performance dos papéis ligados às commodities e pela expectativa de reabertura da economia da China. Após ajustes, o referencial local registrou ganhos de 1,42%, aos 112.486 pontos, na máxima intradiária. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 34,02 bilhões no Ibovespa e R$ 39,95 bilhões na B3. Em novembro, o índice recuou 3,06%. No dia, o referencial também foi beneficiado por uma melhora no sentimento local, na medida em que investidores passam a esperar uma PEC da transição menos inchada, e pelo rali das bolsas americanas, que dispararam após discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell. Em Nova York, o S&P 500 disparou 3,09%, aos 4.080 pontos, o Dow Jones registrou ganhos de 2,18%, aos 34.589 pontos, e o Nasdaq saltou 4,41%, aos 11.467 pontos. Os sinais de flexibilização da política de covid zero na China continuaram dando apoio às commodities e aos papéis correlatos, os mais 'pesados' do Ibovespa. "O racional de reabertura da China está cada vez mais próximo. Não dá para achar que o processo será suave, até porque a diminuição das restrições vai provocar um aumento nos casos, mas o governo também divulgou planos para aumentar a cobertura vacinal", diz Antonio Heluany, sócio e analista de commodities da Taruá Capital. Também têm ajudado, segundo o executivo, medidas pró-construção civil anunciadas por Pequim. Ele cita, nessa linha, incentivo a fusões e aquisições para fortalecer os balanços das empresas do setor e estímulos para que companhias abertas ou fechadas comprem empreendimentos já iniciados e finalizem as construções. Localmente, vem crescendo entre os participantes do mercado a expectativa de que o Congresso possa desidratar, em grande medida, a proposta original do governo eleito para a exceção dos gastos públicos nos próximos anos, o que provoca uma diminuição dos prêmios de risco adicionados nos últimos dias. Enquanto o texto original da PEC da transição previa uma exceção ao teto de aproximadamente R$ 198 bilhões por quatro anos, as expectativas dos agentes parecem girar em torno de um volume menor de recursos fora do teto - algo entre R$ 100 bilhões e 150 bilhões - e por apenas dois anos.

VALOR ECONÔMICO


Número de endividados em risco quase triplicou desde 2019, diz Banco Central

O Banco Central disse nesta quarta-feira que 12,2% dos tomadores de empréstimos de instituições financeiras autorizadas estão em situação de "endividamento de risco", com o número total de brasileiros nessa categoria tendo quase triplicado em relação a 2019


Os dados mostram que mais consumidores enfrentam dificuldades para quitar dívidas em meio à expansão do acesso ao sistema financeiro proporcionada pelo salto no número de fintechs e pelos pagamentos digitais de auxílio durante a pandemia, que contribuíram para a bancarização. Maurício Moura, diretor de Relacionamento do Banco Central, destacou durante um evento sobre superendividamento que o percentual de mutuários enfrentando "endividamento de risco" chegou a 12,2 milhões de pessoas em junho. Em dezembro de 2019, eram 4,6 milhões, ou 5,4% do total, segundo estudo do BC. Os tomadores entram na categoria de risco do BC se apresentarem pelo menos duas das seguintes situações: inadimplência superior a 90 dias, renda mensal disponível abaixo da linha da pobreza após o pagamento do serviço das dívidas, exposição simultânea a modalidades de crédito mais onerosas e comprometimento de mais de 50% da renda mensal com o pagamento do serviço das dívidas. Os dados se somam a outros indicadores que destacam o crescente endividamento do consumidor brasileiro em meio a custos de empréstimos mais altos, depois que o BC elevou agressivamente a taxa de juros para 13,75%, do menor nível histórico de 2% em que estava em março de 2021, para combater a inflação no país. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva prometeu lançar um amplo programa de renegociação de dívidas de consumidores apoiado por garantias do governo para enfrentar um problema que começou a aparecer nos resultados de alguns bancos. A inadimplência nos empréstimos com recursos livres para pessoas físicas e jurídicas aumentou para 4,2% em outubro, o maior nível em quase quatro anos.

REUTERS


Dívida pública bruta do Brasil cai em outubro, a menor nível desde pré-pandemia

A dívida pública bruta do Brasil teve em outubro mais um mês de redução, afetada principalmente pelo crescimento nominal da atividade, mostraram dados do Banco Central na quarta-feira


O indicador caiu a 76,8% do PIB em outubro de 77,1% em setembro, menor patamar desde fevereiro de 2020 (75,3%), antes de a pandemia atingir o país e o governo federal gastar somas recordes para combatê-la. A queda do endividamento bruto foi determinada principalmente pelo efeito do crescimento do PIB nominal, que contribuiu para uma redução de 0,7 ponto percentual na relação, segundo o BC. A alta nominal do PIB é guiada pela força da atividade, mas é também afetada pela inflação. A queda da dívida também foi ajudada pelos resgates líquidos de dívida no mês, em mais um mês em que o Tesouro manteve sua estratégia de usar seu colchão de liquidez para reduzir a emissão de dívida conforme a taxa de juros segue em patamar alto, o que encarece os custos de financiamento. No acumulado do ano, a dívida bruta tem queda de 3,5 pontos percentuais, disse o banco central. O Ministério da Economia recentemente estimou que o país fechará o ano com a dívida bruta de 74,3% do PIB, menor nível desde 2018. O Tesouro tem defendido que o Brasil irá entregar com isso uma performance "expressiva", citando dados do FMI para dizer que os países emergentes devem ver a dívida bruta subir, em média, 10,6 pontos este ano na comparação com 2019. Já a dívida líquida, que engloba também os ativos do governo, ficou estável em 58,3% do PIB no mês passado, com a valorização cambial contribuindo para uma redução do valor em reais das reservas internacionais do país. No ano a dívida líquida sobe 1,1 ponto percentual como proporção do PIB. Em outubro, o setor público registrou um superávit primário de 27,095 bilhões de reais. O saldo positivo foi inferior ao superávit de 35,4 bilhões de reais computado em outubro de 2021. No mês passado, o superávit de 30,2 bilhões de reais registrado pelo governo central foi parcialmente compensado por um déficit de 3,9 bilhões de reais dos Estados e municípios, com as estatais contribuindo com um saldo positivo de 711 milhões de reais.

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Desemprego no Brasil cai a 8,3% em outubro

A taxa de desemprego no Brasil caiu a 8,3% nos três meses até outubro, com o aquecimento sazonal do mercado de trabalho na temporada de fim de ano reforçando tendência positiva criada pela abertura da economia após a pandemia da Covid-19, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira


A taxa de desemprego veio 0,8 ponto percentual menor do que a registrada no trimestre terminado em julho e 3,8 pontos abaixo do dado do mesmo período de 2021. “Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad. A população desocupada caiu ao menor nível desde o trimestre terminado em julho de 2015, com 9 milhões de pessoas, enquanto a população ocupada, de 99,7 milhões, foi recorde da série iniciada em 2012. Beringuy destacou que, apesar do dado recorde para a população ocupada, o país ainda tem 65 milhões de pessoas fora da força de trabalho. "A taxa de desemprego também pode ser impactada se o número ainda considerável de trabalhadores desalentados (4,2 milhões; 3,8% da força de trabalho ativa) começar a procurar emprego e retornar à força de trabalho ativa", afirmou em relatório. No trimestre até outubro, o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou 2,3% sobre o trimestre anterior, mesmo desempenho registrado no número de empregados sem carteira no setor privado. A taxa de informalidade ainda é elevada, em 39,1%, mas recuou frente ao trimestre móvel terminado em julho (39,8%) e sobre o mesmo trimestre de 2021 (40,7%). Já o número de trabalhadores por conta própria caiu 1,8%. No trimestre, o rendimento real habitual cresceu 2,9% sobre o trimestre anterior e 4,7% na comparação anual, para 2.754 reais. “A alta do rendimento tem a ver com o crescimento da formalidade, (mercado) onde as pessoas ganham mais, e tem também o efeito da inflação menor", disse Beringuy.

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Quantidade de companhias inadimplentes bate recorde

Serasa vê 6,3 milhões de empresas com operações em atraso, maior número da série histórica


A inadimplência das companhias brasileiras começa a dar sinais de deterioração, refletindo a piora da situação financeira das famílias e os efeitos do aumento da taxa de juros. Esse cenário não deve mudar no curto prazo, segundo economistas, considerando as expectativas de desaquecimento da atividade. O número de empresas inadimplentes cresceu 8,5% em outubro, na comparação anual, chegando a 6,33 milhões, segundo levantamento da Serasa Experian obtido pelo Valor. A quantidade é a maior já registrada desde o início da série histórica, em 2016. O aumento reflete diretamente a menor capacidade das famílias de honrar suas contas em meio à alta dos preços, diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian. “A inflação puxou a inadimplência das pessoas físicas, que tem crescido desde outubro de 2021, e teve efeito também na inadimplência das companhias”, afirma. O avanço da taxa básica de juros (Selic) foi outro fator que teve peso negativo, já que elevou os custos para rolagem das dívidas das empresas. Para Michael Burt, economista da LCA Consultores, a inadimplência das companhias também pode estar ligada ao vencimento das dívidas feitas ao longo da pandemia. Parte das empresas aproveitou o ambiente propício - com juros mais baixos e maior oferta de crédito - para reforçar o caixa e financiar as atividades. “Naquele momento, fazia muito sentido para as companhias negociarem suas dívidas, mas agora os prazos devem estar se aproximando e, dada a situação complicada, muitas delas não conseguiram cumprir com as obrigações”, afirma Burt. A expectativa é que o cenário para as companhias não mude até, pelo menos, a metade de 2023. “Antes do fim do primeiro semestre, é pouco provável que a gente veja queda no indicador de inadimplência das empresas”, afirma Rabi. Para que a situação fique estável, diz ele, é necessário que a inflação caia “de forma consistente e não apenas por causa de fatores temporários” e que os juros parem de subir. “Esse índice é um indicativo em cadeia, porque para parar de crescer é necessário que os consumidores consigam limpar seus nomes e quitem as dívidas que contraíram com as empresas, que, consequentemente, terão melhora no fluxo de caixa e, por sua vez, conseguirão pagar os compromissos financeiros atrasados que ainda possuem”, diz o economista da Serasa. Burt acredita que, como o crescimento da inadimplência das empresas neste ano foi mais lento do que o das famílias, “há espaço para crescimento nos próximos meses”. Os dados da Serasa Experian mostram que cerca de 53% das empresas inadimplentes são do setor de serviços. As companhias do comércio correspondem a 38% do total, enquanto as do ramo industrial chegam a 8%. Considerando o porte, as micro e pequenas empresas representam quase 89% das companhias em atraso.

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