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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 237 DE 19 DE OUTUBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 237 |19 de outubro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: movimento de baixa na arroba persiste nas praças pecuárias brasileiras

Na terça-feira, 18 de outubro, o mercado físico do boi gordo não conseguiu oferecer resistência ao movimento baixista e registrou novos ajustes nos preços. A IHS Markit observou quedas nos preços do boi gordo nos Estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná.


Segundo a IHS Markit, a baixa liquidez de negócios gerada pela fraca procura por animais terminados continua a impactar negativamente o mercado pecuário, pois as escalas de abate das indústrias frigoríficas atendem adequadamente seus compromissos para os próximos dias. Entre as principais praças pecuárias do País, destaque para queda na arroba nas praças do interior de São Paulo, relata a IHS. “Grande parte das unidades de abate paulistas dispõe de uma boa cobertura de animais negociados pelo contrato a termo, o que ainda permitem mantê-las ausentes dos negócios no mercado spot”, observa a IHS. No Mato Grosso do Sul, exportadores continuam operando com valores para arroba abaixo das máximas, apesar de frigoríficos do mercado interno ainda trabalharem com preços aparentemente mais firmes. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, a cotação do boi gordo paulista registrou estabilidade na terça-feira, após abrir a semana com quedas. O macho terminado “comum” (destinado ao mercado doméstico) seguiu valendo R$ 282/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 265/@ e R$ 275/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 285/@ (preço bruto e a prazo) em São Paulo, acrescenta a Scot. Na terça-feira, a IHS Markit ainda observou quedas nos preços do boi gordo nos Estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná. Já em outras praças, como as localizadas em Goiás e no Maranhão, tímidos repiques de negócios criam condições de suporte aos preços da arroba do boi gordo. Em relação ao mercado de carne bovina, as vendas no atacado demonstram inconsistência com a chegada da segunda quinzena de mês. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 281/@ (à vista) vaca a R$ 261/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 288/@ (prazo) vaca a R$ 268/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 268/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 256/@ (à vista) vaca a R$ 243/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 254/@ (à vista) vaca a R$ 245/@ (à vista); GO- Goiânia: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca R$ 250/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 2561/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 251/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 242/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 259/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Arroba suína chega entre R$ 141,00/R$ 145,00 em São Paulo

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve aumento de 4,44%/3,57%, chegando a R$ 141,00/R$ 145,00, enquanto a carcaça especial subiu 4,00%/3,88%, atingindo R$ 10,40/R$ 10,70 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (17), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, fixado em R$ 6,64/kg. Houve elevação de 2,32% em Minas Gerais, alcançando R$ 7,50/kg, ampliação de 1,36% no Paraná, custando R$ 6,69/kg, alta de 1,28% em São Paulo, subindo para R$ 7,11/kg, e de 1,09% em Santa Catarina, fechando em R$ 6,49/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango com cotações estáveis no Paraná e Santa Catarina

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,65%, valendo em R$ 7,75/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o valor ficou estável em R$ 5,23/kg, da mesma forma que Santa Catarina, custando R$ 4,20/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (17), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não sofreram alteração nos preços, fechando, respectivamente, em R$ 8,07/kg e R$ 8,11/kg.

Cepea/Esalq


Aviagen investe R$ 50 milhões em unidade de matrizes em Goiás

Obras vão dobrar a capacidade de produção da subsidiária Hubbard em Luziânia


O Grupo Aviagen, que lidera o mercado de genética avícola no Brasil, anunciou um investimento de R$ 50 milhões (US$ 9,5 milhões) para ampliar sua operação em Luziânia, em Goiás. A unidade produz matrizes de aves que levam o nome comercial de Hubbard Efficiency Plus. A Hubbard é uma subsidiária do Grupo Aviagen que opera como uma empresa de genética de aves independente, que tem marcas e atividades comerciais próprias. Com previsão de término em 2024, as obras vão dobrar a capacidade de produção da planta. Em entrevista ao Valor em maio deste ano, a Aviagen anunciou outros investimentos, que somam R$ 250 milhões.

VALOR ECONÔMICO


LEGISLAÇÃO


Ruralistas tentam destravar ‘autocontrole’

Bancada quer aprovar ainda em 2022 o projeto que regula novo modelo de fiscalização agropecuária


A bancada ruralista vai concentrar esforços para tentar aprovar ainda neste ano o projeto de lei 1.293/2021, que estabelece o autocontrole da fiscalização agropecuária no país. Tema de divergências entre o setor produtivo, principalmente a indústria de proteínas animais, ONGs e o sindicato dos auditores fiscais federais (Anffa Sindical), a proposta está pronta para votação no plenário do Senado Federal, mas há um requerimento para que ela seja discutida na Comissão de Meio Ambiente, o que pode retardar a aprovação. Na primeira reunião após as eleições, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu o Ministro da Agricultura, Marcos Montes, e o Secretário de Defesa Agropecuária da Pasta, José Guilherme Leal, para discutir o assunto. Apesar de vislumbrar um cenário mais favorável ao agronegócio no Senado em 2023, a bancada e o ministério querem aprovar o projeto do autocontrole no próximo mês para que a atual equipe de governo faça a regulamentação técnica do texto, considerado ponto-chave para o processo. “É uma grande modernização, é a desburocratização sem perder a qualidade. Todo o processo de análise e acompanhamento da qualidade é feito pelo Ministério da Agricultura. O autocontrole é uma peça acessória para que a gente não burocratize tanto a questão de avaliação dos produtos”, disse o ministro. Para Marcos Montes, o projeto é uma alternativa para suprir o atual déficit de fiscais federais agropecuários, que vai aumentar em virtude da aposentadoria de servidores, mas reforçou que busca autorização do Ministério da Economia para realizar novos concursos para a categoria. Maior exportador de soja do mundo, o Brasil tem poucos servidores formados em agronomia para atuar na área. “Estamos com poucos fiscais, temos que lutar para recompor nosso quadro. Temos muitas aposentadorias que não são repostas”, disse o ministro. “Com a aprovação do autocontrole, vamos ter muito mais gente preparada, disposta e liberada para fazer análise com mais critério”. Mas, segundo uma fonte, mesmo se o autocontrole for aprovado, há necessidade de contratação de ao menos 500 auditores fiscais. Segundo Leal, a Pasta está pronta para regulamentar o autocontrole assim que ele for aprovado. O sistema de fiscalização por autocontrole exige que o setor produtivo envie dados e informações ao Ministério da Agricultura por meio de sistemas informatizados. As indústrias são auditadas pelos servidores da Pasta. Os auditores, porém, temem a perda de funções e alegam tentativa de terceirização de suas atribuições, o que é negado pelo governo. O presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), disse que o setor enfrentou dificuldades no Senado, mas que o projeto não flexibiliza a análise da sanidade dos alimentos. Segundo Janus Pablo, presidente do Anffa Sindical, o projeto prevê mais do que o autocontrole. “A Secretaria de Defesa Agropecuária utiliza o autocontrole desde a década de 70. No entanto, o PL 1.293/2021 vai além, ele propõe a autofiscalização. Não apenas o ANFFA, mas dezenas de entidades que defendem o meio ambiente, o bem-estar animal e a saúde do consumidor, vêm lutando por um amplo debate sobre o projeto no Congresso Nacional, onde vem sendo aprovado a toque de caixa. Este é o posicionamento que sempre defendemos, fundamentado em argumentos técnicos, em defesa do interesse público”, disse.

VALOR ECONÔMICO


INTERNACIONAL


EUA se aproximam do recorde de mortes de aves por gripe aviária; variante dificulta combate

Um número quase recorde de galinhas e perus morreram no surto de gripe aviária deste ano nos Estados Unidos, pois uma forma diferente do vírus que os agricultores combatiam antes infectou mais aves selvagens que transmitem a doença, disseram autoridades


Mais de 47 milhões de aves morreram devido a infecções e abates. Isso estimulou as proibições de exportação, reduziu a produção de ovos e animais e contribuiu para preços recordes dos alimentos básicos antes da temporada de férias nos Estados Unidos. O surto agrava a crise econômica para os consumidores que lutam contra a inflação crescente. Em 2015, 50,5 milhões de aves morreram no surto mais mortal no país, o pior evento de saúde animal do país até hoje. Os agricultores estão lutando contra um subtipo da cepa H5N1 do vírus que sobreviveu durante o verão, quando o aumento das temperaturas normalmente reduz a gripe aviária, disse Rosemary Sifford, Diretora veterinária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mesmo subtipo, conhecido como linhagem ganso/Guangdong, está se espalhando pelo continente europeu, disse ela em entrevista. A Europa já está sofrendo sua pior crise de gripe aviária, com quase 50 milhões de aves abatidas. As autoridades estão encontrando o subtipo em uma gama mais ampla de aves selvagens, como patos, do que no passado e parece viver nas aves por mais tempo, disse Sifford. Uma ameaça elevada de infecções pode persistir até o verão de 2023 à medida que migram, disse ela. “Infelizmente, o que fizemos provavelmente não foi suficiente para nos proteger dessa alta carga de vírus na população de aves selvagens”, disse Sifford. Os preços de varejo do peito de peru fresco e sem pele atingiram um recorde de 6,70 dólares por libra no mês passado, um aumento de 112% em relação ao ano anterior e 14% acima do recorde anterior de 2015, disse o American Farm Bureau. A produção de carne de peru este ano deve cair 6% de 2021, para 5,2 bilhões de libras, de acordo com o USDA. O produtor de perus de Indiana, Greg Gunthorp, disse que mercearias, varejistas online e outros compradores ligaram para procurar perus inteiros e peitos. Peitos de peru sem antibióticos estão sendo vendidos por 7 a 9 dólares por libra no atacado, em comparação com cerca de 3 dólares antes da pandemia de Covid, disse ele. “O mercado de perus agora é o mais louco que já vi”, disse Gunthorp.

REUTERS


EMPRESAS


Fabricante de produtos de colágeno catarinense é comprada por empresa dos EUA por R$ 6,4 bi

A Gelnex foi adquirida pela Darling Ingredients, depois de forte disputa que também teria incluído a JBS e fundos de investimento. A empresa produz colágeno bovino


A Darling Ingredients , listada na Bolsa de Nova Iorque, companhia que transforma resíduos de alimentos em produtos sustentáveis e produtora de energia renovável anunciou a aquisição da fabricante de produtos à base de colágeno Gelnex, de Santa Catarina por aproximadamente US$ 1,2 bilhão (R$ 6,348 bilhões, na cotação atual). A compra de uma empresa relativamente desconhecida por um valor tão alto é reflexo da grande disputa pela marca. A transação levou cerca de um ano e envolveu ofertas de grandes empresas globais do setor de proteína – entre elas a gigante alemã Gelita –, além de fundos de private equity (que compram participações em empresas). Outro nome que teria se interessado, segundo apurou o Estadão/Broadcast, seria a JBS. A alta atratividade da empresa se deu tanto pelo setor de ingredientes, muito atrativo, quanto pelas altas margens e crescimento relevante da Gelnex, segundo uma fonte próxima ao negócio, que preferiu não se identificar. Além disso, a Gelnex é uma empresa global, com receitas também em dólar. Sediada no Brasil, com cinco unidades na América do Sul e uma nos Estados Unidos, a empresa tem capacidade para produzir anualmente 46 mil toneladas de produtos de colágeno (como gelatina e peptídeos), exporta para mais de 60 países e emprega cerca de 1,2 mil funcionários. Já a marca de saúde Darling Ingredients Rousselot tem 11 unidades em quatro continentes e é fabricante de produtos de colágeno feitos de fontes bovinas, suínas e de peixes. A compradora tem valor de mercado de US$ 12 bilhões (mais de R$ 63 bilhões, na cotação atual). “Impulsionados pelo forte crescimento da demanda por produtos de colágeno no mercado global de saúde e nutrição, prevemos que o mercado de peptídeos de colágeno dobre nos próximos cinco anos”, disse Randall C. Stuewe, Presidente e Diretor executivo da Darling. “A Gelnex é um negócio bem administrado e terá um acréscimo imediato. Esta aquisição permitirá que a Darling continue a aumentar sua presença no mercado de saúde e nutrição e nossa capacidade de produção de colágeno bovino alimentado com capim na América do Sul para ajudar a atender à demanda futura de nossos clientes de colágeno em todo o mundo”, afirma Stuewe.

O ESTADO DE SÃO PAULO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Porto de Paranaguá prevê embarcar 6,6 mi t no último trimestre com impulso do milho

O Porto de Paranaguá, um dos principais exportadores de commodities agrícolas do Brasil, deve exportar 6,6 milhões de toneladas de soja, milho, farelo de soja e açúcar neste último trimestre, informou a administração da empresa pública Portos do Paraná na terça-feira.


Com isso, o embarque desses produtos entre outubro e dezembro deve crescer 53,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando essas exportações somaram 4.294.259 toneladas. “A diferença está, principalmente, nos volumes esperados para os embarques de milho”, disse o diretor de operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, em nota. A expectativa é que sejam embarcadas 2.609.000 toneladas de milho ante 124.604 toneladas no último trimestre de 2021, quando uma seca e geada reduziram a safra do país. Em 2022, a produção do cereal foi abundante e vem se refletindo em fortes embarques nacionais. Também são esperadas 1.865.000 toneladas de farelo de soja, 1.128.000 toneladas de soja (grão) e mais 1 milhão de toneladas de açúcar a granel, no último trimestre do ano. O milho exportado pelo Porto de Paranaguá tem como principais destinos Irã, Egito e Japão. Já o farelo de soja é enviado principalmente para Holanda, Alemanha e Coreia do Sul, enquanto a soja vai majoritariamente para China, Coreia do Sul e Irã. E o açúcar é destinado em sua maioria para o Canadá, Argélia e Irã, segundo informações do porto.

REUTERS


Agronegócio responde por 80% das exportações paranaenses, segundo Deral

O agronegócio é responsável por aproximadamente 80% de tudo o que é exportado pelo Paraná. Em termos nacionais, nos últimos dez anos, a participação estadual nas vendas brasileiras do agro para o Exterior foi, em média, de 13,4%, enquanto nas importações, o Estado recebeu 11,6%. Somente no ano passado, em recursos, o superávit foi de US$ 12,9 bilhões.


Esse é um dos dados apresentados pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no Panorama do Comércio Exterior do Agronegócio do Paraná, publicado em português, inglês e espanhol. O documento informa ainda, que o Paraná foi o quarto Estado exportador do agronegócio em 2021, arrecadando US$ 15,16 bilhões nas transações com 200 países, o que representa 12,58% das vendas brasileiras nesse setor. Em 2021, a exportação geral do Paraná foi de US$ 19 bilhões, representando 6,8% – 7º lugar – do que foi enviado ao Exterior pelo Brasil. O Estado teve 208 países parceiros nesse comércio. Desse total, US$ 15,16 bilhões corresponderam ao agronegócio, o que coloca o Paraná em quarto lugar no segmento, com 12,58% das vendas para 200 países. No setor do agronegócio, a liderança em exportações é de Mato Grosso, com US$ 21,39 bilhões, seguido por São Paulo, com US$ 18,99 bilhões, e Rio Grande do Sul, com US$ 15,22 bilhões. A quinta colocação é de Minas Gerais, com US$ 10,49 bilhões. O Paraná tem como principal atividade exportadora o complexo soja, que representa 42% do total. Dentro do complexo, a soja em grão alcançou 73,27%, o farelo de soja, 20,61%, e o óleo de soja, 6,12%. Os principais compradores do segmento soja são, pela ordem, China, Países Baixos e Coreia do Sul. As proteínas animais respondem por 22% do total exportado. O frango é o principal produto no setor, com 85,97%, seguido de suíno, com 10,42%, carne bovina, com 2,73%, e outros produtos, com 0,88%. A China também é o principal comprador das proteínas, vindo a seguir Emirados Árabes Unidos e Japão. Os principais compradores dos produtos florestais paranaenses são, pela ordem, Estados Unidos, China e México. Nesse segmento, que representa 20,9% do total exportado em agronegócio, a madeira corresponde a 62,09%, celulose participa com 19,21% e o papel, com 18,69%. A seguir vem o complexo sucroalcooleiro, com participação de 6,1% na grade exportadora do agronegócio paranaense. No complexo, o açúcar de cana lidera com 96,18%, seguido de álcool, com 3,07%, e demais açúcares, com 0,74%. Argélia, Iraque e Suíça são os principais mercados. Entre os 9% de outros produtos que fazem parte da pauta de exportações do agronegócio do Estado, desponta o café, vendido principalmente para Estados Unidos, Rússia e Japão. O café solúvel ocupa 81,44% dentro desse ramo; outros 14,77% são de café verde; os extratos, essências e concentrados correspondem a 3,05%, enquanto o café torrado soma 0,73%. O Paraná também importou produtos do agronegócio em 2021. Entre os US$ 2,18 bilhões gastos pelo Estado em importações de 89 países, o maior volume foi com adubos e fertilizantes. O Estado é o terceiro colocado em compras realizadas pelo Brasil no setor agro, com participação de 14,09%.

AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem forte queda ante real com bom humor após reviravolta fiscal britânica

O dólar caiu pela segunda sessão consecutiva frente ao real na terça-feira, pressionado por movimento global de apetite por risco na esteira de uma reviravolta fiscal no Reino Unido, embora temores de um aperto monetário muito agressivo nos Estados Unidos persistissem, limitando pontualmente as perdas da moeda norte-americana


A divisa dos EUA teve queda de 0,88%, a 5,2549 reais, na maior desvalorização percentual diária desde o tombo de 4,025% registrado no último dia 3, na esteira do primeiro turno das eleições presidenciais domésticas. Na B3, às 17:05 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,66%, a 5,2630 reais. Boa parte do bom humor dos mercados internacionais veio depois que o novo ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, descartou na segunda-feira o plano econômico da primeira-ministra Liz Truss, avaliou Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos. A agenda fiscal de Truss previa grandes cortes de impostos sem compensação por parte do governo, o que vinha provocando ondas de estresse no mercado de títulos britânicos e contaminando o humor global. Por outro lado, limitando as perdas do dólar frente ao real, uma leitura da terça-feira mostrou que a produção manufatureira nos Estados Unidos aumentou mais do que o esperado em setembro, a ritmo de 0,4%. Os dados "sugeriram a manutenção de pressões inflacionárias na economia do país, processo que deve ter como consequência a manutenção da postura restritiva por parte do Fed em relação à política monetária, o que proporcionou um influxo de recursos na economia norte-americana" e uma recuperação pontual do dólar em relação aos menores patamares do dia, disse Matheus Pizzani, economista da CM Capital. No Brasil, no entanto, especialistas vêm apontando fatores domésticos como pontos de apoio para a moeda local em meio ao ambiente externo ainda desafiador: "Vale lembrar que a taxa Selic em níveis de 13,75%, além da resiliência de dados econômicos recentes, ajuda também a impulsionar o real", disse Boragini, da Davos. Ele acrescentou que o mercado local "segue de olho nas eleições e acompanha de perto as pesquisas de intenção de voto que serão divulgadas ao longo da semana", a apenas 12 dias do segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O dólar cai 5,72% frente ao real até agora em 2022, embora esteja 14% acima da menor cotação de encerramento do ano, de 4,6075 reais, atingida no início de abril.

REUTERS


Ibovespa engata nova alta

O Ibovespa engatou a segunda alta seguida na terça-feira, apoiado novamente por Wall Street, mas também pelo avanço de Vale após números de produção e vendas e disparada de Natura&Co, que avalia IPO de sua unidade Aesop


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,87%, a 115.743,07 pontos. Em Nova York, o S&P 500 avançou mais de 1% embalado por resultados corporativos, entre eles os de Goldman Sachs e Lockheed Martin, que atenuaram receios sobre a safra de balanços norte-americana. Dados também mostraram que a produção manufatureira nos EUA segue resiliente. Para Rafael Bombini, assessor na DOM Investimentos, o começo da temporada de balanços no exterior tem agradado, especialmente os dos bancos, e esse movimento beneficia a bolsa paulista. No Brasil, a pauta macroeconômica também trouxe mais um dado benigno sobre o comportamento de preços, com o IGP-10 de outubro registrando queda para 1,04%, após recuo de 0,9% em setembro e praticamente em linha com o estimado por economistas consultados pela Reuters (-1,08%). Agentes financeiros também continuam acompanhando o noticiário político, de olho no segundo turno da eleição presidencial, que, apesar da vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro nas pesquisas, está indefinida.

REUTERS


IPPA/Cepea: Após três meses de estabilidade, IPPA cai em setembro

Depois de permanecer praticamente estável em junho, julho e agosto, o IPPA/CEPEA (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) recuou 1,7% em setembro, em termos nominais


Esse movimento foi resultado das quedas observadas para o IPPA/Pecuária, IPPA/Cana-Café e IPPA/Grãos, sendo de, respectivamente, 5,4%, 1,4% e 0,2%. O IPPA/Hortifrúti, por sua vez, apresentou forte alta, de 11,2%. No caso do IPPA/Pecuária, a retração se deve às desvalorizações do leite, do suíno vivo, do boi gordo e do frango vivo. Chamou a atenção a baixa de 14,6% no preço nominal do leite no campo, após consecutivas altas registradas desde fevereiro deste ano. Essa variação, conforme aponta a equipe Leite/Cepea, está atrelada à diminuição do consumo de laticínios no varejo e atacado, como reação dos consumidores frente aos altos patamares de preços. O desempenho do IPPA/Cana-Café, por sua vez, reflete as retrações observadas nos valores nominais de ambos os produtos, que se repetiram pelo terceiro mês consecutivo. No caso do IPPA/Grãos, destacou-se a queda de 12,5% dos preços nominais do trigo em grão, devido à expectativa de safra recorde para a temporada 2022/23. Também foram observadas desvalorizações para o algodão em pluma, arroz e soja. Já o IPPA/Hortifrúti foi impulsionado pelo desempenho dos preços da banana, da uva e da batata. A variação observada para a banana, que se destacou entre as três, se deve à menor oferta nas principais praças fornecedoras. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, caiu 1,9% – logo, de agosto para setembro, os preços agropecuários subiram frente aos industriais da economia.

Cepea


Leite e combustíveis caem e IGP-10 acelera queda a 1,04% em outubro, diz FGV

O IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 7,44%


As quedas nos preços de leite e combustíveis levaram o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) a acelerar a deflação a 1,04% em outubro, contra recuo de 0,90% no mês anterior, mostraram os dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) na terça-feira (18). A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 1,08%, e com o resultado do mês o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 7,44%. O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 1,44% em outubro, depois de recuo de 1,18% no mês anterior. Já o IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor), que responde por 30% do índice geral, voltou a subir, a uma taxa de 0,17%, depois de ter recuado 0,14% em setembro. "No IPA, as maiores contribuições para a queda do índice foram leite in natura (-7,21%) e óleo diesel (-4,22%). Já no IPC, as quedas registradas para gasolina (-7,09%) e leite tipo longa vida (-11,36%) contiveram parcialmente o ritmo de aceleração do índice", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV. Segundo ele, os preços ao consumidor voltaram a subir devido à influência do setor de serviços, principalmente passagens aéreas (+17,70%) e aluguel residencial (+1,38%). O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), por sua vez teve variação positiva de 0,01% em outubro, de uma taxa negativa em 0,02% no período anterior.

REUTERS


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