Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 1 | nº 22| 03 de dezembro de 2021
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Frigoríficos se retiraram do mercado à espera de resultados no atacado
Preços do boi gordo ficam estáveis na maioria das praças; em SP, o animal macho terminado sai por R$ 320/@, enquanto a vaca e a novilhas prontas para abater valem R$ 299/@ e R$ 309/@, respectivamente, informa a Scot Consultoria
Na quinta-feira, 2 de dezembro, o fluxo de comercialização no mercado brasileiro do boi gordo perdeu força, resultando em estabilidade da arroba nas principais praças pecuárias do País. Após sucessivas altas em São Paulo, a cotação do boi gordo permaneceu no mesmo patamar ao longo do dia, refletindo o maior conforto nas escalas de abate dos frigoríficos, que atendem em média uma semana, informa a Scot Consultoria. O animal macho terminado está precificado em R$ 320/@ nas praças paulistas, enquanto a vaca e a novilhas prontas para abater valem R$ 299/@ e R$ 309/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), relata a Scot. Segundo a IHS Markit, a baixa liquidez no mercado do boi gordo é explicada pela saída de muitas indústrias frigoríficas das compras. Boa parte das unidades de abate relataram que as ofertas de animais terminados seguem muito enxutas, mas que optaram em ficar ausentes dos balcões de negócios, devido ao quadro preocupante em relação à capacidade do consumo doméstico em absorver a produção de cortes bovinos a preços mais elevados. Atualmente, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros atendem, em média, 5 dias uteis, com unidades com programações prontas até 15 de dezembro. No front externo, de acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne bovina in natura no mês passado caíram pela metade em comparação ao volume registrado em novembro de 2020, efeito, refletindo o imbróglio com a China. Para dezembro/21, as expectativas para as exportações não são otimistas pelo fato da janela de compra chinesa se fechar e só reabrir a partir de fevereiro/22. No mercado atacadista, com exceção do traseiro, os preços de todos os demais cortes de bovino recuaram na quinta-feira, de certa forma contrariando as expectativas dos agentes do setor. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 296/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca R$ 302/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 296/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 293/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 327/@ (à vista) vaca a R$ 306/@ (à vista); TO-Araguaína: boi a R$ 298/@ (prazo) vaca a R$ 288/@ (prazo).
PORTAL DBO
Arroba do boi sobe 25% e bate novo recorde no país
Cotação encerrou novembro a R$ 322,40, seu maior valor nominal, informa Cepea
O preço do boi gordo encerrou o mês passado a R$ 322,40, valor 25,26% (o equivalente a R$ 65,20 por arroba) maior que o de outubro e um recorde nominal, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). Em comparação com novembro de 2020, o aumento foi de 13,6%. A oferta restrita foi a principal razão da alta. Em nota, o Cepea diz que alguns frigoríficos elevaram, ainda que pontualmente, suas compras de novos lotes para formarem estoques para as vendas de fim de ano, quando a procura por carne costuma subir no atacado. Já o preço do suíno vivo caiu 3,6% de um mês a outro e 31% em termos reais (levando em consideração a inflação do período) em relação a novembro do ano passado, para uma média de R$ 6,47 por quilo, informa o Cepea. A carcaça especial suína vendida no atacado paulista, por sua vez, encerrou o último mês a R$ 10,08 o quilo, montante 2,8% menor que o de outubro e 29,6% inferior ao de novembro de 2020.
VALOR ECONÔMICO
SUÍNOS
Com demanda aquecida, preço do suíno registra valorização de 26% no comparativo semanal
Segundo as informações da Safras & Mercados, as referências dos suínos registraram altas ao longo desta semana, em que houve um aumento de 26% no estado de São Paulo. No início da semana, os preços dos suínos estavam em torno de R$ 119,00/@ e na quinta-feira (02) estão cotados em R$ 150,00/@ na praça paulista
“A tendência é que o mercado do suíno continue registrando novas valorizações em razão da proximidade das festas de final, em que a demanda costuma ficar mais aquecida”, informou o analista de mercado da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias. O levantamento realizado pela a Scot Consultoria informou que a arroba do suíno CIF não registrou alteração de preços e está cotada a R$ 140,00/@ a R$145,00/@. O valor da carcaça especial registrou desvalorização de 1,96% a 1,89% e está cotado a R$ 10,20/R$ 10,40 o quilo. De acordo com as informações do Cepea, as cotações médias dos animais vivo e da carne suína em novembro/21 ficaram abaixo do registrado em outubro/21 e bem inferiores aos de novembro/20. “No comparativo anual, as desvalorizações do animal vivo e da carne chegaram a atingir os 30% em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea. No Oeste Catarinense, o recuo mensal no preço do animal vivo foi de 3,6% e o anual, de expressivos 31%, em termos reais, com a média de novembro a R$ 6,47/kg”, informou o Cepea em seu boletim semanal. Segundo o Cepea/Esalq, com informações da última quarta-feira (01), o preço do animal vivo em Minas Gerais está próximo de R$ 7,47/kg e teve desvalorização de 0,13%, enquanto em São Paulo o suíno teve leve alta 0,13% e está precificado a R$ 7,70/kg. Em Santa Catarina, o animal vivo permaneceu estável e está ao redor de R$ 6,75/kg. No Paraná, o valor do animal segue com estabilidade e está cotado em R$ 6,53/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno está estável e cotado em torno de R$ 6,36/kg.
AGÊNCIA SAFRAS
Suinocultura Independente: muita expectativa para melhora nos preços, mas ainda pouco reflexo nas cotações
O estado do Paraná, foi o único que já abriu dezembro tendo elevações. Considerando a média semanal entre os dias 25/11/2021 e 01/12/2021, o Indicador do preço do quilo vivo do Suíno LAPESUI/CIA/UFPR teve alta de 2,43%, fechando a semana em R$ 6,93
“No comparativo mensal das médias semanais, o preço do kg/vivo do suíno no Paraná apresentou alta de 3,33% em relação à semana do dia 03/11/2021.”, informou o Lapesui, que ainda estima um preço de R$ 6,99 para o suíno vivo na próxima semana, com nova valorização. No mercado mineiro, ficou mantido o preço das últimas duas semanas de R$ 7,50/kg vivo, de acordo com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
Cenário semelhante é visto em São Paulo, onde as cotações também se mantiveram no patamar, com o quilo do suíno vivo sendo comercializado à R$ 8,00, conforme informado pela Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O Rio Grande do Sul, que negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, também estima a manutenção dos preços em R$ 6,84 para esta sexta-feira (03), mesmo valor do encerramento da última semana, dia 26 de novembro. “É esperado que o preço se mantenha igual ao da semana passada pelo que se tem visto no mercado, que está muito calmo. É difícil fazer uma projeção para frente, com o mercado muito instável e sem rumo, mas a expectativa é de melhora mais para frente, com as parcelas de décimo terceiro chegando”, comenta Valdecir Folador, Presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). Em Santa Catarina houve um leve recuo, com as cotações passando de R$ 7,18 o quilo para R$ 7,10 o quilo, de acordo com dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). As projeções da entidade apontam a comercialização de 23.801 animais com peso médio de 115 kg para a próxima semana. Para o presidente da ACCS, Losivanio de Lorenzi, esse recuo nas cotações surpreendeu nesta semana, já que, com a entrada de dezembro, era esperado uma elevação destes preços. “É difícil achar uma explicação, já que dezembro sempre aumenta o consumo, mas o mercado nesse ano sempre tem sido menor do que a expectativa. Houve um aumento de oferta de animais nessa semana com relação a média das últimas semanas, um aumento de oferta em campo com o pessoal segurando as vendas e esperando um aumento de preços que não veio”, explica. . “A renda extra de final de ano ainda não entrou nas contas dos brasileiros, então na semana que vem já deve ter melhora nos preços. Com o dinheiro rodando no mercado, o fim de ano sempre aumenta o consumo pensando nas festas de final de ano. Mas infelizmente, não será um aumento suficiente para tirar o prejuízo da atividade nesse ano”, diz de Lorenzi.
AGROLINK
FRANGOS
Preço do frango vivo cai 12,50% em São Paulo
O preço do frango vivo na região de Descalvado/SP teve queda de 12,50% frente aos preços observados na segunda-feira (29), em que passou de R$ 6,00/kg para R$ 5,25/kg, segundo a Safras & Mercados
No Rio Grande do Sul, o valor do frango vivo teve queda de 10,34% frente ao negociado na segunda-feira, em que estava cotado em R$ 5,80/kg e agora está ao redor de R$ 5,20/kg. De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, os preços do frango registraram acomodação após queda nos preços em novembro. “A perspectiva é que o mercado volte a registrar novas altas com a chegada das festas de final de ano e também com a migração das proteínas mais caras para as mais baratas”, destacou. Segundo o analista da Safras & Mercados, a cotação das as aves natalinas também está muito mais elevada neste final de ano. “Com isso, a carne suína e de frango tendem a ganhar ainda mais espaço na ceia do brasileiro em dezembro”, ressaltou. Conforme o levantamento da Scot Consultoria, a referência para a carne de frango no atacado em São Paulo recuou 1,53% e está precificada ao redor de R$ 6,45/kg, enquanto que o frango na granja está estável e cotado a R$ 5,20/kg. O preço do frango vivo em Santa Catarina segue estável e está precificado em 3,70/kg. A referência do frango vivo no Paraná está estável e cotada a R$ 5,77/kg, enquanto em São Paulo a cotação do frango vivo está sem referência. Segundo o Cepea/Esalq, em seu levantamento realizado na última quarta-feira (01), o preço do frango congelado teve desvalorização de 1,17% e está cotado a R$ 6,77/kg. O frango resfriado registrou queda de 5,65% cotado a R$ 6,85/kg.
AGÊNCIA SAFRAS
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Copel conclui compra de complexo eólico de R$ 1 bi e eleva aposta em fontes renováveis
Com a mira apontada para novas matrizes energéticas, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) concluiu nesta semana a compra do Complexo Eólico Vilas, no Rio Grande do Norte. O ativo, um complexo com cinco parques de geração de energia eólica, custou à empresa paranaense R$ 1,09 bilhão -- contratado por financiamento até 2040 no Banco do Nordeste
Já em operação, o Complexo Vilas está localizado em Serra do Mel e é capaz de gerar 186,7 megawatts. A Copel descreve a região como uma das melhores "no mundo" para geração de energia eólica. “Essa aquisição faz parte da estratégia da companhia de crescimento sustentável em energia renovável, amplia a diversificação da matriz de geração e está totalmente aderente à recente Política de Investimentos aprovada no início deste ano pelo Conselho de Administração”, disse em maio, início dessa transação, o diretor de Novos Negócios da Copel, Cassio Santana da Silva. “Investir em usinas prontas minimiza os riscos inerentes ao processo de implantação, pois o empreendimento já foi considerado ambientalmente adequado e estratégico para o sistema elétrico”, completou. A aquisição eleva a capacidade de geração de energia eólica da empresa paranaense para 920 megawatts no Rio Grande do Norte. Ela já opera no estado nos complexos Cutia (180,6 megawatts), Bento Miguel (132,3 megawatts), Brisa Potiguar (183,6 megawatts) e São Bento (94 megawatts). Outro complexo, o Jandaíra (90,1 megawatts), deve entrar em operação em 2022. Além disso, a Copel tem participação de 49% no empreendimento São Miguel do Gostoso I (108 megawatts). Com a conclusão do novo negócio, a fonte eólica passa a representar 13% da energia produzida pela Copel.
GAZETA DO POVO
Paranaguá já exportou 3,7 milhões de toneladas de carne de aves em 2021
Terminal de Contêineres do Porto paranaense corresponde a 30% do volume nacional de exportação de refrigerados
O Terminal de Contêineres do Porto de Paranaguá, no Paraná, ultrapassou a marca histórica de 1 milhão de TEUs (unidade de medida que equivale a um contêiner de vinte pés) movimentados antes do final do ano. E os números ainda vão crescer. Em nota, o TCP divulgou que projeta fechar o ano de 2021 com um crescimento de 11,7% (1,09 milhão de TEUs) em relação ao ano de 2020, que encerrou com 983 mil TEUs movimentados. Para cada contêiner, são consideradas, em média, 28 toneladas de peso líquido de carga. Do total de cargas movimentadas até o final de novembro, foram 4,4 milhões de toneladas de carnes. Destaque para as carnes de aves, que corresponderam a 3,7 milhões de toneladas. Na sequência aparece a carne bovina, com 310 mil toneladas, e em seguida a carne suína, com 270 mil toneladas. Lembrando que o Paraná é o maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil. O Terminal de Contêineres de Paranaguá corresponde a 30% do volume nacional de exportação de refrigerados e é o maior corredor de exportação de frangos do mundo.
CANAL RURAL
Decisão do STF que reduz ICMS em Santa Catarina causa temor de “catástrofe” no Paraná
Paraná pode ser obrigado a baixar ICMS da conta de luz e telefone
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em favor da rede varejista Americanas contra o estado de Santa Catarina pode repercutir no Paraná e forçar o estado a baixar a alíquota de ICMS sobre a tarifa de energia elétrica e de telecomunicações. A corte considerou inconstitucional a lei estadual catarinense que estabeleceu alíquotas de ICMS para estes serviços superiores à média geral. No caso do estado catarinense, a alíquota é de 25%. No Paraná é ainda maior, 29%. A média geral brasileira, levando em conta todos os bens e serviços, é de 18%. “O STF entendeu que o estado está cobrando acima do que deveria, considerando que a energia elétrica é essencial e deveria ser fixada na média geral de outros bens”, explica o advogado Lucas Ciappina, especialista em direito tributário do escritório Balera, Berbel & Mitne Advogados. A decisão do STF foi tomada no dia 22 de novembro, diante de mandado de segurança impetrado pela rede varejista. Na ação, a empresa destacou que a alíquota de 25% do estado é desproporcional e percentualmente superior a outros bens não essenciais como cosméticos, armas, bebidas alcoólicas e fumo. A decisão se aplica apenas ao caso específico, não tem poder de alterar a lei e não é extensiva a outras empresas e estados. “Porém, abre precedente favorável para discussão semelhante em todo o país”, observa Ciappina. Ele informa que a própria varejista tem ações em outros 22 estados (inclusive o Paraná) e Distrito Federal questionando alíquotas. “Todas as ações devem seguir a mesma orientação do STF”, acredita. O advogado informa que o STF vem julgando apenas os casos em processo, ou seja, a medida vale apenas para quem entrou com ação. “O ideal seria outras empresas também ingressarem com ação nesse sentido”, aconselha. No caso do Paraná, havendo decisão favorável, a redução poderia ser de 11% no custo da energia. A Secretaria da Fazenda do Paraná (Sefa) estima uma queda de R$ 2,7 bilhões por ano na arrecadação, sendo R$ 2 bi de ICMS-energia e R$ 700 milhões para ICMS-comunicações. Isso corresponde a aproximadamente 8% da arrecadação do estado. Em nota, a Sefa diz que “a decisão do Supremo Tribunal Federal em aprovar a redução de ICMS sobre contas de luz e telefone terá um impacto catastrófico não só para os estados e Distrito Federal, mas também para os municípios, que recebem sua quota-parte do ICMS arrecadado. Para alguns deles, a receita daí decorrente é, senão a única, a mais representativa fonte de financiamento das políticas públicas”. A Sefa informa que está trabalhando na avaliação dos dados e em um plano de contingência para minimizar as perdas com a arrecadação.
GAZETA DO POVO
MEIO AMBIENTE
BNDES DIVULGA LINHA FINAME BAIXO CARBONO
O BNDES divulgou nesta semana a linha Finame Baixo Carbono para aquisição de equipamentos com maiores índices de eficiência energética ou que contribuam para redução da emissão de gases de efeito estufa
A divulgação da linha faz parte de uma estratégia do BNDES para colaborar com a adoção de tecnologias que possibilitem o alcance da neutralidade de carbono nos diversos setores da economia brasileira. São itens financiáveis, por exemplo: sistemas de geração de energia renovável, aquecedores solares, ônibus e caminhões elétricos, híbridos e movidos exclusivamente a biocombustível e demais máquinas e equipamentos ambientalmente mais eficientes. Todos os produtos devem ser novos, de fabricação nacional e credenciados no Credenciamento Finame (CFI) do Sistema BNDES. Assista ao vídeo no canal do Youtube do BNDES, e saiba tudo sobre a nova linha de financiamento: https://youtu.be/rt52e7ecidc. No início de novembro o movimento cooperativista foi destaque no Espaço Brasil na COP26, em Glasgow, onde foram apresentados cases de cooperativas brasileiras que colaboram para o alcance da neutralidade de carbono. O cooperativismo está um passo à frente em ações e soluções nesse sentido. Para conhecer os principais cases e o manifesto em relação aos desafios apresentados COP26, acesse: www.cooperacaoambiental.coop.br.
OCEPAR
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista fecha em queda de 0,21%, a R$5,6594
O dólar fechou em leve queda na quinta-feira, com o real beneficiando de um dia de recuperação das commodities e de um rali de ativos de risco no exterior, apesar de números mais fracos da economia brasileira divulgados na sessão em que a PEC dos Precatórios foi aprovada pelo Senado
O dólar à vista caiu 0,21%, a 5,6594 reais, depois de oscilar entre 5,6797 reais (+0,15%) e 5,6143 reais (-1,00%). O alívio na cotação vem depois de quatro pregões seguidos de alta, nos quais acumulou ganho de 1,90%. No exterior, moedas correlacionadas a matérias-primas, como dólar canadense, peso mexicano, peso colombiano e peso chileno, apreciavam, enquanto um índice de commodities subia 0,5%.
Reuters
PIB do Brasil contrai 0,1% no 3º tri sob peso de agropecuária, e economia entra em recessão técnica
A economia brasileira entrou em recessão técnica ao registrar no terceiro trimestre contração pela segunda vez seguida, com perdas na agropecuária e nas exportações ofuscando ganhos nos serviços, em um cenário de inflação elevada e aumento de juros no país e apesar do avanço da vacinação contra a Covid-19
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou queda de 0,1% entre julho e setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira. O IBGE ainda piorou o resultado do segundo trimestre ao revisar o recuo de 0,1% informado antes para retração de 0,4%. Dois trimestres seguidos de contração são considerados como recessão técnica. No primeiro trimestre a economia cresceu 1,3%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o PIB teve acréscimo de 4,0%. Os resultados vieram piores do que as expectativas em pesquisa da Reuters de estagnação na comparação trimestral e alta de 4,2% na base anual. Segundo o IBGE, o PIB está agora no patamar do fim de 2019 e início de 2020, período pré-pandemia, e ainda 3,4% abaixo do ponto mais alto da atividade na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014. O progresso da vacinação, que permitiu maior movimentação de pessoas, bateu de frente com um desemprego alto e inflação elevada, puxada pelo encarecimento do dólar, da gasolina, da energia elétrica e de matérias-primas.
Isso obrigou o Banco Central a aumentar os juros, com a taxa Selic já em 7,75% ao ano e expectativa de nova alta na semana que vem e de que vá a dois dígitos em 2022, restringindo com força a atividade econômica. Até meados de março o juro básico estava na mínima histórica de 2%. Do lado da produção, a Agropecuária foi o destaque negativo na economia no terceiro trimestre, com queda de 8,0% sobre os três meses anteriores, como consequência do encerramento da safra de soja, que também acabou impactando as exportações. "Acabou o efeito da soja, que é a cultura que cresce neste ano. Teve a seca para afetar ainda mais", disse a Coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis. "Além disso, a agropecuária vem de uma base de comparação alta, já que foi a atividade que mais cresceu no período de pandemia", acrescentou Palis, lembrando ainda que este ano é de bienalidade negativa para o café. Esse resultado ofuscou o crescimento de 1,1% de serviços no período --o setor, que responde por mais de 70% do PIB nacional, beneficia-se da reabertura da economia. Por outro lado, a indústria ficou estável no terceiro trimestre, com crescimento apenas na construção (3,9%). "Serviços presenciais avançaram após a flexibilização de medidas de restrição. Com a inflação mais alta as famílias estão também migrando do consumo de bens para serviços", completou Palis. Em relação ao setor externo, as exportações de bens e serviços despencaram 9,8%, pesando também de forma aguda sobre o resultado do PIB, enquanto as importações de bens e serviços recuaram 8,3% na comparação com o segundo trimestre. Do lado das despesas, o consumo das famílias aumentou 0,9% na comparação com o trimestre anterior e o do governo cresceu 0,8%, por causa dos gastos com saúde. A Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, teve queda de 0,1% no terceiro trimestre, depois de recuar 3,0% no segundo.
Reuters
Economia brasileira segue frágil em meio a incertezas políticas e fiscais em 2022
A economia brasileira perdeu ritmo e deve continuar mostrando fragilidade por pelo menos mais um ano, com uma melhora dependendo de uma virada da inflação e de uma política econômica que estabilize as expectativas para a situação fiscal, de acordo com especialistas
A contração registrada pelo Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil tanto no segundo quanto no terceiro trimestres --o que configura recessão técnica-- impregnou mais viés de baixa a projeções de analistas, e a perspectiva de que a economia continuará patinando em 2022 é dada como certa. "Não temos expectativa muito promissora para 2022, talvez seja um resultado próximo à estabilidade. Podemos observar ligeiro crescimento no primeiro trimestre, mas provavelmente queda nos seguintes", avaliou o economista da XP Rodolfo Margato, explicando que sua estimativa para o crescimento econômico do ano que vem de 0,8% está sob revisão de baixa. Um dos fatores por trás dessa debilidade é o aperto da política monetária, que restringe a atividade. Outro é a incerteza, tanto fiscal quanto no campo político, tendo em vista a eleição presidencial no ano que vem, combo que eleva a percepção de risco. "Um ponto central é o resultado das eleições. O que a gente foca é a condução da política econômica e a responsabilidade fiscal", completou Margato. "Temos um cenário de incerteza no campo fiscal e no campo político. Com eleições naturalmente existe percepção de risco." O debate fiscal tem girado recentemente em torno da PEC dos Precatórios, que abriria espaço fiscal para que o governo consiga viabilizar o auxílio de 400 reais através da mudança no cálculo do teto de gastos e de um novo regime para o pagamento de precatórios. "De fato, está difícil sair do buraco. A decisão correta teria sido seguir com 300 reais (de auxílio emergencial) que caberia no teto de gastos. Não temos mais espaço para aumentar gastos públicos", disse Flávio Serrano, Chefe de análise macroeconômica da Greenbay Investimentos.
"O Brasil acabou destruindo um arcabouço importante que é a âncora fiscal. Há muita incerteza sobre ampliar gastos, mexer no teto. Isso aumenta o prêmio de risco e o reflexo é menos crescimento", completou. "A grande dúvida olhando para a frente é se teremos crescimento sustentável, só vamos conseguir ver com maior clareza com reversão da política monetária contracionista", destacou Mirella Hirakawa, economista sênior da AZ Quest. Para ela, o fim do atual ciclo de aperto monetário ocorrerá com um juro básico de 11,5%, taxa que deve perdurar até o encerramento de 2022. "Uma vez que consigamos ver um ciclo monetária de (pelo menos) não contracionista a expansionista, teremos maior espaço de crescimento. Mas isso é para 2024", completou Hirakawa.
Reuters
Bolsa tem melhor pregão do ano com alívio no front fiscal
Aprovação da PEC dos Precatórios afasta cenários considerados piores para as contas públicas
Diante da avaliação de que a PEC dos Precatórios ajuda a deixar para trás cenários que poderiam ser ainda piores para as contas públicas, a aprovação da proposta em dois turnos no Senado deu aval a um bom desempenho dos ativos brasileiros no pregão de ontem. Com apoio extra do ambiente externo favorável a ativos de risco, o Ibovespa teve o seu melhor desempenho diário do ano e conseguiu se afastar um pouco mais do nível dos 100 mil pontos. A bolsa brasileira também foi ajudada pela forte queda dos juros futuros, que reagiram ao cenário de desempenho fraco da atividade econômica, materializado de forma mais clara aos olhos do mercado após a contração de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. O Ibovespa encerrou o pregão de ontem em alta de 3,66%, aos 104.466,24 pontos, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2023 recuou de 11,78% na quarta-feira para 11,535% ontem. Na visão do economista-chefe da XP Asset Management, Fernando Genta, a PEC ajuda a “tirar o bode da sala” e a diminuir o nível de incerteza. Em “live” promovida pela gestora na quarta-feira para atualização de cenário, Genta lembrou, porém, que o custo fiscal de toda a discussão foi muito grande, tendo em vista, especialmente, o Auxílio Brasil fora da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Na prática, a PEC dá um calote nos precatórios, muda o teto e dá um ‘waiver’ [licença] para a LRF. Se, de um lado, nossas projeções de despesa não mudaram muito, o custo de credibilidade foi muito alto”, disse Genta. “Muito da piora de fundamentos ‘já está nos preços’”, avaliam os profissionais da Ibiuna Investimentos também na carta de novembro. Eles, contudo, mantêm postura cautelosa e defensiva em relação aos ativos domésticos. Para a gestora, alguns períodos de alívio e pequenos ralis nos ativos locais podem ser observados. “No entanto, é difícil ver uma melhora sustentada diante da combinação entre a perda de credibilidade deste governo na condução da economia após a quebra intencional do teto de gastos e o elevado ruído na esfera política com o início prematuro da corrida eleitoral de 2022.”
VALOR ECONÔMICO
Índice de preços de alimentos da FAO alcança máxima desde junho de 2011
Cereais e lácteos puxaram a alta de 1,2% em novembro. No segmento de carnes foi observada a quarta queda mensal consecutiva, para 109,8 pontos em novembro, 1 ponto percentual (0,9 %) a menos que em outubro. As cotações internacionais da carne suína caíram pelo quinto mês, pressionadas pela redução das compras da China. Os preços de ovinos caíram de forma expressiva, com o aumento da oferta de exportação, principalmente da Austrália, e as carnes bovina e de frango permaneceram estáveis, segundo a FAO
O índice de preços globais de alimentos da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu pelo quarto mês consecutivo e atingiu 134,4 pontos em novembro, o nível mais elevado desde junho de 2011. Em relação a outubro, a alta foi de 1,6 ponto percentual (1,2%), e na comparação com novembro de 2020 houve avanço de 28,8 pontos (27,3%). O resultado foi determinado sobretudo pelo comportamento das cotações nos segmentos de cereais e lácteos. O açúcar também subiu, enquanto carnes e óleos vegetais registraram leves quedas ante outubro. Cereais Os cereais tiveram alta média de 4,3 pontos na comparação mensal, para 141,5 pontos. No grupo dos lácteos, a elevação média em novembro foi de 4,1 pontos (3,4%) em relação a outubro, puxada por manteiga e leite em pó. O indicador do açúcar atingiu 120,7 pontos em novembro, um aumento de 1,6 pontos (1,4%) que anulou a maior parte do declínio do mês anterior. A recuperação das cotações internacionais foi motivada principalmente pela alta do etanol, que estimulou usinas no Brasil a ampliarem a produção do biocombustível em detrimento do açúcar. Por fim, a FAO informou que o índice dos óleos vegetais atingiu a média de 184,6 pontos em novembro, uma queda marginal de 0,3 pontos, ou 0,2%, em relação ao recorde registrado no mês anterior. “A ligeira retração refletiu valores um pouco mais baixos para os óleos de soja e canola, enquanto as cotações do óleo de palma continuaram praticamente inalteradas”.
VALOR ECONÔMICO
Queda de 8% no PIB da agropecuária no 3º trimestre é a maior desde 2012
Resultado foi influenciado por perdas nas lavouras de café, algodão, milho e cana-de-açúcar, mas também pelo desempenho do segmento pecuário, especialmente de criação de bovinos
Se a retomada do consumo de serviços impulsionou o setor no terceiro trimestre, choques de oferta na agropecuária e na indústria foram decisivos para o desempenho negativo do PIB como um todo. A seca histórica que atingiu o País no inverno leva boa parte da culpa. A agropecuária registrou queda de 8% sobre o segundo trimestre, pior resultado nessa base de comparação desde o primeiro trimestre de 2012, quando a queda foi de 19,6%.
Além da seca, que golpeou em cheio a segunda safra de milho, o inverno foi marcado por geadas que atingiram as plantações de café e cana-de-açúcar “O terceiro trimestre nos lembrou de que a atividade agropecuária é inerente aos efeitos do clima”, disse o coordenador do Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon. O tombo na atividade agrícola no terceiro trimestre foi resultado da combinação da saída dos efeitos econômicos da safra de soja com o fato de praticamente todas as principais culturas típicas do período terem sido atingidas pelo clima. Segundo o IBGE, o mau desempenho da agropecuária foi influenciado por perdas de café, algodão, milho e cana-de-açúcar, e na pecuária, especialmente na criação de bovinos. “Normalmente, para o setor agropecuário, todo o terceiro trimestre de cada ano é, em média, pior do que o segundo, em virtude da sazonalidade do setor. Neste ano, este resultado negativo foi agravado pelos efeitos climáticos muito severos”, explicou Conchon. Para 2022, escassez e encarecimento de insumos, agravados pelas elevadas cotações do dólar, que abalam a indústria desde o início da pandemia, poderão atrapalhar também a safra de 2021/2022, disse Conchon. A crise hídrica também atrapalhou a indústria. O PIB industrial teve variação nula no terceiro trimestre ante o segundo, puxado para baixo pela atividade de produção e distribuição de eletricidade, gás e água, que recuou 1,1%. Isso porque a geração de eletricidade encareceu. Segundo Rebeca Palis, do IBGE, a crise de energia ajudou a puxar o PIB brasileiro para baixo nos últimos dois trimestres.
O ESTADO DE SÃO PAULO
IPEA: Indicador registra recuo de 0,8% nos investimentos em setembro
O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na quinta-feira (02/12), apontou recuo de 0,8% em setembro frente a agosto deste ano, na série com ajuste sazonal
Com esse resultado, o terceiro trimestre teve queda de apenas 0,1%, na comparação com o segundo trimestre do ano. Em relação aos mesmos períodos de 2020, em setembro verificou-se expansão de 13,8% e, no terceiro trimestre, houve crescimento de 18,8%. A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução do indicador representa o aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo. No resultado acumulado em 12 meses encerrados em setembro, os investimentos tiveram expansão de 20,2%. No ano, a alta acumulada é de 22,7%.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou avanço de 0,9% em setembro e encerrou o terceiro trimestre com queda de 2,6%. Enquanto a produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno caiu 0,5% em setembro, a importação avançou 3,9% no mesmo período. Ainda assim, as importações caíram 2,9% no terceiro trimestre. Já a produção nacional encerrou o terceiro trimestre com alta de 2%. No acumulado em doze meses, o investimento em máquinas e equipamentos registrou um aumento 27,8%. Os investimentos em construção civil, por sua vez, recuaram 1,8% na série dessazonalizada. Essa foi a primeira queda do indicador após três altas consecutivas e, mesmo com a acomodação de setembro, o setor foi destaque no terceiro trimestre de 2021, com alta de 5,9% na margem. Em relação ao ano de 2020, verificou-se desempenho positivo de forma generalizada. O destaque ficou por conta do componente de máquinas e equipamentos, que avançou para um patamar 16,4% superior ao de setembro de 2020. Enquanto o componente de outros ativos fixos aumentou 15,3%, a construção civil registrou crescimento de 10,8%. Na comparação trimestral, os resultados também foram positivos.
Assessoria de Imprensa do Ipea
Produção industrial tem queda de 0,6% em sequência
A produção industrial brasileira voltou a patinar e caiu 0,6% em outubro, na comparação com setembro, informou nesta sexta-feira (3) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Foi a quinta retração consecutiva. O resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam avanço de 0,8%. O recuo de outubro alcançou 19 dos 26 ramos pesquisados. "Mais do que o resultado do mês em si, chama atenção a própria sequência de resultados negativos, cinco meses de quedas consecutivas na produção, período em que acumula retração de 3,7%", disse André Macedo, Gerente da pesquisa d IBGE. "A cada mês que a produção industrial vai recuando, se afasta mais do período pré-pandemia. Nesse momento, está 4,1% abaixo do patamar de fevereiro de 2020", emendou. O IBGE também informou que, na comparação com outubro de 2020, a produção industrial recuou 7,8%. Nesse recorte, a projeção de analistas era de queda de 5%. Ao longo deste ano, o indicador ainda acumula alta, de 5,7%. Em período maior, de 12 meses, o crescimento também é de 5,7%. Mesmo com o processo de reabertura da economia, após restrições maiores para frear o coronavírus, a produção industrial passou a emitir sinais de fragilidade no país. A escassez de insumos ainda é apontada como um problema que atinge parte das fábricas. Entre os ramos afetados pela situação está o automotivo A falta de componentes é associada ao desarranjo das cadeias produtivas provocado pela pandemia. Em outubro, 69% das empresas consultadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), na indústria geral, sinalizaram dificuldades para obtenção de insumos domésticos. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (2 pela entidade. Para complicar o quadro, a escassez tem sido acompanhada pela disparada de preços. Em outubro, a inflação da indústria acelerou a alta para 2,16%, a mais forte em seis meses, segundo o IPP (Índice de Preços ao Produtor). O índice também é calculado pelo IBGE. Em 12 meses, a disparada é de 28,83%. O IPP mede a variação dos preços na porta de entrada das fábricas, sem o efeito de impostos e fretes.
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