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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 207 DE 05 DE SETEMBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 207 |05 de setembro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: após agosto de baixa, arroba abre setembro estabilizada

Com frigoríficos ainda fora das compras de boiadas, o mercado pecuário anda de lado, sem tendência definida para o curto prazo


Depois das quedas nas cotações do boi gordo ocorridas durante a semana, os preços da arroba estabilizaram-se na sexta-feira, 2 de setembro, nas principais praças pecuárias brasileiras, informaram as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Segundo apuração da IHS Markit, na sexta-feira, o mercado brasileiro do boi gordo registrou morosidade de negócios, repetindo o comportamento visto durante toda a semana. “A maior parte das unidades de abate espalhadas pelo País continua cadenciado o ritmo de suas aquisições de boiada no mercado spot, pelo fato de dispor de uma maior incidência de contratos a termo”, observa a IHS. Embora o ritmo dos embarques de carne bovina ao mercado internacional venha surpreendendo em termos de volume e receita, o mercado doméstico de carne bovina ainda apresenta inconsistência no escoamento da produção, relata a IHS. No interior de São Paulo, a cotação de referência para o boi gordo “comum” (sem prêmio exportação, direcionado ao mercado doméstico) segue em R$ 288/@, enquanto a vaca gorda e da novilha gordas são negociadas por R$ 270/@ e R$ 282/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), conforme os dados da Scot Consultoria. O boi-China (abatido mais jovem, geralmente abaixo dos 30 meses de idade) vale em torno de R$ 300/@ no mercado paulista, acrescenta a Scot. “Desta forma, o apetite comprador das unidades de abate se mostra aquém das expectativas, pois a oferta de animais oriundos de contratos a termo atende às necessidades de curto prazo”, ressalta a IHS. Agentes do mercado alegam que grande parte dos animais abatidos nas unidades paulistas compreende negócios a termo com valores em torno de R$ 315/@, enquanto que, no mercado spot, já existe sinalização de valores em torno de R$ 290/@, informa a IHS. No mercado futuro, as cotações dos contratos do boi gordo voltaram a acumular altas na semana, na B3. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 275/@ prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 280/@ (prazo)vaca a R$ 270/@ (prazo); TO- Araguaína: boi a R$ 270/@ (prazo)vaca a R$ 255/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Preços sem alterações para o mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 127,00/R$ 133,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,40/R$ 9,90 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (1), houve alta somente no Paraná, na ordem de 0,32%, chegando em R$ 6,20/kg, enquanto em Minas Gerais, o preço ficou estável em R$ 6,96/kg. Foi registrada queda de 0,64% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,21/kg, baixa de 0,31% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 6,33/kg, e de 0,28% em São Paulo, fechando em R$ 7,12/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango: no atacado paulista leve alta de 0,69%

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,80/kg, enquanto o frango no atacado teve leve alta de 0,69%, custando R$ 7,30/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, enquanto o Paraná teve aumento de 0,37%, chegando em R$ 5,47/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (1), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram sem alteração de valores, fixadas, respectivamente, em R$ 7,91/kg e R$ 7,89/kg.

Cepea/Esalq


Frango/Cepea: Competitividade da carne de frango cresce frente à suína, mas cai frente à bovina

A maior oferta de carne de frango no mercado doméstico e a menor liquidez em agosto pressionaram os valores da proteína no último mês, elevando sua competitividade frente à carne suína, que registrou valorização no período


Já em relação à carne bovina, a proteína avícola perdeu competitividade, uma vez que o recuo no preço da carcaça casada bovina foi mais intenso do que o verificado para o frango inteiro resfriado. De acordo com colaboradores do Cepea, a leve desvalorização da carne de frango em agosto resultou de uma estratégia do setor, na tentativa de evitar aumento de estoques, tendo em vista que a oferta do produto já estava alta. No mercado de carne bovina, as quedas foram mais acentuadas, influenciadas pelo baixo consumo da proteína no mercado brasileiro, devido ao fragilizado poder de compra da população. Já no mercado da carne suína, apesar dos recuos observados no encerramento de agosto, as vendas aquecidas na primeira metade do mês e as consequentes valorizações naquele período resultaram em elevação da média mensal. Nesse contexto, a diferença entre os valores do frango inteiro resfriado e da carcaça casada bovina diminuiu 5,1% entre julho e agosto, passando de 12,90 Reais/kg para 12,24 Reais/kg, evidenciando a perda de competitividade da carne avícola frente a essa concorrente no último mês. Já a diferença para a carne suína aumentou 26,3%, passando de 2,12 Reais/kg em julho para 2,68 Reais/kg em agosto e, assim, elevando a competitividade da proteína avícola frente à substituta.

Cepea


CARNES


Índice global de preços de carnes cai 1,5% em agosto

O índice global de preços de carnes da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 1,5% em agosto, a segunda queda mensal consecutiva, disse a FAO em comunicado na sexta-feira (02)


O índice ficou 8,2% acima do valor registrado em agosto de 2021. Os preços da carne de frango caíram em agosto impactados por uma redução nas importações por grandes países compradores e elevada disponibilidade do produto globalmente. Os preços da carne bovina também tiveram queda diante da fraca demanda doméstica em alguns dos países líderes em exportações, aumento na oferta para exportações e modesto crescimento na produção australiana. Já as cotações da carne suína subiram devido à reduzida oferta de animais prontos para abate. Os preços da carne ovina recuperaram-se moderadamente, impactados pelo aumento na demanda por importação por parte de alguns países europeus que compensou a redução nas compras pela China.

Carnetec


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Cooperativismo do paraná estuda formas de buscar fontes alternativas de financiamentos

O grupo técnico que coordena o Projeto 2, Desenvolvimento Econômico e Financeiro, um dos 20 projetos do Plano Paraná Cooperativo (PRC200), se reuniu virtualmente na quinta-feira (01/09) para avaliar o andamento da ação que busca identificar caminhos pelo quais as cooperativas possam acessar recursos no mercado para utilização em projetos de capitalização e investimentos, diminuindo a dependência dos meios oficiais e garantindo que o setor tenha suporte financeiro necessário para viabilizar seus planos de desenvolvimento


Ao abrir a reunião, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, fez uma avaliação do momento que o Brasil atravessa e ressaltou que, a despeito dos rumos que o país tomar, o cooperativismo tem a missão de seguir com os seus planos de expansão. “O PRC200 é isso, ou seja, é uma ferramenta que nos mostra onde estamos e aonde queremos chegar. Mas para conseguir atingir as metas, precisamos resolver alguns gargalos, entre os quais, garantir que as cooperativas possam captar recursos financeiros num volume suficiente para viabilizar os projetos de investimentos de longo prazo, daí a necessidade de buscar fontes alternativas de financiamento”, disse. O grupo técnico do Projeto 2 é constituído por 41 pessoas de 24 cooperativas, sendo 18 do ramo agropecuário e 6 do ramo crédito. “Penso que que a parte técnica do projeto que estamos construindo está bem fundamentada. Agora, chegou o momento de avançar, dar o encaminhamento para as ações que foram amplamente discutidas”, comentou o diretor da Ocepar, coordenador nacional do Ramo Crédito e presidente da Cooperativa Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio. Para chegar a esse resultado, foram necessárias oito reuniões do grupo técnico, em que foram discutidos temas como legislação, regulamentações e normativos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de Mercado de Capitais. Também ocorreram reuniões com agentes do mercado de capitais e com representantes da própria CVM. “Estamos na fase de apresentação dos resultados dos estudos realizados durante os encontros e também de estruturação de propostas”, afirmou o coordenador de Desenvolvimento Cooperativo do Sistema Ocepar, Devair Antônio Mem. Mem avalia que o encontro de ontem mostrou que as cooperativas estão interessadas e comprometidas com os objetivos do projeto 2 do PRC 200, ou seja, elas querem encontrar alternativas mais competitivas para catação de recursos para aplicar em projetos de investimentos de longo prazo. “A intercooperação entre as cooperativas agropecuárias e de crédito pode ser uma alternativa viável, considerando a alteração recente na LC 130/2009 pela LC 196/2022, que facultou a realização de operações de crédito com o compartilhamento de recursos e de riscos por um conjunto de cooperativas de crédito integrantes de um mesmo sistema cooperativo”, comentou. Durante a reunião, algumas cooperativas contaram que já conseguiram estruturar operações para captar recursos por meio de CRA, CDCA, entre outros títulos. Além disso, outras começaram a estudar essa opção, assim como operações por meio de fundos como FIDC e Fiagro que também podem ser alternativas viáveis desde que os custos acessórios sejam reduzidos. “Em resumo, avançamos, porque começamos a estruturar um projeto importante e necessário para que as cooperativas consigam viabilizar seus planos de expansão. Porém, há ainda muito o que ser feito nesse projeto. Precisamos, por exemplo, identificar pontos na legislação regulatória para simplificar, facilitar e reduzir custos na estruturação”, concluiu.

Ocepar


Boletim do Departamento de Economia Rural (DERAL)

Em relação ao milho, os técnicos do Deral destacam que a primeira safra 22/23 teve início no Estado do Paraná. Até a semana passada, já haviam sido plantados 7% da área total, estimada em 406 mil hectares


A expectativa é que sejam produzidas 4 milhões de toneladas nesta safra. Já a colheita da segunda safra 21/22 ultrapassou 91% da área total de 2,7 milhões de toneladas. No mercado, o preço recebido pelo produtor pela saca de 60 kg está cotado em torno de R$ 75,00, enquanto que o fechamento de agosto de 2021 estava em torno de R$ 93,00. Isso representa uma queda de 19%. No Paraná, a primeira safra de feijão no atual ciclo 2022/23 deverá ocupar uma área de apenas 122 mil hectares e resultar numa produção de 243 mil toneladas. É o que indica a primeira estimativa feita pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A informação consta no boletim semanal divulgado no dia 1º de setembro. De acordo com a publicação, “o reduzido plantio de feijão na primeira safra deve-se basicamente ao avanço das áreas ocupadas com a soja. Porém, é importante destacar que o feijão vem ocupando grandes áreas na segunda safra, como foi o caso da última, que registrou 338 mil hectares e produziu 561 mil toneladas.” A comercialização da safra de soja 21/22 atingiu 75% da produção estimada de 12 milhões de toneladas. Os preços permanecem estáveis, sendo a saca de 60 kg cotada em torno de R$ 170,00. Este preço representa uma alta aproximada de 9% quando comparado ao fechamento de agosto de 2021 (preço recebido pelo produtor). No campo, a expectativa do produtor está voltada, neste momento, para o início do plantio que vai acontecer a partir de 10 de setembro. Quanto à cevada, o boletim do Deral lembra que, em 2008, o Paraná superou o Rio Grande do Sul e, desde então, é líder na produção de cevada no Brasil, impulsionado pela produção de malte no Estado. A ampliação das maltarias paranaenses possibilitou o plantio de uma nova área recorde, de 80,8 mil hectares, onde há possibilidade de se obter uma produção de 375 mil toneladas, caso as condições climáticas sejam favoráveis. É exatamente isso que se observa até o momento, com 95% das lavouras em boas condições e 5% em médias.

SEAB-PR


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar ajusta para baixo após salto dos últimos dias

O dólar manteve firme queda ante o real na sexta-feira, com investidores embolsando lucros após um relatório de empregos misto nos Estados Unidos e antes de um fim de semana prolongado sem a referência dos mercados norte-americanos


O ajuste de baixa no dólar veio depois de três dias seguidos de alta na cotação, período em que acumulou valorização de 4,09%, a mais forte nessa base de comparação desde meados de junho. O dólar à vista recuou 0,93%, a 5,19 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,05%, a 5,2245 reais. Mais cedo, o dólar havia caído em consonância com a fraqueza da moeda no exterior, após o aumento da taxa de desemprego nos EUA em agosto e alguma desaceleração no ritmo de aumento dos salários por lá gerarem esperanças de desinflação à frente --o que por sua vez diminuiria a pressão para o banco central dos EUA novamente recorrer a uma super alta de 0,75 ponto nos juros. Para estrategistas do Barclays, o cenário de juros nos EUA entre 3,75% e 4% ao fim do ano está nos preços de mercado e uma repetição no curto prazo de um tom mais duro por parte do Fed não deveria, em tese, dar mais apoio ao dólar. De um ponto de vista estrutural, isso favoreceria a moeda brasileira, que carrega a maior taxa de juros nominal entre as economias emergentes mais líquidas. "A estabilidade nas expectativas para o Fed pode ser construtiva para moedas de alto 'carry' (retorno), que têm superado os pares", disseram profissionais do banco estrangeiro em relatório. "Preferimos moedas de alta qualidade, como peso mexicano e real brasileiro, que possuem poucas vulnerabilidades externas", completaram. A percepção de que a economia brasileira tem se mostrado mais forte do que o esperado também favorece o real. O Bradesco elevou a estimativa para o crescimento do PIB em 2022 para 2,7%, de 2,3%, e passou a ver expansão também em 2023 (de 0,5%), ante estabilidade. Para a taxa de câmbio, o banco manteve prognóstico de 5,25 reais ao fim deste e do próximo ano. "Vale destacar o bom fluxo de investimento estrangeiro direto ao longo do ano, mais do que compensando um possível déficit maior em conta corrente. Nesse sentido, o câmbio tem mantido relativa estabilidade, mesmo em meio à volatilidade internacional", disse o banco em relatório.

Reuters


Ibovespa fecha no azul, mas piora em Wall St pesa

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, mas distante das máximas da sessão em meio à piora de Wall Street


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,26%, a 110.694,15 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 24,6 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa acumulou uma queda de 1,43%. No melhor momento do dia, o Ibovespa chegou a 112.264,17 pontos. Mas as bolsas norte-americanas passaram a trabalhar no vermelho, em meio a dados desiguais sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, enfraquecendo o pregão paulista.

Reuters


Produção industrial no Brasil cresce 0,6% em julho, diz IBGE

A produção industrial brasileira registrou crescimento de 0,6% em julho na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira


Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção recuou 0,5%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,7% na variação mensal e queda de 0,3% na base anual.

Reuters


Queda global dos preços dos alimentos continua sem chegar ao varejo

Índice da FAO que monitora itens alimentícios no mundo caiu pelo quinto mês consecutivo, mas recuo ainda não beneficia consumidor


Os preços de alimentos no varejo vão continuar altos, sobretudo enquanto persistirem as incertezas nos mercados de energia, alerta a FAO, a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. O Índice de Preços de Alimentos da FAO caiu 1,9% em agosto em relação ao mês anterior, mas permanece 7,9% acima do patamar de um ano atrás. O indicador recuou nos últimos cinco meses. No entanto, a melhora não se traduziu no dia a dia, e a inflação de alimentos continua forte. “Observamos uma baixa dos preços dos produtos alimentares no mercado internacional, mas não se transmitiu aos consumidores no supermercado”, diz Boubaker BenBelhassen, diretor de Mercados e Comércio da FAO. “É o preço de varejo que os consumidores pagam, e quando eles vão ao supermercado, constatam que os preços não baixaram”, acrescentou. “Isso ocorre porque os preços da energia, de transportes, logística e de processamento continuam elevados”. Além disso, acrescenta o especialista da FAO, os preços das commodities são fixados no mercado internacional em dólares americanos, e muitas moedas nacionais se desvalorizaram, diminuindo a capacidade de importações. Vários países com alta dependência de alimentos importados também enfrentam um enorme problema de endividamento. Eles estão cada vez mais relutantes em pedir mais dinheiro emprestado para importar alimentos, nota Boubaker. O cenário internacional é, assim, de inflação de alimentos persistente. A disponibilidade de produtos teve ligeira melhora, mas o acesso continua a ser uma enorme preocupação. O especialista da FAO nota que as recentes exportações de grãos da Ucrânia foram destinadas sobretudo a países de renda média. Os mais pobres, e mais afetados pela falta de alimentos, continuam com seus problemas. “Estamos preocupados com o acesso aos alimentos, com a crise do custo de vida e suas implicações”, afirmou. “As despesas das famílias com alimentos nos países de baixa renda, que ficam entre 50% e 70%, são muito elevadas, e não estão baixando”. A FAO aponta outra inquietação no radar: a persistente alta dos custos de fertilizantes e outros insumos. Se as cotações continuarem no patamar atual, haverá menos utilização de adubos, o que deve reduzir a produção e, com isso, diminuir a oferta de itens alimentícios. “Esperamos que no próximo ano não estejamos enfrentando um problema de disponibilidade de alimentos”, completou Boubaker.

Valor Econômico


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