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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 172 DE 18 DE JULHO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 172 |18 de julho de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços do boi gordo perdem força na 1ª quinzena de julho

“As escalas de abate alongadas, com volumes razoavelmente confortáveis para operação, dão espaço para a continuidade no ritmo de recuo dos preços do boi gordo”, relata a IHS Markit


Tradicionalmente, a segunda quinzena do mês é marcada pela redução de consumo de carne bovina, devido ao menor poder de compra dos brasileiros (em razão do maior distanciamento do pagamento dos salários de início de mês). O período de estiagem avança em boa parte do País. A região do Centro-Oeste e algumas praças pecuárias do Norte e Nordeste já registram mais de 10 dias sem chuvas, reduzindo significativamente a massa verde das pastagens e retirando a possibilidade de retenção dos animais nas propriedades por parte dos pecuaristas, ressalta a IHS. “Os preços ascendentes da arroba registrados ao longo de junho absorveram boa parte da oferta remanescente de animais disponíveis para abate, sobretudo aqueles terminados a pasto”, informa a IHS. Assim, a entressafra de boiada gorda avança na maior parte das regiões produtoras. Desta forma, as indústrias conseguiram preencher as suas escalas de abate e atender os contratos mais recentes. Em São Paulo, segundo levantamento da Scot Consultoria, as escalas de abate seguem confortáveis, fazendo com que muitas indústrias ficassem fora das compras de boiadas gordas nesta sexta-feira, 15 de julho. Com isso, as cotações dos animais terminados ficaram estáveis nas praças paulistas. Boi, vaca e novilha gordos estão cotados em R$ 313/@, R$ 282/@ e R$ 304/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), segundo a Scot. Bovinos com até quatro dentes, destinados ao mercado da China, estão sendo negociados em R$ 320/@, em São Paulo. No mercado atacadista, os preços dos principais cortes de carne bovina registraram recuos ao longo da semana, e novos ajustes negativos foram observados nesta sexta-feira, segundo a IHS. “O mercado registra volumes de reposição por parte da cadeia de distribuição e varejo abaixo da regularidade, desequilibrando a balança de oferta e demanda frente aos estoques nos entrepostos”, observa a IHS. A procura pelos cortes de carne bovina segue instável e indefinida, e deve permanecer nesta toada ao longo da segunda quinzena deste mês. Diante desse cenário, os preços da carne bovina perderam a sustentação ao longo desta semana, reforça a IHS. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 325/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 293/@ (prazo) vaca a R$ 273/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 297/@ (prazo) vaca a R$ 277/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca R$ 285/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 272/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


SUÍNOS: preços estáveis, com leves quedas EM SC E PR para o animal vivo

A sexta-feira (15) terminou a semana para o mercado de suínos registrando cotações estáveis ou leves quedas para algumas praças que comercializam o animal vivo


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 129,00/R$ 138,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,40 o quilo/R$ 9,80 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (14), houve queda de 0,31% em Santa Catarina, chegando em R$ 6,36/kg, e de 0,16% no Paraná, atingindo R$ 6,36/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 7,26/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,28/kg), e em São Paulo (R$ 7,26/kg).

Cepea/Esalq


Preço do suíno independente sobe 2 centavos no Rio Grande do Sul

A Pesquisa Semanal da Cotação do Suíno, milho e farelo de soja no RS apontou aumento de 2 centavos no preço do suíno vivo pago ao suinocultor independente; a cotação é de R$6,53. A pesquisa é realizada pela Associação de Criadores de Suínos do RS – ACSURS


O custo médio da saca de 60 quilos de milho ficou em R$ 87,33. Já o preço da tonelada do farelo de soja é de R$ 2.690,00 e da casquinha de soja é de R$ 1.350,00, ambos para pagamento à vista, preço da indústria (FOB). O preço médio na integração apontado pela pesquisa é de R$ 5,09. As cooperativas e agroindústrias apresentaram as seguintes cotações: Aurora/Cooperalfa R$ 5,30 (base suíno gordo) e R$ 5,40 (leitão 6 a 23 quilos), vigentes desde 11/07; Cooperativa Languiru R$ 5,20, vigente desde 14/02; Cooperativa Majestade R$ 5,30, vigente desde 11/07; Dália Alimentos/Cosuel R$ 5,20, vigente desde 08/02; Alibem R$ 4,10 (base suíno creche e terminação) e R$ 5,30 (leitão), vigentes desde 11/07, respectivamente; BRF R$ 5,10, vigente desde 06/06; Estrela Alimentos R$ 4,20 (base creche e terminação), vigente desde 11/07, e R$ 5,25 (leitão), vigente desde 06/07; JBS R$ 5,10, vigente desde 23/05; e Pamplona R$ 5,30 (base terminação) e R$ 5,40 (base suíno leitão), vigentes desde 11/07.

ACSURS


Produção de carne suína na China no 2º trimestre é a maior desde 2015 para o período

A produção de carne suína da China no segundo trimestre subiu para 13,78 milhões de toneladas, segundo cálculos baseados em dados oficiais divulgados na sexta-feira, o nível mais alto para o período desde pelo menos 2015


O aumento ocorreu depois que os agricultores aumentaram o número de porcas em 2020 e 2021, depois que a doença mortal da peste suína africana devastou o rebanho em 2019. O segundo trimestre é normalmente o período com a menor produção de carne suína, pois segue um aumento no abate para o feriado do Ano Novo Lunar da China durante o período de janeiro a março. Este ano, a China produziu aproximadamente a mesma quantidade de carne suína em abril-junho que no quarto trimestre do ano passado, mostraram dados do National Bureau of Statistics. Também foi um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados também mostraram que 365,87 milhões de suínos foram abatidos no primeiro semestre. Desse total, 16 produtores de suínos listados venderam um total de 63,6 milhões de porcos, um aumento de 48% em relação ao ano anterior, disse a Boya Consulting, com os principais produtores Muyuan Foods e Wens Foodstuff relatando um salto de 80% e 70%, respectivamente. A alta produção ocorreu quando a demanda se contraiu devido a repetidos surtos de COVID-19, no entanto, criando excesso de oferta e pressionando preços e lucros agrícolas. Os agricultores perderam dinheiro durante grande parte dos primeiros seis meses deste ano, com margens apenas se tornando positivas em junho. Eles começaram a abater algumas de suas porcas no final do ano passado, acelerando o ritmo no primeiro trimestre em meio a grandes perdas, e isso pode significar uma redução na produção no final de 2022. O aumento dos preços já está causando preocupação em Pequim, com o planejador estatal intervindo para tentar esfriar um aumento nas últimas semanas. No entanto, o departamento de estatísticas disse que o rebanho total de suínos cresceu para 430,57 milhões de cabeças no final de junho, ante 422,53 milhões de cabeças no final de março.

REUTERS


Carne suína: demanda se aquece e eleva preço médio mensal, diz Cepea

Quanto aos preços das carnes concorrentes, de frango e bovina, o movimento também foi de alta, mas de forma menos intensa


A demanda por carne suína está um pouco maior nesta primeira quinzena de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, além do típico aquecimento da procura em começo de mês, as temperaturas mais baixas e eventos festivos desta época do ano favoreceram o consumo da proteína. Diante disso, a carcaça especial suína registra média de R$ 9,90/kg (até o dia 12 de julho), elevação de 5,6% frente à de junho. Quanto aos preços das carnes concorrentes, de frango e bovina, o movimento também foi de alta, mas de forma menos intensa, contexto que reduziu a competitividade da carne suína. Ressalta-se que o aumento na distância entre o preço médio da carne suína em relação à de frango e a diminuição da diferença frente à proteína bovina evidenciam a perda de competitividade do produto suinícola.

PORTAL DBO


FRANGOS


Preços caem para o frango no atacado em São Paulo e no frango vivo no Paraná

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,26%, chegando a R$ 7,68/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, enquanto o Paraná registrou recuo de 0,18%, atingindo R$ 5,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (14), tanto a ave congelada quanto a resfriada mantiveram os preços fixados, respectivamente, em R$ 8,01/kg, e R$ 7,99/kg.

Cepea/Esalq


Frango/Cepea: Setor busca elevar produção, e busca por pintainhos cresce

As exportações brasileiras de carne de frango vêm registrando desempenho recorde ao longo deste ano – o volume embarcado no primeiro semestre foi o mais alto para o período


Pesquisadores do Cepea indicam que isso se deve à aquecida demanda internacional pela carne brasileira, tendo em vista o conflito na Ucrânia, importante fornecedora mundial da proteína, e casos de influenza aviária no Hemisfério Norte, que limitaram a oferta global do produto de origem avícola. As vendas externas aquecidas, por sua vez, têm limitado a disponibilidade interna da carne de frango e feito com que o setor busque elevar o volume de produção. Segundo pesquisadores do Cepea, esse fato é evidenciado pelas aquecidas demandas por lotes de frango vivo para abate e por novos pintainhos para alojamento. Na ponta inicial da cadeia, colaboradores do Cepea indicam que a procura por pintainhos de um dia está tão intensa que há registros de falta de produto em muitas regiões.

Cepea


USDA reduz estimativa para produção e consumo de carne de frango no Brasil

O consumo doméstico de carne de frango no Brasil deverá somar 10,1 milhões de toneladas em 2022, segundo estimativa mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgada em relatório na semana passada


“A inflação no Brasil enfraquece a demanda doméstica enquanto a União Europeia continua lutando com preços elevados de ração e impacto da gripe aviária altamente patogênica”, disse o USDA. A estimativa anterior do USDA para o consumo doméstico brasileiro de carne de frango em 2022, divulgada em abril, era de 10,25 milhões de toneladas. O USDA também reduziu a estimativa de produção de carne de frango do Brasil em 2022 para 14,7 milhões de toneladas, comparada à previsão de 14,85 milhões de toneladas em abril. A previsão para as exportações brasileiras de carne de frango foi mantida em 4,6 milhões de toneladas. O USDA espera que a produção global de carne de frango some 101 milhões de toneladas em 2022. As exportações globais da proteína devem somar 13,5 milhões de toneladas.

CARNETEC


Frango brasileiro amplia liderança global

Mesmo considerando que 69% das criações são destinadas ao abastecimento interno, em duas décadas as exportações das aves renderam R$ 145 bilhões. Olhando para os embarques mais recentes, em junho a exportação de frango, suínos e ovos bateu pela primeira vez a casa de US$ 1 bilhão ao mês. E o frango respondeu por 80% desse montante


“Devemos continuar nesse ritmo. Nossa meta era exportar 500 mil toneladas por mês. Esse projeto tinha maturação em um prazo muito mais alongado, mas já está acontecendo agora. Neste ano a gente só não exportou 500 mil toneladas nos dois primeiros meses. Não é nada ufanista, mas as projeções são para mais crescimento”, afirma Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa o segmento de aves, suínos e ovos. Contam para a avicultura brasileira as condições favoráveis de solo, água e clima – que se traduzem em disponibilidade de grãos para encher o papo das galinhas – como também a saúde dos planteis. Dentre os grandes produtores mundiais, o Brasil é o único que nunca registrou casos de gripe aviária e há mais de 20 anos não tem ocorrência da peste suína africana. Essas doenças assolam atualmente a Europa e a Ásia, e a gripe aviária ressurgiu há poucos meses nos Estados Unidos, depois de sete anos, exigindo o sacrifício sanitário de quase 40 milhões de frangos. “Todo esse contexto está dizendo ao Brasil: vamos precisar comprar de quem tem capacidade de aumentar a produção. A previsão é de que em cinco anos será preciso aumentar a oferta mundial de alimentos em torno de 12% a 15%, mas, do Brasil, espera-se 41%. Por aqui temos sustentabilidade e capacidade de produção”, enfatiza Santin. Esse crescimento poderá vir tanto pelo incremento da produção no Sul do país, que já responde por 64% do total, como em novos empreendimentos no Centro-Oeste e na região do Matopiba (acrônimo com as iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que têm farta colheita de milho e soja. Um avanço possível, segundo Thiago Bernardino, analista de Pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea / Esalq-USP), por causa da competitividade da cadeia produtiva. “Para o frango, não é preciso grandes áreas. E você agrega valor ao milho e à soja, assim como o subproduto, que é a cama aviária, que pode ajudar como adubo, e os biodigestores para queima de gás e energia. São fatores que facilitam o comércio de proteína próxima a regiões consumidoras, principalmente o Nordeste. Vão pesar outros fatores, como clima, maior gasto com energia para refrigeração devido ao calor, tudo isso impacta. Mas a capacidade produtiva e o fato de ser uma proteína barata, isso faz romper barreiras”, assegura. Um mercado “aberto” recentemente foi o da Índia, que tem uma população de 1,38 bilhão de pessoas. As aspas do “aberto” é porque, na prática, os indianos inviabilizam a importação do frango brasileiro impondo uma taxa de 100% nos cortes e 30% na ave inteira. Neste ano, a exportação para a Índia se resumiu a irrisórios 2.820 kg. Em todo o ano passado foram 121.000 kg. É uma situação que tende a mudar por força do mercado, segundo Bernardino, do Cepea. No curto prazo, são os europeus que devem correr atrás de mais frango. “Na Europa, quando entrarem no inverno vão ter um problema sério de gás e energia, vão ter que se curvar para a Rússia e vão ter que se curvar para o frango brasileiro”, prevê Bernardino. No ano passado, os abatedouros do País processaram 6,18 bilhões de cabeças de frango, quase um frango para cada habitante do planeta. A liderança nas exportações é algo consolidado. O total de embarques anuais para clientes em 151 países chega a 4,6 milhões de toneladas, um milhão à frente do segundo colocado, os EUA, e mais de três milhões adiante do terceiro lugar, a União Europeia. Lideram as compras a China (14,33% de participação), Japão (10,04%), Emirados Árabes Unidos (8,71%), Arábia Saudita (7,91%), África do Sul (6,64%) e União Europeia (4,32%). Se um prato à base de frango é corriqueiro hoje à mesa dos brasileiros, não é preciso voltar muito no tempo para atestar uma realidade bem diversa. Em 1970, cada brasileiro consumia em média 3 kg de frango por ano. Em 2000, eram 29,9 kg e, hoje, já são 45 kg.

GAZETA DO POVO


EMPRESAS


FRISIA: Consumidor está buscando produtos alimentícios mais inovadores, saudáveis e que respeitem o meio ambiente

O futuro da alimentação e a inovação nortearam o último dia da Digital Agro 2022, que aconteceu entre os dias 12 e 14 de julho, em Curitiba (PR). O tema desta edição foi “AgroRevolution: do campo à mesa” e, ao longo de três dias, palestrantes discutiram e apresentaram o atual cenário


Sandra Mian, fundadora da B-Ahead Consulting, em sua palestra, explanou sobre o comportamento de consumo. Para ela, as pessoas estão buscando produtos mais inovadores, saudáveis, que respeitem o meio ambiente e, agora, pontualmente, que sejam mais acessíveis. “A partir do momento em que a economia voltar a funcionar, esses pontos de saúde pública, meio ambiente e recursos naturais voltarão a ter mais destaque. Quando se fala em meio ambiente, fala-se muito também em ética animal, bons tratos”, comenta. Para a engenheira de alimentos, a cidade determina o que o campo vai produzir. “Eu tenho que entender o que está acontecendo a nível urbano, quem é esse consumidor urbano, o que ele almeja, quais são as principais linhas que ele quer e, a partir daí, fazer um processo de ideação. Não é simplesmente dizer ‘eu vou fazer um plant based'. Não, primeiro eu tenho que ouvir dele se ele quer um plant based”. Apontou também outras tendências para o agronegócio, como do campo ao garfo (farm to fork), zero perdas no processo agrícola (zero waste agriculture), rastreabilidade, como e onde esses alimentos são produzidos, agricultura regenerativa, agrofloresta, propriedades com cadeia completa (da criação do animal até o produto final), fazendas de proteínas alternativas (como algas), criação de cogumelo, biotecnologia e fermentação. Para Alberto Gonçalves Neto, sócio-fundador da AGN consultoria, muitas tendências apontadas por Mian já estão em processo e logo serão mais popularizadas. Durante seu workshop, o especialista em negócios explanou sobre o mercado de plant based, carne cultivada e fazendas verticais. Explicou que o movimento plant based surgiu pela mudança do comportamento alimentar. “A população está mudando a sua necessidade. A geração millennium chegou para a indústria e falou ‘eu preciso de produtos mais saudáveis, de produtos que medem o bem-estar animal e sustentabilidade. Essa foi a necessidade”, afirma. Neto também comentou que nos próximos anos o setor de carne cultivada terá muitas novidades não apenas no mundo, mas também no Brasil. “Em 2021, tínhamos 107 companhias no mundo que faziam parte desse ecossistema e grandes players de proteína animal, como JBS, BRF, já estão trabalhando nisso”, comenta. O evento, que é o principal do segmento do Brasil, conta com a realização da Frísia Cooperativa Agroindustrial, coorganização da StartSe e apoio da Fundação ABC.

Imprensa Frísia


Marfrig diz não ver problema em oferta de boi

A Marfrig está com uma boa oferta de animais, e o segundo semestre deste ano deve permanecer satisfatório em relação a essa questão, avalia o gerente de Compra de Gado da empresa, Maurício Manduca, que credita a condição ao bom relacionamento da Marfrig com os fornecedores de animais para abate


"Oscilações sazonais de oferta de gado são sentidas de forma menos intensa (pela companhia). Sofremos menos do que os demais frigoríficos em razão dos programas com o produtor", declarou. Manduca garantiu que 2022 está sendo um bom ano de oferta de gado e não há dificuldades da empresa em conseguir boiadas nos dez Estados em que atua. "Está condizente com as expectativas." Na projeção do executivo, o número de bovinos a serem confinados no segundo giro deste ano, agora no segundo semestre, deve ficar próximo do número do ano passado, mesmo com o alto custo de insumos essenciais à atividade, como milho e farelo de soja. "Na comparação anual, o preço do boi magro está mais atrativo do que em 2021. O equilíbrio entre as despesas do confinador não está tão pior assim, pelo contrário, está até um pouco melhor. As projeções da segunda safra de milho (atualmente em fase de colheita) estão superando as estimativas e também devem ajudar", explicou. O executivo tem observado, ainda, maior concentração de animais em estruturas maiores de confinamento. "(O confinamento) Migra da mão de pequenos confinadores, que muitas vezes não conseguiram se planejar em relação à estratégia, para fornecedores que têm um plano de médio e longo prazo", disse. Essa relação, na visão de Manduca, permite que o número de animais confinados não recue em 2022 em comparação com o ano passado. Do lado dos custos, a disparada dos combustíveis elevou as despesas com frete das operações da Marfrig, mas não "inviabilizou" as atividades. "Acaba interferindo. O frete tem um impacto não só na compra do boi magro, mas no transporte da ração e no transporte do alimento", pontuou o executivo. Tema relevante para a indústria, a sustentabilidade na pecuária brasileira está no radar de investidores, e começa a ser entendida pelos pecuaristas que fornecessem boiadas à Marfrig, de acordo com Manduca. "Eles entendem que não é uma questão de frigorífico A, B ou C, mas de conquista de mercado brasileiro, da carne brasileira. Está sendo vista a pressão sobre desmatamento e invasão de terra indígena (no País). É uma pauta que está aí. Eles veem que não é algo estabelecido pela indústria frigorífica, e sim pelos consumidores. (Isso) Tem conscientizado os nossos produtores e estão mais sensíveis à causa", garantiu. Segundo o gerente de Compras, o bom relacionamento da companhia com o bovinocultor permitiu também que as operações de venda de bovinos "fluísse melhor nos últimos tempos". Houve a oportunidade, ainda, de a companhia demonstrar que oscilações na arroba do boi gordo acontecem em razão do mercado, independentemente dos frigoríficos. "Fruto de maturidade do próprio produtor que passa a entender que o mercado é soberano e a hora que (o preço) sobe, sobe. O frigorífico não tem interesse nenhum em segurar preço, até porque é uma indústria que opera à margem", explica.

Portal Estadão


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Governo autoriza 6 novos terminais privados no primeiro semestre. Um no Paraná


O sexto projeto da lista é o terminal da Porto Guará lnfraestrutura, em Paranaguá (PR). Trata-se de um empreendimento de grande porte, com previsão de R$ 3,2 bilhões de aporte, destinado à movimentação de granéis sólidos e líquidos. Todos os seis empreendimentos são “greenfield”, ou seja, terão que ser construídos desde o zero, destaca Murillo Barbosa, presidente da ATP


No primeiro semestre de 2022, o governo federal deu autorização para a construção de seis novos Terminais de Uso Privado (TUPs) no país. Caso os projetos de fato se concretizem, deverão gerar R$ 10,3 bilhões em novos investimentos, segundo a DataPort, banco de dados da ATP (Associação dos Terminais Portuários Privados). Das seis autorizações concedidas, duas estão localizadas no Porto de Santos. Uma delas é referente ao Terminal Portuário Logístico – TPL, da Triunfo Participações e Investimentos (TPI). O grupo, que dependerá ainda de encontrar um parceiro para viabilizar o projeto bilionário, ainda não definiu a vocação do terminal. A empresa recebeu aval para explorar cargas como granéis sólidos, líquidos e carga geral. Os investimentos necessários para o empreendimento são estimados em R$ 2,827 bilhões. Outro grande projeto autorizado no porto é o TUP EBT - Santorini, da Ageo (Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais), que já opera terminais de granéis líquidos no porto. O novo empreendimento seria um terminal retroportuário, destinado a granéis sólidos, líquidos e carga geral. O investimento estimado é de R$ 3,66 bilhões. Outros três projetos de TUPs autorizados neste ano estão localizados na região Norte do país. O primeiro deles é o Terminal de Malato, da Louis Dreyfus Company Brasil, que deverá ser localizado em Ponta das Pedras, no Pará. A previsão é de R$ 450 milhões de investimentos, para um terminal com capacidade de 9 milhões de toneladas de grãos por ano. Outro empreendimento é um terminal de granéis líquidos da Atem Distribuidora de Petróleo, localizado em Santarém, também no Pará. O aporte previsto é de R$ 55,7 milhões. Há também um terminal da Lajes Logística, destinado à movimentação de contêineres e carga geral, em Manaus, com investimento de R$ 175 milhões.

VALOR ECONÔMICO


Petrobras estende prazos para interessados na compra de refinarias em PE, PR e RS

A Petrobras disse na sexta-feira (15) que estendeu prazos para participação de potenciais interessados na compra de três de suas refinarias, bem como dos ativos logísticos integrados a elas


O processo de venda envolve as Rnest (refinarias Abreu e Lima) em Pernambuco, Repar (Presidente Getúlio Vargas) no Paraná, e Refap (Alberto Pasqualini) no Rio Grande do Sul. Segundo a estatal, potenciais compradores têm até 29 de julho para manifestar interesse e até 12 de agosto para assinar acordos de confidencialidade e declarações de conformidade.

Reuters


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em queda de 0,49%, a R$5,4059

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira, mas terminou o dia acima de 5,40 reais, com investidores repercutindo o alívio global no rali da divisa norte-americana, mas ainda cautelosos sobre as perspectivas para a economia mundial e temas fiscais no Brasil


O dólar à vista caiu 0,49%, a 5,4059 reais. A cotação não sustentou a baixa de 1,06%, a 5,375 reais, da mínima do dia, mas também se afastou da máxima de 5,45 reais, quando marcou alta de 0,32%. Na semana, o dólar ainda acumulou valorização de 2,60%, a mais forte em um mês. O real amargou o pior desempenho semanal comparado às moedas emergentes mais próximas: peso mexicano, peso chileno, peso colombiano, sol peruano, rand sul-africano e lira turca. Em julho, o dólar avança 3,34% ante a divisa brasileira, reduzindo as perdas no ano para 3,01%.

REUTERS


Ibovespa fecha dia em alta na sexta, mas tem perda na semana

O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, com dados norte-americanos e declarações de autoridades do Federal Reserve proporcionando algum alívio nas preocupações com o ritmo do aperto monetário nos EUA, que minaram os mercados na semana


Índice de referência no mercado financeiro brasileiro, o Ibovespa subiu 0,6%, a 96.695,89 pontos, de acordo com dados preliminares, acumulando na semana um declínio de 3,58%.

A sessão também foi marcada pelo vencimento de contratos de opções sobre ações na B3.

REUTERS


Despesa do governo incluindo juros volta a crescer e supera nível pré-Bolsonaro

Gasto chega a 34,1% do PIB no primeiro trimestre, mais do que quando governo assumiu


Após a queda significativa provocada pelo fim de gastos extraordinários ligados à Covid em 2020, a despesa do governo Jair Bolsonaro (PL) incluindo juros voltou a crescer e atingiu 34,14% do PIB (Produto Interno Bruto) ao fim do primeiro trimestre. O patamar supera o observado ao longo de todo o ano de 2018, no governo de Michel Temer –mostrando que a gestão Bolsonaro registra atualmente uma despesa superior à de quando assumiu o comando das contas públicas. Os números foram publicados na sexta-feira (15) no boletim do Tesouro Nacional sobre as estatísticas fiscais do governo referentes ao primeiro trimestre. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 5,35 pontos percentuais. De acordo com o Tesouro, o principal fator para a elevação da despesa observada é o aumento de gastos com pagamento de juros, que subiu de 6,13% para 9,14% do PIB no intervalo de um ano. Esse aumento reflete o aperto monetário promovido pelo Banco Central, que teve início em março do ano passado, quando a taxa básica de juros (Selic) estava em 2% ao ano, menor patamar histórico. Desde então, ela passou por nove altas consecutivas e chegou a 11,75% ao ano no fim do primeiro trimestre. Hoje, a Selic está fixada em 13,25% ao ano. O aumento dos juros impacta o valor que o Tesouro precisa pagar a investidores. "O custo da dívida acompanha de certa forma essa elevação [da Selic], que vem acontecendo em função da inflação nos últimos meses", afirma Pedro Ivo Ferreira de Souza Junior, coordenador-geral de estudos econômico-fiscais. O cenário tem feito o governo pagar maiores taxas na emissão de novos títulos da dívida pública desde o fim do governo Dilma Rousseff (PT), afastada do cargo em maio de 2016 em um processo de impeachment. As NTN-Fs (Notas do Tesouro Nacional - Série F) de dez anos, por exemplo, foram emitidas com juros de 13,4% no leilão da última quinta-feira (14). A taxa é a maior desde 7 de abril de 2016 (quando ficou em 14,2499%) —às vésperas do afastamento de Dilma. As maiores taxas cobradas do Tesouro se devem em grande parte à piora da percepção de risco dos investidores, que cobram mais caro para financiar o governo. Também aumenta os gastos a própria expansão do estoque da dívida pública –movimento decorrente do desequilíbrio entre receitas e despesas. Para bancar o rombo nas contas, o país busca mais empréstimos e o tamanho da dívida supera R$ 5,7 trilhões. Além das despesas com juros, impulsionou os gastos do governo no primeiro trimestre a expansão dos benefícios sociais, sobretudo com o pagamento do Auxílio Brasil. A transferência do valor de R$ 400 para famílias elegíveis inscritas no Cadastro Único teve início em novembro do ano passado, substituindo o Bolsa Família e sucedendo ao Auxílio Emergencial pago durante a pandemia de Covid-19. Em 2021, o valor médio do benefício era de R$ 250. No primeiro trimestre deste ano, a fatia referente a benefícios previdenciários e sociais na conta de despesas do governo correspondeu a 12,93% do PIB, ante 11,62% no mesmo período em 2021. As transferências feitas pelo governo a estados e municípios também ajudam nesse cálculo, considerando a melhora na arrecadação em 2022, com destaque para o aumento nos impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital.

FOLHA DE SP


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