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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 103 DE 07 DE ABRIL DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 103|07 de abril de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Maior oferta de boiadas gordas, amplia queda de preços da arroba

Além do mercado paulista, o movimento de baixa nos preços do boi gordo e das fêmeas terminadas intensificou-se na quarta-feira nas principais praças do Mato Grosso e de Goiás, além de algumas regiões da região Norte do País


Na avaliação da consultoria IHS, conforme as escalas de abate avançam para além da segunda quinzena deste mês, a pressão de baixa na arroba tende a ganhar intensidade nos próximos dias, em todas as principais praças pecuárias do País. Para o macho terminado com padrão para exportação, o chamado boi-China (abatido mais jovem, geralmente com idade abaixo dos 30 meses) já se observa ofertas de compra em São Paulo com preços inferiores a R$ 335/@, podendo chegar a R$ 325/@, de acordo com a Scot. Em sete dias corridos, o preço do boi gordo sofreu queda de R$ 8/@ no interior de SP, recuando de R$ 330/@, no dia 30 de março, para R$ 322/@ nesta quarta-feira, 6 de abril (valores brutos e a prazo), segundo a Scot Consultoria. No mesmo intervalo de sete dias, as cotações da vaca gorda e da novilha registraram baixa de 7/@ e 11/@, respectivamente, no mercado paulista, chegando neste 6 de abril a R$ 285/@ e R$ 317/@, valores brutos e a prazo, informa a Scot. “As poucas unidades de abate que atuam nos balcões de compras de gado terminado procuram testar preços abaixo das máximas vigentes, porém as negociações são esparsas e envolvem lotes de animais em quantidades menores”, relatam os analistas da IHS Markit. Além de uma maior oferta de animais gordos, diz a IHS, muitos pecuaristas aproveitam o período de início de entressafra para realizar caixa e obter recursos para a aquisição de bezerros e as demais categorias de reposição. “Os preços de bezerros e boiada magra estão mais baixos se comparado com o mesmo período do ano passado”, comparam os analistas da IHS. Porém, continua a consultoria, os custos de engorda, além das baixas recentes dos contratos futuros do boi gordo (negociados na B3), seguem trazendo preocupação aos pecuaristas habituados a levar os seus animais aos cochos durante o período de seca. A derrubada do dólar frente ao real também acendeu o sinal de alerta entre as indústrias exportadoras de carne bovina, o que deverá fazer com que boa parte dos frigoríficos continue cadenciado o ritmo de suas compras de gado, acrescenta a IHS. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 340/@ (prazo) vaca a R$ 300/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 301/@ (prazo) vaca a R$ 286/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 297/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca R$ 280/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 340/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 287/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 285/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Baixas nos preços do suíno vivo

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 93,00/R$ 105,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 7,70 o quilo/R$ 8,10 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (5), houve queda de 2,78% no Paraná, chegando a R$ 4,55/kg, recuo de 2,23% em Minas Gerais, atingindo R$ 5,27/kg, baixa de 1,52% em Santa Catarina, custando R$ 4,54/kg, retração de 1,06% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 4,76/kg, e de 0,74% em São Paulo, fechando em R$ 5,34/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Preços estáveis para o do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,67/kg, assim como o frango na granja, valendo R$ 6,50/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,03/kg, assim como no Paraná, valendo R$5,71/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (5), tanto a ave congelada quanto a resfriada não mudaram de preço, custando, respectivamente, R$ 7,56/kg e R$ 8,01/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


Custos de produção de frangos e suínos subiram 9% no 1º bimestre

Os custos de produção de aves de corte e suínos subiram cerca de 9% no primeiro bimestre, segundo dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa


O ICPFrango, que mede o custo de produção de aves de corte, subiu 8,8% nos dois primeiros meses do ano e acumula alta de 16% em 12 meses. Em fevereiro, o ICPFrango subiu 3%, para 439,2 pontos. O ICPSuíno, que mede o custo de produção de suínos, acumula alta de 9,3% nos dois primeiros meses de 2022 e de 11,1% em 12 meses. Somente em fevereiro, o índice subiu 2,3% em relação a janeiro, a 437,1 pontos. O custo de nutrição, principal responsável pelo aumento geral nos gastos com produção dos animais, subiu 9,2% para os suínos e 7,9% para os frangos em 2022. Os preços de grãos usados na nutrição animal, como milho e soja, que já estavam em alta, subiram ainda mais após a invasão da Rússia na Ucrânia.

CARNETEC


EMPRESAS


Fabio Mariano assumirá como CFO da BRF após Carlos Moura ir para a Raízen

O Conselho de Administração da BRF aprovou a nomeação de Fabio Mariano como Diretor Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores, após renúncia apresentada por Carlos Moura para assumir o mesmo cargo na Raízen, conforme comunicados das empresas divulgados na quarta-feira


Atual Diretor Executivo de Controladoria da companhia de alimentos, Mariano será nomeado no dia 11 de abril. O executivo formado em administração possui 22 anos de experiência, sendo os últimos 14 anos na própria BRF, informou a empresa. Moura, graduado em ciências contábeis, será o sucessor de Guilherme José de Vasconcelos Cerqueira, que deixará a joint venture da Shell e Cosan a partir de 1 de junho, segundo a companhia. Além da BRF, Moura passou pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e foi diretor e sócio do Itaú Unibanco Holding Financeira. Também foi apresentada a renúncia de Sidney Manzaro como diretor vice-presidente Brasil da BRF, sendo substituído em suas funções por Manoel Martins Junior, que ocupará o cargo de diretor executivo comercial Brasil. Martins, formado em administração, conta com 23 anos de carreira, dos quais 15 anos na BRF, onde já teve passagens como expatriado pela Argentina e Oriente Médio. Desde 2018 é diretor executivo Comercial para o Autosserviço (AS) no Brasil.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Indústria projeta aumento da área de trigo no Paraná

Para o Sindustrigo-PR, preço e liquidez estimularão avanço


O plantio de trigo no Paraná começou nesta semana, e a expectativa da indústria local é que, com os preços em patamar recorde, a área de cultivo cresça entre 10% e 20% em comparação com a safra passada. Além das cotações elevadas, a continuidade da guerra na Ucrânia tem garantido maior liquidez para as vendas, inclusive ao exterior. A expectativa do Sindicato da Indústria do Estado (Sindustrigo-PR) é que a área alcance entre 1,3 milhão e 1,5 milhão de hectares; no ciclo 2020/21, foram 1,23 milhão de hectares. A projeção da entidade diverge da calculada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado, que prevê uma queda de 4%, para 1,17 milhão de hectares. “Temos conversado com produtores e, apesar da elevação nos custos, não há motivos para não aproveitar o preço recorde do trigo”, afirmou Daniel Kummel, Presidente do Sindustrigo-PR, ao Valor. O dirigente participou ontem do evento “Moatrigo - do Trigo ao Tec”, em Curitiba. A tonelada do cereal tem sido negociada entre R$ 2 mil e R$ 2,2 mil, mais que o dobro do preço do início da pandemia, em março de 2020 (R$ 980). A escalada refletiu, inicialmente, o aumento do consumo de alimentos em casa, e mais recentemente ganhou força com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Juntos, os dois países respondem por cerca de 30% das exportações mundiais de trigo. A maior preocupação, afirmou Kummel, é que uma eventual escassez de fertilizantes reduza o potencial produtivo das lavouras. “O governo garante que teremos insumos, e nós agora estamos acreditando que sim. Mas se o produtor perceber qualquer problema, vai guardar fertilizantes para a safra de verão [de soja, normalmente], que é a principal”, alertou. O plantio de trigo se estende até o mês de julho, a depender da região do Paraná. Para o Deral, a área de plantio de trigo deve diminuir em 2021/22 porque o produtor tem predileção pelo milho safrinha. Mas Kummel discorda. “Dentro do Paraná, a liquidez do trigo está garantida. Alguns moinhos estão inclusive fechando contratos antecipados”. O Paraná, que lidera a colheita de trigo no Brasil, processa normalmente 3,6 milhões de toneladas por temporada. No ciclo passado, por causa da seca, a produção ficou em 3,2 milhões de toneladas. A diferença é importada da Argentina ou do Paraguai. Se o produtor tiver acesso aos insumos, o clima ajudar e, com isso, a produtividade se mantiver, a expectativa é que a colheita fique entre 3,8 milhões e 3,9 milhões de toneladas. Kummel afirma que, no segmento, outro problema tem sido repassar o forte aumento dos custos de produção para a ponta consumidora. De acordo com o dirigente, ainda é cedo para fechar a planilha, mas os moinhos estão apertando as margens em cerca de 30% para poder vender. “Estamos todos sem dinheiro e não há como repassar todos os aumentos”, diz o Presidente do Sindustrigo-PR.

VALOR ECONÔMICO


Curitiba registra em março a 2ª maior alta na cesta básica entre as capitais

Preço do quilo do tomate subiu mais de 50% em Curitiba em março de 2022


Curitiba é a segunda capital do país com maior aumento do preço da cesta básica no mês de março. De acordo com o levantamento mensal divulgado pelo Dieese na quarta-feira (6), apenas o Rio de Janeiro registrou elevação do conjunto de itens acima do apresentado pela capital paranaense. No Rio, o acréscimo foi de 7,65%, enquanto em Curitiba esse índice ficou em 7,46%. A terceira maior alta é da capital paulista: 6,36%. No acumulado do ano de 2022, Curitiba é a terceira colocada desse ranking, com 11,64%. Brasília teve aumento de 13,37%; a cidade fluminense, 12,68%. Entre os aumentos apontados pelo Dieese, o do tomate é o que mais impressiona em março em Curitiba. O quilo do produto subiu 57,73% na capital paranaense. É a maior elevação entre as capitais - houve alta em 16 delas, causada principalmente pelo fim da safra de verão. Entre as cidades observadas, Curitiba também registrou a terceira maior inflação do preço da manteiga (3,83%) e a quarta do leite integral (8,73%).

GAZETA DO POVO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em alta de 1,21%, a R$4,7147

O dólar voltou a fechar em alta na quarta-feira, ficando acima de 4,70 reais, no maior valor em quase uma semana, com investidores dando continuidade a um movimento de correção na divisa norte-americana tendo como argumento a força da moeda no exterior e preocupações com a China


Em dois dias, o dólar registrou a maior alta acumulada desde fevereiro passado. Na quarta, a moeda negociada no mercado à vista subiu 1,21%, a 4,7147 reais na venda --máxima desde 31 de março (4,7628 reais). Ao longo do dia, a cotação oscilou de 4,6487 reais (-0,21%) a 4,7235 reais (+1,40%). O dólar vinha de apreciação de 1,10% na véspera. Com isso, a valorização acumulada em dois dias é de 2,33%, a mais forte desde 25 de fevereiro (+3,06%). O real não esteve sozinho na queda nesta quarta. Peso mexicano, peso chileno, peso colombiano, lira turca e dólar australiano caíam entre 0,3% e 1,7%. Já o índice do dólar frente a uma cesta de importantes pares bateu um pico em quase dois anos.

REUTERS


Ibovespa recua 0,55% após ata do Fed para o menor patamar em 2 semanas

O principal índice da bolsa brasileira caiu pela terceira sessão consecutiva na quarta-feira, com o mercado digerindo os detalhes preliminares da planejada redução no balanço patrimonial do Federal Reserve (Fed), após a divulgação da ata de sua última reunião de política monetária


O Ibovespa caiu 0,55%, a 118.227,75 pontos, menor fechamento desde 23 de março. O volume financeiro da sessão foi de 32,2 bilhões de reais. Autoridades do Fed, o banco central norte-americano, "concordaram no geral" na reunião no mês passado em cortar 60 bilhões de dólares por mês das participações da instituição em Treasuries e 35 bilhões de dólares de sua carteira em títulos lastreados em hipotecas (MBS) ao longo inicialmente de um período de três meses "ou ligeiramente maior". A ata diz que nenhuma decisão final foi tomada, mas que houve progressos substanciais e o processo de redução do balanço pode começar tão cedo quanto após a conclusão da próxima reunião, em maio, quando o mercado espera uma elevação de 0,5 ponto percentual na taxa de juros. Na véspera, o mercado já havia reagido negativamente a uma declaração de membro do Fed indicando aperto monetário mais agressivo, o que pode sinalizar que parte do movimento já estivesse precificado na bolsa, segundo Pedroso. A redução no balanço impacta as ações porque significa menos liquidez aos mercados, enquanto o aperto monetário também afeta a atividade econômica. Principais índices em Wall Street caíram, com destaque para a baixa de 2,2% do Nasdaq Composite. No noticiário local, o mercado segue atento à troca de comando na Petrobras, greve de servidores e final do ciclo de alta da Selic.

REUTERS


IGP-DI sente disparada do petróleo e acelera alta a 2,37% em março, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 2,37% em março, ante alta de 1,50% em fevereiro, com a disparada dos derivados de petróleo aumentando a pressão tanto no atacado quanto no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira


O resultado levou o índice a acumular nos 12 meses até março alta de 15,57%. O resultado do mês ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 2,17%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 2,80% em março, de alta de 1,94% no mês anterior. A aceleração dos preços no atacado recebeu "forte influência dos derivados do petróleo, cujos destaques foram diesel (2,70% para 16,86%), gasolina (1,71% para 12,69%) e adubos ou fertilizantes (-5,21% para 7,97%), que juntos responderam por 30% do resultado do IPA", disse em nota André Braz, Coordenador dos índices de preços. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -- que responde por 30% do IGP-DI -- também mostrou maior pressão, uma vez que o avanço acelerou a 1,35% no período, de 0,28% em fevereiro. Em março, o grupo Transportes liderou a alta no varejo com salto de 2,51%, forte aceleração em relação à variação positiva de 0,07% registrada no mês anterior. A gasolina foi destaque, com ganho de 5,08%, abandonando queda de 1,35% vista em fevereiro. A FGV já havia alertado na leitura de fevereiro do IGP-DI que os preços de vários derivados do petróleo poderiam apresentar aumentos expressivos ao longo de março, depois que temores de restrição de oferta decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia impulsionaram os preços da commodity no mundo inteiro. Isso levou a Petrobras a ajustar os valores dos combustíveis em suas refinarias no mês passado. O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 0,86% em março, de 0,38% em fevereiro. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

REUTERS


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