Na última semana, a alcatra foi destaque entre os cortes traseiros, com valorização de 2,7%, enquanto o coxão mole subiu 1,5%, informa a Scot Consultoria
Preço da carne bovina sobe forte no atacado, mas no varejo variações ainda são tímidas
Os preços da carne bovina brasileira continuam subindo no atacado neste mês de outubro, impulsionados pela oferta restrita de animais para abate e pela forte demanda externa, relata o engenheiro agrônomo Miguel Narbot, analista da Scot Consultoria.
No varejo, porém, o repasse dessas altas é limitado pela resistência dos consumidores, acrescenta Narbot.
No mercado atacadista de carne sem osso de São Paulo, informa o analista, houve um aumento médio de 2% nos últimos sete dias (veja tabela ao final deste texto).
A alcatra completa foi destaque entre os cortes traseiros, com valorização de 2,7%, enquanto o coxão mole subiu 1,5% e a fraldinha teve alta mais moderada, de 0,7%.
Entre os cortes dianteiros, apurou Narbot, o cupim apresentou acréscimo de 2,1%, confirmando a tendência de alta generalizada nos preços no atacado.
No varejo, por sua vez, a situação é mais comedida, ressalta o analista. “Embora alguns Estados tenham registrado aumentos, como o Paraná, com uma alta de 5,4%, outros estados mostraram estabilidade ou variações pouco expressivas”, observa Narbot.
Em São Paulo, os preços da carne bovina varejo tiveram leve elevação (0,6%), com algumas quedas em cortes como o acém (-2,4%) e a paleta (-1,2%).
No Rio de Janeiro, a variação foi mínima, com um aumento geral de apenas 0,1%, enquanto em Minas Gerais o crescimento foi de 0,6%.
Segundo Narbot, com a proximidade do final de outubro e a oferta ainda limitada de animais, o mercado de carne bovina deve seguir firme no atacado, impulsionado pela demanda interna e pelas exportações, que continuam aquecidas.
“Porém, o varejo tende a enfrentar um cenário de resistência mais forte por parte dos consumidores, especialmente em função do encarecimento contínuo e do orçamento doméstico apertado na segunda quinzena”, prevê o analista da Scot.
No curto prazo, enfatiza Narbot, os preços no atacado devem seguir elevados, enquanto o varejo tenta equilibrar o repasse dos custos, com as vendas possivelmente desacelerando.
“A dinâmica entre oferta, demanda e o comportamento dos consumidores continuará ditando o ritmo do mercado, que deve manter um cenário de volatilidade entre os diferentes elos da cadeia”, diz o analista.
Preços médios dos cortes sem osso no mercado atacadista de São Paulo
Acém – R$ 23,49/kg
Variação em 7 dias: 2,40%
Variação em 30 dias: 8,88%
Alcatra (miolo) – R$ 34,20/kg
Variação em 7 dias: 1,76%
Variação em 30 dias: 6,02%
Alcatra com maminha – R$ 31,61/kg
Variação em 7 dias: 2,38%
Variação em 30 dias 8,84%
Capa de filé – R$ 23,28/kg
Variação em 7 dias: 3,41%
Variação em 30 dias: 6,89%
Contrafilé – R$ 36,38/kg
Variação em 7 dias: 2,25%
Variação em 30 dias: 9,15%
Coxão duro – R$ 27,59/kg
Variação em 7 dias: 2,03%
Variação em 30 dias: 7,05%
Coxão mole – R$ 29,59/kg
Variação em 7 dias: 1,46%
Variação em 30 dias: 6,54%
Cupim – R$ 32,19/kg
Variação em 7 dias: 2,11%
Variação em 30 dias: 6,98%
Filé mignon com cordão – R$ 53,34 /kg
Variação em 7 dias: 1,78%
Variação em 30 dias: 5,16%
Fraldinha – R$ 30,21/kg
Variação em 7 dias: 0,72%
Variação em 30 dias: 10,99%
Lagarto – R$ 26,68/kg
Variação em 7 dias: 2,83%
Variação em 30 dias: 9,06%
Maminha – R$ 33,63/kg
Variação em 7 dias: 2,46%
Variação em 30 dias: 6,21%
Acém – R$ 23,49/kg
Variação em 7 dias: 2,40%
Variação em 30 dias: 8,88%
Picanha A – R$ 59,43/kg
Variação em 7 dias: 0,99%
Variação em 30 dias: 4,39%
Picanha B – R$ 47,94/kg
Variação em 7 dias: 0,70% %
Variação em 30 dias: 4,77%
Fonte: Portal DBO – Por: Scot Consultoria - Autor: Denis Cardoso
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