O Brasil importou cerca de 183 toneladas de cerdas de porco lavadas, alvejadas ou desengorduradas em 2023, totalizando aproximadamente R$ 1,7 milhão. Apesar de ser um grande produtor de suínos, o país ainda não processa essas cerdas localmente, mas isso pode mudar no futuro.
A veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz, analista de suinocultura do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, mencionou que se o processamento de cerdas de porco for economicamente viável, o Brasil poderá iniciar ou expandir essa atividade para conquistar parte do mercado.
Segundo dados do Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que monitora o comércio exterior do agronegócio, as importações de cerdas de porco atenderam principalmente cinco estados brasileiros. O Rio Grande do Sul liderou com 76% das compras, seguido por Pernambuco (14%), São Paulo (7%), Santa Catarina (2%) e Paraná (1%).
As cerdas de porco são conhecidas por sua rigidez, baixa absorção de água, boa capacidade de retenção de tinta e resistência a solventes. Elas são utilizadas em diversos produtos como pincéis para pintura, escovas para limpeza, escovas de cabelo, polimentos e até mesmo escovas de dentes.
Atualmente, todas as cerdas importadas pelo Brasil vêm da China, país com tradição no uso dessa matéria-prima desde o final do século XV, especialmente para escovas de dentes até a popularização do náilon na década de 1930.
Fonte: Agrimídia – por: AEN/PR
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