Para proteger a indústria suína do país, o MIDA emitiu uma resolução em 2020 proibindo a importação de animais vivos e de qualquer produto, subproduto ou material genético suíno proveniente de países afetados pela PSA
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) chama a atenção para a preocupante disseminação da peste suína africana (PSA) e destaca a importância de medidas de segurança alimentar na região.
Andrés González, responsável pela Pecuária Sustentável, Sanidade Animal e Biodiversidade da FAO para a América Latina e Caribe, ressalta que, embora a PSA não represente um risco para a saúde humana, sua rápida disseminação e alta taxa de mortalidade animal representam uma séria ameaça para a indústria suína e a segurança alimentar na região.
Após ter sido erradicada nas Américas na década de 1980, a PSA foi novamente detectada em julho de 2021 na República Dominicana e, dois meses depois, no Haiti. De acordo com especialistas da FAO, a doença também está presente na Ilha Hispaniola.
Para enfrentar essa emergência continental, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a FAO e organizações regionais, como o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Organismo Internacional Regional de Saúde Agropecuária (OIRSA), a Comunidade Andina (CAN), a Rede de Saúde Animal do Caribe (CARIBVET) e a Agência de Saúde e Segurança Alimentar da Agricultura do Caribe (CAHFSA), em colaboração com outros parceiros, têm coordenado esforços por meio do Programa Global de Doenças Animais Transfronteiriças (GF-TAD).
Esse projeto, financiado pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) e pelo USDA-APHIS (Serviço de Inspeção Sanitária Agropecuária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), com a FAO atuando como agência implementadora, visa a implementação de ações de mitigação nos países afetados e medidas preventivas nos demais países da América Latina e Caribe. A capacitação e a conscientização são fatores-chave nesse trabalho.
Em situações de emergência ou risco iminente, tanto o setor privado quanto o público devem adotar medidas de proteção e higiene rigorosas nas instalações de produção, incluindo granjas domésticas, a fim de reduzir qualquer fator de risco, conforme recomendado por González.
Algumas medidas recomendadas na criação incluem fornecer alimentação e água limpas, desinfetar ferramentas, equipamentos e vestimentas usadas durante a interação com os animais, e manter uma eficiente separação entre os animais de diferentes grupos.
A FAO está empenhada em fornecer treinamento e apoio aos profissionais de saúde animal e aos serviços veterinários oficiais, além de promover uma campanha de conscientização para a população em geral sobre os riscos e o impacto da PSA.
No âmbito do programa de controle de doenças transfronteiriças (GF-TADs), também está sendo fortalecida a capacidade dos serviços veterinários, incluindo o preparo para emergências e contenção, o treinamento e o reforço das medidas de biossegurança, além de campanhas de divulgação em diversos canais de comunicação, como a distribuição de diretrizes e materiais informativos em postos de controle de fronteira. Essas são algumas das medidas adotadas para reduzir o risco de disseminação da doença.
Para proteger a indústria suína do país, o Ministério de Desenvolvimento Agropecuário (MIDA) emitiu uma resolução em 2020 proibindo a importação de porcos vivos e de qualquer produto, subproduto ou material genético suíno proveniente de países afetados pela PSA, bem como a comercialização de porcos vivos em leilões pecuários até que seja realizada uma análise de risco para garantir a segurança da indústria suína local.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/fao-destaca-a-preocupacao-com-a-disseminacao-da-psa-na-america-central/20230623-093307-H136
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Fonte: Suinocultura Industrial – por: Eurocarne
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