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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 99 DE 01 DE ABRIL DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 99|01 de abril de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Mercado do boi gordo fecha março com viés de baixa

A IHS Markit detectou, na quinta-feira, novos recuos nos preços da arroba em São Paulo, além de quedas pontuais em outras praças importantes do País


Segundo a consultoria, houve queda diária nos preços do boi gordo em São Paulo (de R$ 350/@ para R$ 347/@, em Goiânia (redução de R$ 315/@ para R$ 310/@) e na Bahia (de R$ 296/@ para R$ 290/@). Segundo os analistas da IHS Markit, a arroba do boi gordo seguiu em patamares firmes em boa parte do período trimestral, mas nos últimos dias de março vem perdendo força em praças importantes do País, sobretudo em São Paulo e na região Centro-Oeste. O viés baixista, diz a IHS, é resultado do aumento de oferta de animais gordos neste final de safra, além do menor interesse por parte dos frigoríficos compradores, que seguem bastante preocupados com o fraco escoamento da carne bovina no mercado doméstico, além do recuo do dólar frente ao real, o que reduz a competitividade dos frigoríficos exportadores. Na bolsa B3, os contratos futuros do boi gordo também registram desvalorização. Na quarta-feira (30/2), o contrato futuro com vencimento para maio/22 encerrou o dia com variação negativa de 0,47%, cotado em R$ 318,45/@. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 320/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 347/@ (prazo) vaca a R$ 300/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 303/@ (à vista) vaca a R$ 285@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 291/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 303/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 300/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 310/@ (prazo) vaca R$ 290/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 291/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 270/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 286/@ (à vista) vaca a R$ 276/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).

Portal DBO


Mato Grosso: relação de troca entre boi gordo, milho e farelo de soja

Segundo levantamento realizado pela Scot Consultoria, em Mato Grosso, o farelo de soja está, na média de março, cotado a R$2.673,08 por tonelada, sem frete. Se comparado com a média de fevereiro, alta de 1,4%


Atualmente são necessárias 8,90 arrobas de boi gordo para a compra de uma tonelada de farelo de soja em Mato Grosso, queda de 2,0% no poder de compra do produtor em março comparado com fevereiro. O poder de compra do pecuarista frente ao farelo de soja aumentou 2,0% no comparativo anual. Para o milho, em Mato Grosso, segundo levantamento realizado pela Scot Consultoria, o preço médio da saca de 60 quilos é de R$82,75, sem frete, alta de 5,9% em relação à média de fevereiro. No estado, a relação de troca em março é de 3,63 sacas de milho de 60 quilos para uma arroba de boi gordo, queda de 6,2% no poder de compra do produtor frente à média de fevereiro. No último ano, a média foi de 3,87 sacas por arroba de boi gordo.

SCOT CONSULTORIA


SUÍNOS


Suínos: cotações estáveis na quinta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 95,00/R$ 105,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,27%/1,22%, custando R$ 7,80 o quilo/R$ 8,10 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (30), houve aumento apenas em Santa Catarina, na ordem de 0,21%, chegando a r$ 4,73/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais, custando R$ 5,47/kg, R$ 4,72/kg no Paraná, R$ 4,81/kg no Rio Grande do Sul e R$ 5,42/kg em São Paulo.

Cepea/Esalq


Cenário seguirá desafiador para a suinocultura, diz analista do Cepea

Em março, o poder de compra dos suinocultores de Santa Catarina e de São Paulo chegou no pior nível para o mês


A relação de troca do suíno vivo com o milho piorou em março. O poder de compra dos suinocultores de Santa Catarina e de São Paulo chegou no pior nível para o mês em toda a série histórica do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea). Segundo a analista do Cepea, Juliana Ferraz, a queda no poder de compra em São Paulo foi de 20%. Em Santa Catarina, o recuo passou de 30%. “A valorização no preço dos insumos, como milho e farelo de soja e a desvalorização do animal favorecem esse cenário na piora de troca. Além disso, em março, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um recuo expressivo no preço do animal”, destaca Juliana. Ainda segundo a analista do Cepea, não há uma perspectiva na relação de melhora do suinocultor no curto prazo. “Infelizmente o cenário deve continuar bastante desafiador, principalmente para o produtor independente e com os custos ainda pressionados, pois os insumos não sinalizam num curto espaço de tempo uma redução significativa, pressionando as margens do produtor”.

Canal Rural


FRANGOS


Frango: altas para a ave congelada ou resfriada

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,45/kg, assim como o frango na granja, valendo R$ 6,50/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,03/kg e no Paraná, fixado em R$5,68/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (30), a ave congelada teve alta de 0,53%, chegando em R$ 7,55/kg, enquanto a resfriada subiu 0,13%, fechando em R$ 7,84/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


ABPA sugere ações para mitigar desafios agravados por guerra na Ucrânia

O setor produtivo de aves e suínos enfrenta um cenário de alta nos custos de grãos, entre outros desafios exacerbados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que podem ser minimizados por expansão no acesso a mercados internacionais e medidas tributárias, segundo um representante da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)


A potencialização do crédito rural para plantio de insumos, principalmente milho e soja, também poderia colaborar para reduzir os custos do setor, segundo o Diretor de Mercados da ABPA, Luís Rua, durante live promovida na quinta-feira (31) pelo Valor Econômico sobre os impactos da guerra na Ucrânia para a economia brasileira. O executivo disse que a indústria de aves e suínos não é contra as exportações brasileiras de milho e de soja, mas que uma mudança tributária poderia colaborar para que estes insumos pudessem ser mais utilizados pelo segmento de proteína animal brasileiro. A indústria frigorífica agregaria valor a esses insumos, uma vez que as carnes são exportadas a preços mais altos do que os grãos. “Talvez, uma equalização, uma facilitação tributária, possa ser uma alternativa para minimizar esses custos que temos vivenciado”, disse Ruas. A expansão dos mercados de exportação para as carnes de aves e suínos do Brasil, incluindo esforços para acordos bilaterais, também poderia colaborar para reduzir os impactos negativos dos custos altos e da diminuição de volumes direcionados à Rússia. Por outro lado, a redução das exportações de carne de frango da Ucrânia para a Arábia Saudita e para a União Europeia, como resultado do conflito, aumentou a demanda pelo produto brasileiro por parte destes importadores. “A gente viu, desde o encerramento dos portos ucranianos, a diminuição drástica da produção ucraniana de carne de frango. O Brasil tem sido chamado a participar com maiores volumes e as cotações do frango aumentaram significativamente”, disse Ruas.

Valor Econômico


INTERNACIONAL


China comprará 40 mil t de carne suína congelada para reservas estatais

A China comprará 40.000 toneladas de carne suína congelada para suas reservas do estado nos dias 2 e 3 de abril, disse o planejador estatal do país em comunicado na quinta-feira


A compra é o terceiro lote desse estoque em 2022, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, acrescentando que é improvável que os preços dos suínos continuem caindo significativamente. O órgão sugeriu que os agricultores mantenham a capacidade de reprodução estável.

Reuters


Gripe aviária gera pior crise já registrada pela avicultura da França

A França está enfrentando sua pior crise de gripe aviária da história, já que uma rara retomada de surtos do vírus altamente contagioso atingiu as maiores regiões produtoras de aves do país, com abates de mais de 12 milhões de aves.


A propagação da gripe aviária gerou preocupação entre os governos e a indústria avícola devido aos estragos que pode causar às granjas, potenciais restrições comerciais e risco de transmissão humana. O vírus, trazido por aves selvagens que migram no outono, atingiu todos os países da União Europeia, exceto Malta e Chipre, com a Itália sofrendo os danos mais graves. Os surtos quase terminaram em praticamente todos eles até o final de março, mostraram dados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como costumam fazer na primavera. Exceto na França. Depois que uma primeira onda levou ao abate de cerca de 4 milhões de aves na parte sudoeste do país, a França enfrenta surtos que se acredita terem sido trazidos por aves selvagens no caminho de volta, a primeira vez que isso aconteceu de maneira significativa. O vírus H5N1 se espalhou rapidamente na região de Pays de la Loire desde o mês passado e atingiu a Bretanha em meados de março, mais acima na costa atlântica. As duas regiões são as maiores produtoras de aves da França.

Reuters


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Benefícios fiscais: após pressão, governo adia cobrança de taxa de empresas

O governo do Paraná resolveu adiar para 1º de julho de 2022 a cobrança de uma contrapartida de empresas que recebem incentivos ou benefícios fiscais. Originalmente, o início da cobrança, que tem sido chamada de “taxa” pelo setor empresarial, estava previsto para 1º de abril de 2022, amanhã


A alteração feita pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) atende a um pedido do setor empresarial, especialmente o G7, grupo que reúne sete grandes entidades do setor produtivo paranaense, e que desde o início do ano vem se manifestando contra a cobrança. Na quinta-feira (31), ao justificar a decisão, a Sefa afirmou que o setor produtivo “tem sido impactado pela pressão inflacionária e a crise internacional ocasionada pela guerra no Leste Europeu, desestabilizando a organização das cadeias produtivas globais”. A pasta ainda sinalizou outras mudanças futuras: até julho, a equipe técnica da Receita Estadual “também estuda adequar a cobrança de alguns setores até que haja maior estabilidade no mercado”. A ideia da cobrança surgiu ainda em 2020, na esteira da pandemia do coronavírus. O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa uma lei (Lei Complementar 231/2020) que cria o Funrep (Fundo de Recuperação e Estabilização Fiscal do Paraná) e define quais as possíveis fontes de receita para ele. Um ano depois, em dezembro de 2021, vem um decreto regulamentando a cobrança de uma das fontes do Funrep, um depósito mensal de 12% sobre o valor do incentivo ou benefício fiscal utilizado pela empresa. Pelo decreto 9.810/2021, em caso de descumprimento por três meses, a empresa perde o respectivo incentivo ou benefício fiscal. “O recolhimento do depósito (...) deve ser efetuado mensalmente pelo contribuinte, em relação às operações e às prestações ocorridas no mês anterior alcançadas pelos incentivos ou benefícios fiscais”, explica o decreto. Na sequência, já em 2022, o G7 fez um pedido formal ao governador para que o decreto fosse revogado. As entidades alegaram que o recolhimento de 12% ao Funrep onera as empresas em um momento de crise.

GAZETA DO POVO


Paraná tem maior aumento do PIB desde 2014, mas volta a ligar sinal de alerta

O Paraná registrou em 2021 o maior aumento no Produto Interno Bruto (PIB) desde 2014: o índice cresceu 3,3%. O avanço é resultado especialmente da recuperação da indústria – em especial da construção civil e setor automotivo – e dos serviços


Os dados foram divulgados na quinta-feira (31) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O PIB do Paraná, de R$ 579,3 bilhões, equivaleu a 6,67% do PIB brasileiro no período. Os aumentos de 8,52% na indústria e de 2,28% nos serviços foram determinantes para o resultado. A longa estiagem, que ocasionou quebras nas safras de soja, milho e cana-de-açúcar, combinadas à diminuição no processamento de carne bovina, provocaram retração de -9,53% na agropecuária. A arrecadação de impostos apresentou variação de 8,16%. O Diretor-Presidente do Ipardes, Daniel Nojima, explicou que a recuperação do Estado começou já no último trimestre de 2020 e foi constante ao longo do primeiro semestre do ano passado. No ano anterior, o PIB paranaense havia fechado em queda de -1,84%, com o impacto da pandemia em todos os setores, além da forte estiagem.

“O PIB paranaense avançou no ano passado mesmo com as adversidades. Além da Covid-19, inflação e alta de juros, o clima afetou muito a produção de energia e da agricultura, que tem um peso grande na economia do Estado”, explica Nojima. “Houve aumento também no número de empregos, ajudando na recuperação de parte do setor de serviços”. O último trimestre, no entanto, reacendeu o alerta. O PIB até apresentou estabilidade em relação ao período correspondente do ano anterior, com variação de 0,01% e valor acumulado de 3,3%. Mas, dentre as atividades que compõem o valor adicionado (PIB subtraído de impostos), houve expansão de apenas 0,98% na indústria e retrações de -8,05% na agropecuária e de -0,57% no setor de serviços. No campo, a o fraco desempenho se deu por causa da redução na produção de cana-de-açúcar e carne bovina. No setor de serviços, houve queda acentuada no varejo, provocando a retração. “O setor de serviços vinha se recuperando por conta do aumento no número de empregos. Mas a inflação em alta desde o terceiro trimestre, com aumento no preço dos combustíveis e dos alimentos, reduziu poder de compra do cidadão e trouxe consequências ao desempenho do comércio, o que fez com que o setor crescesse em um ritmo mais lento no ano”, explica Nojima.

GAZETA DO POVO


Deral eleva previsão de safra de milho no Paraná; cereal ganha área do trigo

A segunda safra de milho do Paraná 2021/22 foi estimada nesta quinta-feira em 15,9 milhões de toneladas, apontou o Departamento de Economia Rural (Deral), que elevou sua projeção em 400 mil toneladas na comparação com a previsão do mês anterior após um ajuste na área plantada em meio a bons preços


Se este volume for confirmado, a produção de milho segunda safra no Paraná, que responde pelo maior volume produzido do cereal no Estado, quase triplicaria em relação à temporada anterior, quando as plantações foram atingidas por seca e geadas. “Os técnicos chegaram à conclusão de que teve uma leve correção para cima da área de segunda safra, sendo a maior da história do Paraná. Basicamente, é uma correção”, afirmou o economista do Deral Marcelo Garrido. O plantio de milho, dessa forma, deverá crescer 7% ante o ciclo anterior, para quase 2,7 milhões de hectares na segunda safra. Com o clima colaborando e o plantio praticamente finalizado, o Paraná poderia ter uma grande segunda safra, após perdas na colheita de verão pela seca. “Já considerando a produtividade inicial versus a área, a perspectiva é boa, o clima tem contribuído. No começo tínhamos receio até por vir da seca, mas a expectativa é de uma produção boa de segunda safra pelo setor todo, até porque o Paraná é muito dependente de milho pela agroindústria”, disse. O Deral, órgão do governo do Estado, ainda divulgou sua primeira estimativa para a safra de trigo em 2022, vista em 3,87 milhões de toneladas, contra 3,2 milhões em 2021. Segundo o departamento, o plantio de trigo em 2022 deve atingir 1,17 milhão de hectares no Paraná este ano, abaixo de 1,22 milhão de 2021, mas a produtividade média deve aumentar a 3,3 toneladas/hectares, ante 2,6 toneladas/ha. Essa perda de área está relacionada a uma boa janela de plantio do milho segunda safra, que disputa terras com o trigo. “O Oeste teve recuo relativamente grande neste sentido, o oposto também é verdade, o milho teve ganho”, disse Carlos Hugo Godinho, especialista em trigo do Deral. Ele afirmou ainda que a produtividade do trigo, cujo plantio deve começar em abril no Paraná, está dentro das estimativas iniciais dos últimos anos. O Paraná, por plantar muito milho na segunda safra, tem menor perspectiva de avanço do trigo, cultura que deve crescer em área no Brasil pelos bons preços, com aumentos maiores aguardados principalmente no Rio Grande do Sul, disseram especialistas à Reuters recentemente. O Deral ainda fez ligeiro ajuste na safra de soja, cuja colheita atingida pela seca já foi encerrada. Dessa forma, a produção do Estado foi estimada em 11,58 milhões de toneladas, ante 19,8 milhões de toneladas em 2021.

Reuters


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem maior queda trimestral desde 2009

O dólar caiu 0,47% na quinta-feira, fechando março com a maior desvalorização mensal desde outubro de 2018 e marcando seu pior trimestre em mais de 13 anos contra o real


Com a cotação de fechamento de 4,7628 reais desta quinta-feira, as perdas do dólar em março totalizaram 7,63%, as mais acentuadas desde outubro de 2018 (-7,79%), levando a desvalorização acumulada no primeiro trimestre a 14,55%. Isso, por sua vez, representa a baixa trimestral mais intensa desde o período de abril a junho de 2009 (-15,81%). Os custos do petróleo e produtos agrícolas dispararam desde o final de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em meio a temores de restrição da oferta. Nesse contexto, moedas de países exportadores, particularmente da América Latina, têm sido beneficiadas, já que a região é vista como alternativa no fornecimento de commodities. Além do real, moedas como pesos chileno, colombiano e mexicano e sol peruano acumulam ganhos acentuados --de 3% a 9%-- no ano contra a divisa norte-americana. O real surgiu como opção especialmente atraente para investidores estrangeiros por causa do alto patamar dos juros. Com a Selic em 11,75% ao ano, o Brasil tem uma das maiores taxas de juros nominais do mundo, perdendo apenas para Turquia, Rússia e Argentina, países considerados de alto risco. "O BC (do Brasil) vem tentando controlar a inflação desde o ano passado, enquanto os EUA ainda não estão aumentando os juros como deveriam, na minha opinião", disse à Reuters Anilson Moretti, Chefe de câmbio da HCI Invest. "Isso atrai investimento internacional; faz com que, apesar da inflação alta no mundo inteiro, aqui seu dinheiro renda." Na quinta-feira, a inflação norte-americana em 12 meses medida pelo índice PCE, indicador favorito do Fed, subiu a 6,4%, taxa mais elevada desde 1982. Investidores comentaram que o principal motor das oscilações de mercado no pregão foi a disputa pela formação da Ptax de fim de mês e trimestre. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central, que serve de referência para liquidação de derivativos. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições. Nesta quinta, apostas na baixa da moeda prevaleceram.

Na B3, às 17:18 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,72%, a 4,7375 reais.

Reuters


Ibovespa tem leve queda, mas confirma melhor trimestre desde 2020

O principal índice da bolsa brasileira registrou pequena baixa na quinta-feira, tendo ficado de lado quase todo o pregão, no encerramento de seu melhor trimestre desde 2020


Petrobras, apesar da baixa do petróleo, e setores de energia e saneamento estiveram entre os destaques de alta da sessão, enquanto Suzano e Americanas ficaram na ponta oposta. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,16%, a 120.061,76 pontos, acumulando alta de 6,1% em março, o quarto mês seguido de ganhos, e de 14,5% no ano, registrando o melhor trimestre desde o último período de 2020. O volume financeiro da sessão foi de 24,1 bilhões de reais.

Reuters


Reservas internacionais têm em 2021 primeira rentabilidade negativa em seis anos

As reservas internacionais do Brasil registraram em 2021 uma rentabilidade negativa de 0,62%, sob impacto da valorização do dólar no período, informou o Banco Central (BC) na quinta-feira, apontando que o resultado ficou no vermelho pela primeira vez em seis anos


Os dados fazem parte do Relatório de Gestão das Reservas Internacionais produzido anualmente pelo BC. No encerramento de 2021, as reservas internacionais do Brasil totalizavam 362,20 bilhões de dólares, patamar levemente maior que o observado no final de 2020, de 355,62 bilhões de dólares. Entre os fatores que influenciam a rentabilidade está a paridade das moedas usadas para investimento das reservas em relação ao dólar. Segundo o BC, como o dólar se valorizou ante as demais moedas dos ativos que compõem as reservas, houve no ano um resultado cambial negativo de 0,82% nessa conta. A rentabilidade também é influenciada pelos níveis de juros. Em 2021 houve leve alta de juros nos Estados Unidos, fazendo com que os títulos que já estavam anteriormente sob gestão do BC se desvalorizassem. Por outro lado, essa perda foi compensada por um resultado positivo nos investimentos em títulos indexados à inflação americana e títulos públicos chineses, além de ganhos com índice de ações dos Estados Unidos. No encerramento do ano, desses movimentos relacionados a juros geraram resultado positivo de 0,2%. “Considerando conjuntamente essas contribuições (de níveis de juros e paridade das moedas), as reservas internacionais brasileiras apresentaram resultado em 2021 de -0,62%”, disse o BC. No ano anterior, a rentabilidade havia ficado em 5,57%. O último resultado negativo foi registrado em 2015, quando o dado ficou no vermelho em 1,60%. De acordo com o BC, dos investimentos na carteira das reservas, 80,34% estavam alocados em dólar norte-americano no fim de 2021. O restante estava distribuído entre moedas de outras regiões, especialmente Europa, China e Japão, mas também havia investimentos em ouro. A autoridade monetária afirmou ainda que houve redução do risco de mercado sobre as reservas em 2021, na comparação com o ano anterior. Medida que agrega componentes de juros e moedas aponta que o risco ficou em 2,1%, ante 2,7% em 2020. “Isso se deve ao fato de, em 2020, ter havido grande choque de volatilidade entre março e maio, o que não ocorreu em 2021”, disse, ressaltando que o risco de liquidez também foi reduzido no período.

Reuters


Ipea eleva estimativa para inflação este ano no Brasil a 6,5%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) manteve na quinta-feira sua estimativa para o crescimento da economia brasileira este ano em 1,1%, mas elevou a projeção para a inflação a 6,5%, bem acima do teto da meta


A projeção anterior para a alta do IPCA este ano era de 5,6%, já acima da meta oficial. Para 2023, o instituto projeta uma desaceleração do IPCA para 3,6%. O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A mudança foi motivada pela alta global de preços diante da guerra entre Rússia e Ucrânia. "Mesmo diante de um comportamento mais benevolente do câmbio, a manutenção da trajetória de alta das commodities no mercado internacional, aliada ao impacto da guerra sobre os preços do petróleo e aos efeitos climáticos sobre a produção doméstica de alimentos, levou a uma revisão das estimativas de inflação", explicou o Ipea. Em relação à economia, o Ipea explicou que houve revisões para baixo nas estimativas para o desempenho da indústria e da agricultura este ano, mas perspectivas mais otimistas para o segmento de serviços. "A manutenção da taxa de crescimento do PIB projetada para 2022 em 1,1% decorre, portanto, da revisão para cima do crescimento esperado do setor de serviços, que passou de 1,3% para 1,8%", disse o Ipea, citando a melhora da mobilidade urbana como fator para o desempenho do setor. Para 2023, o Ipea estima expansão econômica de 1,7%.

Reuters


Brasil tem desemprego de 11,2% no tri até fevereiro, diz IBGE

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2 por cento nos três meses até fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 11,4 por cento por cento no período.

Reuters


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