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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 981 DE 30 DE OUTUBRO DE 2025

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  • 30 de out.
  • 13 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 981 | 30 de outubro de 2025

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Ritmo de alta ganha força nas praças brasileiras; “boi-China” bate R$ 320/@ em SP, apurou Scot

Desde a última semana e início desta, 16 regiões acompanhadas diariamente pela Agrifatto registraram valorização nas cotações da arroba: SP, AC, AL, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RJ, RO, SC e TO. No PARANÁ: Boi: R$ 325,00 por arroba. Vaca: R$ 295,00. Novilha: R$ 310,00. Escalas de abate de sete dias.

 

Na quarta-feira (29/10), o boi gordo subiu com mais força no mercado de São Paulo, conforme apurou a Scot Consultoria, que acompanha diariamente mais de 30 praças brasileiras. O “boi-China” e o animal sem padrão-exportação registraram valorização diária de R$ 3/@, alcançando R$ 320/@ e R$ 315/@ (valores brutos, no prazo), respectivamente, segundo a Scot. Por sua vez, as fêmeas terminadas tiveram aumento de R$ 4/@ em relação ao preço de terça-feira (28/10), atingindo R$ 291/@ (vaca) e R$ 305/@ (novilha). “A oferta de boiadas está enxuta e os frigoríficos têm tido dificuldade para compor as escalas de abate”, relata a Scot, que acrescenta: “As indústrias paulistas que não têm acordos com confinamentos para a entrega de boiadas têm tido que pagar mais pela arroba”. Segundo a equipe de analista da Agrifatto, o movimento de valorização do boi gordo, iniciado na semana passada, é visto também em outras importantes praças brasileiras. Das 17 regiões acompanhadas diariamente pela consultoria, 16 registraram valorização da arroba ao longo da última semana e início desta: SP, AC, AL, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RJ, RO, SC e TO. Considerando a mesma base de comparação, o boi gordo ficou estável apenas na praça do Rio Grande do Sul, acrescenta. Pela apuração da Agrifatto, na quarta-feira (29/1), o animal sem padrão exportação atingiu R$ 320/@ em São Paulo, enquanto o “boi-China “é negociado por R$ 325/@. De acordo com apuração da Agrifatto, o movimento de alta do boi gordo é impulsionado não só pela sustentação do consumo interno, mas também pelo forte volume de exportações, que pode alcançar 320 mil toneladas em outubro/25, o que seria um recorde para este mês. Além disso, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros seguem curtas, com média nacional de sete dias, de acordo com o levantamento semanal da Agrifatto. Nas indústrias exportadoras, diz a consultoria, a oferta limitada de animais terminados em confinamento e o volume apenas regular de contratos a termo ajudam a sustentar a tendência de alta dos preços. Por sua vez, os frigoríficos de menor porte enfrentam dificuldade na compra de boi gordo, refletindo a oferta restrita e a estabilidade nos preços da carne bovina no mercado interno. Cotações do boi gordo desta quarta-feira (29/10), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$ 320,00 a arroba. Boi China: R$325,00. Média: R$ 322,50. Vaca: R$ 295,00. Novilha: R$ 310,00. Escalas de abates de sete dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$ 300,00 a arroba. Boi China: R$ 310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$ 280,00. Novilha: R$ 290,00. Escalas de abate de oito dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$ 325,00. Boi China: R$ 325,00. Média: R$ 325,00. Vaca: R$295,00. Novilha R$ 310,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$ 300,00 a arroba. Boi China: R$310,00. Média: R$305,00. Vaca: R$ 280,00. Novilha: R$ 290,00. Escalas de abate de sete dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$ 300,00 a arroba. Boi China: R$ 310,00. Média: R$ 305,00. Vaca: R$ 275,00. Novilha: R$ 285,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$ 300,00 a arroba. Boi China/Europa: R$310,00. Média: R$ 305,00. Vaca: R$ 280,00. Novilha: R$ 290,00. Escalas de abate de sete dias. RONDÔNIA: Boi: R$ 285,00 a arroba. Vaca: R$ 260,00. Novilha: R$ 270,00. Escalas de abate de nove dias. MARANHÃO: Boi: R$ 290,00 por arroba. Vaca: R$ 265,00. Novilha: R$ 270,00. Escalas de abate de oito dias. 

SCOT CONSULTORIA/AGRIFATTO/PORTAL DBO

 

Mercado favorece aumento no confinamento de gado em 2025

Boas oportunidades de compra de insumos e utilização de ferramentas de fixação antecipada de preços interferiram na decisão de pecuaristas. Número deve ficar em torno de 11 milhões de animais, segundo a Assocon

 

O número de bovinos confinados no Brasil em 2025 deve superar as expectativas iniciais e alcançar cerca de 11 milhões de animais, segundo estimativa do presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Maurício Velloso. No começo do ano, a previsão era de um confinamento de 9 milhões de cabeças, mas foi impulsionado pelas condições favoráveis de mercado. “O que se previa era algo em torno de 9 milhões de animais terminados, isso migrou para 10,5 milhões, e acredito que tenhamos algo próximo de 11 milhões neste ano”, afirmou o presidente da Assocon durante o Congresso Mundial da Carne, em Cuiabá.

GLOBO RURAL

 

Rabobank projeta arroba do boi gordo superior a R$ 350; saiba quando

Movimento de alta deve ser impulsionado pela queda entre 5% e 6% na produção interna e pelo aumento da demanda. Produção de carne deve recuar entre 5% e 6% no próximo ano, como resultado do abate de fêmeas.

 

A produção de carne bovina brasileira deve recuar entre 5% e 6% no próximo ano em relação a 2025, totalizando 10,5 milhões de toneladas em equivalente carcaça. Conforme perspectivas divulgadas na quarta-feira, 29, pelo Rabobank, o recuo é resultado dos três anos consecutivos de abates de fêmeas que têm desencadeado quedas históricas, tanto no rebanho de vacas quanto na produção de bezerros. Como reflexo da queda na oferta de animais, espera-se uma sustentação de preços da arroba bovina, principalmente no segundo semestre de 2026. “Entendemos que a variável do lado da demanda, de incremento de poder de compra, deve ser positiva. Ainda não estamos projetando R$ 400,00 a arroba para o ano que vem, mas certamente no segundo semestre devemos ver preços maiores do que R$ 350,00, principalmente por conta de uma reposição com valores elevados”, disse o analista de pecuária do Rabobank, Wagner Yanaguizawa. O fator climático também está no radar da produção de carne bovina. A confirmação do fenômeno La Niña no último trimestre deste ano, se estendendo até o início de 2026, pode impactar o potencial de engorda da produção extensiva. Isso, segundo o Rabobank, deve ocorrer uma vez que a previsão de chuvas abaixo da média no Sul do Brasil e o excesso de precipitação no Centro-Oeste e na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) podem impactar negativamente a recuperação das pastagens e comprometer a engorda a pasto na primeira metade de 2026. “A qualidade das pastagens deve melhorar com o início das chuvas no último trimestre, mas o risco de invernadas e déficit hídrico permanece elevado nessas regiões”, salienta o especialista. Conforme a análise, a possibilidade de negociação de uma tarifa reduzida ou ampliação da cota de exportação da carne bovina do Brasil para os Estados Unidos poderia mitigar parte dos impactos negativos causados pelo cenário climático. A instituição ainda vê um movimento de recuo de cerca de 4% na oferta de animais nos EUA, apesar da leve recuperação do rebanho já observada no país. Enquanto isso, a demanda pela carne bovina seguirá aquecida. Do lado do mercado doméstico, dois eventos no próximo ano podem favorecer, temporariamente, o poder de compra da população: a Copa do Mundo de futebol e a eleição presidencial. Ele explica, contudo, que a expectativa de preços maiores para a carne bovina nos próximos meses deve elevar a competitividade das proteínas animais mais baratas, interrompendo a sequência de recuperação do consumo de carne bovina iniciado em 2023. Nesse aspecto, o Rabobank projeta queda entre 8% e 9% no consumo per capita de carne bovina em 2026, chegando próximo a 30 quilos por habitante ao ano. Olhando para a variável da demanda externa, a expectativa é de incremento das exportações, com o Brasil seguindo como protagonista global e a China puxando esse movimento. Conforme o Rabobank, a forte aceitação da carne brasileira entre os consumidores chineses tem feito com que haja uma migração para cortes mais acessíveis, o que pode sustentar a demanda mesmo em um cenário de menor crescimento do país asiático. “As principais oportunidades que o Brasil tem na China, do lado da demanda, ficam para o setor de varejo online. A gente tem visto um crescimento interessante, deve ser um fator interessante em termos de puxar a demanda, principalmente porque o Brasil deve continuar sendo o principal mercado fornecedor. E acredito que isso não deve mudar para o ano que vem”, diz o analista.

ESTADÃO/AGRO

 

FRANGOS

 

Carne de frango: embarques de outubro ainda podem chegar às 500 mil toneladas e registrar novo recorde 

Nas quatro primeiras semanas de outubro (1 a 25, dezoito dias úteis) o Brasil exportou pouco mais de 395 mil toneladas de carne de frango in natura, volume que representou embarques de, aproximadamente, 21.950 toneladas diárias, 5% e 11% a mais que os registrados, respectivamente, em setembro passado e em outubro de 2024.

 

E o resultado, projetado para a totalidade do mês, sinaliza algo em torno das 500 mil toneladas, resultado inédito no setor. É preciso convir, no entanto, que não vai ser fácil chegar a esse volume. Porque, na semana passada, a quarta de outubro, os embarques efetivados apresentaram forte recuo – como, aliás, é típico das segundas quinzenas do mês. Demonstrando, na semana passada as exportações ficaram limitadas a 79.265 toneladas, 40% a menos que o embarcado na semana, quando o volume registrado chegou às 132.521 toneladas. Supondo-se que o mesmo resultado permaneça nesta derradeira semana do mês, o total mensal ficará próximo das 475 mil toneladas, mesmo assim novo recorde para o mês em se tratando do produto in natura. Mas o que importa, no momento, é que, com as 395 mil toneladas já exportadas neste mês, o total acumulado no ano passa a superar a casa dos 4 milhões de toneladas, ficando apenas 2% abaixo do registrado nos mesmos 10 meses de 2024. Alcançado na semana o volume acima projetado (79.265 toneladas), a diferença a menos cairá para cerca de meio por cento. A registrar, ainda, que na semana houve significativa melhora no preço médio do produto. Assim, após alcançar média US$1.533,55/tonelada nas três primeiras semanas do mês, o preço agora registrado se encontra em US$1.681,35/tonelada, aumento de quase 10%. Porém, ainda se encontra 11,76% abaixo dos US$1.905,54/tonelada de outubro de 2024.

AVESITE

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Abertura de mercados para o Brasil na Malásia e em Burkina Faso

Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 470 aberturas de mercado desde o início de 2023

 

O governo brasileiro concluiu negociações sanitárias e fitossanitárias com os governos da Malásia e de Burkina Faso que permitirão ao Brasil exportar diversos produtos do agronegócio para aqueles países. No contexto da visita presidencial à Malásia, as autoridades do país autorizaram o Brasil a exportar pescado extrativo e de cultivo, bem como maçãs, melões, ovo em pó e gergelim. Com mais de 35 milhões de habitantes, a Malásia tem alto consumo “per capita” de pescado, constituindo assim importante mercado potencial para o setor produtivo brasileiro. Em 2024, o país importou US$ 1,2 bilhão em produtos agropecuários do Brasil.

Em Burkina Faso, as autoridades locais autorizaram o Brasil a exportar alimentos para animais de companhia, bem como insumos de origem vegetal e animal para elaboração de ração animal e produtos para alimentação animal de origem não animal. Com cerca de 23 milhões de habitantes e um rebanho estimado de 81 milhões de cabeças, Burkina Faso se destaca como mercado promissor para as exportações brasileiras do setor. Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 470 aberturas de mercado desde o início de 2023.

MAPA

 

Japão está “muito perto” de abrir o mercado para carne bovina brasileira, diz ministro

Membro do Ministério das Relações Exteriores japonês reconheceu que o processo é lento, mas enfatizou a disposição do governo em avançar na questão com as autoridades do Brasil

 

O Japão está “muito perto” de abrir o seu mercado para carne bovina brasileira, disse Ryo Kuroishi, diretor da divisão da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores do Japão.

Em entrevista aos canais de notícias internacionais, Kuroishi informa que houve progresso nas negociações sobre o assunto desde a visita do presidente Lula ao Japão, em março/25 e, posteriormente, a vinda ao Brasil de especialistas japoneses. Ambos os países têm realizado consultas técnicas regulares para cumprir as etapas necessárias para a reabertura do mercado japonês à carne brasileira. Kuroishi afirmou ao jornal Valor que, embora ainda faltem algumas etapas, o Japão pretende concluir suas avaliações científicas e suspender as restrições à importação o mais rápido possível. Estamos acompanhando as consultas científicas e esperamos concluir todas as etapas e suspender a restrição o quanto antes”, disse. O diretor explicou que a abertura do mercado japonês envolve padrões sanitários rigorosos visto que o Japão já enfrentou surtos de doenças em animais e, por isso, faz questão de manter uma política cautelosa em relação à importação de carne. No entanto, Kuroishi reconheceu que o processo é lento, mas enfatizou a disposição do Japão em avançar na questão.

PORTAL DBO

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar devolve perdas ante o real e fecha estável após decisão do Fed

O dólar fechou a quarta-feira praticamente estável no Brasil, devolvendo as perdas vistas mais cedo, depois que a decisão de política monetária do Federal Reserve, que colocou em dúvida novo corte de juros em dezembro, deu força à moeda norte-americana em todo o mundo.

 

O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,04%, aos R$5,3581. No ano, a divisa acumula queda de 13,29%. Às 17h08 na B3 o dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,03%, aos R$5,3635. Até o início da tarde o dólar sustentou perdas ante o real e outras moedas de países emergentes, como o peso chileno, o rand sul-africano e o peso mexicano. Mas a decisão do Fed às 15h mudou o cenário. O Fed cortou a taxa de referência em 25 pontos-base, para a faixa entre 3,75% e 4,00%, mas destacou os limites em seu processo de tomada de decisão, já que a paralisação do governo dos EUA reduziu o número de indicadores econômicos disponíveis. A decisão desta quarta-feira também foi dividida: dez membros votaram pelo corte de 25 pontos-base, um membro defendeu redução maior e outro votou pela manutenção da taxa. Em sua comunicação, o Fed também informou que vai encerrar a redução de seu balanço patrimonial de US$6,6 trilhões, em meio a evidências de que as condições de liquidez do mercado monetário começaram a ficar mais apertadas. A decisão, que já vinha sendo sinalizada pelo chair do Fed, Jerome Powell, representará a normalização da liquidez disponível. O saldo da decisão do Fed e de sua comunicação foi o fortalecimento dos rendimentos dos Treasuries, em meio à percepção de que um novo corte de juros em dezembro não está garantido. Em entrevista coletiva, Powell reforçou essa percepção. Segundo ele, os membros do Fed estão lutando para chegar a um consenso sobre o que está por vir e os mercados financeiros não devem presumir que outro corte de juros ocorrerá no final do ano. Nos mercados de moedas, isso se traduziu na alta do dólar ante boa parte das demais divisas, em movimento percebido também no Brasil. Após registrar a cotação mínima de R$5,3345 (-0,49%) às 12h08, o dólar à vista atingiu a máxima de R$5,3679 (+0,14%) às 16h13, já após a decisão do Fed e as declarações de Powell. No fechamento, se reaproximou da estabilidade.

REUTERS

 

Ibovespa renova máximas e flerta com 149 mil pontos puxado por Vale e bancos

O Ibovespa renovou máximas históricas nesta quarta-feira, ultrapassando os 149 mil pontos pela primeira vez no melhor momento, em desempenho puxado principalmente por Vale e bancos e referendado por decisão de juros do Federal Reserve.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,82%, a 148.632,93 pontos, após marcar 149.067,16 pontos na máxima e 147.429,63 na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$23,85 bilhões. Além do corte de juros, o Fed anunciou que reiniciará compras limitadas de Treasuries após os mercados monetários mostrarem sinais de que a liquidez estava se tornando escassa, uma condição que a autoridade se comprometeu a evitar. Na entrevista coletiva que se seguiu ao anúncio da decisão, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que autoridades do BC norte-americano estão lutando para chegar a um consenso sobre os próximos passos e que os mercados não devem presumir outro corte no final do ano. De acordo com o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, não houve surpresa com a decisão do Fed, mas os comentários de Powell dissuadindo expectativas de que mais um corte em dezembro está garantido foram recebidos de forma negativa pelo mercado. "Ainda acreditamos que um corte de 0,25 (p.p.) é o mais provável, mas temos que reconhecer que Powell fez tudo o que pode para dizer que nada está garantido", observou. "De um lado, ainda não está clara a magnitude do esfriamento no mercado de trabalho. De outro, não sabemos se os impactos do tarifaço vão eventualmente impactar a trajetória da inflação de forma mais contundente." Na decisão anunciada nesta quarta-feira, o diretor Stephen Miran pediu novamente uma redução mais profunda nos custos dos empréstimos e o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, defendeu nenhum corte, dado o patamar atual de inflação.

REUTERS

 

Dívida pública federal cai 0,28% em setembro, mas custo aumenta, mostra Tesouro

A dívida pública federal caiu 0,28% em setembro ante agosto, para R$8,122 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, em período também marcado por uma elevação no custo para rolagem dos títulos públicos.

 

No mês, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) caiu 0,31% em termos nominais, somando R$7,820 trilhões, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) aumentou 0,43% e atingiu R$301,5 bilhões. Contribuiu para o recuo da dívida pública no mês passado um resgate líquido de R$100 bilhões da dívida mobiliária interna registrado no período, parcialmente neutralizado por uma incorporação de juros no valor de R$75,7 bilhões na dívida interna. O Tesouro destacou que em setembro a redução de juros pelo banco central dos Estados Unidos e a perspectiva de aceleração no ritmo de cortes na taxa aumentaram o apetite ao risco no mercado e levaram a uma queda dos juros futuros para períodos mais longos, também refletindo a política monetária no Brasil e dados globais. Ainda assim, de acordo com as informações da pasta, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve uma elevação no mês passado, indo de 11,65% ao ano em agosto para 12,00%. O custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna, por sua vez, subiu de 13,70% para 13,74% ao ano. Em relação ao perfil de vencimentos da dívida pública, o Tesouro informou que o prazo médio do estoque passou de 4,09 anos para 4,16 anos em setembro. A reserva de liquidez, por sua vez, passou de R$1,134 trilhão em agosto para R$1,032 trilhão em setembro. O valor é suficiente para quitar 9,33 meses de vencimentos de títulos, contra 7,78 registrados um mês antes. Em relação ao mês de outubro, o Tesouro apontou que a expectativa de cortes de juros nos EUA impulsionou ativos de países emergentes, ponderando que a percepção de risco no Brasil foi afetada por incertezas fiscais.

REUTERS

 

Confiança da indústria do Brasil cai em outubro e reforça pessimismo no setor, diz FGV

A confiança da indústria no Brasil voltou a apresentar queda em outubro e marcou o sétimo resultado mensal negativo no ano, reforçando o sentimento de pessimismo no setor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira.

 

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,7 ponto em outubro, apagando a alta de 0,1 ponto em setembro e chegando a 89,8 pontos, de acordo com os dados da FGV. "O resultado da sondagem retrata à risca a complexidade do ambiente macroeconômico para o setor industrial que vem apresentando sinais de desaceleração da atividade no segundo semestre. Apesar da redução da incerteza e do bom momento do mercado de trabalho, a indústria segue pessimista e distante de um reaquecimento da demanda, indicando desaceleração nos últimos meses do ano”, disse Stéfano Pacini, economista da FGV. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, caiu 0,8 ponto e foi a 94,2 pontos, em meio a preocupações com o alto nível dos estoques na maioria dos setores, segundo a FGV. O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, recuou 0,7 ponto, para 85,4 pontos, no pior resultado desde junho de 2020 (75,8 pontos). "Quanto ao futuro, o sentimento de pessimismo é notado em todas as categorias de uso, sobretudo nas produtoras de bens duráveis que são mais sensíveis aos reflexos da política monetária contracionista", completou Pacini. Com a taxa básica de juros mantida em 15%, o Banco Central disse que entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê a Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.

Reuters

 

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