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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 971 DE 16 DE OUTUBRO DE 2025

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  • 16 de out.
  • 17 min de leitura
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 971 | 16 de outubro de 2025


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL 

 

Boi gordo com viés de alta

Redução na oferta de animais provenientes de confinamento e de contratos a termo contribui para a recuperação gradual dos preços, avalia a Agrifatto. No PARANÁ: Boi: R$320,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$305,00. Escalas de abate de sete dias.

 

Os frigoríficos de menor porte seguem operando com escalas de abate curtas, o que tem ajudado a sustentar as cotações do boi gordo, reforçando expectativas de alta na arroba no curto prazo, relatou na quarta-feira (15/10) a Agrifatto. “O mercado físico do boi gordo segue estável e firme, com negócios acima das referências em diversas praças, como MS, MT, TO e SP”, acrescentou a consultoria. Na avaliação da consultoria, a redução na oferta de animais provenientes de confinamento e de contratos a termo contribui para a recuperação gradual dos preços do boi gordo, tanto no mercado físico quanto no futuro. Pelos dados apurados pela Agrifatto, o volume de negócios realizados nos últimos dias não foi suficiente para ampliar as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros, que seguem em oito dias úteis, na média nacional. 

Na quarta-feira, pesar da consolidação da pressão altista, todas as praças acompanhadas pela Agrifatto registraram estabilidade nas cotações do boi gordo pela quarta vez consecutiva. De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, na praça paulista, o boi gordo “comum” segue cotado em R$ 307/@, a vaca gorda em R$ 282/@, a novilha terminada em R$ 295/@ e o “boi-China” em R$ 310/@ (preços brutos, no prazo). No mercado futuro, após o desempenho negativo da segunda-feira (13/10), os contratos do boi gordo subiram na terça-feira (14/10). O contrato com vencimento em novembro/25 encerrou a sessão da B3 em R$ 323,75/@, com ligeira alta de 0,34% sobre o dia anterior. Cotações do boi gordo desta quarta-feira (15/10), conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$ 315,00 a arroba. Boi China: R$315,00. Média: R$315,00. Vaca: R$280,00. Novilha: R$295,00. Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de nove dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$320,00. Boi China: R$320,00. Média: R$320,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$305,00. Escalas de sete dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$270,00. Novilha: R$280,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS e PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. GOIÁS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China/Europa: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$285,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$275,00 a arroba. Vaca: R$255,00. Novilha: R$255,00. Escalas de abate de dez dias. MARANHÃO: Boi: R$285,00 por arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$260,00. Escalas de abate de dez dias.

Agrifatto/Portal DBOL/Scot Consultoria

 

Ciclo de alta: futuros do boi gordo se aproximam de R$ 330 na B3

O mercado pecuário brasileiro segue em trajetória de alta, com os preços futuros do boi gordo se aproximando da marca de R$ 330 por arroba. Na última semana, o contrato futuro de janeiro de 2026 encerrou cotado a R$ 330 por arroba na B3, com valorização de 1,06% em relação à semana anterior. Outros vencimentos também registraram alta: outubro (+1,49%), novembro (+1,47%) e dezembro (+1,21%). 

 

Já o mercado físico, no entanto, fechou a semana a R$ 307,95 por arroba – avanço semanal de 0,70%. O movimento de alta, conforme a Markestrat Group, indica um ciclo de valorização sustentado pela escassez de oferta e pela valorização genética dos animais de cria. Segundo levantamento da consultoria, os preços da reposição já superam em 36% a média do ano, refletindo a demanda dos produtores pela recomposição de seus rebanhos. O preço do bezerro no mercado físico registrou avanço de 1,32% na semana, chegando a R$ 2.946,12. “A valorização do bezerro é sustentada pela boa demanda de reposição e pela perspectiva de continuidade da firmeza nos preços do boi gordo”, sinalizam os especialistas. A consultoria destaca que, mesmo com um ambiente de custos elevados, a pecuária brasileira mostra potencial de valorização gradual nos próximos meses.

O Estado de São Paulo


Exportações brasileiras de gado vivo em setembro/25 “colam” no recorde mensal histórico

No acumulado dos primeiros nove meses de 2025, o Brasil embarcou 788,41 mil “bovinos em pé”, uma quantidade recorde para o período

 

As exportações brasileiras de gado vivo totalizaram 137,17 mil cabeças em setembro/25, o segundo maior volume mensal da história, ficando um pouco atrás do resultado recorde, alcançado em dezembro/24 (137,75 mil cabeças), informou a Agrifatto. Em receita, os embarques de “animal em pé” geraram US$ 147,93 milhões, resultando em uma média por animal negociado de US$ 76,32/@, acrescenta a consultoria. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o Brasil exportou 788,41 mil bovinos vivos, uma quantidade recorde para o período e aumento de 16,08% sobre o volume computado em igual período de 2024. Segundo os dados da Agrifatto, entre os Estados exportadores, o Pará se mantém como principal origem dos embarques de gado vivo, respondendo por 59,59% do total, seguido por Rio Grande do Sul, com 22,38% de participação. Os destinos também seguiram concentrados, com Turquia, Iraque, Marrocos e Egito absorvendo juntos 77,17% do volume exportado em setembro/25, informa a Agrifatto. Caso essa tendência se mantenha até dezembro, diz a consultoria, 2025 deverá se consolidar como o ano de maior exportação de “gado em pé” da história do país, reforçando a posição do Brasil como um dos poucos países a atuar de forma consistente nesse nicho de mercado. Segundo a Agrifatto, o impacto do comércio de animais vivos sobre os preços domésticos do boi gordo e dos animais de reposição é pequeno, pois o total de gado exportado em 2024 representou apenas 3,15% do total abatido naquele ano. “Mesmo que atinjamos 1,5 milhões de bovinos enviados em 2025, isso corresponderia a apenas 3,59% do total estimado que será abatido no Brasil em 2025 (41,71 milhões de cabeças)”, comparam os analistas da consultoria.

Portal DBO

 

Pará envia primeira remessa de carne bovina rastreada para a China

Lote inclui mais de 350 bovinos Nelore, com 13 a 24 meses, transportados em 22 caminhões para frigorífico destinado à exportação. O Pará iniciou as exportações de carne bovina com a primeira remessa de 108 toneladas, que partiu do município de Xinguara, conhecido como a capital do boi gordo, com destino à China.

O estado, detentor do segundo maior rebanho bovino do país, com 26 milhões de cabeças de gado, iniciou as exportações de carne produzida com o Sistema de Rastreabilidade Bovina Individual do Pará (SRBIPA). O lote exportado incluía mais de 350 bovinos machos da raça Nelore, com idades entre 13 e 24 meses, transportados em 22 caminhões para um frigorífico com Serviço de Inspeção Federal (SIF) para o município de Água Azul do Norte, no Pará. Após o nascimento, cada animal recebeu dois brincos de identificação: um amarelo, para leitura visual, e outro azul eletrônico, que permite monitoramento por radiofrequência. Durante 90 dias, o rebanho foi alimentado com silagem, capim e ração, seguindo manejo sustentável em pasto rotacionado intensivo. Esse processo garante rastreabilidade completa e fortalece a qualidade e a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva da carne. A iniciativa garante o controle sanitário do rebanho desde o nascimento até o abate. O primeiro lote de carne produzido com o sistema registrou ganho médio de 592 kg por animal, totalizando 7.212,48 arrobas. “O sistema de rastreabilidade é pioneiro no Brasil e qualifica a carne para mercados internacionais, oferecendo garantias sanitárias de produção e de origem do produto, permitindo o acompanhamento até chegar ao frigorífico e fortalecendo a confiança do consumidor”, destacou o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo. Para o zootecnista e gestor de propriedade rural Adriano Silva, a rastreabilidade agrega valor à produção. “Com o número de identificação de cada animal, é possível acompanhar o ganho de peso individualmente, tornando a produção e a gestão da propriedade mais precisas. Isso impacta diretamente a qualidade do produto, abre acesso a diferentes mercados e contribui para o desenvolvimento da pecuária no Pará”, afirma. A partir de janeiro de 2027, todo o rebanho estadual deverá estar identificado individualmente. Os brincos de identificação são fornecidos gratuitamente pelo governo do Pará a produtores com até 100 animais, que podem procurar a Adepará em seu município para adquirir os itens e realizar a identificação individual.

Canal Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Vendas no comércio varejista do Paraná acumulam alta de 2,6% em 2025, mostra IBGE

Resultado é um ponto percentual acima da média nacional no mesmo período, com 1,6%. Em 12 meses, o crescimento foi de 2,6%; na comparação entre agosto de 2025 e de 2024, o aumento foi de 2,4%; e de julho para agosto deste ano, de 0,4%.

 

As vendas no comércio varejista do Paraná cresceram 2,6% no acumulado de 2025, entre janeiro e agosto, um ponto percentual acima da média nacional no mesmo período, que registrou 1,6%. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados na quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram também que o Estado registrou índices positivos em todos os recortes analisados. De acordo com o levantamento, os setores que mais contribuíram para o resultado positivo do Paraná durante o ano de 2025 foram o de eletrodomésticos, com o segundo melhor índice do País, com 15,9%; móveis e eletrodomésticos, com 11%; e tecidos, vestuário e calçados, com 8,6%. Nos últimos 12 meses, as vendas do varejo tiveram resultado positivo, repetindo os 2,6% do acumulado do ano de 2025 e acima da média nacional, que foi de 2,2%. Novamente os eletrodomésticos, com 15,9%, móveis e eletrodomésticos, com 12,5%, e tecidos, vestuário e calçados, com 8,2%, contribuíram para o bom saldo paranaense. Quando comparado o mês de agosto de 2025 com o mesmo mês do ano passado, o Paraná teve aumento de 2,4% nas vendas do comércio, seis vezes mais que a média brasileira neste recorte, de 0,4%. Eletrodomésticos (28,5%), móveis e eletrodomésticos (24,2%) e móveis (21,2%), principais setores responsáveis pela alta no Estado, tiveram os maiores índices do Brasil. Na passagem de julho para agosto, o crescimento foi de 0,4%, acima do registrado no País, de 0,2%. O índice de vendas do atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 10% na comparação entre agosto de 2025 e agosto de 2024. Foi o segundo melhor resultado do País, atrás apenas do Espírito Santo (16,4%) e bem acima do Rio Grande do Sul, na terceira posição, com 4,2%. Já o comércio de materiais de construção no Paraná teve resultados expressivos em nível nacional. Foram 8,2% no acumulado de 12 meses, 5,3% no acumulado de 2025 e 0,8% na comparação entre agosto deste ano e de 2024, com o Estado sempre figurando no top 3 nas altas dentro deste segmento. As vendas de veículos, motocicletas, partes e peças cresceram 5,3% nos últimos 12 meses. Os resultados positivos nas vendas também refletiram no faturamento do comércio varejista. De janeiro a agosto deste ano, a receita nominal cresceu 8,4%, 1,2 ponto percentual acima da média Brasil, que foi de 7,2%. Já nos últimos 12 meses, de setembro de 2024 a agosto de 2025, o índice paranaense foi de 8%, acima dos 7,7% do País. Entre julho e agosto, o faturamento cresceu 8,5% no Estado, enquanto na comparação do oitavo mês do ano com o mesmo período de 2024 o aumento foi de 0,4%. Os números demonstram que o cenário de alta nas vendas foi revertido em mais dinheiro no caixa do comércio varejista, o que contribui para a geração de mais empregos e, consequentemente, renda para a população.

Agência Estadual de Notícias

 

Movimentação cresce 6,2% e Portos do Paraná já ultrapassa 55 milhões de toneladas em 2025

Na avaliação geral, os granéis sólidos lideram as movimentações (61,5%), seguidos de carga geral (25,4%) e granéis líquidos (13,1%). O milho é a commodity que mais cresceu, em volume e em porcentagem, nos portos paranaenses em 2025.

 

A Portos do Paraná soma 55,3 milhões de toneladas movimentadas ao longo de 2025 e caminha para bater o próprio recorde em dezembro, com mais de 70 milhões de toneladas neste ano. O volume movimentado até setembro já representa 6,2% a mais do que o registrado nos três primeiros trimestres de 2024, quando foram atingidas 52,1 milhões de toneladas. Na avaliação geral, os granéis sólidos lideram as movimentações (61,5%), seguidos de carga geral (25,4%) e granéis líquidos (13,1%). A quantidade maior de cargas se reflete também na chegada de navios aos portos do Paraná. Foram 2.124 atracações realizadas entre janeiro e setembro de 2025, número já superior ao total registrado em todo o ano passado, que somou 2.068. O aumento de calado, que passou de 13,1m para 13,3m, também contribui para esses resultados. Os dados de movimentação de carga relativos ao mês de setembro mostram que o milho é a commodity que mais cresceu, em volume e em porcentagem, nos portos paranaenses em 2025. No comparativo com o mesmo mês de 2024, a alta é de 356%. No acumulado de janeiro a setembro, os embarques do produto aumentaram 284% em relação ao mesmo período do ano anterior — 2.935.569 toneladas contra 756.044 toneladas. Isso representa US$ 582 milhões em FOB (valor do produto no ponto de embarque). Os principais destinos do milho exportado foram países do Oriente Médio. A combinação de fatores que envolvem a alta produtividade brasileira e os embates tarifários internacionais promovidos pelos Estados Unidos ampliaram a competitividade do grão produzido no Brasil. O aumento na procura pelo produto brasileiro, principalmente pelo Paraná, se deve ao fato de ser a melhor alternativa de escoamento. Outra commodity que cresceu no período foi o farelo de soja, que alcançou a marca de 5.085.054 toneladas, 13% a mais do que no ano passado (4.510.525 toneladas). Os cinco principais destinos do farelo foram os Países Baixos, França, Espanha, Coreia do Sul e Alemanha. Representando mais de um quarto da movimentação nacional, o produto registrou US$ 1,6 bilhão em FOB. O frango congelado também operou em grande volume. O Porto de Paranaguá movimentou 44% da exportação nacional de carne de frango, o que representa 1,5 milhão de toneladas e US$ 2,7 bilhões de FOB. Os três principais destinos foram África do Sul, México e Emirados Árabes. Para atender à grande demanda, o Terminal de Contêineres de Paranaguá possui o maior pátio para armazenagem de contêineres refrigerados da América do Sul, com 5.268 tomadas, e é o maior concentrador de linhas marítimas do País, com 23 serviços marítimos. O envio de óleos vegetais também registrou alta de 45% em setembro e, no acumulado do ano (jan/set), soma crescimento de 49% nas exportações. A celulose teve um aumento de 72% no mês e acumula, até o momento, crescimento de 28% no envio para outros países. Na importação, o maior volume é o de fertilizantes, com 1.038.153 toneladas em setembro. O Porto de Paranaguá é o maior canal de importação de adubo do Brasil, responsável por 25,5% da movimentação nacional, avaliada em US$ 3 bilhões de FOB. O desembarque de trigo cresceu consideravelmente no último mês, com alta de 132%, alcançando 269.308 toneladas, diante das 28.850 toneladas desembarcadas em setembro de 2024. A redução da área plantada na última safra e as interferências climáticas comprometeram a produção do cereal, exigindo maior importação para abastecer o mercado interno. Setembro também foi marcado pelo aumento de 46% na importação de derivados de petróleo. É o primeiro mês de 2025 que a Portos do Paraná contabiliza um incremento de 3% sobre o acumulado em relação aos granéis líquidos.  

Agência Estadual de Notícias

 

Paraná tem terceira maior alta do País na previsão da safra de setembro, aponta IBGE

O Paraná teve a terceira maior alta na estimativa de produção da safra em setembro, com variação absoluta de 122 mil toneladas em relação ao mês de agosto. As outras grandes variações ocorreram no Mato Grosso (258 mil toneladas), Tocantins (186 mil toneladas), Rondônia (86 mil toneladas), Goiás (69 mil toneladas) e Sergipe (48 mil toneladas). As principais quedas foram observadas na Bahia (-43 325 t), Ceará (-39 757 t), Maranhão (-37 141 t) e Rio Grande do Sul (-28 785 t).

 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa terça-feira (14/10) dentro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do Brasil, com participação de 13,5%, atrás apenas de Mato Grosso, que tem 32,4%. Goiás (11,3%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (7,4%) e Minas Gerais (5,5%) completam a relação dos principais produtores. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada em setembro para 2025 deve totalizar 341,9 milhões de toneladas (sendo 46 milhões de toneladas no Paraná), 16,8% maior do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), e 0,2% acima da informada em agosto. Entre os destaques da evolução no Estado em relação de agosto estão feijão, cevada e milho. O Paraná é o segundo maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, participando com 15,5% do total. A produção deve alcançar 17,4 milhões de toneladas, crescimentos de 0,2% em relação a agosto e de 38,3% em relação ao ano anterior. O Paraná também é o maior produtor nacional de feijão, prevendo uma produção de 841,0 mil toneladas ou 27,3% de participação, seguido por Minas Gerais com 474,2 mil toneladas ou 15,4% de participação e Goiás com 373,6 mil toneladas ou 12,1 % de participação. O feijão representa 0,9% de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, ocupando 3,3% do total de área cultivada, aproximadamente 2,7 milhões de hectares. Em relação à cevada, o Paraná deve produzir 449,4 mil toneladas, crescimentos de 2,2% em relação a agosto e de 56,5% em relação a 2024, devendo participar com 79,3% na safra brasileira em 2025. Em nível nacional, em relação a agosto, houve aumentos nas estimativas da produção do tomate (4,3% ou 189 710 t), do café canephora (4,2% ou 49 513 t), do algodão herbáceo-em caroço  (3,7% ou 351 683 t), do feijão 2ª safra (3,2% ou 40 096 t), da cevada (1,7% ou 9 600 t), da mandioca (1,2% ou 253 320 t), do trigo (1,0% ou 76 602 t), do feijão 3ª safra (0,8% ou 6 565 t), do milho 2ª safra (0,3% ou 352 880 t), do milho 1ª safra (0,2% ou 61 573 t), do sorgo (0,1% ou 4 717 t), do arroz (0,0% ou 2 151 t), entre outros.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar acompanha o exterior e fecha em leve baixa ante o real

O dólar fechou a quarta-feira em leve baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em uma sessão em que os investidores se mantiveram cautelosos em relação aos atritos comerciais entre EUA e China, mas demonstraram apetite por ativos de maior risco, como ações.

 

O dólar à vista fechou com leve baixa de 0,16%, aos R$5,4622. No ano, a divisa acumula queda de 11,60%. Às 17h19, na B3 o dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,31%, aos R$5,4805. A moeda norte-americana engatou perdas ante o real logo no início do dia, acompanhando a tendência de baixa vinda do exterior, onde comentários “dovish” (brandos) do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, feitos na véspera, continuaram reverberando nos negócios. Na visão do mercado, Powell reforçou perspectiva de corte de juros pelo Fed nos próximos meses, o que pesa sobre as cotações do dólar. A moeda norte-americana também era penalizada pelo embate entre EUA e China, ainda que o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, tenha afirmado na quarta-feira que o país não quer intensificar o conflito comercial com os chineses. Assim, o dólar cedia ante alguns de seus pares fortes, como o iene, o euro e a libra, e sustentava perdas ante pares do real, como a rupia indiana, o rand sul-africano e o peso mexicano. “O dólar recuou na quarta-feira acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana e a recuperação dos preços do petróleo, em um ambiente de maior apetite por risco”, disse à tarde Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito. Segundo ele, o real se beneficiou do movimento externo “ainda amparado pelo alto diferencial de juros, com a Selic mantida em 15%, o que continua favorecendo o carry trade”. Em operações de carry trade, investidores tomam empréstimos no exterior, onde os juros são menores, e aplicam no Brasil, onde o retorno é maior. À tarde, o BC informou que o Brasil acumulou fluxo de cambial total positivo de US$501 milhões em outubro até o dia 10.

Reuters 

 

Ibovespa avança com bom humor externo

A bolsa brasileira fechou em alta na quarta-feira, na esteira do bom humor nos mercados acionários externos com resultados fortes de bancos norte-americanos. No campo doméstico, o avanço dos papéis da Vale e de varejistas impulsionaram os ganhos do índice.

 

O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subiu 0,65%, a 142.603,66 pontos, após marcar 141.153,91 na mínima e 142.905,10 na máxima do dia. O volume financeiro no pregão da quarta-feira somava R$22,8 bilhões antes dos ajustes finais, em dia de vencimento do contrato futuro do Ibovespa e de opções sobre o índice. Após os ajustes, o volume saltou para R$45,6 bilhões. O bom humor externo que se refletiu no mercado local se deu após a divulgação de resultados fortes do Bank of America e do Morgan Stanley, que superaram as estimativas de Wall Street, além dos ganhos sólidos de fabricantes de chips após a ASML divulgar resultado trimestral. Em Nova York, o índice S&P fechou em alta de 0,41%.

Segundo o especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain, Leonardo Santana, o otimismo no mercado acionário também se dá pela expectativa de queda de juros nos Estados Unidos, que "tem trazido bastante capital estrangeiro para o Brasil, favorecendo nossa bolsa". Na véspera, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, deixou em aberto a possibilidade de cortes na taxa de juros ao afirmar que o mercado de trabalho dos EUA permanece em uma situação de baixo nível de contratações e poucas demissões. Ao mesmo tempo, na quarta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que planeja apresentar três ou quatro candidatos para liderar o Federal Reserve ao presidente Donald Trump para que ele os entreviste depois do Dia de Ação de Graças. O comentário foi feito em um evento da CNBC realizado paralelamente às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington. Perguntado se um dos critérios para suceder o chair do Fed é o desejo de reduzir a taxa de juros, Bessent disse: "Um dos critérios é ter uma mente aberta." No campo doméstico, dados mostrando que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% sobre um ano antes, deram gás para os papéis de empresas varejistas.

Reuters

 

Lula diz que EUA e Brasil terão conversa de negociação na quinta-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na quarta-feira que Brasil e Estados Unidos terão uma conversa de negociação na quinta-feira.

 

Lula afirmou, em discurso durante cerimônia do Dia do Professor no Rio de Janeiro, que na conversa por telefone que teve recentemente com o presidente dos EUA, Donald Trump, "não pintou química, pintou uma indústria petroquímica", referindo-se à fala do líder norte-americano durante discurso na Assembleia-Geral da ONU, quando Trump disse que teve uma química excelente com o brasileiro durante breve encontro entre ambos nos bastidores do evento. "Amanhã (quinta) nós vamos ter a conversa de negociação (entre Brasil e EUA)", afirmou Lula em seu discurso, sem entrar em detalhes. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou aos EUA esta semana para se reunir com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que foi designado por Trump para representar os EUA nas negociações com o Brasil. Vieira e Rubio conversaram por telefone na semana passada, quando acertaram uma reunião presencial em Washington para tratar das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Uma fonte com conhecimento do assunto confirmou à Reuters, sob condição de anonimato, que o encontro entre Vieira e Rubio está marcado para quinta-feira. O chanceler estava nesta quarta em reuniões com técnicos do governo brasileiro em Washington para se preparar para o encontro, acrescentou a fonte. Trump anunciou recentemente uma tarifa de 50% sobre a exportação de vários produtos brasileiros aos EUA, citando entre os motivos o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Trump classificou o processo contra Bolsonaro como "caça às bruxas". Ao comentar a conversa telefônica que teve com Trump, Lula disse que não foi mencionado o processo contra Bolsonaro, apenas questões da pauta econômica entre os dois países.

Reuters

 

Economistas reduzem projeções para déficit primário e dívida bruta em 2025 e 2026, mostra Prisma

Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda reduziram suas projeções para o déficit primário do governo central este ano e no próximo e ajustaram para baixo as estimativas para a dívida bruta como proporção do PIB, mostrou o relatório Prisma divulgado na quarta-feira.

 

A mediana das expectativas para o déficit primário em 2025 recuou a R$67,568 bilhões em outubro, de R$69,990 bilhões no mês anterior. O ajuste refletiu uma previsão maior de receitas líquidas -- R$2,327 trilhões, de R$2,325 trilhões -- e de despesas totais -- R$2,399 trilhões, de R$2,396 trilhões. Para 2026, a projeção para o déficit primário foi a R$80,489 bilhões, de R$81,826 bilhões em setembro, com a estimativa para a receita líquida no período aumentando para R$2,509 trilhões, de R$2,499 trilhões, enquanto as despesas ficaram estáveis em R$2,589 trilhões. O governo tem como meta alcançar déficit zero em 2025 e um superávit de 0,25% do PIB no próximo ano, mas há despesas que não são consideradas para efeitos da meta, que conta ainda com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. O Prisma mostrou ainda uma redução da projeção para a dívida bruta como proporção do PIB este ano a 79,60%, de 79,74% estimada em setembro. Para 2026, a estimativa caiu para 83,69%, de 83,80%.

Reuters

 

FMI vê dívida bruta brasileira de 91,4% do PIB neste ano e de 98,1% do PIB em 2030 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a dívida pública bruta do Brasil vai subir de 87,3% do PIB em 2024 para 91,4% do PIB neste ano, alcançando 98,1% do PIB daqui a cinco anos. É um número bem acima da média projetada pelo FMI para a média dos emergentes neste ano, de 73,9% do PIB, segundo números do Monitor Fiscal, divulgado na quarta-feira.

 

Nas novas previsões do Fundo, o endividamento bruto brasileiro terá uma trajetória um pouco melhor do que a projetada em abril. Há seis meses, o FMI esperava um indicador de 92% do PIB neste ano e a estabilização em 99,4% do PIB em 2030. No relatório que veio a público nesta segunda-feira, além de reduzir a estimativa de 2025 para 91,4% do PIB, a previsão para o fim da década recuou para a casa de 98% do PIB, número que deverá ser atingido em 2028 – nos dois anos seguintes, o percentual ficará praticamente estável, em 98,2% do PIB em 2029 e 98,1% do PIB em 2030.

Valor Econômico

 

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