CLIPPING DO SINDICARNE Nº 895 DE 02 DE JULHO DE 2025
- prcarne
- 2 de jul.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 895 | 02 de julho de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Cotações do “boi-China” e da novilha gorda recuam
O animal com padrão-exportação é negociado a R$ 315/@, enquanto gado “comum”, novilha e vaca gordas valem R$ 310/@, R$ 295/@ e R$ 283/@, respectivamente. PARANÁ: Boi: R$315,00 por arroba. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de nove dias.
Depois da queda do boi gordo “comum” na segunda-feira (30/6), foi a vez da cotação do “boi-China” recuar em São Paulo, segundo dados apurados na terça-feira (1/7) pela Scot Consultoria. O animal terminado com padrão-exportação agora é negociado a R$ 315/@ no mercado paulista (no prazo), um recuo de R$ 2/@ na comparação com o preço do dia anterior. O boi gordo “comum” segue em R$ 310/@, com prazo. A novilha gorda também teve baixa na terça-feira em SP, com queda diária de R$ 3/@, para R$ 295/@, enquanto o preço da vaca gorda ficou estável, em R$ 283/@, de acordo com a Scot. Entre os frigoríficos paulistas, as escalas de abate estão, em média, para oito dias, contabiliza a consultoria. No mercado futuro, o contrato de junho/25 do boi gordo foi liquidado na segunda-feira, fechando em R$ 316,40/@. Cotações do boi gordo conforme levantamento diário da Agrifatto: SÃO PAULO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00 Média: R$315,00 Vaca: R$290,00 Novilha: R$300,00 Escalas de abates de oito dias. MINAS GERAIS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de sete dias. MATO GROSSO DO SUL: Boi Comum: R$310,00. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de nove dias. MATO GROSSO: Boi comum: R$310,00 a arroba. Boi China: R$320,00. Média: R$315,00. Vaca: R$290,00. Novilha: R$300,00. Escalas de abate de oito dias. TOCANTINS: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. PARÁ: Boi comum: R$290,00 a arroba. Boi China: R$300,00. Média: R$295,00. Vaca: R$265,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de sete dias. GOIÁS: Boi comum: R$295,00 a arroba. Boi China/Europa: R$305,00. Média: R$300,00. Vaca: R$275,00. Novilha: R$290,00. Escalas de abate de oito dias. RONDÔNIA: Boi: R$285,00 a arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias. MARANHÃO: Boi: R$290,00 por arroba. Vaca: R$260,00. Novilha: R$270,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
SUÍNOS
Suinocultura deve manter cenário de preços firmes com demanda aquecida e oferta ajustada no 2º semestre
A oferta estável, o mercado interno aquecido e as crescentes exportações impulsionaram o aumento no preço do suíno vivo e da carne suína no varejo no primeiro semestre de 2025. Para o segundo semestre, a expectativa é de que a disponibilidade siga ajustada, enquanto a demanda — tanto interna quanto externa — permanece aquecida, sustentando os preços no mercado físico.
A Safras & Mercado apontou que a disponibilidade doméstica de carne suína está enxuta, favorecida pelo ótimo ritmo da exportação, que por sua vez tende a ultrapassar a marca das 115 mil toneladas em junho, seguindo a última média divulgada pela Secex. Segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), compiladas pela HN Agro, a produção de carne suína no Brasil deve crescer 2,2% em 2025, totalizando 4,6 milhões de toneladas em equivalente carcaça, frente às 4,5 milhões de toneladas registradas no ano passado. No sentido oposto, a China — maior produtora global — deve apresentar uma leve retração de 0,1%, com a produção estimada em 57 milhões de toneladas, ante as 57,06 milhões de toneladas de 2024. O abate de 230,99 mil cabeças de suínos a mais no 1º trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 17 das 26 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Esse resultado da produção do abate de suínos registrou o melhor mês de janeiro, e significou o melhor 1° trimestre da série histórica iniciada em 1997. “No caso do abate de suínos, a gente observa que, apesar do crescimento, o abate vem em uma desaceleração para poder manter a oferta equilibrada. Também observamos uma diversificação das nossas exportações, temos conseguido ampliar os nossos destinos para envio das carnes, o que tem favorecido a estabilidade deste mercado. A China reduziu muito as compras da nossa carne suína, mas conseguimos outros destinos, como as Filipinas, que tiveram uma ascensão nos últimos períodos e alcançaram a primeira posição nas compras”, explicou a gerente da pesquisa, Angela Lordão. Levantamento do Itaú BBA indicou que os custos da suinocultura caíram 3%, ao passo em que os preços do animal vivo avançaram 1%, e este patamar do spread se manteve na primeira metade de junho, com os custos e os preços caindo proporcionalmente, na ordem de 2%. A demanda por carne suína será um dos fatores determinantes para a formação de preços no segundo semestre de 2025, em um cenário de oferta doméstica mais ajustada. As importações de carne suína pela China devem recuar 0,5% em 2025, totalizando 1,3 milhão de toneladas em equivalente carcaça, levemente abaixo das 1,306 milhão de toneladas adquiridas em 2024, segundo estimativas do USDA compiladas pela HN Agro. O Japão também deve reduzir suas compras no mercado internacional, com previsão de queda de 1,8%, passando de 1,487 milhão de toneladas no ano passado para 1,46 milhão neste ano. Em sentido oposto, as Filipinas devem intensificar as importações da proteína, com alta projetada de 5,7% em 2025. O volume deve alcançar 630 mil toneladas, frente às 590 mil toneladas adquiridas em 2024, em meio às dificuldades do país em conter a peste suína africana e garantir o abastecimento interno. As exportações brasileiras de carne suína devem crescer 4,5% em 2025, totalizando 1,6 milhão de toneladas em equivalente carcaça, segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) compiladas pela HN Agro. O volume supera os 1,535 milhão de toneladas embarcadas em 2024 e reforça a competitividade do Brasil no mercado internacional. O consumo de carne suína no mercado interno brasileiro deve avançar 1 % em 2025, alcançando 3,002 milhões de toneladas em equivalente‑carcaça e superando as 2,972 milhões de toneladas registradas em 2024, apontam projeções do USDA compiladas pela HN Agro.
Agência Safras
GOVERNO
Plano Safra 25/26 vai destinar R$ 516,2 bilhões a grandes produtores
O montante é 1,5% maior que os R$ 508,6 bilhões da temporada encerrada segunda-feira
O Plano Safra da Agricultura Empresarial 25/26 terá R$ 516,2 bilhões em recursos para empréstimos a médios e grandes produtores, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista exclusiva à Globo Rural e Valor. O montante é 1,5% maior que os R$ 508,6 bilhões da temporada encerrada ontem. Os juros vão subir até 2 pontos percentuais, conforme antecipou a reportagem. As taxas para o custeio dos médios produtores serão de 10% e as dos demais, de 14%. Nos investimentos, as alíquotas vão variar entre 8,5% e 13,5%. Os detalhes foram anunciados ontem em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os recursos aumentaram, sobretudo, para o custeio (de R$ 401,3 bilhões para R$ 414,7 bilhões), prioridade do Plano Safra diante do menor apetite do setor pelos investimentos por conta dos juros altos. O montante para essas linhas cairá de R$ 107,3 bilhões para R$ 101,5 bilhões. Fávaro disse que está “feliz” com o Plano Safra construído e que a peça sintetiza o apoio do governo à continuidade do crescimento da agropecuária brasileira. Ele salientou que os juros altos preocupam. “Juro alto é sempre indutor de inadimplência, por isso colocamos mais recurso no custeio, que tem mais equalização e menor exposição. O produtor terá dinheiro na hora certa para comprar seus insumos e garantir a eficiência da sua safra se o clima ocorrer de forma favorável”, afirmou. O ministro disse que, apesar do cenário de “Selic em alta, de restrição orçamentária, de comprometimento de recursos com prorrogação de dívidas e de funding restrito”, as dificuldades foram superadas. “Ninguém quer subir a taxa de juros, mas quando o Banco Central sobe 4,5 pontos percentuais de um ano para o outro, o governo reage e faz aumento mínimo possível, de 1,5 a 2 pontos percentuais”, avaliou. A Selic saiu de 10,5% para 15%. A fatia de recursos equalizados — com subvenção direta do Tesouro Nacional para pagar a diferença nos juros — vai crescer de R$ 92,8 bilhões para R$ 113,78 bilhões. Somados aos controlados sem equalização, são R$ 189 bilhões para médios e grandes produtores. Segundo Fávaro, o presidente Lula autorizou a ampliação de recursos orçamentários para a equalização. A safra recorde foi o principal argumento para o incremento. A Pasta não conseguiu criar a linha específica, com juros menores, para cultivo de arroz, feijão e hortifrútis, por médios produtores. Segundo Fávaro, o público será atendido por meio do crédito destinado ao Pronamp (R$ 69,1 bilhões), com juros de 10% no custeio. O limite passará de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões de renda bruta anual. O valor de R$ 516,2 bilhões considera R$ 185 bilhões em Cédulas de Produto Rural (CPRs) financiadas com recursos direcionados captados via Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). Mesmo assim, o crescimento no bolo total é apenas nominal. O montante final não tem avanço real quando é descontada a inflação do período, de 5,32%. “No recurso equalizado cresceu mais do que a inflação”, justificou Fávaro. Uma inovação feita pelo Ministério da Fazenda na aplicação dos recursos equalizados do crédito rural na safra 2025/26 deu “folga orçamentária” à União e vai permitir a entrada em vigor do novo Plano Safra com garantia de verba em caixa no orçamento deste ano. O subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais da Pasta, Gilson Bittencourt, disse ontem a jornalistas, após o anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/26, que o governo vai estabelecer um percentual de recursos que poderão ser equalizados na primeira metade da safra, ou seja, ainda em 2025. Serão 80% dos saldos de custeio e 50% dos investimentos. Com isso, o Tesouro é obrigado a reservar menos orçamento para a subvenção, já que parte dos financiamentos só será feita em 2026. “Fizemos uma inovação que vai afetar tanto a agricultura familiar quanto empresarial. Distribuímos melhor o que pode ser contratado no primeiro e no segundo semestre. Isso deu uma folga em termos orçamentários”, afirmou. O orçamento reservado para a equalização de julho a dezembro é de R$ 1,3 bilhão. Se não houvesse a limitação do percentual de operações que as instituições financeiras poderão contratar, o Tesouro teria de reservar um valor maior em caixa, mesmo que não fosse inteiramente utilizado no período. Com o rearranjo, disse Bittencourt, “mais ou menos a metade do investimento vai ser agora e mais ou menos a metade no início do ano que vem. Com esse ajuste e mais alguns ajustes gerais de recursos, conseguimos enquadrar dentro da disponibilidade”. Pela regra, o Tesouro Nacional precisa considerar todo o valor equalizado como se fosse contratado imediatamente e prever o recurso total necessário para equalizar essas operações no período. A regra será divulgada na portaria que o Ministério da Fazenda vai publicar com a divisão dos recursos equalizados da safra 2025/26. Na temporada 2024/25, foram R$ 138,2 bilhões. Agora, considerando pequenos, médios e grandes, serão R$ 157,1 bilhões. Fávaro defendeu o acompanhamento “com lupa” da aplicação dos recursos do Plano Safra 2025/26. “Não pode deixar faltar dinheiro nem ficar sobrando em algum lugar”, concluiu.
Globo Rural
BNDES oferece R$ 18 bilhões com juros livres no Plano Safra
Ministério da Agricultura vai adequar regra do programa para armazenagem para evitar sobra de recursos. Crédito para custeio e investimentos do banco de fomento terá R$ 14,4 bilhões, com recursos atrelados ao dólar
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou em entrevista exclusiva à reportagem da Globo Rural que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oferece R$ 18 bilhões em recursos a juros livres no Plano Safra da Agricultura Empresarial 25/26, que divulgado na terça-feira (1/7). Desses, R$ 14,4 bilhões serão repassados em financiamentos de custeio e investimentos com recursos atrelados ao dólar, com juros de 8,5% a 9% ao ano. “São juros bastante atrativos para quem tem hedge natural. Apesar de toda a dificuldade orçamentária e do aumento da taxa de juros, estamos oferecendo alternativas bastante estruturantes”, afirmou Fávaro em entrevista. O Ministério da Agricultura vem defendendo a expansão do financiamento com recursos dolarizados pelas instituições financeiras. recentemente, o tema foi tratado em reunião com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Fávaro também anunciou mudanças no Programa de Construção de Armazéns (PCA). Será ampliado o limite de capacidade das estruturas a serem financiadas com juros mais baixos e equalizados no Plano Safra 2026/26, de 6 mil toneladas para 12 mil toneladas. Na próxima temporada, as taxas para essa categoria serão de 8,5% ao ano. Para estruturas maiores, as alíquotas serão de 10% ao ano. Segundo Fávaro, a mudança pode resolver a “sobra” de recursos para o PCA nos bancos nesta safra. “Os produtores deixavam de fazer o uso da linha porque estava limitado a armazém de 100 mil sacas. Agora pode fazer armazém maior e fica mais atrativo”, defendeu. O ministro disse que houve grande “esforço” do governo para não subir as taxas de juros do crédito rural na mesma proporção da alta da Selic nos últimos 12 meses, quando passou de 10,5% para 15%. “Era inevitável a alta nos juros, mas nem a taxa mais cara das linhas com equalização chegou na Selic”, afirmou Fávaro. “A Selic está desproporcional ao momento econômico brasileiro, um cenário econômico equilibrado, de inflação controlada. É injustificável esse crescimento [da Selic]”, defendeu Fávaro.
Globo Rural
Governo lança Plano Safra possível em um ano de pouco dinheiro
Ministério considera plano recorde, mas oposição aponta que nem cobre a inflação
Em um ano de cenário interno complicado para o agronegócio e avanço de crises geopolíticas externas, o governo lança mais um Plano Safra. A estimativa de crédito é de R$ 605 bilhões para custeio, comercialização e investimentos nos próximos 12 meses, conforme divulgação da terça-feira (1). A agricultura familiar fica com R$ 89 bilhões, e a empresarial, com R$ 516 bilhões. Para o governo é um plano robusto e recorde. Para políticos e parte do setor, nem tanto, uma vez que os custos são crescentes e o valor a ser liberado não cobre a inflação do período. Além disso, boa parte da programação de crédito acaba não chegando ao setor. Essas discussões já estavam previstas mesmo antes do anúncio. Diante de um contexto de recessão orçamentária, taxas de juros elevadas, fatores externos influenciando preços de commodities e custos de produção, o setor não ia passar ileso a esse cenário. Essas dificuldades não são exclusividade do Brasil. A última Farm Bill, programa que determina a política agrícola americana, foi aprovada ainda no primeiro governo de Donald Trump. Durante todo o governo de Joe Biden, e agora também no novo mandato de Trump, democratas e republicanos não chegam a um acordo sobre cortes e prioridades para o setor. Lá, como aqui, a bonança dos anos recentes passou, e os preços estão retornando a patamares médios, conforme demanda e produção no mundo. Para Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, foi um desafio montar esse Plano Safra, devido ao aumento da Selic de 10,5%, há um ano, para 15% agora. Essa taxa de juros reduz investimentos na poupança e retira parte do dinheiro destinado à agropecuária. Mesmo assim, ele destaca que os recursos destinados aos produtores neste plano de 2025/26 superam em 42% os do último plano do governo anterior. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a soma dos três últimos planos atingiu R$ 1,72 trilhão, acima dos R$ 885 bilhões dos três planos do governo anterior. Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), diz que o que preocupa é a forma como esse plano foi apresentado diante de crises políticas, aumento de fretes e desaceleração da economia. É um cenário bem diverso para a condução da próxima safra, afirma. Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA (F rente Parlamentar da Agricultura), diz que esse cenário de juro recorde provocado pelos gastos excessivos do governo deixa um saldo de custos de R$ 58 bilhões para o produtor. O parlamentar não foi muito convincente, no entanto, quando perguntado sobre o papel do Congresso nesse aumento de gastos, elevando salários e aumentando o número de deputados. Uma grande ausência no programa do governo para o Plano Safra de 2025/26 foi uma definição para o seguro rural. Em um período de aumento de catástrofes climáticas, o setor depende cada vez mais de uma política clara sobre o assunto. O plano para a agricultura familiar destinará R$ 89 bilhões nesta safra 2025/26 para o setor. Deste volume, R$ 78,2 bilhões irão para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). O restante será para garantia de safra e investimentos. As taxas de juros basicamente foram mantidas, ficando em 3% ao ano para a produção de alimentos e em 2% quando voltadas para a produção de produtos orgânicos e agroecológicos. A chamada agricultura empresarial terá R$ 516,2 bilhões, com R$ 414,7 bilhões para custeio e comercialização e R$ 101,5 bilhões para investimentos. A taxa de juro para o setor sobe de 1,5 ponto percentual a 2 pontos percentuais. Pronamp, programa de apoio ao médio produtor, que tinha taxa de 8% no plano passado, terá 10% neste. O RenoAgro sobe de 8,5% para 10%; o Moderfrota, de 11,5% para 13,5%, e o custeio empresarial, de 12% para 14%.
Agência Folhas
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Atualização do rebanho de 2025 termina com 86,7% das propriedades cadastradas, diz Adapar
A terminou na segunda-feira (30) com 86,7% das propriedades cadastradas, segundo o relatório parcial de atualização de rebanho por regional divulgado nesta terça-feira (1º) pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
Esse número representa 157,8 mil das 182 mil das explorações pecuárias do Estado. E 24,2 mil ficaram pendentes. Os números são 0,3% maiores que o ano passado, quando 86,4% das explorações pecuárias foram atualizadas. A regional que se destacou com o maior número de atualizações foi a de Toledo, que cadastrou 99,3% das 11 mil propriedades, e que, além de Toledo, é composta pelos municípios de Assis Chateaubriand, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Palotina e Santa Helena. De acordo com o relatório, 59 municípios do Estado terminaram a campanha com 100% de suas explorações regulamentadas, dois a mais que os 57 registrados em 2024. Com valores acima de 80%, totalizaram 313 municípios em todo o Estado, número igual ao da campanha anterior. Apenas três municípios contabilizaram valor abaixo de 50%, sendo eles Pinhais (48%), Adrianópolis (46,19%) e Quitandinha (44,48%), os três da regional de Curitiba. O chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, destaca que os produtores que não fizeram o cadastro ainda podem se regularizar mesmo com o fim da campanha. “Os produtores que ainda não realizaram a atualização podem procurar no escritório local da Adapar ou acessar o site para fazer a atualização”, afirma. O órgão também passará a fazer busca ativa de rebanho com cadastro não atualizado podendo gerar multa. Além disso, os produtores ficam impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que possibilita a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. “A atualização de rebanho é uma ferramenta essencial para o planejamento e execução de todas as políticas públicas que envolvem a defesa sanitária animal e as informações permitem o monitoramento das doenças, controle de focos em caso de surtos e fortalecimento dos nossos status sanitários para que a gente possa alcançar os melhores mercados”, afirmou Dias.
Agência Estadual de Notícias
81,7% dos municípios do Paraná têm saldo positivo de emprego de janeiro a maio, aponta Caged
Entre as cidades paranaenses, Curitiba registrou o maior saldo positivo do Estado, com 18.490 novas vagas de trabalho criadas. Considerando o crescimento proporcional no número de contratações com carteira assinada, a cidade que teve o maior aumento no número de registros entre janeiro e maio foi Doutor Ulysses.
Dos 399 municípios do Paraná, 326 registraram saldo positivo na criação de empregos formais entre janeiro e maio de 2025, de acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta segunda-feira (30). Proporcionalmente, isso significa que 81,7% das cidades paranaenses tiveram mais contratações do que demissões nos cinco primeiros meses do ano. Com este desempenho, o Paraná alcançou um saldo positivo de 84.882 novos postos de formais de trabalho criados ao longo do ano, que é o terceiro melhor resultado do país, atrás somente de São Paulo (309.759) e Minas Gerais (124.272). Entre as cidades paranaenses, Curitiba registrou o maior saldo positivo do Estado, com 18.490 novas vagas de trabalho criadas, saldo de 256.608 admissões e 238.118 demissões entre janeiro e maio. Deste total, 12.178 vagas são no setor de serviços, 2.619 na área da construção, 2.201 no comércio, 1.422 na indústria e 70 na agropecuária. No Interior, a cidade com o maior saldo de empregos foi Londrina, com 5.736 novos postos de trabalho, sendo 3.530 empregos na área de serviços, 1.195 na construção, 821 na indústria, 167 no comércio e 23 na agropecuária. Na sequência estão Maringá (3.930), Cascavel (3.706), Toledo (3.448), São José dos Pinhais (3.129), Araucária (2.000), Ponta Grossa (1.877), Arapongas (1.571), Pinhais (1.568), Foz do Iguaçu (1.470), Colombo (1.449), Fazenda Rio Grande (1.162) e Apucarana (1.059). Considerando o crescimento proporcional no número de contratações com carteira assinada, a cidade que teve o maior aumento no número de registros entre janeiro e maio foi Doutor Ulysses, no Vale do Ribeira. Com um saldo positivo de 91 postos de trabalho, o município registrou um crescimento de 57,6% no total de empregados formais. Em seguida estão Itambaracá (23,6%), Munhoz de Melo (19,7%), São Pedro do Iguaçu (17,2%), Ivatuba (17,1%), Amaporã (15,5%) e Mato Rico (14,97%). Já entre as cidades com mais de 10 mil trabalhadores formais empregados, os que tiveram os maiores crescimentos foram Dois Vizinhos (5,9%), Almirante Tamandaré (5,6%), Toledo (5,6%), Fazenda Rio Grande (5,4%), Irati (4,9%), Arapongas (4,1%) e Araucária (4%). Além dos dados acumulados do ano, o Caged também contou com informações sobre as contratações e demissões apenas no mês de maio. Neste recorte, Curitiba registrou um saldo positivo de 1.277 novos postos de trabalho. Londrina (1.237), Ponta Grossa (450), Toledo (232), Foz do Iguaçu (227), Castro (202), Colombo (156), Araucária (152), Fazenda Rio Grande (137) e Jacarezinho (133) aparecem na sequência.
Agência Estadual de Notícias
Plano Safra traz juros altos e equalização insuficiente, alerta FAEP
Para entidade, esses fatores podem dificultar ou até inviabilizar o acesso de produtores rurais a algumas linhas de custeio e/ou investimento
As taxas foram elevadas entre 1,5 e 2% em relação à temporada passada, variando de 8,5% a 14% ao ano. Em documento enviado em março ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), entidades paranaenses reivindicavam que as taxas de juros ficassem entre 7% e 11%, dependendo da linha de financiamento. Para o Sistema FAEP, isso pode dificultar ou até inviabilizar o acesso aos recursos. Além disso, o seguro rural ficou de fora no Plano Safra, outro motivo de alerta. O Sistema FAEP alerta que os recursos para equalização (destinados a cobrir a diferença entre os juros praticados no mercado e a taxa ofertada nas linhas de financiamento do governo) podem ser insuficientes. O montante para o Plano Safra 2025/26 ainda não foi divulgado. As entidades paranaenses defendem, no mínimo, R$ 25 bilhões para operacionalizar o Plano Safra. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 prevê R$ 14 bilhões para a subvenção econômica das operações de crédito rural. Em relação ao volume de recursos, o anúncio do governo ficou próximo dos R$ 597, bilhões reivindicados pelas entidades paranaenses. O Plano Safra 2025/26 disponibilizará R$ 516,2 bilhões para financiar médios e grandes produtores rurais. Somados aos R$ 78,2 bilhões que serão destinados à agricultura familiar, o setor agropecuário terá R$ 594,4 bilhões para a temporada. As modalidades de custeio e comercialização terão R$ 414,7 bilhões, o que corresponde a um aporte 3,3% superior ao da temporada passada. Por outro lado, o governo federal prorrogou até junho de 2026 a aplicação de desconto de 0,5% na taxa de juros de crédito rural de custeio para produtores rurais que adotarem práticas sustentáveis. Dentre as linhas de custeio, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) terá R$ 69,1 bilhões de recursos controlados, com juros de 10% ao ano. O volume é maior que os R$ 65,23 bilhões disponibilizados na temporada passada, mas inferior aos R$ 72 bilhões solicitados pelas entidades paranaenses. Ainda em relação ao Pronamp, o governo ampliou para R$ 3,5 milhões anuais o limite de renda bruta para que produtores rurais possam acessar o programa. O Sistema FAEP também manifesta preocupação com o corte anunciado nas linhas voltadas ao investimento do setor. O Mapa deve liberar R$ 101,1 bilhões, uma queda de 5,4% em relação ao valor destinado na última safra. As entidades paranaenses defendiam a liberação de R$ 135,1 bilhões para investimento.
FAEP
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em alta com realização de lucros e pressão externa
Dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mostraram uma abertura de vagas acima da esperada no relatório Jolts
O dólar comercial fechou o pregão da terça-feira em alta, revertendo parcialmente a queda acumulada nos últimos dias, à medida que os agentes ajustaram posições em um movimento de realização de lucros. A moeda brasileira também foi pressionada pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que mostraram uma abertura de vagas acima da esperada no relatório Jolts, o que pode fazer o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) demorar mais para iniciar o corte de juros. O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,51%, negociado a R$ 5,4610 no segmento à vista. O dólar futuro para agosto, perto do horário de fechamento, subia 0,48%, a R$ 5,5000. A divisa brasileira foi uma das de piores desempenho do dia na cesta das 33 divisas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. No mesmo horário citado acima, apenas o won sul-coreano, o peso argentino e o peso filipino exibiam recuo mais pronunciado frente à divisa americana.
Valor Econômico
Ibovespa fecha em alta e retoma os 139 mil pontos com apoio das ações da Vale
Segundo um participante do mercado, ajustes de carteira no início do segundo semestre podem ter ajudado a elevar os ganhos do índice
Na contramão do enfraquecimento do real frente ao dólar e da alta dos juros futuros na sessão, o Ibovespa destoou da performance dos demais ativos locais e recuperou os 139 mil pontos, fechando em alta de 0,50%, aos 139.549 pontos. Em um pregão marcado pela liquidez reduzida no mercado acionário local, o índice oscilou entre os 138.855 pontos e os 139.695 pontos. Segundo um participante do mercado, ajustes de carteira no início do segundo semestre podem ter ajudado a elevar os ganhos do índice. O profissional também citou que um movimento de rotação para ações de valor em detrimento de papéis de crescimento lá fora pode ter favorecido o Ibovespa. Não à toa, ações como e Petrobras registraram avanços. Os papéis PN da estatal subiram 0,35%, ao passo que os ordinários da tiveram ganhos de 1,35%. Agentes financeiros afirmam ainda que notícias positivas em torno de companhias, como Embraer, também impulsionaram o índice. As ações da fabricante brasileira de aviões subiram 4,42%, liderando as maiores altas do Ibovespa. O volume financeiro negociado pelo índice na sessão foi de R$ 12,6 bilhões e de R$ 17,0 bilhões na B3. Do ponto de vista local, investidores monitoraram a judicialização da derrubada do decreto do Executivo que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Já em Wall Street, os principais índices americanos fecharam mistos: o Nasdaq recuou 0,82%; o S&P 500 cedeu 0,11%; e o Dow Jones teve alta de 0,91%. Investidores repercutiram a declaração do presidente americano, Donald Trump, de que os EUA não irão estender o prazo de 9 de julho para volta das tarifas recíprocas contra parceiros comerciais.
Valor Econômico
Produção agroindustrial perdeu força em abril
De acordo com análise da FGVAgro, mês “mais curto” afetou desempenho da agroindústria. Agroindústria perdeu fôlego após alta nos últimos meses
Após três meses consecutivos de crescimento, a produção da agroindústria brasileira teve uma forte retração em abril. Segundo o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), elaborado pelo Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro), a queda em relação a abril do ano passado foi de 3,5%. O mês mais “curto” do que o normal foi responsável direto pelo declínio. “Enquanto em 2025, o mês de abril contou com 20 dias úteis, o de 2024 teve 22 dias úteis. Naturalmente, essa diferença de 10% no número de dias úteis influencia nas variações sem controle do efeito-calendário, tal como a variação interanual”, observou o FGV Agro. Outra razão para a queda, observaram os pesquisadores, foi a larga base de comparação — em abril de 2024, a produção agroindustrial havia crescido 12,1%. Mesmo com a sequência de feriadões em abril, a agroindústria cresceu 1% em comparação com o mês imediatamente anterior. E, a despeito da retração em comparação com abril de 2024, a produção agroindustrial, encerrou o primeiro quadrimestre do ano com crescimento acumulado de 0,3%. Até março, o crescimento acumulado no ano era de 1,7%. Os pesquisadores do FGV Agro ressaltaram a desaceleração significativa da agroindústria entre março e abril deste ano. “A agroindústria está se desacelerando, tal qual os demais segmentos da economia brasileira, ou houve apenas uma contração decorrente de um mês de abril mais curto, isto é, com menor número de dias úteis?”, questionaram os pesquisadores. Na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, a produção do segmento de produtos alimentícios e bebidas fechou o mês de abril com retração de 3,7%. A indústria de produtos alimentícios, que recuou 4,9%, foi a única responsável pela queda, já que, na de bebidas, a produção cresceu 2,5%. “Vale destacar que esse setor conseguiu crescer mesmo com uma base larga comparação e com um mês de abril relativamente mais curto do que o do ano passado”, registraram os pesquisadores.
Globo Rural
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