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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 86 DE 15 DE MARÇO DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 86| 15 de março de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: arroba segue firme em plena safra

Embora o consumo interno de carne bovina continue patinando, as cotações do macho terminado são mantidas em patamares altos, sustentadas pelo bom ritmo das exportações e pela escassez da oferta de animais


“A semana começou com poucos negócios, típico de segunda-feira, com grande parte dos compradores fora das compras”, relata a Scot Consultoria. Segundo a Scot, os compradores ativos abriram a segunda-feira (14/3) ofertando preços menores para o boi gordo, em relação aos vigentes na sexta-feira, entre R$ 325 e R$ 335/@ (nas praças do Estado de São Paulo). No entanto, a estratégia dos frigoríficos não surtiu efeito, e o valor do macho terminado permaneceu o mesmo da última sexta-feira, cotado em R$ R$ 342/@ (valor bruto e a prazo) nas praças do interior paulista, de acordo com os dados apurados pela Scot. Na última semana, pelo levantamento da consultoria de Bebedouro, SP, os preços do boi gordo anelorado subiu R$ 4/@ nas praças de São Paulo, considerando o período de sete dias. “O ágio em São Paulo para bovinos com destino à exportação gira em torno de R$ 20/@” informa a Scot. O aumento no preço do combustível e os rumores de uma possível paralisação de motoristas de caminhão no Brasil têm deixado o mercado pecuário apreensivo, relatam os analistas da Scot Consultoria. “Em diversas praças pecuárias relatam-se negociações do frete”, informa a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 352/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo) MS-Dourados: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 291/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 294/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 308/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 315/@ (prazo) vaca R$ 295/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 288/@ (prazo) vaca a R$ 281/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).

SCOT CONSULTORIA/IHS


Boi: demanda por parte da China permanece aquecida

Os importadores chineses seguem pagando preços pela tonelada de carne em patamar mais alto se comparado aos demais compradores, diz analista


O mercado físico de boi gordo seguiu com preços firmes na segunda-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a demanda permanece muito aquecida para animais padrão China, consequência da ótima receita de exportação. “Os importadores chineses seguem pagando preços pela tonelada de carne em patamar mais alto se comparado aos demais compradores. Já o cenário para os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico ainda é desafiador, com grande dificuldade em repassar os custos de matéria-prima ao longo da cadeia produtiva, considerando a incapacidade do consumidor brasileiro encontra em absorver novos reajustes da carne de boi no varejo”, assinalou Iglesias. Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi no mercado permaneceu em R$ 352. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313 sem mudanças. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 314 ante R$ 310 na sexta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 330 por arroba. Em Goiânia, a indicação do mercado foi de R$ 330 para a arroba do boi gordo, estável. Os preços da carne bovina ficaram estáveis no atacado. Conforme Iglesias, o mercado do boi ainda sugere por menor espaço para reajustes no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena por mês. Com isso, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 17,00 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 16 por quilo. Já o quarto traseiro permaneceu precificado a R$ 24,20 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS


Volume exportado carne bovina in natura é de 84,2 mil toneladas na primeira semana de março

Média diária exportada cresceu 80,9% e o faturamento aumentou 129,4%


Os embarques de carne bovina in natura registraram movimentação de 84,2 mil toneladas. No ano anterior, o volume total exportado foi de 133,8 mil toneladas em 23 dias úteis. A média diária exportada ficou em 10,5 mil toneladas, um avanço de 80,9% frente à média exportada no mês de março do ano passado, com 5 mil toneladas. O analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou que a China tem impulsionado os embarques de carne bovina brasileira. “A China é o nosso grande diferencial e até por isso nossos preços da arroba no mercado interno tem se sustentado. O ano de 2022 será muito positivo em termos de exportação, não temos outro player do setor carnes com capacidade para concorrer com o Brasil”, comentou. O valor do produto ficou em US$ 492,4 milhões. A média diária ficou em US$ 61,5 milhões, alta de 129,4%, frente ao observado no mês de março do ano passado, que ficou em US$ 26,8 milhões. Os preços médios ficaram em US$ 5.848 mil por tonelada, na alta de 26,8% frente aos dados divulgados em março de 2021, com preços médios de US$ 4.612,3 mil por tonelada.

AGÊNCIA SAFRAS


Canadá abre mercado para as carnes bovina e suína do Brasil

Ministra Tereza Cristina cumpre agenda no país, onde fará reuniões com fornecedoras de fertilizantes


A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou na segunda-feira que o Canadá autorizou o início da importação de carnes bovina e suína produzidas no Brasil. Ela cumpre agenda no Canadá, onde vai se reunir com empresários canadenses para tentar ampliar a oferta de potássio, um dos principais fertilizantes utilizados na agricultura, ao mercado brasileiro. Com as autorizações confirmadas hoje, o Brasil ultrapassou a marca dos 200 mercados abertos desde o início de 2019, quando a ministra assumiu a Pasta. Em vídeo nas redes sociais, ela disse que o Canadá é "um dos mercados mais importantes do mundo". Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a indústria de carne suína, comemorou a notícia e esclareceu que, num primeiro momento, a abertura vale para estabelecimentos sob inspeção federal de Santa Catarina, já que quando o pedido foi feito o Estado era o único do Brasil com status de livre de febre aftosa sem vacinação. "As negociações seguirão em curso para a inclusão, no futuro, de novas áreas já reconhecidas com o mesmo status pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)", informou a ABPA. De qualquer forma, Santa Catarina responde por pouco mais de 50% das exportações brasileiras de carne suína. Tereza Cristina embarcou no sábado para o Canadá. Em Ottawa, ela se reuniu com representantes da Brasil Potash, empresa controlada por canadenses que explora jazida no Amazonas, e com o Vice-Ministro da Agricultura do Canadá, Paul Samson.

VALOR ECONÔMICO


SUÍNOS


Mercado de suínos fecha a segunda-feira estável

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 111,00/R$ 116,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 8,50 o quilo/R$ 8,80 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (14), o preço subiu apenas em São Paulo, na ordem de 6,14%, chegando a R$ 6,14/kg. Ficaram estáveis os valores em Minas Gerais, custando R$ 6,07/kg, R$ 5,39/kg no Paraná, R$ 5,39/kg no Rio Grande do Sul e R$ 5,44/kg em Santa Catarina.

Cepea/Esalq


Exportações de carne suína reagem no início de março

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura na primeira semana de março (oito dias úteis) tiveram melhora em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas ainda assim, a China, principal comprador da proteína brasileira, segue mais ausente nas importações

Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, apesar do leve avanço registrado para o setor nesta primeira semana de março, isso pode ser considerado um movimento natural de mercado. "Não dá para esperar grandes compras vindas da China como vimos nos dois últimos anos. Vai ser um ano desafiador para a suinocultura brasileira, que já sofre com margens esmagadas", disse. A receita obtida, US$ 80,6 milhões, representa 33% do montante obtido em todo março de 2021, que foi de US$ 244,2 milhões. No volume embarcado, as 37.667 toneladas representam 39% em relação ao total exportado em março do ano passado, com 96.795 toneladas. A receita por média diária US$ 10 milhões foi 5,1% menor do que a de março de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 38,8%. Em toneladas por média diária, foram 4.708 toneladas, alta de 11,9% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, avanço de 39,6%. No valor pago por tonelada, US$ 2,141 ele é 15,1% inferior ao praticado em março passado. Frente ao valor da semana anterior, leve baixa de 0,54%.

AGÊNCIA SAFRAS


FRANGOS


Alta nas cotações do frango de segunda-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja subiu 1,79%, chegando a R$ 5,70/kg, enquanto a ave no atacado aumentou 1,88%, valendo R$ 7,05/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,53/kg, assim como o Paraná, custando R$5,05/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (11), a ave congelada ficou com preço inalterado, R$ 6,92/kg, enquanto o frango resfriado subiu 1,74%, fechando em R$ 7,00/kg.

Cepea/Esalq


Embarques de carne de frango crescem em março

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura na primeira semana de março (oito dias úteis) seguem em bom ritmo. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a expectativa é de que o Brasil encerre o ano com um volume exportado de 4,6 milhões de toneladas, batendo recorde


"O Brasil segue liderando mais uma vez o mercado global da carne de frango, e há uma esperança grande para o setor devido à demanda interna, volume de exportação e maior flexibilidade de ajuste entre oferta e demanda. O ponto desafiador será em relação aos custos de produção", afirmou. A receita obtida com as exportações de carne de frango neste início de março, US$ 269,9 milhões, representa 49,2% do montante obtido em todo março de 2021, com US$ 549 milhões. No volume embarcado, 153.792 toneladas, ele é 41,9% do total exportado em março do ano passado, com 366.505 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 33,7 milhões valor 41,4% maior do que o de março de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 9,3%. Em toneladas por média diária, 19.224 toneladas, houve alta de 20,6% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Comparada a semana anterior, alta de 7,5%. No valor pago por tonelada, US$ 1,755, ele é 17,2% superior ao praticado em março passado. Frente ao valor da semana anterior, aumento de 1,7%

AGÊNCIA SAFRAS


CARNES


Custos de produção para suínos e aves arrefece em fevereiro, mas continua em alta

Investimento na alimentação dos animais continuou puxando a alta para o mês de fevereiro, ainda que tenha sido menos forte do que em janeiro


Conforme informações da Embrapa Suínos e Aves, os custos de produção para as áreas de suínos e frangos de corte fecharam o mês de fevereiro deste ano em alta, principalmente influenciados pelo custo com a nutrição dos animais. Ari Jarbas Sandi, analista da área de sócio economia da Embrapa Suínos e Aves, informou que o preço do farelo de soja não cresceu tanto quanto o do milho em fevereiro, o que motivou o avanço mais morno em fevereiro, no comparativo com janeiro. No caso das aves de corte, em janeiro, o Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) fechou em 439,20, aumento de 3,04% em relação a janeiro de 2022. Ao estender a comparação até fevereiro do ano passado, o aumento do índice foi de 16,02%. A alimentação dos frangos passou a representar na cesta de custos de produção a fatia de 76,69%, aumentando 2,82% no comparativo com janeiro deste ano e 10,65% no acumulado de 12 meses. Houve aumento também nos custos com pintinhos de um dia, na ordem de 0,07% em relação a janeiro e de 2,86 entre fevereiro de 2021 e fevereiro deste ano. No Paraná, Estado brasileiro que lidera a produção de frango, o custo para produzir 1kg da ave fechou fevereiro em R$ 5,68, sendo que R$ 4,35 representam gastos com a alimentação das aves. Em fevereiro de 2021, o custo total no Paraná era de R$ 4,89 por quilo da ave, com R$ 3,80/kg investidos na nutrição dos bichos. Ao aproximar a comparação entre fevereiro e o mês anterior, o custo total para produzir 1kg de frango no Paraná, passou de 5,51 para R$ 5,68, uma alta de 3,08%; no caso da alimentação, passou de R$ 4,20/kg em janeiro para R$ 4,35/kg em fevereiro de 2022, avanço de 3,57%. Já em relação à suinocultura, o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) encerrou fevereiro em 437,07, aumento de 2,19% em relação a janeiro. Ao estender a comparação até fevereiro do ano passado, o aumento do índice foi de 11,08%. A nutrição dos suínos passou a representar na cesta de custos de produção a porcentagem de 82,95%, aumentando 2,73% no comparativo com janeiro deste ano e 10,22% no acumulado de 12 meses. Tomando por exemplo Santa Catarina, top no ranking de produção de suínos no país, o custo para produzir 1kg de suíno fechou janeiro em R$ 7,64, sendo que R$ 6,34 representam gastos com a alimentação dos animais. Em fevereiro de 2021, o custo total em Santa Catarina era de R$ 6,88 por quilo de suíno, com R$ 5,65/kg investidos na nutrição dos bichos. Ao aproximar a comparação entre fevereiro e janeiro deste ano, o custo total para produzir 1 kg de suíno em Santa Catarina, passou de 7,48 para R$ 7,64, uma alta de 2,13%; no caso da alimentação, passou de R$ 6,13/kg em janeiro para R$ 6,34/kg em fevereiro de 2022, avanço de 3,42%.

Embrapa Suínos e Aves


INTERNACIONAL


França vai abater milhões de aves à medida que a gripe aviária atinge o oeste

A França deve abater vários milhões de aves de capoeira no segundo abate em massa de rebanhos neste inverno, enquanto o país tenta conter surtos de gripe aviária, disse o Ministério da Agricultura na sexta-feira


Depois que uma onda de casos no Sudoeste levou ao abate de cerca de 4 milhões de animais, o ministério disse que a doença se espalhou rapidamente desde o mês passado na região de Pays de la Loire, outra importante zona avícola na costa oeste da França. As autoridades abateram 1,2 milhão de aves até agora na região e esperam abater outros 3 milhões, pois adotam a mesma estratégia do sudoeste de esvaziar granjas em áreas próximas a surtos, disse um funcionário do ministério. A gripe aviária é frequentemente transmitida por aves selvagens no outono e inverno. A cepa altamente contagiosa H5N1 vem se espalhando rapidamente na Europa nos últimos meses, provocando abates massivos em vários países. A gripe aviária não pode ser transmitida aos humanos através da ingestão de produtos avícolas, embora tenha havido casos ocasionais de humanos contraindo cepas da doença. Como a região do Pays de la Loire é um grande fornecedor de filhotes, as autoridades concederiam uma isenção para permitir que as fazendas de reprodução em zonas de alto risco continuem abastecendo o resto do país, principalmente o sudoeste que está prestes a retomar a reprodução depois de bloqueio da gripe, acrescentou o ministério. Os surtos de gripe aviária aumentaram a pressão sobre os produtores de aves que estão enfrentando um aumento nos custos de alimentação devido aos preços recordes dos grãos, em parte ligados à invasão da Ucrânia pela Rússia. A França e a União Europeia prometeram ajuda especial para os setores pecuários.

REUTERS


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


UNIUM: negócios na intercooperação fecham em 2021 com mais de R$ 4 bilhões em faturamento

Marca institucional das indústrias da Frísia, Castrolanda e Capal, a Unium representa os projetos nos quais as cooperativas paranaenses atuam em parceria. Com mais de 5 mil cooperados, a marca pioneira no conceito de intercooperação no Brasil fechou 2021 com mais de R$ 4 bilhões de faturamento, somando seus negócios industriais


Na Alegra, indústria de carne suína da Unium, o faturamento passou de R$ 1 bilhão - 20% a mais que no ano anterior. Apesar do aumento no faturamento, o ano de 2021 foi marcado por fortes oscilações no preço da carne suína, pressionados pelo mercado Chinês. No segmento de lácteos, as cooperativas da Unium faturaram mais de R$ 2,8 bilhões em 2021 - um crescimento de aproximadamente 18% em relação a 2020. O investimento realizado no último ano (em equipamentos de última geração, ampliação de unidades, treinamento dos mais de 1.140 colaboradores das indústrias e em outras áreas) superou os R$ 23,6 milhões - R$ 4,2 milhões a mais que no ano anterior. A grande inovação do período foi o lançamento do MPC (Milk Protein Concentrate, proteína concentrada de leite, em inglês) no formato “em pó”, produzido pela primeira vez no Brasil. Além disso, todas as unidades de leite da marca passaram a contar com a certificação FSSC 22000 (Food Safety System Certification) versão 5.1, além de receberem diversos reconhecimentos e liderarem diversos rankings do setor. O objetivo para 2022 é continuar inovando, ampliando mercados e, também, melhorando ainda mais a qualidade dos produtos para atender aos anseios dos consumidores. Já no ramo do trigo, que opera com a marca Herança Holandesa, mais de 145 mil toneladas de trigo foram processadas e o faturamento passou dos R$ 280 milhões - nada menos que 33% de crescimento sobre o último ano. Esse resultado se deve, principalmente devido à alta do preço do trigo e seus derivados, aliado a melhorias de processos e novas estratégias de distribuição e, também, graças à certificação FSSC 22000 versão 5.1. Todos esses resultados foram celebrados nos últimos dias, durante as assembleias e pré-assembleias feitas em cada cooperativa para apresentar os resultados aos mais de 5000 cooperados. “Nós seguimos investindo nas pessoas, na qualidade dos nossos produtos, em tecnologia e na expansão de mercado, aumentando nossa presença nas gôndolas e, por consequência, na mesa dos brasileiros. E estamos muito entusiasmados com os projetos futuros”, destaca o Diretor-Presidente da Frísia, Renato Greidanus. No final de 2021, representantes da Unium anunciaram um investimento de R$ 460 milhões para a instalação de uma queijaria na cidade de Ponta Grossa (PR). O projeto, que deve demandar 30 meses até o início das operações, prevê a produção de 96 toneladas de produtos e subprodutos por dia. Para o diretor presidente da Castrolanda e um dos diretores da Unium, Willem Berend Bouwman, esse projeto demonstra ainda mais a força da intercooperação. “Vendo o crescimento da produção de leite dos nossos cooperados, o grupo se adiantou e buscou uma solução rentável para mostrar aos parceiros que todo o aumento será revertido em produtos com ainda mais valor agregado. Isso reforça e reafirma o conceito da intercooperação, já que, em três cooperativas, o investimento para um projeto dessa magnitude se torna possível e viável”, finaliza.

OCEPAR/UNIUM


Importações superam exportações do Paraná em fevereiro

Mesmo com crescimento significativo de 37% nas vendas para o exterior em relação ao mesmo mês do ano passado, saldo da balança ficou negativo


Está mais difícil vender produtos para fora do Brasil em 2022. Seja por conta da queda na taxa média de câmbio, que interfere nessa conta, ou pela inflação que elevou o preço de vários insumos, maquinários e matérias-primas no mercado internacional. O fato é que embora as exportações paranaenses tenham fechado em US$1,399 bilhão, com crescimento de quase 7%, na comparação com janeiro, e de 37%, contra fevereiro de 2021, o saldo da balança comercial paranaense ficou negativa em US$ 99 milhões no mês passado. O resultado é reflexo das importações feitas pelo estado, que chegaram a US$ 1,498 bilhão. Alta de 8,2% em relação a janeiro e de 33% contra o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, o saldo da balança está negativo em US$ 175 milhões. No primeiro bimestre deste ano, as importações acumuladas em US$ 2,882 bilhões recuaram 26% quando comparadas com o mesmo intervalo de 2021. Outro fato é que quando relacionados números de fevereiro deste ano e do anterior, o volume de itens importados também recuou em quase 25%. “Este comportamento já pode ser reflexo do aumento de preços de bens e serviços que a indústria importa como máquinas, equipamentos, insumos e matérias-primas para produção”, avalia o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe. Diante do cenário de instabilidade geopolítica, é difícil prever como as exportações do Paraná devem se comportar nos próximos meses. “Na medida em que a situação se agrava, pode ocorrer escassez de produtos no mercado externo. As sanções impostas aos países envolvidos no conflito com a Ucrânia também geram aumento de preços e toda a economia é impactada”, reforça Felippe. “Mesmo com a valorização na cotação de comodities vendidas pelo Paraná no exterior, como soja e milho, o custo de produção alto pode inviabilizar uma possível melhora na rentabilidade desses produtos por aqui”, justifica. O principal produto da pauta de exportações do Paraná é soja, que representa 22% total comercializado este ano. As vendas mais que dobraram em relação ao primeiro bimestre de 2021, com alta de 116%. Depois vêm carnes (19% da pauta e 34% de aumento); madeira (11% da pauta e 49% de aumento), material de transporte (8% da pauta e 14% de aumento) e papel e celulose (5% da pauta e alta de quase 89%). Nas importações, os itens mais comprados pelo estado em janeiro e fevereiro foram produtos químicos, que representam 21% da pauta. O resultado acumulado neste primeiro bimestre, porém, teve redução de 11%. Na sequência estão materiais elétricos e eletrônicos (14% da pauta e alta de 57%), produtos mecânicos (9% da pauta e queda de 0,6%), material de transporte (quase 8% da pauta e queda de 18%) e petróleo e derivados (7% da pauta e queda de 20,3%).

FIEP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar salta 1,3% e vai a R$5,12 com exterior negativo e risco fiscal doméstico

Uma "tempestade perfeita" empurrou o dólar para cima nesta segunda-feira, com a moeda norte-americana saltando mais de 1% e chegando a superar 5,14 reais na máxima, conforme operadores correram para a segurança do ativo em meio a um exterior arisco e a renovados riscos fiscais no Brasil


O dólar à vista fechou em alta de 1,31%, a 5,1201 reais na venda. O dólar teve a maior alta diária desde 24 de fevereiro, quando subiu 2,03%. O dólar no Brasil já vinha em fortalecimento desde o meio da tarde, com investidores pausando vendas depois das quedas recentes. A piora de sinal no exterior --à medida que títulos de renda fixa despencavam com temor de um banco central norte-americano mais duro ao provavelmente subir os juros nesta semana-- deu mais fôlego aos comprados. A queda das commodities --cuja alta vinha ajudando a blindar os ativos brasileiros da turbulência externa-- e percepção de maior risco na China com o tombo de ações no país e novos lockdowns por causa da escalada de casos de Covid-19 se somaram à lista de fatores negativos. O humor azedou de vez depois de notícias de que o Ministério da Economia estuda possível elevação dos valores pagos pelo Auxílio Brasil em caso de persistência do impacto da guerra na Ucrânia sobre a economia, medida que na visão de agentes de mercado comprometeria as contas públicas. O mercado de juros, um dos mais sensíveis às perspectivas para a política fiscal, estressou a dois dias de uma decisão do Copom que já era alvo de intenso debate no mercado sobre a sinalização a ser dada. "Os DIs médios e longos explodiram e subiram mais de 30 pontos-base. O mercado já precifica Selic de final de ciclo a 14%", disse Roberto Motta, responsável pela mesa de futuros da Genial Investimentos.

REUTERS


Ibovespa cai para menor patamar desde janeiro com peso de commodities e foco em BCs

O principal índice da bolsa brasileira recuou na segunda-feira, pressionado pela queda nas ações de commodities e por expectativa de decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos nesta semana


O Ibovespa caiu 1,60%, a 109.927,62 pontos, sua terceira baixa seguida e o menor patamar de fechamento desde 24 de janeiro. O volume financeiro foi de 24,5 bilhões de reais. A informação de que a Ucrânia havia iniciado negociações "duras" com a Rússia sobre um cessar-fogo, apesar dos ataques às cidades ucranianas continuarem, animou os mercados na manhã desta segunda-feira, especialmente após os dois países terem adotado tom otimista no domingo sobre as conversas. O humor, entretanto, virou em Wall Street ao longo da sessão, com venda de ações de crescimento, como de tecnologia, diante da proximidade da esperada primeira alta de juros nos EUA em três anos, em reunião do banco central norte-americano na quarta-feira. Também corroborou o fato de a quarta rodada de negociações entre Ucrânia e Rússia não apontar avanços. Os investidores locais também seguem na expectativa pela decisão de juros pelo Banco Central na quarta-feira. A curva de juros viu forte inclinação, conforme as expectativas de inflação pioraram, como reiterado pela pesquisa Focus. A aposta majoritária ainda é de alta de 1 ponto percentual, mas a curva reflete probabilidade de 47% de alta de 1,25 pp. Além disso, o mercado também digeriu notícia de que a equipe econômica do governo federal tem discutido uma elevação temporária do Auxílio Brasil. "A pressão para gastar pela ala política do governo já era dada", a questão era saber de que modo, diz Tomás Awad, sócio-fundador da gestora 3R Investimentos. Ele diz que o pano de fundo geral para a bolsa, tanto no cenário externo quanto no interno, continua o mesmo e que a gestora está "reduzindo o risco" de seu portfólio, especialmente pelo medo de ser pega "no contrapé" pelas incertezas que cercam o conflito na Ucrânia.

REUTERS


Mercado eleva projeção para inflação este ano a mais de 6% e vê maior aperto monetário, mostra Focus

O mercado elevou com força as perspectivas para a inflação neste ano acima de 6% e passou a ver maior aperto monetário, na esteira da elevação dos preços dos combustíveis e antes da reunião de política monetária do Banco Central esta semana


A pesquisa Focus divulgada pelo BC na segunda-feira mostrou que os especialistas consultados aumentaram a projeção para a alta do IPCA este ano a 6,45%, de 5,65% na semana anterior, muito acima do teto da meta, de 5,0%. A conta para 2023 também subiu e chegou a 3,70%, de 3,51% antes. O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Na semana passada, a Petrobras anunciou aumento dos preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, enquanto os valores da gasolina deverão subir quase 19%, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia. Com isso, a projeção para o aumento dos preços administrados no levantamento semanal do BC saltou a 5,61% e 4,50%, respectivamente, em 2022 e 2023, de 4,85% e 4,28% antes. Em fevereiro o IPCA atingiu o nível mais elevado para o mês em sete anos, de 1,01%, sob o peso dos custos de educação e alimentos, levando a taxa em 12 meses a 10,54%. As intensas pressões inflacionárias levaram os economistas a elevar as projeções para a taxa básica de juros tanto este ano quanto no próximo, a 12,75% e 8,75% respectivamente. A pesquisa anterior apontava expectativa de uma taxa de 12,25% em 2022 e 8,25% em 2023. É com esse cenário à frente que o BC se reúne esta semana para decidir sobre a política monetária. Segundo o Focus, a autoridade monetária deve elevar a Selic a 11,75% na reunião, ante taxa atual de 10,75%. Ao mesmo tempo, a conta no levantamento semanal para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano subiu a 0,49% em 2022, mas caiu a 1,43% em 2023, de 0,42% e 1,50% antes.

REUTERS


Exportação do agronegócio do Brasil registra recorde de US$10,5 bi para fevereiro

As exportações do agronegócio do Brasil alcançaram 10,51 bilhões de dólares no mês de fevereiro, registrando valor recorde para o período, informou o Ministério da Agricultura na segunda-feira, com impulso de embarques de soja, carne bovina, café verde, trigo, carne de frango e farelo de soja


O valor representa um aumento de 65,8% em relação ao mesmo período do ano passado. "O crescimento das exportações foi motivado pelo aumento dos preços médios dos produtos exportados, e pela alta na quantidade exportada", disse o ministério em nota. A soja liderou as exportações do agronegócio, com 6,27 milhões de toneladas exportadas, tendo a China como principal importador da oleaginosa. As exportações da carne bovina foram 75,1% superiores ao ano passado, somando 965,02 milhões de dólares, enquanto o café verde registrou 208,5 mil toneladas exportadas, aumento de 9,1% ante 2021.

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Ministério mantém previsão para o VBP da agropecuária do país em 2022 em R$ 1,2 tri

Montante, recorde, é 3,1% maior que o calculado para 2021. As lavouras tiveram alta de 8,8% e a pecuária, retração de -9,1%.


O Ministério da Agricultura manteve em R$ 1,2 trilhão sua previsão para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2022. Se confirmado, o montante, recorde, será 3,1% que o calculado para 2021. Para o VBP das 17 principais lavouras do país, a projeção passou para R$ 869,4 bilhões, R$ 1,6 bilhão a mais que o estimado em fevereiro e montante 8,8% superior ao do ano passado. Para a soja, carro-chefe do campo no país, a Pasta passou a prever VBP de R$ 353,8 bilhões, abaixo do valor calculado no mês passado (R$ 360,1 bilhões), por causa da quebra de safra na região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul, e com retração de 6,6% na comparação com 2021. No caso do milho, que tem boas perspectivas de recuperação da produção na safrinha, o VBP agora está previsto em R$ R$ 157,7 bilhões, ante R$ 156,6 bilhões projetados em fevereiro e com incremento de 20,9% sobre 2021, quando a seca prejudicou as lavouras em boa parte do país. Entre as principais lavouras cultivadas no país, também deverão crescer em 2022 os VBPs do algodão (42,6%, para R$ 40,8 bilhões), do café (62,6%, para R$ 71,7 bilhões), da laranja (8,6%, para R$ 19,4 bilhões), da banana (17,5%, para R$ 15,3 bilhões), do tomate (25,9%, para R$ 15,1 bilhões), do feijão (4,3%, para R$ 14,4 bilhões) e da mandioca (3,3%, para R$ 12,6 bilhões). Em contrapartida, são esperadas quedas para arroz (23,4%, para R$ 16 bilhões) e trigo (7,1%, para R$ 12 bilhões). Para o VBP conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o Ministério da Agricultura elevou sua estimativa para R$ 339,4 bilhões em 2022, R$ 3 bilhões a mais que o previsto em fevereiro e valor 9,1% mais baixo que o de 2021. Ainda pesam sobre o segmento o aumento de custos e as perspectivas de problemas no mercado doméstico para produtos de maior valor agregado, por causa da queda do poder de compra da população. Conforme os cálculos da Pasta, o VBP dos bovinos deverá alcançar R$ 152,9 bilhões, 2,2% menos que o do ano passado. Para o frango, a previsão é de queda de 21% na comparação interanual, para R$ 89,1 bilhões, e para os suínos a expectativa é que o VBP chegue a R$ 26,5 bilhões, com baixa de 18,1%. O ministério também prevê quedas para o leite (0,3%, para R$ 53,4 bilhões) e para os ovos (5,2%, para R$ 17,4 bilhões).

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