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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 83 DE 10 DE MARÇO DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 83| 10 de março de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preços do boi gordo sobem em São Paulo e na região Norte

Segundo a Scot Consultoria, após registrar elevação de R$ 2/@ na terça-feira, o valor do boi gordo nas praças de São Paulo repetiu a exatamente a mesma toada, com acréscimo diário de mais R$ 2/@ na quarta-feira. Com isso, o animal macho terminado e destinado ao mercado interno vale R$ 342/@ nas regiões paulistas (valor bruto e a prazo)


Por sua vez, as cotações das fêmeas prontas para abate seguem estáveis em São Paulo, negociadas em R$ 300/@ e R$ 332/@ (também preços brutos e a prazo), de acordo com a Scot. Para os machos com padrão exportação, os negócios estão firmes em até R$ 355/@. A oferta enxuta de animais gordos e o avanço nas exportações de carne bovina, sobretudo para o mercado chinês, explicam o viés de alta na arroba do boi gordo. A consultoria IHS Markit detectou oscilações positivas na arroba do boi gordo negociado no Norte do País, sobretudo nas praças do Pará e de Tocantins Na avaliação da IHS, as fazendas da região Norte são favorecidas pelos bons volumes de chuvas, o que ajuda a manter as pastagens em boa qualidade, resultando no uso de estratégias de retenção dos animais gordos no campo, à espera de ofertas de preços ainda melhores. Outro fator que faz o pecuarista do Norte segurar a oferta de boiada gorda é o forte alargamento no diferencial base entre São Paulo e as praças da região – hoje ao redor de R$ 60/@ em alguns casos. Diferencial de base é a defasagem da cotação da arroba do boi gordo de uma praça pecuária em relação ao mercado de São Paulo. “Os fatores que provocam essa diferença nos preços regionais (em relação às cotações de SP) podem ser creditados à oferta, ao clima, ao consumo (de carne bovina), a impostos e ao frete”, relata a analista Amanda Skokoff, da Scot Consultoria. Como a precificação dos contratos no mercado futuro B3 tem como referência a praça de São Paulo, os pecuaristas de outras regiões pecuárias têm de considerar esse diferencial, acrescenta a analista. “Na prática, o diferencial de base auxilia na gestão de risco da propriedade diante da volatilidade e sazonalidade do mercado”, acrescenta Amanda. Segundo levantamento da Scot, em algumas regiões do Norte do País, atualmente, o diferencial de base em relação aos preços da arroba do boi gordo em São Paulo gira em torno de quase -15%. Na quarta-feira, a IHS Markit também observou elevações nos preços da arroba nas praças de Marabá e Redenção (ambas no Pará) nesta quarta-feira, com o valor do boi gordo subindo de R$ 282/@ para R$ 285/@. Em Paragominas, também no PA, a valorização diária foi de R$ 4/@, saindo de R$ 289/@ para 293/@. Na praça de Araguaína, no Tocantins, o macho terminado subiu R$ 10/@ na comparação diária, de R$ 285/@ para 295/@, segundo a IHS. Em Gurupi, também no TO, o boi gordo teve elevação de 4/@, de R$ 286/@ para R$ 290/@. Segundo a IHS Markit, os custos da pecuária brasileira seguem em “uma escala vertiginosa, e os produtores já indicam que o primeiro giro de confinamento já está comprometido”. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 348/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo); MS- Dourados: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 286/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 307/@ (à vista) vaca a R$ 295/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 310/@ (prazo) vaca R$ 295/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 324/@ (à vista) vaca a R$ 309/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 278/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 293/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 276/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista)

MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suíno: Mercado estável na quarta-feira

Levantamento da Scot Consultoria informou que a arroba do suíno CIF teve uma queda nos preços de 1,77% e está cotada de R$ 111,00/@ a R$116,00/@. Já o valor da carcaça especial seguiu com estabilidade e está cotado entre R$ 8,50/R$ 8,80 o quilo


O Cepea/Esalq, com base referente às informações da última terça-feira (08), disse que o preço do animal vivo em Minas Gerais está próximo de R$ 6,07/kg e seguiu estável. Em Santa Catarina, o suíno também seguiu estável e está cotado a R$ 5,49/kg. Em São Paulo, o animal vivo registrou alta de 0,16% a R$ 6,13/kg. No Paraná, o valor do animal apresentou uma queda de 0,74% a R$ 5,37/kg. No Rio Grande do Sul, o preço do suíno teve uma valorização de 0,19% e cotado em R$ 5,39/kg.

Cepea/Esalq


Exportação de carne suína em fevereiro teve quedas de 12,6% no volume e de 21,2% na receita

Os dados levantados através do sistema de estatísticas do comércio exterior – Comex Stat do Ministério da Economia indicam que em fevereiro as exportações de carne suína apresentaram o menor volume dos últimos 13 meses


O total embarcado alcançou 69,5 mil toneladas, 10 mil toneladas a menos que em fevereiro do ano passado, significando queda de 12,6%. A receita auferida, por sua vez, atingiu US$ 144,6 milhões, significando perda de 21,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. No primeiro bimestre os embarques atingiram 142,7 mil toneladas, equivalendo a leve aumento de 1,1% sobre o mesmo período de 2021, enquanto a receita apontou queda de 7,5% na mesma base de comparação. O volume acumulado nos últimos doze meses – março de 2021 a fevereiro de 2022 – atingiu volume de pouco mais de 1,114 milhão de toneladas, apontando crescimento anual de quase 10%. A receita alcançou quase US$ 2,583 bilhões, apontando 14,3% de crescimento.

AGROLINK


FRANGOS


Frango congelado sobe 7,52%, aponta Cepea

No levantamento do Cepea da terça-feira (08), os preços do frango congelado tiveram um incremento de 7,52% e as cotações do frango resfriado registraram um avanço de 3,64%.


Conforme o levantamento da Scot Consultoria da terça-feira (08), a referência para a carne de frango na granja em São Paulo registrou um avanço de 1,89% e está valendo R$ 5,40/kg, enquanto que o frango no atacado seguiu estável a R$ 6,80/kg. O preço do frango vivo em Santa Catarina seguiu estável, valendo 4,53/kg. A referência do frango vivo no Paraná também está estável a R$ 4,95/kg, enquanto em São Paulo a cotação do frango vivo está sem referência.

Cepea/Esalq


EMPRESAS


Ao consolidar balanço da BRF, Marfrig assume o controle de fato

Com isso, empresa de Marcos Molina se tornará uma gigante com faturamento anual de R$ 133 bilhões


Se ainda restava alguma dúvida, o empresário Marcos Molina deixou claro hoje que assumiu o comando da BRF. A Marfrig não vai indicar apenas o próximo Conselho de Administração da BRF (a eleição ocorre em 28 de março, em assembleia de acionistas), mas passará a consolidar o balanço da dona da Sadia a partir do segundo trimestre. A informação foi divulgada ontem por Molina em teleconferência com acionistas. A companhia de Molina vai exercer o poder de controle não a partir da maioria das ações, já que o grupo detém 33% da dona da Sadia, mas ao ditar os rumos da BRF com a maioria no conselho, o que é permitido pelas práticas contábeis. Ainda não é uma fusão, mas poucos no mercado duvidam de que a direção é essa. Quando consolidar o balanço da BRF, a Marfrig será uma gigante de R$ 133 bilhões em faturamento anual. A mudança, é claro, vai ajudar o mercado a comparar a Marfrig às duas titãs multiproteínas (a JBS e a americana Tyson), que também produzem as carnes bovina, suína e frango. Líder, a JBS fatura mais de R$ 300 bilhões, enquanto as vendas da Tyson equivalem a R$ 235 bilhões (US$ 47 bilhões). Em valor de mercado, a distância ainda é grande. A Marfrig vale R$ 14 bilhões e a BRF, R$ 17,1 bilhões. Enquanto isso, a companhia dos irmãos Batista está avaliada em R$ 83 bilhões. Nos EUA, o império de John Tyson vale US$ 33,4 bilhões (R$ 167 bilhões).

VALOR ECONÔMICO


Marfrig vê cenário positivo para 2022

A Marfrig Global Foods estima um cenário positivo para seus negócios em 2022, quando comparado a 2021, segundo executivos da empresa em teleconferência na quarta-feira (09)


“Nós vemos o ano de 2022 começando de uma forma bastante positiva, estamos vivenciando uma oferta de gado superior ao primeiro trimestre de 2021 e um preço da arroba num nível bastante razoável”, disse o Presidente das Operações da América do Sul da Marfrig, Miguel Gularte. O executivo disse que a situação de mercado em 2021 foi “bastante complexa”, com operações impactadas por alta nos custos de frete e suspensão temporária das exportações de carne bovina brasileira para a China por cerca de três meses. “Não tendo esses dois eventos em 2022, as perspectivas são melhores”, disse Gularte. Ele disse que a China continua comprando carne bovina da América do Sul ininterruptamente neste ano, desde o Ano Novo Chinês, diferentemente do que acontecia em anos anteriores, quando o país fazia uma pausa. “Neste ano, estamos vendo uma situação diferente. A China não parou de comprar e continua comprando a preços acima dos que tinha encerrado o ano”, disse Gularte. No mercado doméstico brasileiro, a Marfrig vê forte demanda do segmento de food service e maior busca dos consumidores por produtos processados, como hambúrgueres. O executivo disse que a situação no mercado doméstico argentino é desafiadora, mas que a empresa tem obtido bom desempenho com suas marcas de salsicha, Vieníssima, e de hambúrgueres, Paty, e nas vendas para o mercado externo. No Uruguai e no Chile, a Marfrig tem apresentado desempenhos positivos, segundo Gularte. Nas Operações da América do Norte, as margens verificadas no primeiro trimestre deste ano estão “bem acima” das registradas no mesmo período do ano passado, segundo o presidente da Marfrig para a região, Tim Klein. O executivo disse que a demanda está aquecida em antecipação para a temporada de churrascos nos Estados Unidos durante o verão. Os preços de carne bovina no mercado doméstico norte-americano estão mais baixos devido à maior oferta, mas Klein avalia que todos os frigoríficos do país ainda precisarão funcionar a plena capacidade.

CARNETEC


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Portos do Paraná batem novos recordes em fevereiro

Tanto no acumulado do primeiro bimestre quanto no volume mensal, os percentuais de aumento superaram as expectativas com, respectivamente, 27% e 39% de alta, em comparação com 2021


“Com mais de 5 milhões de toneladas movimentadas no último mês de fevereiro, e passando de 9 milhões de toneladas no bimestre, fechamos com a melhor movimentação para os dois períodos nos portos de Paranaguá e Antonina”, informou o Diretor-Presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. No melhor mês de fevereiro nos portos paranaenses, foram 5.076.757 toneladas de cargas importadas e exportadas pelos terminais. No bimestre, que também entra para o histórico de recordes, a movimentação chegou a 9.234.295 toneladas. “Diferente do que vínhamos observando nos últimos meses do ano passado, o segmento que puxou as altas foi o de Granéis Sólidos, tanto de importação quanto de exportação”, comentou. O segmento responde por quase 64% da movimentação do primeiro bimestre deste ano, com 5.893.104 toneladas. Em fevereiro, com 3.469.252 toneladas, os Granéis Sólidos somaram 68,34% dos volumes movimentados, nos dois sentidos do comércio internacional. No geral – considerando os três principais segmentos (Carga Geral, Granéis Líquidos e Granéis Sólidos) – 5.040.887 toneladas de cargas foram exportadas pelos portos paranaenses no primeiro bimestre de 2022. O volume é 46% maior que as 3.459.699 toneladas em igual período no ano passado. Na movimentação mensal, o volume exportado totalizou 2.832.256 toneladas, 66% superior ao quantitativo de fevereiro de 2021, com 1.702.124 toneladas. Altas também ocorreram nos volumes importados. No acumulado do bimestre, 4.193.408 toneladas chegaram aos portos de Paranaguá e Antonina – um crescimento de 46% frente às 3.787.513 toneladas em 2021. No mês, a importação totalizou 2.244.501 toneladas, acréscimo de 15,3% sobre o volume de fevereiro do ano passado (1.946.414 toneladas). As exportações também superam as importações entre as cargas movimentadas em contêineres. Neste ano, foram 96.544 TEUs exportados – 7% a mais que as 90.243 unidades movimentadas no ano passado. Na importação, foram 76.449 TEUs, 6% mais que os 72.415 contabilizados no primeiro bimestre de 2021. Nos dois sentidos, somente no mês de fevereiro, foram movimentados 84.920 TEUs, 8,6% a mais que os 78.150 TEUs no mesmo mês, em 2021. A movimentação do terminal que opera no Porto de Antonina aumentou 157%. No bimestre, neste ano, foram 313.018 toneladas de cargas e, ano passado, 121.995 toneladas. A movimentação mensal passou de 64.310 toneladas, em fevereiro de 2021, para 149.375 toneladas no último mês de 2022, um crescimento de 132,2%.

Agência de Notícias do Paraná


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em queda de 0,82%, a R$5,0124

O dólar emendou uma segunda queda consecutiva na quarta-feira, chegando a operar na casa de 4,98 reais e fechando na segunda menor cotação do ano, com operadores se desfazendo da moeda norte-americana em sintonia com um amplo movimento global de busca por risco, em meio a respiro após turbulências recentes por causa da guerra na Ucrânia


O dólar à vista caiu 0,82%, a 5,0124 reais na venda. É o menor patamar de encerramento desde 23 de fevereiro passado (5,0033 reais). As divisas das regiões central e leste da Europa brilharam, com altas entre 1,7% e 4,3% no fim da tarde, reflexo de uma correção depois de duas semanas de fortes perdas por causa dos temores sobre efeitos colaterais da guerra da Rússia sobre essa área da Europa. O índice do dólar despencou, e as ações globais saltavam quase 3%. O petróleo, cujo recente rali desenfreado gerou fortes preocupações de estagflação, sofreu forte queda por perspectiva de maior oferta. O ruidoso cenário externo, influenciado ainda por riscos de um banco central norte-americano mais duro com a inflação ("hawkish"), se soma às incertezas eleitorais e fiscais no Brasil. Esse combo faz Rostagno, do Mizuho, prever que o dólar não sustentará os níveis atuais próximo ou até ligeiramente abaixo de 5 reais, movimentado tentado e frustrado em episódios desde 2020. O Bank of America ainda acredita que o choque nos preços das commodities e a repercussão disso nos termos de troca vão beneficiar o real, que teria desempenho superior a alguns pares latino-americanos neste ano. Segundo estudo do BofA, o real estaria nos atuais preços ainda cerca de 10% abaixo do sugerido pelos fundamentos. Os estrategistas do banco dizem não gostar de posições vendidas em dólar, devido ao potencial de um Fed "hawkish".

REUTERS


Ibovespa sobe com exterior, após queda do petróleo

O principal índice da bolsa brasileira subiu na quarta-feira, diante de forte alta das ações globais, em meio à queda vertiginosa do petróleo, aliviando temores com inflação e atividade econômica. O mercado também reagiu ao noticiário envolvendo a guerra na Ucrânia


Os setores financeiro e de viagens e turismo estiveram entre os destaques de alta, enquanto a mineradora Vale e empresas petrolíferas ficaram na ponta contrária. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 2,23%, a 113.685,66 pontos, maior ganho percentual diário desde 2 de dezembro e a primeira alta em uma semana. O volume financeiro da sessão foi de 33,4 bilhões de reais.

REUTERS


Produção industrial do Brasil cai mais do que o esperado e tem pior janeiro em 4 anos

O setor industrial do Brasil registrou perdas bem acima do esperado em janeiro depois de um respiro no mês anterior, em um início de 2022 ainda com gargalos nas cadeias de insumo e dificuldades de retomada


A produção industrial brasileira teve em janeiro queda de 2,4% na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira. O resultado marcou a perda mais intensa para um mês de janeiro desde 2018 (2,6%) e foi bem pior do que expectativa em pesquisa da Reuters de contração de 1,9%. Também elimina grande parte do ganho de 2,9% registrado em dezembro. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção despencou 7,2%, contra projeção de queda de 6,0%. Com esses resultados, o setor fica 3,5% abaixo do patamar de pré-pandemia, em fevereiro de 2020, destacou o IBGE. “(...) o mês de janeiro está bem caracterizado pela perda de dinamismo e perfil disseminado de queda", afirmou o Gerente da Pesquisa, André Macedo, explicando que o avanço de dezembro pode estar relacionado à antecipação da produção antes de férias coletivas e paralisações em janeiro. "De forma geral, começamos 2022 num padrão parecido com o ano de 2021, dezembro do ano passado foi um ponto fora da curva", completou ele, lembrando que o ano passado foi marcado por oito taxas mensais negativas. A indústria brasileira registrou em 2021 crescimento de 4,5%, recuperando as perdas de 3,4% de 2020, de acordo com os dados do PIB divulgados pelo IBGE. Mas terminou o ano passado com contração de 1,2% no quarto trimestre sobre os três meses anteriores. No fim de fevereiro, o governo reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25% para todos os produtos com exceção de tabaco. Com a medida, o governo espera ajudar a conter a inflação e dar um impulso à indústria. Com a perspectiva para 2022 de juros altos e inflação persistente, a indústria brasileira iniciou o ano com 20 das 26 atividades registrando contração da produção. O cenário pode ainda se agravar depois de a Rússia invadir a Ucrânia, com potenciais efeitos sobre a inflação e o crescimento mundial. "Há questões conjunturais como encarecimento do custo de produção, escassez de insumos e matérias-primas por conta da pandemia e juros e inflação mais altos, salários menores e precarização do emprego", completou Macedo. "Sabemos que o conflito geopolítico vai trazer dificuldades na obtenção de insumos, componentes e matérias-primas, e intensificar um movimento que já vem ocorrendo por conta da pandemia. Quais setores serão mais ou menos atingidos temos que aguardar." Em janeiro, as principais influências negativas vieram das contrações na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%). Nos dois últimos meses de 2021, essas duas atividades haviam acumulado ganhos de 18,2% e de 6,0%, respectivamente. Entre as grandes categorias econômicas, as produções de bens de consumo duráveis (-11,5%) e de bens de capital (-5,6%) tiveram as maiores perdas em relação a dezembro. Bens intermediários recuaram 1,9% e bens de consumo semi e não duráveis apresentaram queda de 0,5%.

Reuters


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