CLIPPING DO SINDICARNE Nº 825 DE 20 DE MARÇO DE 2025
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- 20 de mar.
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Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 825 | 20 de março de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Cotação do boi gordo sobe nas praças paulistas
Compradores estão ofertando mais pelo boi gordo, informa a Scot Consultoria, que identificou elevação de R$ 2/@ no animal “comum” e de R$ 1/@ no “boi-China” – agora as duas mercadorias estão valendo R$ 312/@ e R$ 314/@, respectivamente, no prazo, preço bruto. Para as fêmeas, os preços permaneceram estáveis no Estado de São Paulo, em R$ 280/@ (vaca gorda) e R$ 295/@ (novilha gorda). No Paraná, o boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de seis dias.
Segundo a Agrifatto, o mercado físico do boi gordo enfrenta um impasse por conta da oferta limitada de machos e da redução no abate de fêmeas, fatores que contribuem para sustentação dos preços da arroba nas praças brasileiras. “Mesmo adotando uma estratégia de compras gradativas, os frigoríficos cederam à pressão na terça-feira (18/3), e a arroba registrou valorização em 8 das 17 regiões (GO, MG, MS, MT, PA, PR, RO e TO)”, afirma a Agrifatto, acrescentando que nas demais regiões os preços seguiram estáveis (AC, AL, BA, ES, MA, RJ, RS, SC e SP). De acordo com levantamento da Agrifatto, com o volume de negociações de boiadas gordas limitado, as escalas recuaram levemente, atendendo agora, entre seis e sete abates, na média nacional. Pela apuração da Agrifatto, na quarta-feira (19/3), o boi gordo “comum” permaneceu cotado em R$ 300/@ no Estado de São Paulo, enquanto o “boi-China” segue valendo R$ 310/@, resultando em uma média para ambas as categorias de R$ 305/@. Nas outras 16 praças, a média da arroba seguiu em R$ 290,30. “As dezessete praças monitoradas mantiveram os preços inalterados”, afirma a Agrifatto. No mercado futuro, dando sequência à tendência de alta na B3, a terça-feira (18/3) foi marcada por um desempenho positivo em todos os contratos do boi gordo. “Mais uma vez, o vencimento de junho/25 sobressaiu, fechando o pregão com uma cotação de R$ 318,10/@”, afirma a consultoria, acrescentando que este valor representa um aumento de 1,19% comparado ao dia anterior. “Até mesmo o dianteiro, que na semana passada registrava alta procura, perdeu tração e agora está entre os itens de menor giro”, informa a Agrifatto. cotações do boi gordo desta quarta-feira (19/3), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abates de oito sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha R$285,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de cinco dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de quatro dias; Goiás — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$265,00 a arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$250,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
SIF simplificado sai nesta quinta-feira
Durante a audiência no Senado, o ministro Carlos Fávaro anunciou para a quinta-feira (20/3), o lançamento do SIF simplificado, que promete deixar mais rápido o registro de estabelecimentos comerciais de proteína animal
Segundo o ministro, a análise será totalmente digital e o registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) poderá ser obtido em "minutos" por empresários que desejam abrir unidades produtoras de carnes, embutidos e lácteos, por exemplo. "Aquele processo que precisar de análise, terá agilidade da equipe do ministério, completamente digital", disse Fávaro. O projeto faz parte da chamada SDA Digital, que pretende digitalizar todos os processos da Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério ainda em 2025. O ministro prometeu para maio deste ano o lançamento do Sistema Unificado de Informação, Petição e Avaliação Eletrônica (Sispa), previsto na Nova Lei de Agrotóxicos (14.785/2023). Segundo Fávaro, a ferramenta vai unificar processos de registro de novos pesticidas. Atualmente, as solicitações entram em três filas: Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Será a modernização de novos pesticidas, vamos sair do pingue-pongue [dos pedidos de registros]", disse na audiência. "O sistema será usado pelo ministério, Anvisa e Ibama, com a centralização de solicitações em um único sistema, redução da burocracia e aumento da eficiência", completou Fávaro.
Globo Rural
Brasil será reconhecido como livre de aftosa em maio, diz ministro
O reconhecimento vai permitir ao Brasil acessar mercados de carne mais exigentes. Reconhecimento do status do Brasil como livre de febre aftosa será um marco histórico
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na quarta-feira (19/3) que o Brasil receberá o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como área livre de febre aftosa sem vacinação no dia 29 de maio. Segundo ele, a medida vai viabilizar o acesso da carne bovina brasileira em mercados mais exigentes, como o Japão. "O reconhecimento da OMSA será um marco histórico, esperado há mais de 50 anos. A expectativa, já confirmada tecnicamente pela OMSA, é que o Brasil cumpriu todos os requisitos. A assembleia será no dia 25 de maio e a entrega do certificado será em 29 de maio", disse Fávaro durante audiência pública no Senado Federal. Um grande evento já está sendo programado para o início de junho em Paris, para comemorar o reconhecimento. "Faremos ato brasileiro, com parlamentares, governadores, indústrias da carne, produtores, que estarão juntos em 6 de junho, fazendo um churrasco brasileiro em Paris", disse Fávaro. O reconhecimento, disse Fávaro, "vai permitir ao Brasil acessar mercados mais exigentes". Ele citou o Japão, que paga mais pela carne. "É uma exigência para o Japão, que remunera bem. Eles pagam US$ 8 mil por tonelada de carne. A China, por exemplo, paga US$ 5 mil por tonelada. É uma oportunidade a partir de certificado que vamos receber", completou Fávaro.
Globo Rural
SUÍNOS
Suínos: preços do animal vivo continuam em queda
As cotações do suíno vivo seguiram em queda na quarta-feira (19).
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 160,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,40/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (18), o preço ficou estável somente em Santa Catarina, custando R$ 7,86/kg. Houve queda de 1,18% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,35/kg, baixa de 0,85% no Paraná, com valor de R$ 8,18/kg, retração de 0,97% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 8,17/kg, e de 1,28% em São Paulo, fechando em R$ 8,46/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Preços estáveis no mercado do frango na quarta-feira (19)
A quarta-feira (19) seguiu a tendência dos dias anteriores para o mercado do frango, com a maioria das cotações estáveis
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,38%, custando, em média, R$ 7,90/kg. No caso do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,76/kg, assim como em Santa Catarina, com preço de R$ 4,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (18), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,47/kg e R$ 8,55/kg.
Cepea/Esalq
China reabre mercado para a carne de frango da Argentina
A China anunciou a reabertura de seu mercado para a carne de frango da Argentina, após um bloqueio que teve duração de dois anos (a partir de março de 2023), devido ao surto de gripe aviária, informou o jornal Clarín
Naquela época (antes do embargo), a China era o destino de 45% das exportações de frango da Argentina, gerando receita de US$ 170 milhões. A China é um mercado de grande relevância para o setor agroindustrial argentino, destaca o Clarín. Em 2024, o mercado chinês foi o segundo maior destino das exportações agroindustriais da Argentina, atingindo um valor total de US$ 5,183 bilhões, com um aumento de 14% em relação ao resultado de 2023, US$ 4,559 bilhões.
Portal DBO
EMPRESAS
Câmbio leva Minerva a prejuízo de R$ 1,57 bilhão no quarto trimestre de 2024
No acumulado do ano, empresa teve perda de R$ 1,56 bilhão. Variação cambial afetou resultados, disse Edison Ticle, diretor financeiro da Minerva Foods
A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, terminou o quarto trimestre de 2024 com um resultado amargo causado pela variação cambial. A alta do dólar elevou o nível de endividamento da empresa e, em consequência, houve um prejuízo líquido de R$ 1,57 bilhão. Um ano antes, a companhia teve lucro de R$ 19,8 milhões. Em entrevista ao Valor, o diretor financeiro e de relações com investidores da Minerva, Edison Ticle, ressalta que a companhia tem uma política de hedge que protege parte da exposição da empresa ao dólar, mas, ainda assim, a variação cambial foi muito significativa. "Com isso, a gente teve uma despesa com variação cambial não-caixa de R$ 1,8 bilhão no trimestre", afirma o executivo. Por outro lado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) alcançou R$ 943,7 milhões, alta de 55,8% e um novo recorde. A receita líquida teve forte alta de 73,8% no período, para R$ 10,7 bilhões, impulsionada principalmente por preços maiores dos produtos, tanto no mercado interno quanto externo. "Nesse caso, a depreciação cambial acaba ajudando porque faz com que os preços em reais fiquem mais elevados e o resultado do Ebitda foi maior também por causa dessa receita mais alta", explica Ticle. Ele lembrou que, ao longo do quarto trimestre, houve um aumento relevante nos preços da arroba bovina, entre 30% e 35%, o que gera um incremento para os custos dos frigoríficos com matéria-prima, o boi. "Mesmo com essa arroba bem mais alta, a gente conseguiu manter o resultado de Ebitda e até crescer", destaca. Outro ponto que Ticle considera um destaque do período é a geração de caixa livre, que atingiu R$ 990 milhões. Desde 2018, a Minerva acumula cerca de R$ 9 bilhões em geração de caixa livre. No acumulado de 2024, o Ebitda da companhia subiu 22% para R$ 3,13 bilhões, a receita aumentou 26,7% para R$ 34,07 bilhões, enquanto o resultado líquido foi um prejuízo de R$ 1,56 bilhão, pressionado pelo câmbio. Em 2023, a empresa havia obtido lucro de R$ 395,5 milhões.
Valor Econômico
GOVERNO
Em meio a guerra comercial, Brasil espera ampliar exportações de carne bovina à China
Em audiência no Senado Federal, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse ter a expectativa de habilitações de "dezenas" de frigoríficos ainda em 2025. Governo espera que carne bovina brasileira ganhe mais espaço na China, que não renovou habilitações de frigoríficos dos Estados Unidos
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na quarta-feira (19/3) que a China deverá habilitar "algumas dezenas" de frigoríficos brasileiros de carne bovina em 2025. Segundo ele, foi enviada uma nova lista com 44 unidades industriais que já cumpriram regras sanitários e agora aguardam aval de Pequim. A guerra comercial de chineses e norte-americanos pode favorecer os empresários nacionais. "Devemos ter algumas dezenas de plantas habilitadas neste ano, gerando mais oportunidades para nossos produtores", disse Fávaro, durante audiência pública no Senado Federal. "Nesta gestão, já tivemos 48 novas plantas habilitadas. Deve aumentar", completou. Fávaro disse que o momento de tensão entre o governo chinês e o dos Estados Unidos pode ajudar o Brasil a ganhar espaço no país asiático, que já é o maior comprador da carne bovina brasileira. O ministro da Agricultura confirmou a informação de que a China não renovou a habilitação de frigoríficos norte-americanos. "Eles adotam modelo de pré-listing, e a de bovinos não foi renovada. Cerca de 400 plantas frigoríficas norte-americanas foram desabilitadas. Isso reforça a grande oportunidade [para o Brasil]", afirmou.
Ao mesmo tempo em que reavalia suas expectativas em relação à China, o Brasil tenta a liberação do mercado japonês para a carne bovina. Na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em missão oficial ao Japão. Cerca de 40 empresários estarão em Tóquio, capital do país, cumprindo agenda paralela à oficial. Eles querem articular um encontro em uma churrascaria brasileira, com a presença de Lula, na tentativa de avançar nas negociações bilaterais. O acesso ao Japão é uma demanda antiga da indústria brasileira. No entanto, não se espera que o governo volte dessa viagem com uma solução, embora o ambiente seja considerado favorável à abertura de mercado. Os empresários avaliam que todas as questões técnicas e sanitárias foram superadas, mas o governo japonês deverá anunciar “apenas” o envio de uma comitiva ao Brasil ainda em 2025 para auditoria em frigoríficos. Carlos Fávaro confirmou que estará na comitiva oficial da viagem ao Japão, que embarca sábado (22/3). O ministro da Agricultura não indicou ter a expectativa de uma conclusão das conversas com as autoridades japonesas. Disse apenas que a pauta principal será tentar subir "mais um degrau". Inicialmente, a ida à capital japonesa não estava em sua agenda. Apenas a agenda no Vietnã, onde a comitiva de Lula terá compromissos a partir de sexta-feira (28/3). "O potencial de aumento da demanda de exportação é de 30%, sobre as atuais 2,8 milhões de toneladas, com a futura abertura de mercado desses dois países, mais Coreia do Sul e Turquia, que seguem no radar," acrescentou.
Globo Rural
Abertura de mercado em Sarawak, Malásia, para exportação de carne de aves e carne bovina do Brasil
Com essas novas aberturas, o agronegócio brasileiro atinge a 44ª abertura de mercado em 2025, totalizando 344 novas oportunidades de negócio durante desde o início de 2023
O governo brasileiro informa que, durante a visita do ministro de agricultura do estado de Sarawak, Malásia, ao Brasil, foi acordado o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para a exportação de carne de aves e carne bovina brasileiras. Em 2024, o Brasil exportou mais de 30 mil toneladas de carnes de aves e bovina para a Malásia, totalizando cerca de US$ 67 milhões. O estado de Sarawak, que tem população de aproximadamente 30 milhões de habitantes, está localizado em ilha separada da Malásia continental e possui requisitos específicos para importação de alimentos. Com o aceite do certificado sanitário internacional pelo estado, há a expectativa de que o volume exportado para a Malásia cresça significativamente nos próximos anos. Com essas novas aberturas, o agronegócio brasileiro atinge a 44ª abertura de mercado em 2025, totalizando 344 novas oportunidades de negócio durante desde o início de 2023.
MAPA
Abertura de mercados no Mali para genética bovina e ovina
Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 42 aberturas de mercado em 2025, totalizando 342 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023
O governo brasileiro e as autoridades sanitárias do Mali concluíram entendimento sobre os modelos de Certificados Sanitários Internacionais (CSIs) para a exportação de sete produtos agropecuários do Brasil para aquele país: bovinos e bubalinos vivos, sêmen de bovinos, de ovinos e de caprinos, bem como embriões de bovinos, ovinos e caprinos. Nos últimos três anos, as exportações do agronegócio brasileiro para o Mali somaram cerca de US$ 5 milhões. O país conta com mais de 23 milhões de habitantes e uma população predominantemente rural, o que oferece grande oportunidade de crescimento para as exportações de insumos agropecuários do Brasil. Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 42 aberturas de mercado em 2025, totalizando 342 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023.
Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Indústria do Paraná cresce acima da média em janeiro e tem alta de 3,9% em 12 meses
Enquanto a indústria nacional permaneceu estagnada em janeiro, no Paraná o setor registrou um crescimento de 0,7% no volume de produção em relação a dezembro de 2024, segundo dados divulgados na terça-feira (18/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado também teve aumento de 0,7% no comparativo com janeiro de 2024.
Com o resultado, o Estado acumula alta de 3,9% nos últimos 12 meses analisados pelo órgão federal, o 5º melhor resultado entre todas as unidades da federação. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, o desempenho da indústria paranaense ficou acima, por exemplo, do estado de São Paulo, reconhecido pela força da sua indústria, e que acumula alta de 2,8% em 12 meses. Também foi um resultado melhor do que o obtido por Minas Gerais (2%), Rio Grande do Sul (1,6%) e Rio de Janeiro (-0,6%), além de ser um ponto percentual maior do que a média nacional, que variou 2,9% no mesmo período. Com foco total na indústria de transformação, o segmento que registra o maior crescimento nos últimos 12 meses é o voltado para a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que aumentou em 27,1%. Também houve elevação acima dos dois dígitos nas indústrias que fabricam veículos automotores, reboques e carrocerias (14,5%), móveis (13,2%) e produtos de madeira (10,5%). Dos 13 segmentos ativos no Paraná, 12 tiveram variações positivas no intervalo de 12 meses mais recente analisado pelo IBGE. Aparecem, na sequência, a fabricação de bebidas (8,9%), produtos de metal (7,2%), produtos químicos (4,2%), produtos de minerais não metálicos (3,7%), celulose e papel (2,7%), máquinas e equipamentos (1,1%) e produtos alimentícios (0,8%). Com uma redução de 2,4%, a fabricação de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis foi a única a registrar queda no período. Em relação ao desempenho mensal de janeiro em relação a janeiro do ano passado, o crescimento mais acentuado ocorreu na fabricação de produtos minerais não metálicas (14,9%), veículos automotores (12%) e máquinas e equipamentos (9,8%). Essa variação positiva mesmo com o ajuste sazonal – quando as particularidades do setor em cada época do ano são levadas em consideração – aponta para uma perspectiva promissora para o ano de 2025. No total, o Paraná acumula oito meses de variação mensal positiva neste quesito.
Agência Estadual de Notícias
Paraná alcança maior participação da história na produção nacional de suínos, diz Ibge
O Paraná alcançou em 2024 a sua maior participação da história na produção nacional de suínos segundo dados mais recentes da Pesquisa Trimestral de abate de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge). No último ano, os produtores paranaenses abateram 12,4 milhões de porcos, o equivalente a 21,5% de todos os abates ocorridos no Brasil no período.
Na última década, os produtores paranaenses de suínos mantiveram um ritmo constante de crescimento, o que fez com que a produção absoluta saltasse de 6,9 milhões em 2014 para os atuais 12,4 milhões em 2024. O aumento foi de 79% no período, acima da média nacional, que registrou uma variação positiva de 55%. Em termos proporcionais, são cinco anos seguidos em que o Paraná amplia a sua participação nacional, que passou de 19,9% em 2019 para os atuais 21,5%. Os resultados mais recentes mantêm o Estado como o segundo maior produtor de suínos do País, atrás apenas de Santa Catarina, responsável por 29,1% dos animais abatidos no último ano. A diferença entre os dois, no entanto, caiu, 0,7 ponto percentual entre 2023 e 2024, intervalo de tempo em que o Estado liderou o crescimento absoluto na produção de porcos e de frangos. A expectativa é de que esses números tenham um reflexo direto na geração de novos empregos formais. Apenas no setor industrial, houve a criação de 4.060 vagas nos frigoríficos paranaenses voltados ao abate de suínos em 2023, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho. Naquele ano, o Paraná foi responsável por 67% das vagas com carteira assinada criadas neste segmento. Um dos principais marcos deste esforço aconteceu em maio de 2021, quando a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheceu o Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação. A chancela internacional foi um reconhecimento ao trabalho de sanidade feito no campo pelos próprios produtores, assim como as cooperativas agrícolas e os órgãos estaduais, e serviu como uma credencial para abrir novos mercados compradores da proteína animal produzida no Estado. Desde então, as campanhas de vacinação que ocorriam duas vezes por ano foram substituídas pela atualização de rebanhos, cujo cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais. Durante a edição mais recente do Show Rural Coopavel, em Cascavel, em fevereiro deste ano, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, reforçou o compromisso do Governo do Estado com a biosseguridade (conjunto de medidas para prevenir, controlar e eliminar riscos biológicos) na criação de suínos e aves. “O mundo não compra produtos, compra sanidade. Ao manter esse grau de sanidade e fortalecer a biosseguridade por meio do aprimoramento das técnicas de suinocultura e a avicultura, podemos continuar exportando e buscar novos mercados consumidores”, afirmou.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
BC eleva Selic em 1 ponto a 14,25% e prevê ajuste de menor magnitude em maio
O Banco Central decidiu na quarta-feira seguir o ritmo já previsto de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria, e indicou um ajuste de menor magnitude na próxima reunião, em maio, se confirmado o cenário esperado
Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC enfatizou que para além da reunião de maio, a magnitude total do ciclo de aperto "será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta" e dependerá da evolução dos preços à frente, incluindo componentes mais sensíveis à atividade econômica, projeções e expectativas de inflação, nível de ociosidade da economia e riscos para os preços à frente. Com a decisão desta quarta, os juros básicos vão ao maior nível em mais de oito anos. A Selic esteve em 14,25% pela última vez em 2016, quando permaneceu nesse patamar até outubro em meio a uma crise econômica e ao processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. De acordo com o documento, a previsão de um aumento menor na Selic em maio ocorre "diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso". Para a diretoria do BC, o cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções elevadas para os preços à frente, resiliência na atividade e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista. "O conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, ainda que sinais sugiram uma incipiente moderação no crescimento", apontou o colegiado. Em elemento considerado determinante para o recuo da inflação, alguns indicadores da economia brasileira deram sinais de arrefecimento, como serviços e indústria, mas o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, tem pregado cautela na análise, pedindo tempo para que haja clareza sobre uma eventual tendência de desaceleração. No documento, o Copom não fez alterações em seu balanço de riscos para a inflação, mantendo a avaliação de que há uma assimetria altista para o cenário à frente.
Reuters
BC reduz projeção de inflação
O BC melhorou ligeiramente na quarta suas projeções de inflação em relação a janeiro, com estimativas passando de 5,2% para 5,1% em 2025, considerando o cenário de referência, que segue projeções de mercado para os juros. Para o terceiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante, a projeção passou de 4,0% para 3,9%
Para fazer as projeções do cenário de referência divulgadas na quarta, o Copom considerou uma taxa de câmbio que parte de 5,80 reais, abaixo dos 6,00 reais usados na reunião de janeiro. O centro da meta contínua para a inflação neste e nos próximos anos é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A decisão desta quarta veio em linha com a expectativa de mercado captada em pesquisa da Reuters, na qual todos os 37 economistas entrevistados projetavam que o BC elevaria a Selic em 1 ponto. Mais cedo nesta quarta-feira, o banco central dos Estados Unidos manteve a taxa básica de juros inalterada na faixa de 4,25% a 4,50%, com suas autoridades indicando que ainda preveem uma redução de 0,50 ponto da taxa até o final do ano, embora citem maiores incertezas. Em meio ao processo de alta em tarifas de importação pelo governo Donald Trump nos Estados Unidos e dúvidas sobre os próximos passos da guerra comercial e seus impactos, o BC afirmou no comunicado que o ambiente externo permanece desafiador, citando incerteza acerca da política comercial dos EUA. Em relação às contas públicas, o BC disse que segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. "A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes", disse. Medidas de contenção de gastos propostas pelo governo -- e consideradas insuficientes por analistas para estabilizar a dívida pública -- foram aprovadas parcialmente no fim de 2024 pelo Congresso, que também tem imposto dificuldades para a votação do Orçamento deste ano, até o momento não aprovado.
Reuters
Dólar à vista fecha em baixa de 0,47%, a R$5,6486 na venda
O dólar completou a sétima sessão consecutiva de baixa ante o real, encerrando a quarta-feira na menor cotação em cinco meses, acompanhando a perda de força da moeda norte-americana no exterior após decisão do Federal Reserve sobre juros nos EUA
A moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,47%, aos R$5,6486, menor cotação desde 14 de outubro de 2024, quando terminou em R$5,5827. Nas últimas sete sessões o dólar acumulou baixa de 3,52% e, no ano, recuo de 8,58%. Às 17h06 na B3 o dólar para abril -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,48%, aos R$5,6620.
Reuters
Ibovespa engata 6ª sessão seguida de alta, no maior nível desde outubro, em dia de Fed e Copom
A queda mais expressiva dos juros futuros durante a tarde ajudou o Ibovespa, em meio à coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell
Em dia de decisão de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, o Ibovespa engatou a sexta alta seguida na quarta-feira (19), horas antes do anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. O índice encerrou em alta de 0,79%, aos 132.508 pontos. Esse é o nível de fechamento mais alto desde 2 de outubro, quando o índice terminou aos 133.515 pontos. Durante o pregão, o Ibovespa oscilou entre os 131.451 pontos e 132.508 pontos. A queda mais expressiva dos juros futuros, intensificada pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ajudou o Ibovespa, assim como a subida de boa parcela das ações de bancos, com destaque para as ON do Bradesco, que subiram 1,16%. Já as ações da Vale amargaram uma queda de 0,17%, em um dia de recuo nos preços do minério de ferro.
Valor Econômico
Mercado vê déficit primário e dívida pública menores em 2025 e 2026, mostra Prisma
Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram sua previsão para o resultado primário do governo em 2025 e 2026, prevendo também uma dívida pública bruta marginalmente menor em ambos os períodos, mostrou na quarta-feira o relatório Prisma Fiscal de março
Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$75,088 bilhões em 2025, antevisão anterior de déficit de R$80,0 bilhões, com uma projeção menor de despesas e ligeira redução também na estimativa de receitas. Para 2026, a expectativa para o resultado primário também melhorou e foi a um déficit de R$79,469 bilhões, ante R$83,301 bilhões previstos no mês passado. Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas agora esperam que ela chegue a 80,73% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, ligeiramente abaixo dos 80,74% projetados em fevereiro. Em 2026, a previsão é de que a dívida chegue a 84,89% do PIB, ante projeção anterior de 84,90%. Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública. O governo anunciou medidas de contenção de gastos no fim do ano passado, mas o pacote não foi bem recebido pelo mercado sob avaliação de que as iniciativas não são suficientes para sanear as contas públicas e devido ao anúncio concomitante de um projeto de reforma do Imposto de Renda. A meta do governo é zerar o déficit primário ao fim deste ano, com alvo de superávit de 0,25% do PIB nas contas de 2026. Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$2,850 trilhões em 2025, contra R$2,849 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, a arrecadação federal é vista em R$3,041 trilhões, contra R$3,027 trilhões projetados em fevereiro. Os economistas consultados no Prisma ainda reduziram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano -- para R$2,380 trilhões, de R$2,383 trilhões anteriormente -- e mantiveram para 2026 -- a R$2,541 trilhões.
Reuters
Fazenda eleva projeções de inflação para 2025 e 2026, mantém crescimento, informa SPE
O Ministério da Fazenda elevou suas projeções para a inflação brasileira em 2025 e 2026, mantendo ainda as previsões para o crescimento do país nos dois períodos, informou a Secretaria de Política Econômica (SPE) na quarta-feira
Segundo boletim divulgado pela SPE, a Fazenda passou a ver o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando este ano com alta de 4,9%, ante avanço de 4,8% na projeção de fevereiro. Para 2026, o ministério prevê que a inflação será de 3,5%, de 3,4% anteriormente. A secretaria afirmou que "pequenas alterações marginais no cenário esperado" influenciaram a mudança na projeção do IPCA neste ano, acrescentando que a expectativa é de desaceleração dos preços dos alimentos, estabilidade no custo de serviços e aceleração nos preços de bens industriais até o fim do ano. Em fevereiro, o IPCA subiu 5,06% no acumulado em 12 meses, no que foi a primeira vez que a taxa ficou acima de 5% desde setembro de 2023 (5,19%). No documento, a SPE ainda indicou que as medidas recentes adotadas pelo governo para conter o avanço dos preços dos alimentos e a manutenção da taxa de câmbio em torno de R$5,80 podem provocar uma melhora nas projeções. O governo anunciou no início do mês que iria zerar a alíquota de importação de uma série de produtos alimentícios, como carne, café, açúcar e milho, como parte de uma série de medidas para reduzir os preços de alimentos. A medida entrou em vigor na sexta-feira. O dólar, por sua vez, tem se desvalorizado de forma acentuada ante o real neste ano, acumulando uma queda em torno de 8%, em movimento que vem na esteira de perdas amplas que a moeda norte-americana tem registrado nos mercados globais. No cenário à frente, a partir de 2027, a expectativa é de que o IPCA fique mais próximo do centro da meta perseguida pelo Banco Central -- 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Sobre o cenário externo, a SPE destacou que as certezas cresceram nos últimos meses, citando os Estados Unidos. "Políticas do governo americano relacionadas à imposição de tarifas de importação, cortes de pessoal e restrições à imigração têm gerado tensões comerciais e geopolíticas, intensificando o quadro de incertezas e a volatilidade nos mercados globais", apontou o relatório. "O aumento do protecionismo tende a pressionar a inflação, porém esse efeito pode ser mitigado pelo impacto negativo da maior incerteza sobre a atividade." Em relação ao crescimento econômico, a Fazenda manteve sua projeção de fevereiro de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 2,3% neste ano, assim como não alterou a previsão de expansão em 2026, a 2,5%. A secretaria apontou que a desaceleração da atividade esperada para este ano, depois do crescimento de 3,4% registrado em 2024, reflete a redução de estímulos dos mercados de crédito e trabalho, o patamar contracionista da política monetária e as incertezas geopolíticas e comerciais no exterior.
Reuters
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