top of page
Buscar

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 819 DE 12 DE MARÇO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 819 | 12 de março de 2025

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Mercado do boi gordo segue com preços estáveis e poucos lotes negociados

Na terça-feira (11/3), os preços da arroba do boi gordo seguiram estáveis na maioria das regiões monitoradas pelas consultorias do setor pecuário. No Paraná, o boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias.

 

“Observa-se ainda uma oferta elevada de fêmeas. Em contrapartida, a disponibilidade de machos terminados, especialmente os jovens aptos à exportação, segue limitada, dificultando as negociações”, relata a Agrifatto. Na conjuntura atual, diz a consultoria, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros não avançam além de oito dias, na média nacional. No varejo doméstico, apurou a Agrifatto, o ritmo de escoamento da carne bovina começa a desacelerar com a aproximação da segunda metade do mês, período marcado pelo menor poder aquisitivo da população. No entanto, ressalta a consultoria, as exportações brasileiras de carne bovina in natura na primeira semana de março/25 surpreenderam, com embarques em torno de 60 mil toneladas, apontando para a possibilidade de um novo recorde mensal (para o mês de março) de 205 mil toneladas. Na terça-feira, a arroba do boi gordo “comum” seguiu valendo R$ 305 em São Paulo, enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 315/@, de acordo com o levantamento da Agrifatto. Nas outras 16 regiões monitoradas pela Agrifatto, a média do boi gordo registrou leve alta nesta terça-feira, fixando-se em R$ 289/@. “Entre as 17 praças acompanhadas, duas apresentaram valorização da arroba (Pará e Tocantins); as demais mantiveram suas cotações inalteradas”, ressalta a Agrifatto. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, no mercado paulista, a cotação para as categorias prontas para abate não mudou. Dessa maneira, diz a Scot, o boi gordo “comum” é negociado por R$ 310/@, a vaca gorda vale R$ 280/@, a novilha gorda é vendida a R$ 298/@ e o “boi-China” está apregoado em R$ 313/@ (preços brutos e com prazo). No mercado futuro, na segunda-feira (11/3), os contratos do boi gordo na B3 registraram alta pelo segundo dia consecutivo, com destaque para os papéis com vencimento em maio/25 e junho/25, que encerraram cotados a R$305,55/@ e R$ 308,19/@, respectivamente – ambos com valorização de 2,29% em relação ao pregão anterior, informa a Agrifatto. Cotações do boi gordo desta terça-feira (11/3), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abates de oito dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha R$280,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$280,00 285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$265,00 a arroba. Vaca a R$250,00. Novilha a R$255,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$255,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de oito dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

SUÍNOS

 

Suínos: quedas generalizadas nos preços do vivo

De acordo com a Scot Consultoria, as vendas durante o final de semana e Carnaval não se mostraram positivas. O período festivo e o calor intenso desfavoreceram o consumo da proteína

 

Conforme o levantamento realizado pela Scot Consultoria, a cotação da carcaça suína especial registrou seguiu estável e cotada em R$ 12,90/kg. O preço médio da arroba do suíno CIF se manteve estável, sendo negociado em R$ 168,00/@. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última segunda-feira (11), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais seguiu com estabilidade e foi precificado em R$ 8,71/kg. No Paraná, o preço do animal registrou queda de 2,33% e está precificado em R$ 8,39/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal teve queda de 1,54% e está precificado em R$ 8,33/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,87/kg e teve baixa de 1,44%. Em Santa Catarina, o valor do suíno apresentou desvalorização de 0,60% e está cotado em R$ 8,33/kg.

Cepea/Esalq

 

Embarques de carne suína crescem 17% em fevereiro

Receita das exportações é 32,6% maior

 

Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 114,4 mil toneladas em fevereiro, número que supera em 17% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 97,8 mil toneladas.  É o melhor resultado já registrado para um mês de fevereiro. Em receita, houve crescimento de 32,6%, com US$ 272,9 milhões em fevereiro deste ano, contra US$ 205,7 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. Considerando o primeiro bimestre, os embarques registraram elevação de 11,6%, com 220,4 mil toneladas neste ano, contra 197,5 mil toneladas embarcadas nos dois primeiros meses de 2024. No mesmo período comparativo, a receita cresceu 26,2%, com US$ 510,9 milhões neste ano, e US$ 404,8 milhões no ano anterior. Filipinas seguem como principais destinos das exportações, com 23 mil toneladas em fevereiro (+72% em relação ao ano anterior).  Em seguida estão China, com 19,4 mil toneladas (-26,2%), Hong Kong, com 13,4 mil toneladas (+49,8%), Japão, com 9 mil toneladas (+61,8%), Chile, com 8,3 mil toneladas (-0,2%), Singapura, com 6,5 mil toneladas (+3,6%), Argentina, com 4,8 mil toneladas (+313,1%), Uruguai, com 3,6 mil toneladas (+13,1%), Costa do Marfim, com 3,1 mil toneladas (+58,4%) e Vietnã, com 3 mil toneladas (+64,8%). Principal exportador de carne suína do Brasil, Santa Catarina embarcou 61,8 mil toneladas em fevereiro (+14,2%), seguida pelo Rio Grande do Sul, com 23,9 mil toneladas (+13,8%), Paraná, com 17,9 mil toneladas (+48,1%), Minas Gerais, com 2,3 mil toneladas (+43,9%) e Mato Grosso, com 2,8 mil toneladas (+21%). 

ABPA

 

FRANGOS

 

Preços do frango seguiram firmes na 3ª feira

Segundo as informações da Scot Consultoria, o mercado se mostrou bastante ativo no retorno do final de semana prolongado do Carnaval

 

A Scot Consultoria reportou que o preço da ave no atacado paulista seguiu estável, sendo negociado em R$ 8,08/kg. Já a cotação da ave na granja seguiu estável e está cotada em R$ 5,50/kg. “O abate durante esses dias foi menor, o que manteve os preços nas granjas firmes, com a ave mantendo os preços estáveis, cotada, em média, em R$5,50 por quilo. Para o curto prazo, o mercado deve se manter firme, com o consumidor capitalizado e os estoques mais enxutos”, reportou. Com base no levantamento realizado na última segunda-feira (10), o preço do frango congelado apresentou desvalorização de 0,36% e está precificado em R$ 8,32 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também teve recuo de 0,36% e está próximo de R$ 8,32 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 4,20/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) informou que o frango também seguiu estável e está sendo negociado em R$ 4,64/kg.

Cepea/Esalq

 

GOVERNO

 

Governo brasileiro tenta ampliar cota de carne para EUA em negociação sobre tarifas

Proposta é elevar volume da proteína bovina vendida aos americanos sem tarifas em troca de possível sobretaxa do etanol

 

A exportação de carne brasileira para os Estados Unidos foi parar na mesa de negociações com o governo Donald Trump, como forma de equilibrar o jogo sobre a ameaça de taxação do etanol que o Brasil vende aos EUA. Conforme informações obtidas pela Folha, o governo brasileiro planeja tentar emplacar um possível aumento da cota da carne que vende aos EUA sem a incidência de tarifas. A ideia seria, com isso, tentar compensar eventuais perdas com a imposição de sobretaxas sobre o etanol brasileiro —uma das ameaças feitas pelo governo Donald Trump. A relação bilateral com o governo Trump diante da ameaça de tarifaço pelo republicano foi discutida em uma conversa realizada na quinta-feira (6) com membros do governo americano e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Na segunda-feira (10), Alckmin falou com empresários especificamente sobre a possibilidade de envolver a carne nas tratativas. Atualmente, o Brasil possui uma cota anual de 65 mil toneladas para exportar carne bovina in natura aos Estados Unidos. Dentro desse volume, não há cobrança de imposto pelos americanos. Acontece que essa cota tem sido rapidamente preenchida. Em janeiro deste ano, por exemplo, ela já tinha sido totalmente utilizada. Acima desse patamar, as exportações brasileiras de carne bovina para os EUA estão sujeitas a uma tarifa de 26,4%. O governo brasileiro quer ampliar essa cota atual para 150 mil toneladas, permitindo que um volume maior de carne bovina brasileira entre no mercado americano sem a aplicação da tarifa. Em 2024, os Estados Unidos importaram aproximadamente 229 mil toneladas desse produto brasileiro, movimentando US$ 1,35 bilhão, segundo dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). A proposta partiu dos produtores e do governo brasileiro, sob a justificativa de que a ampliação da cota favorece o mercado de consumo dos americanos. A questão não é tão simples, porém, uma vez que os produtores de carne dos EUA podem ver uma maior ameaça em seu próprio mercado. A demanda americana por carne bovina está associada à redução do rebanho local, afetado por condições climáticas adversas, como secas prolongadas. Essa diminuição levou os EUA a aumentarem suas importações para suprir a demanda doméstica. No mês passado, Trump ameaçou impor tarifas adicionais sobre o etanol brasileiro. A Casa Branca se queixou de que os EUA aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o etanol importado do Brasil, enquanto o país impõe uma taxa de 18% sobre o álcool combustível americano.

Folha de São Paulo

 

INTERNACIONAL

 

USDA prevê alta de 1,3% nas importações de carne bovina pela China em 2025

O desempenho reflete a necessidade de manter o abastecimento devido à queda na produção doméstica

 

As importações de carne bovina pela China devem crescer 1,3% em 2025, mostra o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim. O volume deve ser de 3,825 milhões de toneladas em equivalente carcaça, superior aos 3,775 milhões de toneladas estimadas para 2024. O desempenho reflete a necessidade do país de manter o abastecimento diante de uma leve queda na produção doméstica. A produção de carne bovina na China deve recuar para 7,74 milhões de toneladas em 2025, ante 7,78 milhões de toneladas projetadas para 2024. O número de abates também deve diminuir, de 52,49 milhões de cabeças para 50,65 milhões, devido à redução no rebanho de animais prontos para o abate. Mesmo com a leve alta nas importações, o consumo interno de carne bovina deve cair marginalmente, passando de 11,587 milhões de toneladas em 2024 para 11,547 milhões em 2025. A China deverá reduzir ligeiramente suas importações de carne suína em 2025, passando de 1,307 milhão de toneladas em 2024 para 1,3 milhão de toneladas, uma queda de 0,54%, segundo estimativa é do escritório do USDA em Pequim. Essa diminuição se deve à fraca demanda do consumidor, resultante da desaceleração econômica. “Além disso, fontes da indústria informam que a carne suína importada não está se movimentando tão rapidamente no mercado quanto anteriormente, e os comerciantes parecem ter estoques adequados”, disse o USDA em relatório. O USDA também prevê estabilidade nas compras externas de matrizes suínas, com 4 mil animais por ano. “O consenso é de que o plantel suíno da China se recuperou após a forte redução causada pela peste suína africana (PSA), e que os membros da indústria suína verticalmente integrada melhoraram o gerenciamento dos plantéis. Além disso, os números de matrizes estão sendo atendidos principalmente por raças nacionais, complementados por importações modestas”, explicou o USDA. Em 2025, a produção chinesa de suínos deverá atingir 705 milhões de cabeças, praticamente estável em relação aos 704,97 milhões de cabeças de 2024. Segundo o USDA, o crescimento marginal será impulsionado “por um estoque de matrizes que começou a crescer no segundo semestre de 2024”. A produção de carne suína está prevista para 57 milhões de toneladas, uma redução de 0,11% em relação aos 57,06 milhões de toneladas de 2024. “A produção de carne suína diminuirá em 2025 devido à expectativa de menos suínos para abate e à fraca demanda por carne suína”, afirmou o relatório. Além disso, o USDA estima que a produção no segundo semestre de 2025 será maior do que no primeiro semestre, pois as empresas devem reagir aos sinais de preços no fim de 2024 e no início de 2025, começando a aumentar a produção.

Estadão Conteúdo

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Plantio do milho no Paraná está atrasado pela falta de chuvas e lavouras já sentem impactos da estiagem, diz Deral

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná para a segunda safra, 82% das lavouras estimadas já foram semeadas no estado, se dividindo entre 15% ainda em germinação, 81% na fase de desenvolvimento vegetativo e 4% já em floração

 

 Os técnicos do Deral classificaram ainda 92% dessa área como em boas condições e 8% como médias. Os técnicos do Deral indicam ainda que, o plantio da segunda safra está mais lento do que o planejado e ainda não terminou devido à falta de chuvas. "Esse calor e a seca estão prejudicando algumas lavouras de milho. Já existe uma certa preocupação com a baixa umidade no solo, o que pode ocasionar estandes irregulares e até mesmo replantio. Há pedidos de Proagro e já se fala em perdas significativas em alguns municípios”, destaca o Deral. “As previsões indicam chuva e queda de temperatura para esta semana, e, se isso se concretizar, trará alívio e ajudará a estancar as perdas. No entanto, a recuperação de muitas lavouras será difícil. Até o momento, não houve relatos de perdas significativas no milho devido à infestação da cigarrinha-do-milho, mesmo com a alta incidência desta praga”, acrescenta a publicação.

SEAB-PR/DERAL

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar acompanha exterior e cai ante real em sessão de ajustes

O dólar fechou a terça-feira em baixa ante o real acompanhando o recuo da moeda norte-americana no exterior, passado o movimento de busca por segurança visto na véspera, com investidores no Brasil ajustando posições após o avanço da sessão anterior de mais de 1%

 

A moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,74%, aos R$5,8113. Em março, a divisa acumula queda de 1,78%. Às 17h12 na B3 o dólar para abril -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,80%, aos R$5,8345. Na segunda-feira o dólar havia superado os R$5,85 na esteira de um movimento global de busca por ativos mais seguros, após o presidente dos EUA, Donald Trump, evitar no domingo prever se os EUA podem passar por recessão devido ao impacto das tarifas de importação sobre Canadá, México e China. Já a terça-feira foi marcada por ajustes de posições após o forte avanço do dólar na véspera. O diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, chamou atenção para o fato de o dólar também estar em queda ante boa parte das divisas fortes e ante a maioria das demais moedas no exterior. “Já vimos essa novela de guerra comercial EUA-China entre 2018 e 2019, e tivemos por muito tempo o mercado projetando um arrefecimento do comércio global e um impacto recessivo. Isso vai permear os pregões por muito tempo ainda, pode apostar”, acrescentou. No exterior, às 17h11 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,44%, a 103,400.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda com Petrobras, mas Vale reduz perda

O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, tendo como pano de fundo uma sessão volátil em Wall Street, com Petrobras entre as maiores pressões negativas, enquanto Vale ofereceu um contrapeso positivo

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,73%, a 123.610,78 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 124.625,49 pontos na máxima e 122.635,62 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava R$17,4 bilhões antes dos ajustes finais.

Reuters

 

Produção industrial fica estável em janeiro e interrompe três meses de quedas consecutivas

Resultado ficou abaixo da mediana das previsões de analistas, que apontava aumento de 0,4%; no acumulado em 12 meses, produção subiu 2,9%

 

A indústria brasileira ficou estagnada em janeiro de 2025 em relação a dezembro de 2024, após ter acumulado uma perda de 1,2% nos três meses anteriores, entre outubro e dezembro. A produção completou assim uma sequência de quatro meses sem expansão, o que não ocorria desde 2015. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados na terça-feira, 11, pelo IBGE.  A produção industrial deve perder força ao longo deste ano, afetada, principalmente, pela taxa básica de juros mais elevada, a Selic, antevê a economista Claudia Moreno, do C6 Bank. “O segmento de bens de capital, especificamente, deve ser um dos mais impactados, já que os empresários tendem a diminuir os investimentos nas fábricas quando os juros estão elevados”, disse Moreno, em comentário que estima uma retração de 1,1% na indústria em 2025, depois do avanço 3,1% em 2024. “Os dados divulgados hoje reforçam nossa visão de que a economia brasileira perdeu fôlego nos últimos meses, mas não sinalizam uma virada brusca da atividade. Nossa projeção inicial é de que o PIB do primeiro trimestre venha momentaneamente mais forte, com expansão de 1,9% ante o último trimestre de 2024. Para os próximos meses, esperamos uma desaceleração gradual da atividade, com o PIB crescendo 2% em 2025 e 1% em 2026”, ponderou. A perda de ritmo mostrada pelo setor industrial desde os últimos meses de 2024 tem relação importante com a política monetária restritiva, afirmou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE. A produção industrial ficou estagnada (0,0%) em janeiro ante dezembro, após já ter recuado nos três meses anteriores: outubro (-0,2%), novembro (-0,7%) e dezembro (-0,3%). Segundo o pesquisador, a atual desaceleração da indústria passa pelo menor consumo das famílias brasileiras, que ocorre tanto por um crédito mais caro quanto por uma redução de estímulos fiscais e por preços mais elevados. “Tem alguma coisa de inflação. A inflação de alimentos também diminuiu a renda das famílias”, disse ele. “O câmbio encarecendo o custo de produção é algo importante que está dentro também desse contexto de uma redução de ritmo da produção, que fica muito marcado no fim de 2024”, acrescentou, lembrando que tais aspectos negativos seguem presentes na economia neste início de 2025. Em janeiro deste ano, o desempenho da produção (0,0%) ficou aquém das expectativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que esperavam uma alta mediana de 0,4%. “Mesmo com esse comportamento de estabilidade, repetindo o patamar de dezembro do ano passado, há uma leitura positiva nos dados deste mês (de janeiro de 2025), especialmente no que se refere ao predomínio de taxas positivas, quando a gente observa tanto por categorias econômicas quanto por atividades”, frisou Macedo. “Outro fator positivo é que há uma interrupção da trajetória de queda que o setor industrial vinha mostrando.” Na passagem de dezembro de 2024 para janeiro de 2025, houve expansão na produção de três das quatro grandes categorias econômicas e avanços em 18 dos 25 ramos industriais pesquisados. Os destaques ficaram com os segmentos de máquinas e equipamentos (6,9%) e veículos automotores (3,0%), após perdas registradas ao final de 2024 em função de férias coletivas. Em janeiro, houve ajuda da retomada da produção em plantas paralisadas. Por outro lado, entre as seis atividades com redução na produção, o principal impacto negativo foi das indústrias extrativas (-2,4%), com perdas nos dois principais componentes, petróleo e minérios de ferro. Segundo Macedo, o setor vinha de crescimento nos dois últimos meses de 2024, e, no ramo de óleo e gás, houve algumas paralisações em plataformas em janeiro. No agregado da indústria de transformação, a produção registrou uma expansão de 1,0% em janeiro ante dezembro. “A indústria de transformação vem com crescimento importante neste mês”, avaliou André Macedo, do IBGE. “A transformação interrompe dois meses seguidos no campo negativo, novembro e dezembro, as duas quedas de -1,1%, totalizando uma perda de 2,2% no período. O resultado deste mês, embora tenha uma magnitude importante, ele não repõe a perda dos dois últimos meses de 2024, mas tem uma sinalização positiva pelo fato de interromper esse quadro de queda mais intensa que a indústria de transformação mostrou no final do ano passado”, acrescentou Macedo.

O Estado de São Paulo

 

Corrente de comércio chega a US$ 105,5 bi, de janeiro até a 1ª semana de março

A Balança Comercial brasileira registrou, na 1ª semana de março de 2025, um superávit de US$ 3,156 bilhões e uma corrente de comércio de US$ 10,9 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7,035 bilhões e importações de US$ 3,878 bilhões.

 

No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 55,3 bilhões e as importações, US$ 50,2 bilhões, resultando em um saldo positivo de US$ 5,091 bilhões e uma corrente de comércio de US$ 105,5 bilhões. Esses e outros números foram divulgados nessa segunda-feira (10/03) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). Nas exportações, comparadas as médias até a 1ª semana de março de 2025 (US$ 2,3 bi) com as de março de 2024 (US$ 1,3 bi), houve crescimento de 69,6%. Em relação às importações, houve crescimento de 26,2%, comparando-se as médias até a 1ª semana de março de 2025 (US$ 1,2 bi) com as de março de 2024 (US$ 1 bi). Assim, até a 1ª semana de março de 2025, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 3,6 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 1,05 bi. Comparando-se este período com a média de março de 2024, houve crescimento de 51,1% na corrente de comércio.  Na 1ª semana de março de 2025, comparando-se com março do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: Produtos da Indústria de Transformação: crescimento de US$ 556,04 milhões (+79,9%). Agropecuária: crescimento de US$ 305,36 milhões (+86,1%). Indústria Extrativa: crescimento de US$ 95,04 milhões (+29,4%). Entre os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações, destacam-se: soja (+49,7%), café não torrado (+273,7%) e milho não moído (+598,7%). No acumulado das importações até a 1ª semana de março de 2025, o desempenho dos setores pela média diária foi: Produtos da Indústria de Transformação: crescimento de US$ 250,21 milhões (+27,1%). Agropecuária: crescimento de US$ 17,61 milhões (+75,1%). Indústria Extrativa: crescimento de US$ 1,57 milhões (+2,2%). Os produtos que mais contribuíram para o crescimento das importações foram cacau em bruto (+3.187,4%), motores e máquinas não elétricos (+82,9%) e equipamentos de telecomunicações (+72,9%).

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

 

POWERED BY

EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA

041 3289 7122

041 99697 8868

 

 
 
 

コメント


bottom of page