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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 816 DE 07 DE MARÇO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 816 | 07 de março de 2025

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Boi gordo recua influenciado pela suspensão chinesa, demanda interna ruim e maior oferta de fêmeas

Cotação do boi “comum” está cada vez mais perto dos R$ 300/@ no mercado paulista, um reflexo do movimento contínuo e duradouro de viés negativo. No Paraná, o boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias.

 

Bastante pressionado nas últimas semanas, o mercado brasileiro do boi gordo recebeu outra importante notícia que compromete ainda mais a sustentação da arroba, reforçando o viés de baixa nas principais praças brasileiras. Trata-se da decisão da China em bloquear, temporariamente, os embarques de carne bovina de três plantas brasileiras. Na quinta-feira (6/3) de ressaca de Carnaval, os preços do boi gordo recuaram em importantes regiões do País, a começar pelas praças de São Paulo, uma das principais referências de preços para a pecuária de corte brasileiras. Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, todas as categorias de abate registraram baixa diária de R$ 2/@ nesta quinta-feira, fechando o dia valendo R$ 310/@ (boi sem padrão-exportação), R$ 280/@ (vaca gorda), R$ 298/@ (novilha gorda) e R$ 313/@ (boi-China) – preços brutos, no prazo. Em São Paulo, as escalas de abate estão atendendo, em média, sete dias, informa a Scot. A Agrifatto, que também acompanha de perto o mercado pecuário, diz que um conjunto de fatores contribui para o movimento de queda nas cotações de boiadas gordas. “Fatores como a diminuição de chuvas, o sol escaldante em grande parte do território brasileiro, somados à redução da atividade comercial durante o Carnaval e à suspensão temporária de três unidades frigoríficas exportadoras pela China, exerceram uma pressão considerável sobre os preços da arroba do boi na Quarta-Feira de Cinzas (e na quinta-feira)”, relatou a Agrifatto. Na quarta, continua a consultoria, houve desvalorização em 7 das 17 regiões produtoras monitoradas: BA, ES, MT, PA, RJ, SC e TO. As outras 10 mantiveram suas cotações estáveis: SP, AC, AL, GO, MA, MG, MS, PR, RO e RS. Na quinta-feira, informa a Agrifatto, o boi paulista “comum” recuou para R$ 305/@, e nas demais 16 regiões a média caiu para R$ 288,45/@. “Entre as 17 praças, 6 apresentaram desvalorização: SP, AC, GO, MG, RO e SC. As 11 demais mantiveram suas cotações inalteradas”, ressalta. Cotações do boi gordo da quinta-feira (6/3), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha R$280,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$290,00. Média de R$295,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$265,00 a arroba. Vaca a R$250,00. Novilha a R$255,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$255,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de sete dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

SUÍNOS

 

Preço da carcaça suína cai 4,38% em São Paulo nesta quinta-feira (6)

Quinta-feira (6) terminou com quedas abruptas para o mercado de suínos como um todo, desde o animal vivo, abatido ou no mercado independente. Os indicadores do suíno vivo do Cepea/Esalq registraram baixas substanciais.

 

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo caiu 2,82%, com preço médio de R$ 172,00, enquanto a carcaça especial cedeu 4,38%, fechando em R$ 13,10/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (5), houve queda de 3,07% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,84/kg, baixa de 2,24% no Paraná, chegando a R$ 8,73/kg, retração de 1,27% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 8,52/kg, recuo de 2,52% em Santa Catarina, atingindo R$ 8,51/kg, e de 1,97% em São Paulo, fechando em R$ 8,98/kg. As principais bolsas de suínos realizadas nesta quinta-feira (6) registraram quedas nos preços, refletindo um cenário pós-Carnaval mais lento nos abates e no escoamento da carne

Cepea/Esalq

 

Suinocultura independente: pós-Carnaval de quedas nos preços do animal vivo

As principais bolsas de suínos realizadas nesta quinta-feira (6) registraram quedas nos preços, refletindo um cenário pós-Carnaval mais lento nos abates e no escoamento da carne

 

Em São Paulo, o preço cedeu, passando de R$ 9,40/kg vivo para R$ 9,07/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.400 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço caiu, saindo de R$ 8,90/kg vivo para R$ 8,70/kg vivo, com acordo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal retrocedeu, passando de R$ 8,88/kg vivo para R$ 8,44/kg vivo.

APCS/ Asemg/ ACCS)

 

FRANGOS

 

Frango: estabilidade predomina

Em meio a cotações predominantemente estáveis para o mercado do frango na quinta-feira (6), a cotação da ave no atacado paulista registrou elevação de 2,56%

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 2,56%, custando, em média, R$ 8,00/kg. No caso do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,63/kg, assim como em Santa Catarina, com preço de R$ 4,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (5), tanto o preço da ave congelada quanto do frango resfriado ficou estável, valendo, respectivamente, R$ 8,32/kg e R$ 8,31/kg.

Cepea/Esalq

 

INTERNACIONAL

 

Austrália: Exportações de carne bovina em fevereiro atingem ritmo acelerado, acima de 117.000 toneladas 

As exportações australianas de carne bovina começaram 2025 em um ritmo impressionante, com os embarques de janeiro e fevereiro sendo excepcionalmente altos

 

Na verdade, o volume acumulado de exportações no ano calendário já atingiu um recorde de mais de 198.000 toneladas. Nem mesmo nos anos de liquidação acelerada de rebanho, como 2019-20 e 2014-15, esse volume foi alcançado no mesmo período, pois as exportações não ultrapassaram 173.000 toneladas em janeiro e fevereiro daqueles anos. No mês de fevereiro recém-concluído, os volumes de exportação de carne bovina atingiram 117.502 toneladas, um aumento de 44% em relação a janeiro – que, tradicionalmente, é o mês mais fraco para exportações australianas. O volume de fevereiro foi 24.000 toneladas ou 25% maior do que no mesmo mês do ano passado, tornando-se um dos maiores embarques de fevereiro já registrados. O impacto climático foi limitado, o que ajudou a manter os embarques regulares, especialmente em Queensland – o maior estado produtor e processador de carne bovina da Austrália –, onde normalmente as condições climáticas podem causar interrupções nessa época do ano. Uma das características marcantes da temporada de abate australiana em 2025 tem sido a rapidez com que a produção aumentou. Historicamente, há um período de transição nos primeiros três ou quatro meses do ano antes que os níveis de produção atinjam o pico. No entanto, os dados do NLRS (National Livestock Reporting Service) mostram que o abate em fevereiro já está próximo da capacidade máxima, com cerca de 145.000 cabeças por semana. Esse aumento inevitavelmente elevou o volume de produtos disponíveis para exportação no mês passado. No entanto, as exportações de carne bovina em março podem ser impactadas pelo fechamento do Porto de Brisbane, ocorrido no último domingo devido à chegada do Ciclone Alfred na costa sul de Queensland. Dependendo da reabertura do porto (prevista para domingo ou segunda-feira), até uma semana de operações de carregamento pode ser perdida. Os desafios relacionados à mão de obra continuam sendo um dos principais gargalos para a produção e exportação de carne bovina na Austrália neste ano. Alguns processadores afirmam que a questão já ultrapassou a dificuldade de contratar funcionários e se tornou um desafio de acomodação, especialmente em comunidades regionais menores onde muitas unidades de processamento estão localizadas. Dado que a lucratividade está alta para diversas categorias de gado, a maioria dos frigoríficos aceitaria um volume maior de animais para abate – especialmente vacas – se tivesse mão de obra suficiente. Espera-se que o relatório de Projeções da Indústria de 2025 da MLA, que será publicado na próxima semana, traga mais detalhes sobre os desafios trabalhistas e seu impacto na produção de carne bovina neste ano. A maioria dos grandes clientes de exportação aumentou suas compras de carne bovina australiana em fevereiro, à medida que a Austrália começa a substituir parte do produto de origem norte-americana em mercados como Japão, Coreia do Sul e China. A queda no abate de vacas nos Estados Unidos é agora um fator-chave para a demanda de carne bovina magra australiana usada na fabricação de hambúrgueres nos EUA. Em fevereiro, os embarques para portos da Costa Leste e Oeste dos EUA atingiram 35.102 toneladas, das quais mais de 20.000 toneladas eram de carne congelada. O crescimento do comércio com os EUA já vinha ocorrendo desde o segundo semestre de 2023, com os embarques em dezembro alcançando 42.158 toneladas – o segundo maior volume mensal do ano, atrás apenas de outubro, quando foram enviadas 45.338 toneladas, o maior volume mensal desde 2014. A lacuna deixada pela carne bovina dos EUA no mercado de hambúrgueres está se refletindo nos preços das vacas para abate na Austrália, que atualmente variam entre 580 c/kg (carcaça) em Queensland e até 620 c/kg em algumas partes do sul da Austrália. A substituição do produto norte-americano também foi evidente em outros países que compram carne da Austrália e dos EUA. O impacto das tarifas comerciais recentes impostas pelos EUA sobre grandes parceiros comerciais de carne bovina e gado ainda está se desenrolando, e será monitorado nos próximos relatórios mensais de exportação. Além dos EUA, a China subiu da quarta para a segunda posição entre os principais clientes da Austrália em fevereiro, importando 21.373 toneladas de carne bovina australiana. Esse volume foi 6.500 toneladas (43%) maior que em janeiro e 36% superior ao de fevereiro do ano passado. O Japão ficou logo atrás, comprando 20.115 toneladas no mês passado – um aumento de 27% em relação a janeiro, embora ainda 15% abaixo do volume registrado no mesmo mês de 2024. As exportações para a Coreia do Sul também subiram, chegando a 17.778 toneladas, um crescimento de 60% em relação a janeiro e 28% maior do que no mesmo período do ano passado.

Beef Central

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Pecuária Moderna passa a ter comitê-gestor para turbinar setor no Paraná

Retomada do programa tem ações coordenadas, envolvendo Sistema FAEP, Seab, IDR-Paraná, Ocepar e Adapar. Novas atividades incluem reativação de comitês regionais

 

Uma série de ações previstas ainda para o primeiro semestre deste ano vai dar um novo fôlego ao programa Pecuária Moderna. A iniciativa, que busca melhorar a produtividade e competitividade da bovinocultura de corte paranaense, passará por um processo de reestruturação, com a reativação de comitês regionais, por meio dos quais será possível desenvolver estratégias focadas em demandas locais. Além disso, o programa também deve apostar na difusão de informações técnicas por meio digitais, como vídeos explicativos. A retomada do programa é uma iniciativa conjunta do Sistema FAEP, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e do Sistema Ocepar. No final de janeiro, as entidades promoveram uma primeira reunião, com vistas a instituir um calendário para revitalizar o Pecuária Moderna. “O Pecuária Moderna tinha interrompido suas ações durante a pandemia. Depois, quando houve um retorno, as ações passaram a ser pontuais e isoladas”, explica Fábio Mezzadri, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP. “Agora, vamos revitalizar a iniciativa, fazendo com que as ações sejam mais estruturadas e assertivas”, adianta. A partir de agora, o Pecuária Moderna conta com um comitê-gestor, formado por representantes das cinco entidades. Um diagnóstico prévio apontou que 36 mil propriedades rurais do Paraná se dedicam à pecuária de corte, sendo que um terço está na região Noroeste do Estado. A primeira ação é iniciar um processo de identificação e cadastramento de produtores interessados em aderir à iniciativa, com comprometimento em evoluir dentro de um sistema pecuário moderno e eficiente. Em uma segunda reunião, em fevereiro, as entidades se focaram na reativação de comitês regionais do programa. Até a pandemia, o Pecuária Moderna chegou a contar com 12 desses grupos, que acabaram se desarticulando no período de isolamento social. Ainda em fevereiro, começou a reestruturação de cinco comitês regionais: Santo Antônio da Platina (Norte Pioneiro), Guarapuava (Centro-Sul), Campo Mourão, Maringá e Umuarama (Noroeste). A ideia é que esses colegiados estruturem estratégias específicas, de acordo com as demandas locais. Por exemplo, a região de Santo Antônio da Platina tem um problema histórico de pastagens degradadas. O programa pode desenvolver iniciativas específicas para isso, com prioridade para produtores que está estejam cadastrados no Pecuária Moderna. Além disso, os comitês regionais passam a dispor da estrutura dos sindicatos rurais, para realizar reuniões e/ou apoiar outras iniciativas. Todas as ações serão coordenadas pelo comitê-gestor. “Não vamos ter uma ‘receita de bolo’, uma solução única, mas trabalhar de forma prática, de acordo com as demandas de cara região. Os sindicatos serão fundamentais no apoio”, ressalta Mezzadri. Outro eixo previsto é a utilização de ferramentas digitais para a disseminação de informações qualificadas. Em conjunto, o Sistema FAEP e o IDR-Paraná devem preparar vídeos com conteúdo técnico, com o objetivo de auxiliar os produtores de forma prática. O material será encaminhado para os pecuaristas inscritos no programa e publicados em sites e redes sociais das entidades que participam do programa. “A ideia é que sejam vídeos curtos, gravados por especialistas, e que abordem problemas específicos”, informa Mezzadri.

FAEP

 

EMPRESAS

 

Couro bovino da JBS no Brasil será certificado com IA

Acordo foi firmado com a empresa Mindhive Global, da Nova Zelândia. Tecnologia consegue processar, a cada hora, até 360 peles por linha de produção, com uma taxa de precisão superior a 91% 

 

A empresa Mindhive Global, da Nova Zelândia, especializada em tecnologia de classificação de couro com inteligência artificial (IA), firmou um acordo com a JBS Couros para classificar a qualidade da produção das 21 unidades no Brasil. A tecnologia neozelandesa capaz de ‘dar o selo’ de qualidade ao couro bovino da JBS consegue processar, a cada hora, até 360 peles por linha de produção, com uma taxa de precisão superior a 91%, conforme antecipou a Mindhive ao Valor. O sistema de IA inspeciona e classifica as peles em apenas quatro segundos, podendo mapear defeitos que são listados em 25 categorias de forma automática, explica a Mindhive. A implementação da Mindhive no Brasil está prevista para ser concluída entre junho e julho, com a instalação de duas novas máquinas por mês até que um total de 10 equipamentos de classificação e três de seleção de couro estejam em funcionamento nas unidades da JBS. Por enquanto, o valor do acordo entre as multinacionais não foi divulgado. A inspeção dos couros conta com trabalho manual nas unidades de processamento. Por ano, são mais de 7 milhões de peles processadas pela JBS Couros. No comunicado enviado à reportagem, o presidente da divisão de couro da JBS, Guilherme Motta, descreve que "a implementação da IA permitirá estabelecer novos padrões para a classificação de couro" para atender critérios rigorosos de clientes e assegurar a segurança dos lotes. Entre os objetivos da parceria, está a melhora da classificação do couro wet-blue da JBS. O produto, que é curtido em cromo, é comercializado pela empresa às indústrias automotiva, moveleira e calçadista. A Mindhive afirmou também que, com painéis de controle centralizados, a JBS Couros poderá comparar o desempenho entre suas unidades, mapeando como vai a produtividade em cada uma delas. James Bayly, CEO da Mindhive Global, disse que o acordo é “um marco” na ampliação de negócios no Brasil. “Ao colaborar com a JBS Couros, demonstramos a escalabilidade global e a confiabilidade do nosso sistema baseado em inteligência artificial. Hoje, a JBS Couros é a maior processadora de couro do mundo.

Valor Econômico

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar fecha quase estável em dia de pressão técnica e queda no exterior

Após registrar na véspera o maior recuo diário no governo Lula, o dólar fechou a quinta-feira próximo da estabilidade ante o real, influenciado por um lado pelo recuo da moeda norte-americana no exterior e por outro por ajustes técnicos depois que as cotações desabaram na quarta-feira

 

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,07%, aos R$5,7598, após ter cedido 2,72% na véspera, aos R$5,7558. No ano a moeda norte-americana acumula perdas de 6,78%. Às 17h04 na B3 o dólar para abril -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,29%, aos R$5,7865. Pela manhã o dólar ensaiou um novo dia de perdas ante o real, acompanhando o sinal negativo para a divisa dos EUA no exterior. Por trás do movimento estiveram o corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) -- que deu força ao euro -- e os receios de que a guerra tarifária dos EUA com outros países possa ser prejudicial para a economia norte-americana. Durante a tarde, porém, a divisa recuperou força no Brasil, com certa recomposição de preços após o recuo da véspera. No restante do dia a divisa se manteve próxima da estabilidade, sem gatilhos que pudessem mexer com as cotações. Como em sessões anteriores, investidores se mantiveram atentos aos desdobramentos da guerra tarifária entre EUA e alguns de seus principais parceiros comerciais, e novamente o presidente norte-americano, Donald Trump, aliviou taxações anteriormente anunciadas -- desta vez, no caso do México. Após ligação com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, Trump informou que o México não será obrigado a pagar tarifas sobre qualquer mercadoria que se enquadre no acordo comercial Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) até 2 de abril, data em que estão previstas tarifas recíprocas para todos os países. Na véspera, Trump já havia concordado em adiar por um mês as tarifas de 25% sobre México e Canadá para veículos que estivessem em conformidade com as regras de origem do Acordo EUA-México-Canadá (USMCA) de 2020. Neste cenário de relativo alívio na guerra tarifária, “o real entra em modo de ‘espera’ para a divulgação do relatório de empregos amanhã -- payroll --, que poderá ser mais um acontecimento na semana turbulenta para definir o direcional dos mercados”, disse no fim da tarde Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário enviado a clientes. Bastante aguardado pelos investidores, o payroll trará na manhã de sexta-feira dados sobre o mercado de trabalho norte-americano, que poderão dar pistas sobre o futuro dos juros nos EUA.

Reuters

 

Ibovespa fecha em alta com suporte de Vale, mas Petrobras reduz ganho

O Ibovespa fechou com uma alta modesta na quinta-feira, assegurada pelo avanço de mais de 1% das ações da Vale, enquanto os papéis preferenciais da Petrobras atuaram como contrapeso, confirmando seu quarto pregão seguido de queda na bolsa paulista

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,25%, a 123.357,55 pontos, tendo marcado 124.111,92 pontos na máxima e 122.680,93 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$21,7 bilhões. Em Nova York, o sinal negativo prevaleceu no penúltimo pregão da semana, com o S&P 500 caindo 1,78%, em meio a receios com a demanda por infraestrutura de inteligência artificial, enquanto a nova política comercial dos Estados Unidos continua no radar de investidores. O presidente Donald Trump decidiu nesta quinta-feira isentar por um mês produtos do Canadá e do México que se enquadrem em um pacto comercial da América do Norte das tarifas de 25% que ele havia imposto nesta semana.

Reuters 

 

Alckmin anuncia medidas para baixar preço de alimentos; tarifas de importação para carne, café, açúcar, milho e azeite serão zeradas

Vice-presidente afirmou que as medidas vão entrar em vigor 'em poucos dias'. Governo passou o dia de ontem em reuniões para tentar alternativas para a inflação dos alimentos, um dos principais problemas para a gestão Lula.

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou na quinta-feira (6) medidas para tentar baratear o preço de alimentos. Entre as medidas estão zerar a tarifa de importação para alguns alimentos, como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva. Alckmin afirmou que as medidas vão entrar em vigor "em poucos dias". Segundo o vice-presidente, "o governo está abrindo mão de imposto em favor da redução de preço". As medidas foram anunciadas após reunião do presidente com ministros e empresários do setor de alimentos e abastecimento no Palácio do Planalto. A inflação dos alimentos é uma das principais preocupações do governo Lula no momento, porque tem um grande impacto em como a população enxerga a gestão. Segundo especialistas, esse é um dos fatores que contribuem para a crise de popularidade que o presidente enfrenta atualmente. Veja como ficam as tarifas de importação anunciadas por Alckmin: Carne. Tarifa de importação atual: 10,8%. Nova tarifa: 0%. Café. Tarifa de importação atual: 9%. Nova tarifa: 0%. Açúcar. Tarifa de importação atual: 14%. Nova tarifa: 0%. Milho. Tarifa de importação atual: 7,2%. Nova tarifa: 0%. Impacto nos produtores nacionais. Alckmin foi questionado sobre o impacto das medidas nos produtores nacionais, que vão ter que lidar com um produto mais barato vindo de fora. "Nós entendemos que não [vai prejudicar o produtor brasileiro]. Você tem períodos de preços mais altos, mais baixos. Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando", disse Alckmin. "Não vai prejudicar o produtor, mas vai beneficiar os consumidores", completou. Outras medidas anunciadas pelo governo foram:  Aceleração do SISBI-POA. O governo pretende ampliar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que permite que produtos como leite, mel, ovos e carnes inspecionados em municípios e estados possam ser vendidos em todo o país.  A meta é passar de 1.550 registros para 3.000 no sistema, o que pode trazer mais competitividade e redução de custos no setor de proteína animal.  Fortalecimento dos estoques reguladores da Conab. O governo quer reforçar os estoques públicos de alimentos básicos para ajudar a segurar a alta de preços em momentos críticos, garantindo oferta e estabilidade. Os financiamentos do Plano Safra devem priorizar a produção de itens que compõem a cesta básica, com mais estímulo para produtores rurais que abastecem o mercado interno. As medidas foram anunciadas após um dia de reuniões do governo para discutir o preço dos alimentos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, adiantou pela manhã que Lula pretendia anunciar, ainda na quinta, medidas governamentais para enfrentar a inflação. Mais cedo, Alckmin e ministros do governo tiveram uma reunião sobre o tema, para debater as possíveis propostas. O presidente Lula participou de uma reunião à tarde com ministros e empresários.

O Globo/G1

 

Alíquota zero para importar carne, café, açúcar e massas vai baixar o preço? Economistas respondem

Avaliação é de que zerar a alíquota de importação sobre carne, café e açúcar teria pouco efeito porque o Brasil é o maior produtor desses itens e formar estoques reguladores neste momento elevaria ainda mais preços. Medidas anunciadas pelo governo nesta quinta-feira, 6, tentam frear o avanço da inflação de alimentos

 

Economistas ouvidos pelo Estadão consideram as medidas anunciadas pelo governo na quinta-feira, 6, ineficazes e poucos relevantes para conter a inflação de alimentos no curto prazo. José Carlos Hausknecht, economista da MB Agro, diz que, em uma avaliação preliminar, as medidas não terão efeito significativo sobre a oferta de alimentos nos próximos meses. "Algumas não vão ter impacto nem no longo prazo", ressalta. Como exemplo, ele cita a zeragem da alíquota de importação da carne, do café, e do açúcar. O Brasil, observa, é o maior produtor mundial desses itens. Portanto, é muito difícil ter um volume significativo disponível para importar desses produtos no mercado, mesmo com a alíquota de importação zerada. Em relação ao óleo de girassol, cuja alíquota de importação também será zerada, ele avalia que, além de ser um produto muito caro, é pouco consumido no País. "Só a zeragem da alíquota de importação sobre as massas alimentícias teria algum efeito", avalia. Também o óleo de palma, que terá uma cota de importação de 150 mil toneladas, Hausknecht diz que os preços do produto estão em alta hoje no mercado externo e, mesmo com a redução da tributação, não haveria um alívio no preço. "As medidas são pouco relevantes", afirma o economista Silvio Campos Neto, sócio da consultoria Tendências. Ele ressalta que a questão inflacionária da comida está ligada a fatores estruturais de oferta e demanda, cuja solução está ligada aumento da área de plantio e da produção que ocorrem o longo prazo. Além disso, lembra que fatores climáticos e do próprio ciclo de produção, no caso da carne, afetam as safras. Uma das medidas proposta pelo governo, o fortalecimento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi avaliada por Hausknecht como ineficaz neste momento. Para formar estoques reguladores, o governo tem de entrar comprando produtos, o que eleva os preços de mercado. Num contexto de cotações em alta, isso impulsionaria a inflação. "É mais fácil falar do que fazer", diz ele. Já em relação ao estímulo na produção de itens da cesta básica no Plano Safra, o economista da MB Agro ressalta que os dois itens principais da cesta básica, o arroz e o feijão, estão com preços em queda no momento. Portanto, a medida seria ineficaz e tem o foco voltado para a próxima safra. "O Plano Safra é para o que será plantado ainda." Também para Hausknecht, nada, à primeira vista, terá efeito significativo sobre a inflação. Campos Neto, da Tendências, acredita que esse pacote de medidas reflete muito mais as pressões que o governo vem sofrendo pela queda de sua popularidade que está sendo corroída pela alta da inflação da comida, que afeta sobretudo a população de menor renda. O economista-chefe da Leme Consultores, José Ronaldo Souza Júnior, prevê impacto modesto das medidas anunciadas pelo governo. Para ele, a solução mais efetiva contra a inflação de alimentos continua sendo o ajuste fiscal, já que, ao controlar os gastos, o governo estimula menos o consumo. Ao mesmo tempo, diz, contribui para melhorar a percepção do mercado sobre os rumos das contas públicas, levando assim a uma apreciação cambial. "O que teria mais impacto para reduzir a inflação de alimentos seria a adoção de medidas efetivas de controle dos gastos públicos, que conteria o crescimento da demanda e ajudaria a valorizar o real", comenta o economista, que dirigiu por mais de cinco anos o departamento responsável por estudos e políticas macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Como o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, de modo que depende pouco de importações, a avaliação é de que zerar o imposto de produtos comprados do exterior não vai contribuir de forma significativa ao objetivo de conter a inflação dos alimentos. "As reduções de alíquotas de importação são medidas positivas, mas devem ter pouco impacto na inflação. O Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos, e nossa pauta de importações de alimentos é pequena e concentrada em poucos produtos", diz Souza Júnior. Pelo mesmo motivo, ele não prevê perdas relevantes na arrecadação do governo.

O Estado de São Paulo

 

Inspeção municipal terá equivalência à federal por um ano para baixar preço de alimentos, diz Fávaro

Segundo o ministro da Agricultura, medida será autorizada para produtos que não correm nenhum risco de precarização sanitária, como é o caso do leite, do mel e dos ovos. Segundo Fávaro, governo pretende continuar 'ampliando isso e dando competitividade e oportunidade para os produtos da agricultura familiar brasileira'

 

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na quinta-feira, 6, que o governo vai tornar por um ano o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), responsável pela inspeção de produtos de origem animal localmente, equivalente ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), que concede o selo nacional. A medida será autorizada para produtos que não correm nenhum risco de precarização sanitária, como é o caso do leite, do mel e dos ovos, esclareceu Fávaro. "Nós vamos por um ano dar os efeitos do SIM para todo o território brasileiro. Os produtos que não ocorre nenhum risco de precarização sanitária, como leite fluido, mel, ovos e alguns outros, vamos dar esse efeito. Então, por um ano, o sistema SIM terá equivalência do sistema Sisbi, para que a gente continue também ampliando isso e dando competitividade e oportunidade para os produtos da agricultura familiar brasileira", disse Fávaro no anúncio de medidas para redução do preço dos alimentos. Além disso, o governo colocou como meta que 3 mil municípios façam a adesão do Sisbi. Recentemente, esse número já avançou de cerca de 300 para em torno de 1,5 mil. "Importante dizer que o sistema de inspeção brasileiro foi criado pelo governo presidente Lula em 2006. É uma inspeção federal semelhante ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), só que não permite exportação. Ela é usada somente para unificar o sistema de inspeção nacional. De 2006 a 2022, temos 306 municípios brasileiros que aderiram ao Sisbi. O número é ainda muito baixo diante dos quantidade de municípios brasileiros. Presidente já pediu que intensificássemos isso", afirmou Fávaro.

O Estado de São Paulo


Indicador antecedente de emprego do Brasil registra leve queda em fevereiro, diz FGV

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil recuou ligeiramente em fevereiro, reforçando a tendência de desaceleração do mercado de trabalho no início do ano, de acordo com os dados divulgados na quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 0,2 ponto em fevereiro e foi a 75,9 pontos. "O resultado de fevereiro do IAEmp reforça a tendência negativa observada nos últimos meses. Os empresários têm se mostrado mais cautelosos com o desempenho setorial nos próximos meses e isso afeta diretamente as decisões sobre contratação", disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre. "Por outro lado, apesar da piora no mês, a queda menos intensa sugere que a desaceleração do mercado de trabalho deve ser mais gradual", completou. Os componentes do IAEmp mostram que o recuo em fevereiro foi influenciado por queda em quatro dos sete componentes do indicador. Os destaques negativos foram os indicadores de Tendência dos Negócios tanto no setor de serviços quanto no setor industrial, e de Situação Atual dos Negócios na indústria, todos com baixa de 0,3 ponto.

Já o destaque positivo foi o indicador de Emprego Previsto no setor industrial, que teve alta de 0,7 ponto. "O cenário macroeconômico restritivo, com juros em alta, inflação pressionando e incerteza sobre o ritmo de crescimento econômico no ano, indica que a trajetória do indicador no curto prazo deve ser diferente com o observado em 2024, com viés mais negativo", afirmou Tobler. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) acelerou o aperto da taxa básica de juros em dezembro do ano passado ao elevar a Selic em 1 ponto percentual naquele mês e novamente em janeiro, para 13,25% ao ano. A autarquia já sinalizou que deve realizar uma alta da mesma magnitude na reunião deste mês.

Reuters

 

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