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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 814 DE 05 DE MARÇO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 814 | 05 de março de 2025

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Boiadas gordas e frigoríficos se recolheram no Carnaval

A sexta-feira (28/2) foi marcada pela estabilidade nos preços do boi gordo; escalas de abate entre os frigoríficos paulistas estão atendendo, em média, oito dias. O mercado brasileiro do boi gordo saiu de cena, se recolhendo das negociações – pelo menos neste período de recesso. No Paraná, o boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de oito dias

 

A indústria frigorífica, “tirou o pé das compras”, já que os estoques de carne continuam altos nas câmaras frias, mercado atacadista e no varejo, enquanto a demanda interna segue patinando. Com isso, a sexta-feira (28/2) foi marcada pela estabilidade nos preços do boi gordo e demais categorias de abate. Segundo dados da Scot Consultoria, no Estado de São Paulo, o boi gordo “comum” foi cotado em R$ 312/@, a vaca em R$ 282/@, a novilha em R$ 300/@ e o “boi-China” em R$315,00/@. As escalas de abate entre os frigoríficos paulistas estão atendendo, em média, oito dias, acrescentou a Scot. De acordo com os analistas da Agrifatto, ao longo das últimas semanas, as indústrias brasileiras voltadas ao mercado doméstico continuaram priorizando a compra de fêmeas gordas, principalmente na região Norte, categoria que é negociada a preços mais baixos em relação aos valores dos machos. Neste momento, relata a Agrifatto, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros seguem atendendo a uma média nacional de oito dias. “No entanto, até a Quarta-Feira de Cinzas, a paralisação quase total das atividades comerciais pode resultar em programações menos confortáveis, dada a nulidade de oferta durante o recesso”, observou a consultoria. Na sexta-feira, pelos dados da Agrifatto, o boi gordo de São Paulo seguiu cotado em R$ 310/@, enquanto o animal com padrão-exportação é negociado por R$ 320/@. No mesmo ritmo, a média do boi gordo nas outras 16 regiões também andou de lado, ficando em R$ 292,20/@. “Pelo terceiro dia consecutivo, as 17 praças acompanhadas mantiveram os preços inalterados”, ressaltou a Agrifatto. No mercado futuro, na quinta-feira (27/2), a B3 registrou uma leve pressão negativa. O contrato com vencimento em março/5 encerrou o dia cotado a R$ 303,05/@, com leve queda de 0,23% em relação ao dia anterior.  Cotações do boi gordo desta sexta-feira (28/2), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha R$285,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de oito dia. Rondônia — O boi vale R$270,00 a arroba. Vaca a R$255,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$255,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de sete dias;

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Preço da arroba recua 3,81%, mas carne moída encarece

Consumo de cortes baratos cresce e impulsiona preços no Paraná

 

Segundo o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado na quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da SEAB-PR, o preço da arroba bovina registrou queda de 3,81% em fevereiro. A retração reflete a estratégia dos frigoríficos, que, com estoques satisfatórios e escalas de abate alongadas, pressionam os produtores por valores menores. No quarto trimestre de 2024, o número de abates aumentou 3,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, reforçando a oferta de carne no mercado. Apesar da queda no preço da arroba, os valores dos cortes no varejo tiveram movimentações diversas. Enquanto alguns ficaram mais baratos, os cortes mais populares encareceram, refletindo a preferência dos consumidores por opções mais acessíveis diante da perda de poder de compra. O acém sem osso subiu de R$ 35,17 em janeiro para R$ 36,92 em fevereiro, alta de 5%. Já a carne moída de segunda teve um aumento ainda mais expressivo, quase 15% acima do valor de janeiro, passando de R$ 30,46 para R$ 34,97 no mês seguinte. O cenário indica que, mesmo com a redução no preço do boi gordo, o consumidor segue buscando cortes mais baratos, o que acaba impulsionando o preço dessas opções no varejo.

Agrolink

 

China suspende compras de carne bovina de três frigoríficos brasileiros

Embargo temporário atinge uma da maior unidade da JBS no Brasil, além de indústrias da Bon-Mart e Frisa. Suspensão de importações anunciada pela China atinge empresas do Brasil, Argentina, Uruguai e Mongólia

 

A China suspendeu a importação de carne bovina de três frigoríficos brasileiros nesta segunda-feira (3/3). O embargo atinge plantas da JBS, Frisa e Bon-Mart. Comunicado da Administração Geral de Alfândegas chinesa relata apenas a identificação de “não conformidades” nas unidades. O Ministério da Agricultura foi avisado, mas ainda não se posicionou. Carta enviada pelo governo chinês à embaixada brasileira em Pequim diz que foram realizadas auditorias remotas nos três estabelecimentos e que os especialistas “identificaram não conformidades” nas plantas em relação aos requisitos chineses para o registro. Por isso, a China decidiu suspender temporariamente a importação de carne bovina dos três frigoríficos até que medidas corretivas sejam adotadas. A medida vale para embarques realizados a partir desta segunda-feira (3/3). “Solicita-se que o lado brasileiro instrua os estabelecimentos envolvidos a adotar as medidas corretivas em conformidade com os requisitos chineses, e encaminhe o respectivo relatório de correção após a devida verificação pelo serviço oficial. Empresas da Argentina, Uruguai e uma da Mongólia também tiveram embarques suspensos. A suspensão atinge um dos maiores frigoríficos da JBS, em Mozarlândia (GO). Também foram suspensos os embarques da planta de Nanuque (MG) da Frisa e o frigorífico de Presidente Prudente (SP) da Bon-Mart, cujas operações são realizadas pelo Grupo Ramax. Em dezembro de 2024, a China abriu uma investigação para possível aplicação de salvaguardas contra as exportações de carne bovina de todos os países. O processo está em curso. O Brasil, principal fornecedor da proteína aos asiáticos, enviou respostas aos questionários do governo chinês na semana passada. Em 2024, o Brasil exportou 1,1 milhão de toneladas de carne bovina para a China. Ao todo, os chineses importaram 2,7 milhões de toneladas do produto. As indústrias brasileiras alegam que não houve aumento abrupto das vendas e que o incremento das exportações ocorreu ao longo dos últimos 10 anos. Os embarques não atrapalharam o crescimento das empresas chinesas de carnes, que registram altas de 4% em produção e faturamento, em média. Empresários do setor frigorífico, no entanto, não associam este novo embargo à investigação. Na avaliação do setor, intercorrências técnicas não são algo novo e devem ser tratadas tecnicamente. "O Brasil possui relação comercial bastante sólida com a China no comércio de carnes e isso não pode ser avaliado por algumas suspensões motivadas por não conformidades técnicas", disse uma liderança do ramo industrial. Mesmo assim, o setor admite que a suspensão pode impactar nos negócios. Eles ressaltam a dificuldade que há para conquistar a habilitação para a China e que esse mercado é responsável por grande parte do faturamento e do equilíbrio de margens de algumas plantas. Ficar fora da lista de compras chinesa, mesmo que temporariamente, é prejudicial, diz uma fonte.

Globo Rural

 

SUÍNOS

 

Preços no mercado de suínos caíram de forma generalizada na sexta-feira (28)

Segundo levantamentos, em São Paulo, a firme demanda da indústria tem sustentado as cotações. Já no Paraná, os valores caíram, refletindo o enfraquecimento da procura. Diante da maior resistência na ponta final, pesquisadores do Cepea explicam que frigoríficos reduziram as aquisições de novos lotes de animais nesta região

Em Minas Gerais, de forma geral, o mercado apresenta estabilidade diante do equilíbrio entre a oferta e a demanda locais. Quanto à carne, agentes consultados pelo Cepea indicam ter dificuldades para comercializar o produto, o que, por sua vez, pode estar associado aos elevados patamares da proteína suína no atacado e às recentes desvalorizações da carne bovina. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo caiu 0,56%, com preço médio de R$ 177,00, enquanto a carcaça especial cedeu 0,72%, fechando em R$ 13,70/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (27), o preço ficou estável apenas no Rio Grande do Sul, custando R$ 8,79/kg. Houve queda de 0,32% em Minas Gerais, chegando a R$ 9,41/kg, baixa de 0,44% no Paraná, valendo R$ 9,14/kg, recuo de 0,45% em Santa Catarina, chegando a R$ 8,89/kg, e de 0,43% em São Paulo, fechando em R$ 9,35/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Preços no mercado do frango fecham em estabilidade na sexta-feira (28)

Segundo análise do Cepea, as cotações dos produtos de origem avícola registram movimentos distintos entre as praças acompanhadas pelo Centro de Pesquisas, comparando-se a média parcial de fevereiro (até o dia 26) com a de janeiro

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,50/kg, assim como a ave no atacado, custando, em média, R$ 7,80/kg. No caso do animal vivo, o preço subiu no Paraná, com valor de R$ 4,63/kg, e ficou estável em Santa Catarina, com preço de R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (27), houve queda de 0,12% para o preço da ave congelada, chegando a R$ 8,42/kg, e de 0,24% para o frango resfriado, fechando em R$ 8,41/kg.  

Cepea/Esalq

 

Preços da carne de frango se sustentam em algumas regiões, mas caem noutras em fevereiro, diz Cepea

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações dos produtos de origem avícola registram movimentos distintos entre as praças acompanhadas pelo Centro de Pesquisas, comparando-se a média parcial de fevereiro (até o dia 26) com a de janeiro.

 

Em algumas regiões, o típico aumento da demanda em início do mês (recebimento de salários) e a oferta limitada elevaram as médias mensais, sustentando o maior patamar nestas últimas semanas de fevereiro. Já em outras praças, o enfraquecimento da procura neste encerramento de mês pressionou as cotações da carne a ponto de anular os ganhos do começo de fevereiro, conforme explicam pesquisadores do Cepea. No mercado de pintainho de corte, segundo o Centro de Pesquisas, a forte demanda externa pela proteína brasileira vem garantindo alta nos preços de comercialização do animal.

Cepea

 

EMPRESAS

 

C. VALE diz que frango contribuiu para aumento das sobras em 2024

A C. Vale registrou um faturamento de R$ 4,21 bilhões no seu complexo de aves em 2024, um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior, já que o aumento nos preços mitigou uma queda no volume comercializado, segundo dados divulgados pela cooperativa na semana passada

 

“Tivemos uma queda nos custos das commodities em 17% e um aumento no preço médio em torno de 11%, além do crescimento das exportações e aumento do consumo interno”, informou a assessoria de imprensa da C. Vale em resposta a questionamentos enviados pela CarneTec sobre o desempenho do seu negócio de carne de frango. Em 2024, a C. Vale comercializou 389 mil toneladas de carne de frango, uma queda em relação às 397 mil toneladas em 2023. “Essa redução está concentrada, principalmente, no segmento de industrializados, que apresentou uma queda de 10%, com maior impacto nos produtos empanados”, disse a cooperativa. A C. Vale disse no início de fevereiro que o faturamento total de 2024, incluindo todos os seus segmentos de atuação, caiu 10% para R$ 21,98 bilhões, devido à desvalorização nos preços dos grãos e aos impactos de estiagens e enchentes no recebimento de soja e milho. Apesar desse impacto negativo, as sobras da cooperativa cresceram quase 25%, puxadas pelos bons resultados das carnes de frango e de peixes. A C. Vale é uma cooperativa agroindustrial com atuação no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. A cooperativa atua na produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos.

Carnetec

 

BRF aguarda mais de 50 novas habilitações para exportação

A BRF aguarda aprovação para mais de 50 novas habilitações para diferentes destinos de exportação em 2025, segundo executivo da companhia em teleconferência com analistas na semana passada.

 

Em 2024, a BRF conquistou 84 novas habilitações para exportações que contribuíram para o aumento do volume de vendas e aumento da receita da companhia. “Nós temos um pipeline de aproximadamente 50 habilitações previstas para 2025”, disse o presidente da BRF, Miguel Gularte, em teleconferência sobre os resultados da empresa na quinta-feira (27). Entre as habilitações esperadas, a BRF está trabalhando para obter autorização para que novas plantas possam exportar ao Reino Unido. A empresa já tem 13 fábricas habilitadas a embarcar produtos para esse destino. Gularte disse que a BRF também continua excluída do acesso ao mercado da União Europeia. Segundo ele, a retomada das vendas para esse mercado também poderá ocorrer neste ano. A BRF ainda aguarda para 2025 a liberação da China para que suas três fábricas no Rio Grande do Sul possam voltar a exportar ao país. As unidades tiveram as exportações suspensas para a China e outros destinos após um foco de doença de Newcastle identificado em Anta Gorda em meados do ano passado. Desde então, o caso foi encerrado e as exportações de carne de frango do Rio Grande do Sul foram retomadas para diversos outros destinos. A BRF registrou um lucro de R$ 3,7 bilhões em 2024, revertendo um prejuízo de R$ 1,9 bilhão em 2023. A receita líquida de 2024 de R$ 61,4 bilhões foi um recorde para a companhia, alta de 14% ante 2023.

Carnetec

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Novo calado do Porto de Paranaguá amplia capacidade de movimentação de contêineres

O limite máximo passou de 12,6 metros para 12,8 metros, representando um ganho de aproximadamente 160 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por navio. A atualização do calado entrou em vigor na sexta-feira (28)

 

A produtividade dos navios porta-contêineres foi ampliada no Porto de Paranaguá após mais um aumento de calado, que é a distância entre o ponto mais profundo da embarcação (quilha) e a superfície da água. O limite máximo passou de 12,6 metros para 12,8 metros, representando um ganho de aproximadamente 160 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por navio. A atualização do calado entrou em vigor na sexta-feira (28) e foi divulgada na Portaria nº 014/2025, da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina – Edição 2025. A publicação foi feita após autorização da Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos, e anuência da Autoridade Portuária e praticagem local. O Porto de Paranaguá é o principal corredor de exportação de frango congelado do mundo e conta com o maior pátio de armazenamento de contêineres refrigerados da América do Sul, atualmente com 5.268 tomadas de energia elétrica. Em 2024, foram movimentados 1.558.450 TEUs nos portos paranaenses, número 24% maior do que a movimentação realizada em 2023 (1.253.204 TEUs). A carne de aves congeladas foi líder em exportação, representando 30,5% das cargas movimentadas no terminal. Já os plásticos e produtos químicos inorgânicos somados representaram 31,4% da importação de contêineres. Os navios porta-contêineres já passaram por um aumento recente de calado. Em novembro de 2024, o calado passou de 12,3 metros para 12,6 metros, proporcionando um ganho de capacidade de 220 TEUs por navio. Agora, o calado alcançou o marco de 12,8 m. Outros nove berços e dois píeres também tiveram aumento de calado em 2024. O berço 201, que faz parte do corredor de exportação oeste, e os berços 202 e 204, responsáveis pela movimentação de granéis sólidos de exportação e carga geral, passaram de 12,8 m para 13,1 m. Os berços 209 e 211, dedicados à movimentação de fertilizantes, assim como os berços 212, 213 e 214, que compõem o corredor de exportação leste, também tiveram suas profundidades alteradas, passando de 12,8 m para 13,1 m. Parte do berço 208, que opera fertilizantes, passou de 11 m para 13,1 m. Dois píeres também apresentaram aumento no calado operacional: o berço externo do píer do Terminal de Uso Privado (TUP) de granéis líquidos e o berço externo do píer da área arrendada de fertilizantes. Com a conclusão da remoção de parte da Pedra da Palangana, em novembro do ano passado, a passagem entre o canal de acesso ao porto e a bacia de evolução foi facilitada, reduzindo os riscos das manobras. Essa mudança garantiu mais espaço, agilidade e segurança nas manobras dos navios, além de reduzir os riscos de navegação e, consequentemente, permitir o aumento de calado. Ao todo, foram removidos aproximadamente 20 mil metros cúbicos de rocha, o que representa apenas 10% da formação rochosa total, estimada em mais de 200 mil metros cúbicos. A obra foi realizada em conformidade com as medidas estabelecidas no licenciamento ambiental federal nº 1144/2016, emitido pelo Ibama.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar disparou acima dos R$5,90 com discussão na Casa Branca

O dólar fechou a sexta-feira com forte alta no Brasil, novamente acima dos R$5,90, com investidores adotando posições defensivas antes do Carnaval e avaliando negativamente a indicação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais do governo.

 

Durante a tarde o bate-boca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, também fez o dólar ganhar força em todo o mundo, incluindo no Brasil. O dólar à vista fechou em alta de 1,50%, aos R$5,9165 -- maior cotação de fechamento desde 24 de janeiro, quando encerrou em R$5,9182. A semana foi desastrosa para o real, com o dólar acumulando alta de 3,25%. No mês a moeda norte-americana ainda acumulou ganhos de 1,39%. Às 17h05 na B3 o dólar para abril -- que se tornou o mais líquido nesta sessão -- subia 1,10%, aos R$5,9420. A manhã da sexta-feira foi marcada pela disputa entre comprados e vendidos pela formação da taxa Ptax de fim de mês. Calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). As cotações dispararam no início da tarde, após o anúncio de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Gleisi -- uma crítica contumaz do Banco Central e dos cortes no Orçamento do governo -- para a pasta de Relações Institucionais. Além das operações mirando o Carnaval e do desconforto com a indicação de Gleisi, um terceiro fator passou a impulsionar as cotações do dólar durante a tarde: a discussão aos gritos entre Trump e Zelenskiy no Salão Oval da Casa Branca. O norte-americano insistiu que Zelenskiy está perdendo a guerra na Ucrânia e ameaçou retirar o apoio dos EUA ao país. "Ou vocês fazem um acordo, ou estamos fora, e se estivermos fora, vocês vão lutar. Não acho que vai ser bonito", disse Trump. Em resposta, Zelenskiy desafiou o republicano abertamente sobre sua abordagem mais suave em relação ao presidente russo, Vladimir Putin, pedindo para Trump "não fazer concessões a um assassino". O bate-boca entre Trump e Zelenskiy estressou os mercados globais, dando força ao dólar -- considerado um ativo de segurança. No Brasil, o dólar à vista atingiu o pico de R$5,9185 (+1,53%) às 16h58, pouco antes do fechamento. No exterior os mercados de moeda também seguiam sob pressão. Às 17h17, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,22%, a 107,600, sendo que mais cedo, antes do episódio na Casa Branca, ele operava em queda.

Reuters

 

Ibovespa encerra fevereiro abaixo dos 123 mil pontos

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, com o recuo de commodities pressionando as blue chips Vale e Petrobras, em pregão marcado por cautela antes do Carnaval e com alta da Eletrobras após acordo que abriu espaço para a União no conselho da empresa e a desobriga de investir em Angra 3.

 

MARFRIG ON desabou 10,15%, após três altas seguidas, sendo que apenas na véspera fechou com um salto de 8,90%. A companhia divulgou na quarta-feira à noite balanço e anunciou programa de recompra de ações. Na véspera, após o fechamento, comunicou que acionistas controladores -- MMS Participações Ltda, Marcos Antônio Molina dos Santos e Marcia Aparecida Pascoal Marçal dos Santos -- aumentaram a participação para 72,07% das ações da companhia. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,6%, a 122.799,09 pontos, tendo marcado 122.658,78 pontos na mínima e 124.916,19 pontos na máxima do dia. Com tal desempenho, acumulou queda de 3,41% na semana e de 2,64% no mês. O volume financeiro no pregão somou R$36,19 bilhões. A bolsa estará fechada no começo da próxima semana, reabrindo apenas na quarta-feira, às 13h, o que fez com que muitos agentes preferissem reduzir a exposição a ações brasileiras, dado que Wall Street funcionará normalmente e eventos externos têm adicionado volatilidade nos negócios. Na sexta-feira, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos norte-americano, fechou em alta de 1,59%, mas antes renovou mínima do dia com queda de 0,4%, na esteira do encontro tenso entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, e o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca. A assinatura prevista de um acordo de compartilhamento de receitas de minerais acabou não acontecendo após o bate-boca público entre os dois líderes. Trump ameaçou retirar o apoio dos EUA ao país. Um pouco depois, em um post no X, Zelenskiy, agradeceu aos EUA e a Trump pelo apoio. Mais cedo, a agenda dos EUA trouxera dados mostrando queda inesperada nos gastos dos consumidores no primeiro mês do ano, enquanto o índice de preços de despesas com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), medida preferida de inflação do Federal Reserve, mostrou resiliência, com alta de 0,3%. O noticiário de Brasília também repercutiu nos negócios, em particular a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de indicar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para ocupar a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência no lugar de Alexandre Padilha, que foi deslocado para o Ministério da Saúde. Em meio a preocupações com o quadro fiscal e a inflação no país, a notícia referendou o viés negativo nos negócios, uma vez que Gleisi já criticou diversas vezes medidas de corte de gastos e a política monetária restritiva do Banco Central, bem como tem embates constantes com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Há também preocupação quando à articulação política, uma vez que ela não tem uma boa relação com o centrão, hoje maior parte da base de Lula e com quem terá que negociar as pautas do governo no Congresso. O forte avanço nas taxas dos DI, em parte guiado por tais receios, reforçou as vendas na bolsa paulista, principalmente ações sensíveis a juros. As negociações na B3 ainda tiveram como pano de fundo o rebalanceamento de índices da MSCI no fechamento. Cosan, CSN, Hapvida, Hypera, Inter&Co e Stone&Co foram excluídas da nova versão do Global Standard Index.

Reuters

 

Produção se recupera e expansão da indústria do Brasil acelera em fevereiro, mostra PMI

A indústria brasileira mostrou forte melhora em fevereiro, com recuperação da produção diante do aumento da demanda, embora os preços de venda sigam em alta, mostrou na segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI)

 

Em fevereiro, o índice compilado pela S&P Global saltou a 53,0, de 50,7 em janeiro, avançando acima da marca de 50 que separa crescimento de contração e marcando o ritmo mais intenso desde setembro. "O PMI de indústria do Brasil indicou um cenário mais favorável para a saúde do setor, com o índice alcançando o maior patamar em cinco meses em fevereiro diante do aumento nas vendas e da retomada do crescimento da produção", destacou Pollyanna de Lima, diretora associada de Economia S&P Global Market Intelligence. Um aumento mais forte na entrada de novas encomendas tirou a produção do território contracionista em fevereiro, apontou o levantamento. Os produtores registraram a alta mais intensa nas vendas desde abril de 2024, o que atribuíram a condições mais favoráveis da demanda. No entanto, as empresas ainda sinalizaram outra queda nas encomendas internacionais. Embora tenha sido marginal, foi o quarto mês seguido de redução, com as evidências apontando para demanda mais fraca de Argentina, Reino Unido e Estados Unidos. As empresas ainda se mostraram confiantes de um aumento na produção ao longo dos próximos 12 meses, com o nível de confiança chegando ao patamar mais alto em seis meses. Esse otimismo e o aumento das novas encomendas levaram os fabricantes a contratarem mais trabalhadores em fevereiro, com a taxa de criação de vagas no ritmo mais forte desde maio de 2024. A inflação de custo dos insumos recuou do maior patamar em quatro meses visto em janeiro, mas os preços ainda continuaram a subir em fevereiro. As empresas monitoradas citaram a fraqueza cambial, bem como preços mais elevados de frete, combustíveis, poliéster, resina e aço. Somado à melhora da demanda, esse cenário levou os fabricantes a aumentarem os preços de venda em fevereiro, chegando a uma máxima de seis meses.

Reuters

 

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