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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 809 DE 24 DE FEVEREIRO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 809 | 24 de fevereiro de 2025

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Pressão de baixa tomou conta do mercado brasileiro do boi gordo

“Desde o início do mês (até 19/2), entre as 32 praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 27 reportaram queda, três registraram estabilidade e apenas duas tiveram alta”, detalhou o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$310,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de sete dias

 

Na sexta-feira (21/2), após três dias consecutivos em queda, as cotações ficaram estáveis no mercado de São Paulo, informou a Scot. O boi gordo “comum” fechou a semana cotado em R$ 315/@, a vaca em R$ 285/@, a novilha gorda em R$ 303/@ e o “boi-China” em R$ 317/@ (preços brutos, no prazo). Felipe Fabbri lembra que, apesar do movimento de baixa existente, a oferta atual de bovinos para abate é inferior ao volume registrado em igual período de 2024. Considerando os dados do Sistema de Inspeção Federal (SIF), até 19/2, houve uma desaceleração de 16,9% nos abates em relação ao montante computado em igual período do ano passado. “Ou seja está menos intensa (do que há um ano), mas, para os frigoríficos, a oferta atual segue confortável para atender a demanda por carne bovina vigente”, diz Fabri. Portanto, afirmou o analista, o consumo doméstico de carne bovina “aparenta ser o principal ponto de direcionamento para o mercado do boi gordo neste momento”. Em São Paulo, o preço do boi gordo, descontado os impostos, encerrou a primeira quinzena de fevereiro em R$ 311,50/@, enquanto em igual período de 2024 estava valendo R$ 231,50/@ no mercado paulista. “O mercado está pressionado, mas será que há força e fôlego para vermos, tão cedo, os preços praticados em 2024?”, indaga Fabbri. No mercado futuro, os contratos futuros tiveram uma semana de pressão de baixa às cotações, com os papéis com vencimentos para abril-maio/25 fechando as negociações abaixo dos R$ 300/@. “O comportamento dos preços futuros aparenta estar bem direcionado à curva sazonal de oferta de boiadas e precificando um ano ainda de descarte de fêmeas”, observa o analista. Segundo ele, olhando para “o copo meio vazio”, o cenário de hoje no mercado físico é “pior do que o de ontem, mas melhor do que amanhã”. E, olhando para “o copo meio cheio”, diz ele, “se o mercado físico convergir para o que espera o mercado futuro nos próximos meses, ainda estamos falando de um cenário de preços melhores do que os assistidos em 2024”. Segundo a Agrifatto, o crescimento no abate de fêmeas descartadas por idade ou falha reprodutiva, reflexo da aridez extrema do ano passado em regiões pecuárias do País, tem pressionado os preços dos machos, enquanto o elevado volume de carne bovina direcionado ao mercado interno vem reduzindo as cotações da proteína no varejo. Na avaliação da Agrifatto, a médio prazo (a partir da segunda quinzena de março), a oferta de fêmeas tende a diminuir, criando oportunidades para a maior participação de machos nas programações de abate. “Até lá, a pressão baixista deve seguir predominando”, apostam os analistas da consultoria. Nesta sexta-feira (21/2), pelos números levantados pela Agrifatto com os preços sob pressão, o valor médio do boi “comum” em São Paulo ficou em R$ 310/@, enquanto o “boi-China” está valendo R$ 320/@ – portanto, um média de R$ 315/@ considerando as duas categorias. Nas outras 16 regiões monitoradas diariamente pela Agrifatto, a média do boi gordo ficou caiu para R$ 292,20/@. “Nove das 17 praças tiveram desvalorização da arroba nesta sexta-feira (AC, BA, ES, GO, MG, PA, RJ, RO e TO); as outras 8 mantiveram suas cotações inalteradas (SP, AL, MA, MS, MT, PR, RS e SC)”, informa a Agrifatto. O mercado doméstico da carne bovina segue completamente estagnado. “As vendas de carne desossada, que já vinham em queda há quase dois meses, recuaram ainda mais nesta semana, aproximando-se de zero”, relatam os analistas da Agrifatto. No mercado futuro, predominou o viés baixista no pregão de quinta-feira (20/2). Destaque para o contrato com vencimento em abril/25, negociado a R$ 294,90/@, uma queda de 0,51% no comparativo diário. O contrato com vencimento em julho/25 foi o único a registrar alta na sessão da quinta-feira, alcançando R$ 306/@, com um ganho diário de 0,43%.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO

 

Frigoríficos controlam compras de boiadas e operam com escalas confortáveis

Na média nacional, as programações de abate encerraram a semana em 9 dias úteis

 

Com dificuldades no escoamento da carne bovina, as indústrias brasileiras trabalham confortavelmente neste momento, mantendo as escalas de abate estabilizadas em relação ao quadro registrado na sexta-feira anterior (14/2), segundo dados levantados pela Agrifatto. Na média nacional, as programações encerraram a semana em 9 dias úteis, o mesmo patamar observado no fechamento da semana anterior, aponta a consultoria. “A oferta de boiadas gordas continua elevada, enquanto a indústria enfrenta dificuldades no escoamento da produção, impactada pelo movimento sazonal da segunda quinzena do mês (período marcado pelo baixo poder aquisitivo da população, o que resulta em queda no consumo de carne bovina)”, resume a Agrifatto. Diante desse contexto, continua a consultoria, a alternativa dos frigoríficos tem sido prolongar as escalas de abate para tentar ajustar a oferta à demanda, adotando uma postura mais cautelosa nas compras de boiadas gordas. Minas Gerais – O Estado se destacou com um aumento semanal de 2 dias úteis nas programações de abate, atingindo 12 dias úteis nesta sexta-feira (21/2) – o maior valor desde 24/06/2024. São Paulo – As escalas subiram 1 dia útil na sexta-feira em relação à sexta-feira anterior (14/2), fechando a semana com 11 dias úteis. Rondônia/Mato Grosso – Também acompanharam esse movimento, ampliando suas escalas em 1 dia útil, encerrando a semana com 11 e 8 dias úteis, respectivamente. Paraná – O Estado reduziu as suas escalas em 1 dia útil, finalizando a semana com 7 dias úteis. GO/MT/TO – Os Estados registraram estabilidade nas escalas de abate na comparação com o dia 14/2, operando atualmente na média de 8 a 9 dias úteis.

Portal DBO

 

Por unanimidade, STF referenda liminar que suspende ações do Funrural

Com o placar de 11 x 0, o Supremo Tribunal Federal (STF) referendou, na sexta-feira (21), a liminar do Ministro Gilmar Mendes que suspendeu ações judiciais que tratam da sub-rogação do Funrural, em nível nacional, acolhendo em parte pedido da Associação Brasileira de Frigoríficos – ABRAFRIGO, autora da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4395 de 2010, e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes – amicus curiae no mesmo processo.

 

A medida cautelar do Min. Gilmar Mendes foi proferida em 6 de janeiro de 2025 e julgada no plenário virtual do STF entre os dias 14 e 21 de fevereiro de 2025. Em seu voto, o Ministro Gilmar Mendes, relator da matéria, concluiu: “Ante o exposto, voto no sentido de referendar a decisão liminar por mim proferida, determinando a suspensão nacional dos processos judiciais que ainda não transitaram em julgado e que tratam da constitucionalidade da sub-rogação prevista no art. 30, IV, da Lei nº 8.212/1991, com a redação dada pela Lei 9.528/1997, até a proclamação do resultado da presente ação direta”. Todos os demais membros da Corte acompanharam na íntegra o voto do Ministro Gilmar Mendes. A aprovação, por unanimidade, da liminar proferida pelo Ministro Gilmar Mendes é uma demonstração inequívoca de que a suprema corte do País se sensibiliza com o assunto, que afeta a sociedade brasileira, e se empenha na busca por uma solução apropriada e compatível com a importância da matéria. Embora não encerre definitivamente o problema de inúmeras empresas brasileiras produtoras de alimentos, especialmente as pequenas e médias, que sofrem há anos com autos de infração e execuções fiscais relacionadas com a sub-rogação (objeto da ADI 4395), limitando a capacidade de investimentos e crescimento dessas empresas, a medida cautelar proporciona um certo alento, ao reconhecer o ambiente de insegurança jurídica a que tais contribuintes estão submetidos e impedir que execuções fiscais e recolhimentos de depósitos judiciais sejam concretizados antes da proclamação do resultado da ADI nº 4395. É preciso reconhecer que a liminar do STF vem em boa hora, quando o País vive sérios problemas de inflação nos preços dos alimentos, que afetam especialmente pessoas de baixa renda. É preciso também apoiar e estimular pequenas e médias indústrias, promovendo a geração de empregos, renda e segurança alimentar da população brasileira.

ABRAFRIGO/Estadão Conteúdo

 

SUÍNOS

 

Sexta-feira (21) com estabilidade para as cotações no mercado de suínos

A sexta-feira (21) encerrou o mercado de suínos com preços todos na estabilidade, após dias de altas intensas e subsequentes

 

De acordo com análise divulgada pelo Cepea, dos cortes ao animal vivo, os preços dos produtos suinícolas estão em forte movimento de alta neste início de segunda quinzena de fevereiro. Segundo pesquisadores do Cepea, além da oferta reduzida de animais em peso ideal abate, as demandas interna e sobretudo externa têm reforçado o movimento de alta nas cotações do suíno vivo no mercado independente. Conforme dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 177,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 14,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (20), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 9,45/kg), Paraná (R$ 9,10/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,73/kg), Santa Catarina (R$ 8,87/kg), e São Paulo (R$ 9,21/kg).

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Preços em queda no PR e estáveis EM SC marcaram o mercado de frango na sexta-feira

Segundo análise do Cepea, apesar da ligeira baixa nos preços, colaboradores consultados pelo órgão indicam que o ritmo de vendas no atacado permanece dentro da normalidade. Dados mostram que a carne de frango vem ampliando sua competitividade frente à suína na parcial de fevereiro, mas perdendo em relação à bovina. 

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,64%, custando, em média, R$ 7,72/kg. Na cotação do animal vivo, o preço caiu 0,86% no Paraná, com valor de R$ 4,61/kg, enquanto em Santa Catarina não houve mudança, com preço de R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (20), o preço da ave congelada subiu 0,48%, chegando a R$ 8,44/kg, enquanto o frango resfriado aumentou 0,47%, fechando em R$ 8,52/kg. 

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Ritmo de negócios segue estável no atacado; preço tem leve queda

O frango inteiro resfriado é comercializado no atacado da Grande São Paulo à média de R$ 8,36/kg neste mês (até 19 de fevereiro), leve retração de 0,4% sobre a de janeiro. 

 

Apesar da ligeira baixa, colaboradores consultados pelo Cepea indicam que o ritmo de vendas no atacado permanece dentro da normalidade. Enquanto as cotações da proteína avícola se mostram enfraquecidas, as da carne suína sobem com força; a carne de boi, por sua vez, apresenta desvalorizações um pouco mais intensas – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo. Diante disso, dados do Cepea mostram que a carne de frango vem ampliando sua competitividade frente à suína na parcial de fevereiro, mas perdendo em relação à bovina. 

Cepea

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná vai sediar a primeira fábrica de nanofertilizantes do Brasil

Em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 21 houve o lançamento da pedra fundamental da primeira fábrica de nanofertilizantes do Brasil. A unidade receberá um investimento inicial de US$ 12 milhões (aproximadamente R$ 66 milhões), o que também contempla um centro avançado de pesquisa e desenvolvimento

 

O empreendimento foi idealizado pela Nanoventions Brasil, empresa que integra o grupo econômico da Indian Farmers Fertiliser Cooperative (Iffco), a maior cooperativa agrícola da Índia. Após tratativas com empresários locais, que se tornaram sócios da Nanoventions Brasil, a Iffco escolheu o Paraná como o seu primeiro destino fora do país asiático em seu plano de expansão internacional. A produção de nanofertilizantes em solo paranaense deverá reduzir a dependência de insumos que hoje são importados pelos produtores estaduais e do restante do Brasil. A tecnologia desenvolvida pelos indianos após 8 anos de pesquisas e investimentos de US$ 200 milhões também representa um avanço em relação aos fertilizantes tradicionais por serem mais eficientes, o que deverá reduzir custos aos agricultores, o desperdício de insumos e os impactos ambientais. A infraestrutura da fábrica deve ficar pronta em outubro, em um rápido projeto de construção e instalação da linha de produção, cujos equipamentos serão enviados prontos para montagem diretamente da sede da Iffco na Índia. A capacidade produtiva da fábrica é estimada em 5 milhões de litros de nanofertilizantes por ano, mas a Nanoventions Brasil prevê dobrar esse potencial em apenas cinco anos de operação. Até 2029, cerca de 150 empregos diretos e 450 indiretos devem ser gerados com a operação, que tem uma receita bruta projetada em R$ 225 milhões anuais a partir do quinto ano de operação. Além do enquadramento no Paraná Competitivo, por meio da Invest Paraná, a Iffco também estuda a possibilidade de parcerias com o Tecpar e as universidades estaduais. Segundo Ritesh Sharma, outro sócio-fundador da Nanoventions Solution, objetivo é reforçar o potencial de inovação e pesquisa aplicada, com a transferência de conhecimento dos indianos para os paranaenses, garantindo que o Estado se torne um polo de referência em nanotecnologia aplicada ao agronegócio. “Essa é uma tecnologia que mudou o modelo de agricultura na Índia. Depois de dois anos de estudos e testes científicos adaptados à realidade brasileira, o apoio do Governo do Paraná nos deixou tão animados que decidimos não apenas construir uma fábrica para o fornecimento dos insumos, mas criar também um centro de pesquisa para desenvolver esse conhecimento no Estado”, detalhou Sharma. Os nanofertilizantes utilizam partículas em escala nanométrica que garantem mais eficiência na absorção e uso eficiente de nutrientes, aumento da produtividade agrícola devido à necessidade da aplicação de menos doses do produto, o que também mitiga riscos de contaminação do solo e dos recursos hídricos, bem como menos emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.

Governo do Paraná 

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar à vista fechou a sexta em alta de 0,45%, a R$5,7304 na venda

O dólar à vista teve uma leve alta ante o real na sexta-feira, oscilando em margens estreitas e fechando a semana com ganhos, à medida que investidores continuaram demonstrando cautela diante das diversas incertezas no exterior, que abrangem questões comerciais, geopolíticas e macroeconômicas.

 

O dólar à vista fechou em alta de 0,45%, a R$5,7304. Na semana, a moeda acumulou ganho de 0,58%, interrompendo sete semanas consecutivas de perdas semanais. Às 17h04, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,42%, a R$5,736 na venda.

Reuters

 

Ibovespa fechou a sexta em queda liderada por Lojas Renner

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, contaminado pelo viés negativo dos pregões em Wall Street e com as ações da Lojas Renner capitaneando as perdas com folga após divulgar resultado trimestral abaixo das previsões de analistas

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,41%, a 127.075,16 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 127.654 na máxima e 126.483,02 na mínima do dia. Na semana, acumulou um declínio de 0,89%. O volume financeiro somava R$20,8 bilhões antes dos ajustes finais, em sessão também marcada pelo vencimento mensal de contratos de opções sobre ações na bolsa paulista.

Reuters

 

Suspensão das linhas do Plano Safra pode reter R$ 36 bi de recursos que estavam disponíveis 

A decisão do Tesouro Nacional, que passou a valer desde sexta-feira (21), preservou apenas uma linha de custeio para agricultores familiares 

 

A suspensão de novas contratações de linhas equalizadas do Plano Safra 2024/25, em vigência a partir de sexta-feira (21) — mas que logo pode ser revertida com a abertura de um crédito extraordinário de R$ 4 bilhões prometido pelo governo —, poderia represar cerca de R$ 36 bilhões de recursos que ainda estavam disponíveis nos bancos e cooperativas financeiras para médios e grandes produtores. Na agricultura familiar, ao menos R$ 2,7 bilhões estavam disponíveis nas linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O governo não informou quanto havia nas demais instituições financeiras que operacionalizam linhas com equalização do Pronaf. Um diretor de banco disse que o primeiro dia com suspensão de operações foi de desafios para administrar as expectativas dos clientes produtores rurais. "Aqueles que estavam negociando as máquinas, agora, querem o financiamento", afirmou sob condição de anonimato. No levantamento mais recente feito por técnicos da área agrícola do governo no início da semana, as linhas com recursos equalizados para médios e grandes produtores ainda tinham R$ 20 bilhões para investimentos e R$ 16 bilhões para custeio. O saldo pode ter diminuído após bancos acelerarem a tramitação das propostas "na esteira" após decisão do Tesouro Nacional de suspender as novas contratações. Antes mesmo da suspensão, o BNDES já havia fechado o protocolo para a maior parte das linhas equalizadas para médios e grandes produtores por esgotamento de recursos. Balanço da segunda-feira (17) mostra que as linhas de Custeio do Pronamp, Inovagro, Investimento Empresarial, Investimento Pronamp, Moderagro, Moderfrota, PCA Demais, Procap-Agro, Prodecoop, RenovAgro Demais e RenovAgro Recuperação de Pastagens já estavam suspensas por conta da execução integral da dotação orçamentária inicial. Os programas ainda abertos eram Custeio Empresarial (R$ 460,2 milhões), Custeio Empresarial com desconto para práticas sustentáveis (R$ 217,8 milhões), Custeio do Pronamp com desconto para práticas sustentáveis (R$ 266,9 milhões), PCA Grãos, para construção e ampliação de armazéns de até 6 mil toneladas (R$ 243,7 milhões), Proirriga (R$ 50,4 milhões) e RenovAgro Ambiental (R$ 14,2 milhões). Nas linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), havia R$ 6,3 bilhões de saldo. Desses, R$ 2,7 bilhões eram em programas de investimentos, que estão suspensos. Quase R$ 3,6 milhões seguem disponíveis para repasses em linhas de custeio para agricultores familiares, única modalidade preservada na suspensão. O limite equalizável do BNDES para o Plano Safra 2024/25 ao todo foi de R$ 33,4 bilhões. Na sexta-feira, o Ministério da Agricultura reformulou sua posição oficial divulgada no dia anterior. A Pasta reiterou que todos os investimentos foram afetados e ponderou que, para os casos de custeios, "as contratações de financiamento com recursos livres seguem normais e, ainda, é possível que haja em alguns agentes financeiros disponibilidade de recursos do crédito rural dos depósitos à vista". Em entrevista na sexta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se equivocou ao falar que a suspensão afeta apenas "enormes produtores". A medida, no entanto, afeta todos os níveis de agricultores e pecuaristas. A decisão do Tesouro preservou apenas uma linha de custeio para agricultores familiares. Todos os investimentos buscados por pequenos produtores a juros mais baratos também estão inacessíveis. Os médios produtores também ficaram sem opções de linhas equalizadas, tanto para custeio quanto para investimentos. A agricultura empresarial tem se financiado cada vez mais no mercado ou a juros livres. Mesmo assim, programas específicos como de aquisição de máquinas Moderfrota), armazenagem (PCA) e investimentos em práticas sustentáveis estão suspensos. Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Agrário ponderou que a medida também não afeta as novas operações do Pronaf, para custeio, investimento e industrialização, feitas no âmbito dos fundos constitucionais das regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO) realizadas respectivamente pelo Banco da Amazônia (Basa), Banco do Nordeste (BNB). “A medida se deveu ao fato de estarmos no final de fevereiro e o orçamento da União ainda não ter sido aprovado pelo Congresso Nacional. Apelamos aos congressistas que aprovem a peça orçamentária na maior brevidade possível”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Segundo a Pasta, após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso Nacional, todas as linhas do Plano Safra 2024/25 serão normalizadas.

Valor Econômico

 

Tesouro envia novo ofício a instituições financeiras sobre o Plano Safra

Segundo o Tesouro Nacional, as contratações, que foram suspensas, serão liberadas assim que a medida provisória que vai abrir crédito extraordinário no Orçamento para as operações for oficializada 

 

Diante da iminência da publicação da medida provisória (MP) que vai abrir crédito extraordinário no Orçamento e possibilitar a retomada das operações equalizadas do Plano Safra 2024/2025, o Tesouro Nacional enviou novo ofício às instituições financeiras, na noite desta sexta-feira (21), para informar que as contratações serão liberadas assim que a norma for oficializada. Essa é uma garantia antecipada do governo federal para que as instituições preparem seus sistemas e se organizem para operar normalmente as linhas subvencionadas a partir da publicação da norma no “Diário Oficial da União”, o que deve ocorrer até segunda-feira (24/2), e da consequente liberação da verba para pagar a subvenção. A ação também pode fazer o governo recuperar capital político, pois mostra que houve reação ágil à suspensão das contratações, apesar do desgaste criado com entidades do setor agropecuário e com a bancada ruralista. "Informo que se encontra em tramitação Medida Provisória que abrirá crédito extraordinário para as ações orçamentárias referentes a subvenções econômicas vinculadas ao Plano Safra. Dessa forma, fica autorizada a retomada das contratações de financiamentos subvencionados pelo Tesouro Nacional no âmbito do Plano Safra 2024/2025, condicionada à publicação da referida Medida Provisória no ‘Diário Oficial da União’", diz ofício assinado pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. "Sugiro o monitoramento das publicações para tempestivamente procederem à retomada das contratações", completou. A MP vai abrir crédito extraordinário de R$ 4,1 bilhões para garantir o pagamento da equalização dos juros nos quatro meses restantes do Plano Safra 2024/25. Avaliação de executivos do sistema financeiro é que o tema escalou muito rápido e preocupou Brasília diante de um potencial prejuízo da imagem do governo ante os bancos, indústrias, revendas e cooperativas, principalmente. Apesar da distância do Executivo ao agronegócio, uma ala é mais pragmática e mantém boas relações com a Esplanada.

Valor Econômico

 

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