top of page
Buscar

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 795 DE 04 DE FEVEREIRO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

 Ano 5 | nº 795 | 04 de fevereiro de 2025

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Tendência de queda nos preços da arroba se mantém neste início de fevereiro

Fevereiro começa com uma maior pressão negativa sobre os preços do boi gordo nas principais praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. No Paraná, o boi vale R$315,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias.

 

O tombo da arroba só não é maior neste momento, dizem os analistas, porque as fazendas brasileiras trabalham hoje com uma boa capacidade de suporte das pastagens, reflexo das chuvas generosas dos últimos meses. “O mercado do boi gordo tem indicadores mais negativos que positivos neste momento, mas o pecuarista está ‘dosando’ a oferta e impedindo maiores quedas nos preços da arroba”, relata a Agrifatto. Porém, apesar de favorecer a retenção dos lotes gordos nas propriedades, a recuperação das pastagens naturais nas regiões do Brasil Central tem acelerado a capacidade de oferta de animais terminados, especialmente de fêmeas descartadas após o término da estação de monta – um fenômeno que frequentemente atinge seu pico em março, informa a Agrifatto. Como resultado, diz a consultoria, os frigoríficos brasileiros optaram por preencher as programações de abate com vacas e novilhas, pressionando, assim os preços da arroba dos machos terminados. Outros fatores também contribuem para a atual tendência de queda na arroba, relatam os analistas. No mercado interno, observa a Agrifatto, a demanda pela carne bovina permaneceu enfraquecida ao longo de janeiro/25, sobretudo a partir da segunda quinzena do mês, quando normalmente há poucas sobras nas contas bancárias dos trabalhadores. Pelo lado das exportações, diz a Agrifatto, as festividades do Ano Novo Chinês reduziram o apetite do país asiático pelo produto brasileiro, o que também favoreceu uma menor procura das indústrias pela matéria-prima (boiadas gordas) ao longo do último mês. Na avaliação da Agrifatto, com o início de fevereiro, o recebimento dos salários tende a aquecer um pouco o mercado interno de carne bovina. No entanto, devido aos estoques elevados resultantes da redução do consumo nas últimas semanas, as indústrias tendem a seguir puxando as rédeas das compras, pressionando negativamente os preços do boi gordo no mercado físico. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nesta segunda-feira (3/2), o preço do animal com padrão-exportação registrou queda de R$ 2/@ no mercado paulista, fechando o dia valendo R$ 327/@. Segundo a Scot, na mesma praça, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 325/@, enquanto a vaca e a novilha são vendidas por R$ 298/@ e R$ 312/@, respectivamente. Segundo os dados levantados pela Agrifatto, as 17 praças monitoradas diariamente mantiveram suas cotações inalteradas na segunda-feira. O contrato de janeiro/25 do boi gordo foi liquidado a R$ 325,64/@ na última sexta-feira, na B3, o que significou valorização de R$ 9,38/@ em relação à liquidação do contrato de dezembro/24 (R$ 316,26/@), e um avanço de R$ 78,53/@ em relação ao vencimento de janeiro/24 (R$ 247,11/@), informa a Agrifatto. Com o encerramento do vencimento de janeiro/25, os demais contratos negociados na B3 apresentaram variações distintas no comparativo entre as últimas sextas-feiras (31/1 versus 24/1). O contrato mais próximo, fevereiro/25, encerrou o dia cotado a R$ 319,75/@, com queda de 0,68% em relação à sexta-feira de 24/1. O contrato com vencimento em março/25 teve recuo semanal de 0,49%, fechando a R$ 318,30/@ no pregão de 31/1, enquanto o contrato de maio/25 apresentou a maior desvalorização entre os vencimentos, caindo 0,94% na comparação com a sessão de 24/1, encerrando a semana em R$ 315,3/@. cotações do boi gordo desta segunda-feira (3/2), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$325,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$ 315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha R$290,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de sete dias.

Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO


Abertura de mercado no Quênia para exportação de carne bovina

Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 321 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023

 

O governo brasileiro informa, com satisfação, que a autoridade sanitária do Quênia aprovou o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para exportação de carne bovina, produtos cárneos e miúdos de bovinos do Brasil. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 41 milhões em bens agrícolas para o Quênia. Essa abertura de mercado deverá aumentar o fluxo de comércio entre os dois países. Para o Brasil, trata-se de oportunidade de diversificar parcerias comerciais e fortalecer o setor produtivo nacional. Por sua vez, o Quênia, cuja população é de 55 milhões de habitantes, passará a ter acesso a carnes com qualidade reconhecida internacionalmente, atendendo à crescente demanda naquele país por proteína animal. De modo a dar início ao comércio de carne bovina e seus derivados, os importadores locais deverão obter licenças de importação e será necessário realizar avaliação de risco para cada estabelecimento brasileiro interessado em exportar. Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 321 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

MAPA

 

SUÍNOS

 

Arroba suína em São Paulo sobe 1,99%

De acordo com análise divulgada pelo Cepea, após caírem por quase dois meses, os preços do suíno vivo e dos cortes encerram janeiro com comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo órgão

 

Nos casos de altas, o Centro de Pesquisas indica que o impulso veio do incremento da demanda da indústria por novos lotes de animais para abate. A redução dos preços em algumas praças, por outro lado, foi influenciada pelo enfraquecimento da procura, devido ao menor poder de compra da população nesta segunda metade do mês. Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve aumento de 1,99%, com preço médio de R$ 154,00, enquanto a carcaça especial ficou com valor estável, fechando em R$ 12,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (31), houve aumento de 0,01% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,04/kg, avanço de 0,13% no Paraná, com preço de R$ 7,67/kg, incremento de 0,13% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 7,92/kg, valorização de 0,52% em Santa Catarina, alcançando R$ 7,70/kg, e de 0,51% em São Paulo, fechando em R$ 7,94/kg. 

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Segunda-feira (3) com alta para o frango vivo em SC

De acordo com dados do Cepea, os preços da carne de frango encerram janeiro com comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo órgão

 

Em algumas praças, o típico enfraquecimento da demanda neste período (menor poder de compra do consumidor brasileiro) pressiona as cotações, enquanto noutras, a oferta enxuta de produtos de origem avícola tem garantido valorizações, segundo explicam pesquisadores do Cepea. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,40/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,27%, custando, em média, R$ 7,45/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, com valor de R$ 4,65/kg, enquanto em Santa Catarina, houve aumento de 1,10%, custando R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (30), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado baixaram 0,72%, custando, respectivamente, R$ 8,24/kg e R$ 8,26/kg.

Cepea/Esalq

 

INTERNACIONAL

 

Exportações para mercados árabes avançaram 22%

Em 2024, as exportações do Brasil para a Liga Árabe tiveram alta de 22,44% sobre o ano anterior, totalizando US$ 23,68 bilhões, informou a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que acompanha o comércio com o bloco de 22 países.  

 

De acordo com o Departamento de Inteligência de Mercado da instituição, o resultado é o segundo recorde consecutivo de vendas para a região e o melhor desempenho de receitas já alcançado desde o início da compilação série histórica de exportações, em 1989, pelo governo brasileiro. O comércio com a Liga Árabe também teve recorde de superávit para o lado brasileiro, de US$ 13,50 bilhões, alta de 55,54% sobre o do ano anterior. A corrente comercial, que é a soma das importações e exportações, também avançou 12,88%, alcançando o recorde de US$ 33,87 bilhões, segundo a entidade. Em 2024, as exportações brasileiras para todos os parceiros no mundo tiveram recuo de 0,78%, somando US$ 337,04 bilhões, segundo dados do sistema federal Comex Stat. Entre os dez principais destinos dos produtos brasileiros, houve recuo nas vendas em seis, inclusive em mercados importantes, como a China, o maior comprador, e a Argentina, o terceiro do ranking. No caso do país asiático, as vendas recuaram em 9,50%, fechando em US$ 94,41 bilhões. As receitas com a Argentina reduziram 17,56%, para US$ 13,78 bilhões. Já entre os parceiros árabes, o cenário foi de avanço. As exportações para os Emirados Árabes Unidos, o maior cliente na região, cresceram 43,57%, para US$ 4,54 bilhões. O Egito, o segundo maior, comprou 72,29% mais, no caso US$ 3,99 bilhões. Mesmo a Arábia Saudita, o terceiro mercado, onde as vendas recuaram 2,83%, houve a aquisição de US$ 3,11 bilhões em produtos brasileiros. A Argélia, o quarto maior cliente, comprou 8,39% mais, total de US$ 2,57 bilhões. O Iraque, o quinto, avançou 49,13%, para US$ 1,91 bilhão em compras. A pauta brasileira de exportações com a Liga Árabe foi prevalente em produtos do agronegócio, que geraram 75,67% das receitas, ou US$ 17,92 bilhões. Os produtos mais vendidos foram açúcar (alta de 34,22’%, para US$ 6,63 bilhões), frango (+9%, US$ 3,58 bi), minério de ferro (+10,51%, US$ 3,08 bi), fora das commodities do agro, além do milho e outros cereais (+28,04%, US$ 2,46 bi) e da carne bovina (+57,72%, US$ 1,75 bi). O desempenho dos principais produtos do agronegócio também foi comparativamente melhor na Liga Árabe em relação ao conjunto das vendas brasileiras. Se nos países árabes, as exportações de açúcar cresceram 34,22%, no todo do planeta, tiveram avanço menor, de 18,14%. As receitas de frango na Liga Árabe foram 9% maiores, crescendo no conjunto do mundo apenas 1,70%. Além disso, os árabes também pagaram melhor pelo frango brasileiro: US$ 2.091,04 a tonelada, contra US$ 1.840,00 a tonelada, na média de todos os negócios globais. Situação parecida ocorreu com a carne bovina. Nos países árabes, as receitas avançaram 57,72% sobre o ano passado, ao passo que, no conjunto das vendas mundiais, o avanço foi expressivo, mas menor, de 21,80%. O milho teve receitas avançando nos árabes 28,04% e recuando 37,20% no conjunto do mundo. A soja agrupada com outras oleaginosas teve queda. Nos árabes, no entanto, o dano foi menor. Na Liga as vendas caíram 15,19%. No mundo, 18,9%.

Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

 

MEIO AMBIENTE

 

Brasil deve ser classificado como ‘risco médio’ de desmatamento por europeus

Integrantes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia deram indicação para comitiva brasileira

 

Uma das principais preocupações dos exportadores de produtos do agronegócio brasileiro, a classificação de risco do Brasil para aplicação da lei antidesmatamento da União Europeia pode ficar no nível médio (“standard”) e não no “alto risco”, como se previa até então. A sinalização foi dada por integrantes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia a uma comitiva de lideranças do agronegócio brasileiro que visitou a Europa na semana passada. A definição deve sair até agosto, disse o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), que esteve na viagem. “Acho que a classificação de risco fica na média pelas sinalizações”, disse a jornalistas nesta segunda-feira (3/2). Se confirmada a categoria “standard”, de risco médio de desmatamento, o Brasil pode ter exigências mais brandas. Na viagem, a comitiva brasileira discutiu o tema com a diretora-geral de Meio Ambiente da Comissão Europeia (DG Envi), Florika Fink-Hoojer, com a presidente do Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu, Veronika Vrecionová, e com representantes do European Landowners Organization (ELO). Houve visitas também a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Também participaram da missão o vice-presidente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, e a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

77% dos municípios paranaenses tiveram saldo positivo de empregos em 2024

Das 399 cidades do Estado, 307 registraram mais contratações com carteira assinada do que desligamentos no último ano, segundo dados do Caged. Curitiba, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Londrina e Maringá registraram a maior quantidade de novas vagas formais criadas

 

Cerca de 77% dos municípios paranaenses registraram um saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada ao longo de 2024, segundo dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Dos 399 municípios do Estado, 307 tiveram um volume de admissões superior ao de desligamentos no último ano, o que fez com o Paraná criasse 128 mil novas vagas de trabalho formal no período. Com 35.277 novos empregos, Curitiba liderou o ranking entre as cidades paranaenses em 2024, resultado de 570.725 admissões e 535.448 demissões ao longo dos 12 meses analisados. As maiores altas na Capital ocorreram no setor de serviços com 23.189 vagas criadas, seguida pela construção civil (5.333), comércio (3.568), indústria (2.995) e agropecuária (192). Atualmente, mais de 808 mil pessoas trabalham com carteira assinada na cidade. A vice-liderança estadual ficou com a cidade de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que teve um saldo de 6.363 empregos gerados. Assim como Curitiba, o destaque foi para as empresas prestadoras de serviços, que abriram mais 3.212 vagas na cidade. Na sequência do ranking de empregos, aparecem as cidades de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, com 6.108 vagas, seguida por Londrina (5.637), Maringá (4.629), Cascavel (4.391) e Foz do Iguaçu (3.075). Colombo, com 2.826 vagas, e Araucária, com 2.211, completam o top 10, reforçando o bom momento econômico da RMC. Dos 307 municípios paranaenses com saldo positivo de empregos em 2024, 23 geraram mais de 1.000 vagas no ano passado. Outros 106 registraram a criação de 100 a 999 novos postos de trabalho cada, enquanto os 178 restantes tiveram variações positivas de até 99 empregos formais. Munhoz de Melo, Ribeirão do Pinhal e Santa Mariana – registraram saldo neutro de empregos no ano passado, com volumes iguais de contratações e desligamentos ao longo de 2024. As outras 89 cidades do Estado tiveram um decréscimo no volume total de empregos formais, sendo que em 82 delas a variação negativa ficou abaixo de 100 vagas.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai pela 11ª sessão no Brasil e tem maior sequência negativa em 20 anos

O dólar fechou em baixa ante o real pela 11ª sessão consecutiva na segunda-feira, na maior sequência de quedas em 20 anos, após os Estados Unidos anunciarem um adiamento de 30 dias na aplicação de tarifas comerciais contra o México, o que pesou sobre as cotações da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes

 

O dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, aos 5,8159 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,8096 reais. Apesar da variação contida em algumas sessões, desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta. No período, o dólar acumulou uma queda de 4,11% frente ao real. Esta é a maior sequência negativa desde o período entre 24 de março e 13 de abril de 2005, quando o dólar fechou em baixa por 14 sessões consecutivas, chegando ao valor de 2,563 reais. Em 2025 a moeda norte-americana acumula baixa de 5,88%. Às 17h28 na B3 o dólar para março -- atualmente o mais líquido no mercado brasileiro -- cedia 0,67%, aos 5,8365 reais. O dólar iniciou o dia em alta ante o real com investidores reagindo à perspectiva de uma guerra comercial entre países. No sábado, os EUA haviam anunciado tarifas de 25% sobre as importações canadenses e mexicanas e de 10% sobre os produtos da China a partir de terça-feira, para atender a uma emergência nacional sobre o opioide fentanil e a entrada de estrangeiros ilegais no território norte-americano. O impulso vindo do exterior, somado ao fato de que o dólar havia recuado 3,78% nas dez sessões anteriores, fez a cotação da moeda norte-americana à vista atingir o pico de 5,9058 reais (+1,20%) às 11h54 desta segunda-feira. A mudança de trajetória da moeda norte-americana ocorreu após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que vai suspender as tarifas planejadas contra o México por 30 dias e que as negociações continuarão para se chegar a um "acordo" entre os dois países. Em uma publicação nas redes sociais após telefonema com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, Trump disse ainda que participaria das negociações. A suspensão das tarifas foi bem recebida pelo mercado e fez o dólar despencar ante o real e ante outras moedas de emergentes, como o próprio peso mexicano. “Com o Trump é só emoção no mercado, tanto para cima quanto para baixo”, comentou à tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “E o dólar a 6,00 reais ou próximo disso estava também muito inflado. Então é normal buscar uma taxa de equilíbrio”, acrescentou, em referência ao fato de a moeda norte-americana ter cedido nas últimas sessões ante o real. Às 16h31, na esteira do acordo entre EUA e México, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,8124 reais (-0,40%), em movimento que também favorecia o recuo das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros). Profissionais ouvidos pela Reuters nas últimas semanas têm pontuado que a sequência de quedas do dólar faz parte de um movimento de ajuste de posições ante o “exagero” das cotações visto no fim de 2025, em meio às preocupações com a política fiscal do governo Lula. A avaliação de que a política tarifária de Trump pode não ser tão agressiva quanto o esperado durante a campanha é outro fator de alívio para as cotações -- no exterior e no Brasil.

Reuters

 

Ibovespa tem leve queda após recuo de Trump em tarifas contra México

Sem o apoio de blue chips, índice não conseguiu suporte e fechou em queda de 0,13%, aos 125.970 pontos, perto da mínima intradiária, de 125.566 pontos

 

O Ibovespa começou o dia pressionado diante dos receios em torno de uma guerra comercial mais ampla após a imposição de duras tarifas dos EUA contra México, Canadá e China. Horas depois, a notícia de que mexicanos e americanos chegaram a um acordo para postergar a implementação das tarifas gerou certo alívio nos mercados: o principal índice da bolsa brasileira chegou a oscilar com um leve viés de alta e bateu os 126.473 pontos na máxima do dia. Porém, sem o apoio das blue chips, o índice não conseguiu suporte e fechou em queda de 0,13%, aos 125.970 pontos, perto da mínima intradiária, de 125.566 pontos. As maiores quedas na sessão foram registradas pelos papéis da Azul, que tiveram perdas de 5,65% após algumas sessões mais positivas. Já a liderança entre as maiores altas ficou para os papéis da Automob, que subiram 3,23%. Ações de elétricas, como a Cemig (+2,10%), também tiveram um dia mais positivo por se beneficiarem de um recuo dos juros futuros longos e por serem vistas como mais defensivas, segundo operadores. Pelas redes sociais, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que teve “boa conversa” com o presidente dos EUA, Donald Trump, e que firmou uma série de acordos com o país. Entre eles está a suspensão das tarifas de 25% contra produtos mexicanos por um mês. Antes, o líder republicano havia determinado a taxação de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá e de 10% contra itens chineses. A sinalização de um acordo, no entanto, pode indicar que o presidente americano está disposto a negociar. A notícia ajudou a promover certo alívio nos ativos domésticos, ainda que o movimento tenha sido mais contido no Ibovespa na comparação com outros mercados. Os juros futuros passaram por um forte fechamento na sessão, com destaque para as taxas de longo prazo, que recuaram com a visão de que o ciclo de aperto do Banco Central pode ser mais contido. Já o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,38%, a R$ 5,8153. “Após a posse do novo governo dos EUA, como não houve anúncios e/ou indicações mais incisivas de novas tarifas, o mercado tirou um prêmio de risco considerável desse evento e hoje está reprecificando isso”, afirma o gestor de bolsa macro do fundo ASA Hedge, Diego Chumah. O profissional explica que as tarifas americanas implicam menos crescimento de forma geral, o que afeta diretamente as bolsas, devido a uma revisão negativa nos lucros. A incerteza dos impactos da política tarifária na inflação no curto prazo também provoca reações diferentes nos bancos centrais, diz Chumah, como uma visão mais inclinada ao aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Valor Econômico

 

Mercado vê inflação ligeiramente mais alta em 2025 e 2026, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação ligeiramente mais alta ao fim deste ano e do próximo, mantendo suas projeções para Selic, Produto Interno Bruto (PIB) e cotação do dólar em ambos os períodos, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA agora é de alta de 5,51% ao fim deste ano, de 5,50% na pesquisa anterior, no que foi a 16ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,28%, de 4,22% anteriormente. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou também a manutenção na expectativa para o nível da taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das previsões para a Selic em 2025 continua sendo de 15,00%, enquanto para 2026 a projeção ainda é de que a taxa atinja 12,50%. Esta é a primeira pesquisa Focus divulgada desde a mais recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic novamente em 1 ponto percentual na quarta-feira passada, a 13,25% ao ano, como havia sinalizado no encontro anterior, repetindo ainda a orientação de que realizará uma alta da mesma magnitude em março. Os membros do Copom, no entanto, não forneceram indícios sobre os próximos passos para além de março. A ata da reunião do Copom será divulgada na terça-feira. Analistas também têm demonstrado preocupações com o início do governo de Donald Trump nos EUA. A expectativa é de que as medidas do presidente, que incluem tarifas de importação, possam fortalecer o dólar e prejudicar ativos e as economias de países emergentes. Trump confirmou no fim de semana sua promessa de impor tarifas sobre México, Canadá e China, indicando que as taxas entrarão em vigor na terça-feira. No Focus desta segunda, houve ainda manutenção na expectativa para o dólar em 2025 e 2026, com as projeções indicando que a moeda norte-americana encerrará este ano e o próximo em 6,00 reais. Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 2,06% neste ano, mesma projeção da semana anterior. Em 2026, a expectativa é de que a expansão seja de 1,72%, também repetindo a mediana do levantamento anterior.

Reuters

 

POWERED BY

EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA

041 3289 7122

041 99697 8868

 

 

0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page