
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 794|03 de fevereiro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Semana marcada pelo enfraquecimento da arroba do boi gordo
Maior oferta de fêmeas gordas ao mercado contribui para a tendência de baixa nas cotações, relata a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$315,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias.
O mercado brasileiro do boi gordo fechou a semana mantendo o viés de baixa nas praças brasileiras, um reflexo do aumento na oferta de fêmeas gordas, além de uma demanda doméstica pela carne bovina ainda bastante enfraquecida. Segundo a Agrifatto, uma das razões para a maior oferta de vacas para abate neste momento é o atual processo de recuperação das pastagens naturais, o que tem acelerado o ganho de peso e facilitado a comercialização desse tipo de categoria. “Como as fêmeas, vacas e novilhas atingem o peso ideal mais rapidamente que os machos, os frigoríficos vêm priorizando este tipo de produto, reduzindo, assim, a necessidade de compra de bois terminados”, justificam os analistas da Agrifatto. Além disso, diz a consultoria, o avanço na disponibilidade de fêmeas é motivado pelo movimento sazonal de descarte das fêmeas que não emprenharam durante a última estação de monta. Com isso, na sexta-feira, 31/1, com persistência da pressão baixista, o preço médio do boi gordo em São Paulo caiu para R$ 325/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China”), de acordo com os dados apurados pela Agrifatto. Nas outras 16 regiões monitoradas diariamente pela consultoria, a cotação média do animal terminado cedeu para R$ 302,50/@. “Cinco das 17 praças acompanhadas registraram desvalorização nos preços da arroba: SP, GO, MG, MS e PR”, informa a Agrifatto. As outras 11 regiões mantiveram suas cotações inalteradas, acrescenta. No mercado futuro de quinta-feira (30/1), na B3, houve desvalorização em todos os contratos do boi gordo. O contrato com vencimento em março de 2025 encerrou o dia cotado a R$ 318,35/@, com queda de 1,67% sobre quarta-feira. Após algumas semanas de estabilização, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros voltaram a andar e fecharam a semana com 8 dias de programações preenchidas, na média nacional, de acordo com levantamento da Agrifatto. A principal justificativa para esse aumento das programações, diz a consultoria, é justamente a maior oferta de fêmeas ao mercado. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (31/1), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$325,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$ 315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha R$290,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de sete dias;
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Programações de abate
Segundo a consultoria Agrifatto, as programações de abate em Goiás e Mato Grosso tiveram avanço de dois dias entre a sexta-feira, 31/1 e a outra sexta-feira 24/1, fechando em 7 e 8 dias úteis, respectivamente.
Em Minas Gerais, as escalas registraram um acréscimo de 1 dia útil em relação à sexta-feira anterior, encerrando com 9 dias úteis. No estado de São Paulo, também houve um avanço semanal de 1 dia nas programações, encerrando a semana com 8 dias úteis. Em Tocantins, as escalas registraram recuo de 2 dias úteis, fechando a sexta-feira com uma média de 8 dias úteis. Paraná e Pará também registraram recuo, ambos de 1 dia útil, e finalizaram a semana com programações de 6 e 7 dias de abate, respectivamente. No Mato Grosso do Sul e Rondônia, por sua vez, as programações ficaram estáveis entre uma semana e outra, com escalas em 7 e 10 dias úteis, respectivamente.
Agrifatto
SUÍNOS
Mercado de suínos fechou a sexta-feira (31) com valores estáveis
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 12,20/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (30), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,96/kg), Paraná (R$ 7,66/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,91/kg), Santa Catarina (R$ 7,66/kg), e São Paulo (R$ 7,90/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: sexta-feira (31) de maioria de cotações estáveis. Alta no PR
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,40/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,40%, custando, em média, R$ 7,47/kg.
No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg, enquanto no Paraná, houve aumento de 9,67%, custando R$ 4,65/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (30), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,30/kg e R$ 8,32/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Carne encerra janeiro com movimentos distintos de preços
Os preços da carne de frango encerram janeiro com comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea
Em algumas praças, o típico enfraquecimento da demanda neste período (menor poder de compra do consumidor brasileiro) pressiona as cotações, enquanto noutras, a oferta enxuta de produtos de origem avícola tem garantido valorizações, segundo explicam pesquisadores do Cepea. Quanto aos cortes, colaboradores do Centro de Pesquisas apontam que as vendas enfraquecidas levaram indústrias a reajustarem negativamente os valores dos produtos, para evitar o acúmulo de estoques.
Cepea
EMPRESAS
Faturamento da Copacol cresce 8% em 2024 e sobras foram recorde
Associados receberam R$ 270 milhões em sobras, 64% superior ao distribuído em 2023. Faturamento da Copacol alcançou R$ 10,6 bilhões no ano passado
A cooperativa paranaense Copacol faturou R$ 10,6 bilhões em 2024, 8% mais que no ano anterior. O resultado permitiu que seus associados recebessem o recorde de R$ 270 milhões em sobras, 64% superior ao distribuído em 2023. O resultado foi apresentado pelo diretor-presidente, Valter Pitol, durante Assembleia Geral Ordinária realizada nesta sexta-feira, em Cafelândia. Metade das sobras foram pagas em dezembro e o restante será na próxima terça-feira (4/2). Os cooperados receberão R$ 2 por saca de soja, R$ 1 por saca de milho, R$ 0,50 por saca de trigo e R$ 15 por saca de café fixadas na cooperativa. Também haverá pagamento de 3,6% sobre o que foi comprado em insumos e 2,7% em supermercado e rações. As sobras contemplam ainda R$ 0,10 por litro de leite, R$ 9,13 por leitão e R$ 0,36 por quilo de suíno (referência R$ 99/cabeça) entregues à Central Frimesa. Por ave, o total será de R$ 0,1960 (cabeça), ovos Cobb R$ 0,089 a unidade e ovos AP, R$ 0,078. Na piscicultura, o valor repassado será de R$ 0,0227 por unidade de juvenil e R$ 0,3315 por quilo de peixe. A avicultura foi a atividade com maior participação no faturamento bruto da Copacol, com 52,2% do total. Com safras recordes, a produção atingiu 2 milhões de toneladas de grãos recebidos nas unidades Copacol. A assembleia também elegeu o novo Conselho Fiscal para o exercício de 2025. Os membros efetivos são Alex Bini Ferreira (Jesuítas), Paulo Oenning (Nova Aurora) e Jelci Lucia de Ré Motta (Cafelândia); os membros suplentes são Nélida Mara Guerreiro (Formosa do Oeste), Paulo José da Silva (Formosa do Oeste) e Célio Baldussi (Cafelândia).
Globo Rural
INTERNACIONAL
Rebanho bovino dos EUA cai para o nível mais baixo em 74 anos, diz USDA
O tamanho do rebanho bovino dos Estados Unidos caiu para seu nível mais baixo desde 1951 em 1º de janeiro, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), na sexta-feira
Os fazendeiros reduziram seus rebanhos enviando mais animais para o abate, em vez de mantê-los para reprodução, após uma seca que durou anos e reduziu pastagens e aumentou os preços da ração para o gado. Os EUA tinham 86,7 milhões de bovinos e bezerros, abaixo dos 87,2 milhões de cabeças do ano anterior, segundo dados do USDA.
Reuters
Filipinas abre as portas para a carne bovina in natura do Uruguai
Mercado filipino é um dos importantes canais de escoamento da proteína brasileira no exterior
O Uruguai comemora a aprovação do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para a exportação de carne bovina congelada (com e sem osso), além de vísceras, para o mercado filipino, informa o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP). “Esta conquista conclui um processo iniciado em 2022 e reafirma o compromisso do país com a abertura de novos destinos comerciais”, diz o ministério. Localizada no Sudoeste Asiático e com mais de 116 milhões de habitantes, as Filipinas estão entre os 20 maiores importadores de carne bovina do mundo. Entre seus fornecedores, destaque para o Brasil, além da Índia – juntos, os dois países são responsáveis por 75% de toda a carne bovina in natura importada enviada ao mercado filipino, segundo informa o chefe de acesso ao mercado e inteligência do Instituto Nacional de Carnes (INAC), Álvaro Pereira. Austrália, Nova Zelândia, EUA, entre outros países, também exportam para as Filipinas, entregando cortes bovinos de maior valor agregado. Porém, o maior interesse das Filipinas é pelos cortes de animais criados a pasto, o “boi de capim”, justamente o tipo de produto que é exportado hoje pelo Brasil, Austrália e Nova Zelândia. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 2024, o Brasil embarcou 92 mil toneladas de carne bovina in natura para o mercado filipino, ante 55,9 mil toneladas enviadas em 2023. O funcionário do INAC lembra que as Filipinas não exigem um rito Halal no abate, o que significa que se pode “pensar em marketing de uma forma muito natural e fluída”. Segundo dados levantados pelo INAC, as Filipinas têm uma das maiores e mais ativas economias do Sudeste Asiático. O crescimento anual da sua economia nos últimos anos tem oscilado em torno de 6%, com previsão de números semelhantes nos próximos anos. Além disso, espera-se que o número de famílias com alto nível de renda disponível aumente em cerca de 50% até 2026. A população das Filipinas, relata o INAC, está crescendo cerca de 1,5% ao ano e é predominantemente jovem: metade da população tem 26 anos ou menos (no Uruguai, metade da população tem 36 anos). Em 2023, as Filipinas importaram US$ 539 milhões em carne bovina, o que equivale a 16% das importações da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático). Em volume, o país importou 181 mil toneladas, das quais 99% congeladas e 93% desossadas. Nos últimos dez anos, o valor das importações cresceu a uma taxa média anual de 8%, impulsionado principalmente pelo aumento dos volumes colocados pelo Brasil e pela Índia. No entanto, as importações de carne da Austrália e dos Estados Unidos cresceram a uma taxa média anual de 9%, mostrando um aumento contínuo no segmento de alto valor. A tarifa padrão para carne bovina desossada e congelada, tanto resfriada quanto congelada, é de 10%, informa o INAC. Austrália e Nova Zelândia têm acesso ao mercado filipino sem pagar tarifas devido ao Acordo de Livre Comércio assinado com os países membros da ASEAN. A Índia, por sua vez, assinou um Acordo de Livre Comércio pelo qual tem acesso a uma tarifa preferencial de 5%, exceto para cortes desossados congelados (sem tarifas). Outros fornecedores entram no mercado filipino sob as mesmas condições tarifárias do Uruguai, ou seja, enfrentando a tarifa padrão. Essa tarifa está abaixo da tarifa média paga atualmente à carne bovina uruguaia, que é de 12%, compara o INAC.
Portal DBO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
31 mil vagas: indústria do Paraná é segunda que mais gerou empregos em 2024
Desempenho do setor industrial foi o melhor dos últimos três anos, além de ter contribuído de forma direta para que o Estado terminasse o ano com um saldo 128 mil vagas de emprego formal criadas. Indústrias ligadas à produção de alimentos lideraram as contratações com 9.472 vagas.
O Paraná terminou 2024 como o segundo Estado que mais gerou empregos formais no setor da indústria no Brasil, de acordo com os dados mais recentes do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho. No ano passado, as empresas deste segmento foram responsáveis pela criação de 31.302 novas vagas de trabalho com carteira assinada, ficando atrás apenas de São Paulo, com uma população quatro vezes maior, e que registrou um saldo de 92.486 vagas. O relevante desempenho da indústria paranaense é resultado da contratação de 397.588 trabalhadores no ano, período em que também houve 366.286 desligamentos. Com isso, o Paraná começou 2025 com 789.629 trabalhadores formalmente empregados em empresas ligadas à produção industrial. A indústria também teve um papel fundamental para que o Paraná chegasse a 128 mil vagas de emprego geradas em 2024, sendo responsável por 24% dos novos empregos criados no período. Em âmbito geral, o Estado foi o quarto do Brasil que mais gerou empregos no último ano levando em conta todos os setores econômicos. “O Paraná consolidou sua posição como um dos motores da economia brasileira ao conquistar o segundo lugar no ranking nacional de geração de empregos”, comentou o secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes. “Ficar atrás apenas de São Paulo, um estado com dimensões e industrialização muito maiores, demonstra a força e a pujança da economia paranaense”. O saldo de empregos de 2024 também representa o melhor desempenho dos últimos três anos, superando 2022, quando foram criadas 15.013 vagas, e 2023, ano em que houve 7.102 novas contratações. O saldo ficou abaixo apenas de 2021, ano de retomada das contratações na indústria e em outros setores econômicos após o período mais crítico da pandemia da Covid-19. Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos, os indicadores consolidados do ano passado demonstram que o setor está no caminho certo. “O expressivo número de postos de trabalho criados pela indústria do Paraná em 2024 é mais uma mostra da grande força do nosso setor, que contribui assim para a geração de renda e oportunidades em nosso estado”, afirmou. Apesar do cenário favorável em nível estadual, o presidente da Fiep pondera que é necessário superar fatores locais e nacionais para que as indústrias continuem expandindo suas atividades e contratando mais trabalhadores. Entre estes desafios, ele elenca a crescente demanda por mão de obra especializada, cada vez mais disputada entre as empresas, bem como as seguidas altas na taxa básica de juros pelo Banco Central em decorrência da inflação. As indústrias ligadas à produção de alimentos industrializados lideraram a geração de empregos no Paraná com 9.472 novas vagas. Na sequência, aparecem as indústrias automotivas, com 3.384 vagas, as ligadas à manutenção e reparação de máquinas e equipamentos (2.732), produção de móveis (2.388), borracha e material plástico (2.288). Dos 24 segmentos analisados pelo Novo Caged, apenas dois registraram saldo negativo no Estado: confecção e artigos de vestuário, com 1.163 desligamentos a mais do que admissões, e fumo, que ficou praticamente estável, com o fechamento de 13 postos de trabalho.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai pela 10ª sessão consecutiva com foco em Ptax e tarifas dos EUA
O dólar completou na sexta-feira a décima sessão consecutiva de queda no Brasil, com a moeda chegando a tocar nos 5,80 reais durante a sessão, marcada pela disputa de investidores pela formação da taxa Ptax de fim de mês e pela expectativa em torno da adoção pelos EUA de tarifas sobre produtos do México, do Canadá e da China
O dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, aos 5,8355 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,8096 reais. Apesar do movimento contido em algumas sessões, desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta. Na semana a divisa acumulou queda de 1,40% e, em janeiro, baixa de 5,56%. Às 17h05 na B3 o dólar para março -- que se tornou o mais líquido na sessão desta sexta-feira -- cedia 0,57%, aos 5,8705 reais. A moeda norte-americana começou o dia em alta firme, em meio aos temores globais de que o governo de Donald Trump possa impor tarifas de importação ao México e ao Canadá, como vem prometendo. A disputa no mercado pela formação da Ptax também trazia volatilidade aos negócios, com investidores comprados tentando impulsionar as cotações após os recuos recentes. Calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). Neste cenário, o dólar à vista marcou a máxima de 5,9030 reais (+0,85%) às 9h08, pouco depois da abertura, mas rapidamente perdeu força e atingiu a mínima de 5,8014 reais (-0,88%) às 10h07 -- horário dentro de uma das janelas de coleta de cotações pelo BC para cálculo da Ptax. A volatilidade foi grande nas janelas seguintes de coleta de preços pelo BC, perto de 11h00, 12h00 e 13h00. Mesmo depois de formada a Ptax (5,8301 reais na venda), a volatilidade seguiu alta ao longo da tarde. Notícia da Reuters de que Trump iria impor tarifas ao México e ao Canadá apenas a partir de 1ª de março -- e não imediatamente -- deu fôlego perto das 14h00 a algumas moedas de países emergentes, como o próprio peso mexicano e o real. Em reação, o dólar voltou a ficar abaixo de 5,82 reais. No meio da tarde, porém, a Casa Branca rebateu a matéria da Reuters e informou que imporá tarifas de 25% sobre o Canadá e o México, além de 10% sobre a China. Conforme o governo norte-americano, as tarifas entrarão em vigor no sábado, 1º de fevereiro. O desmentido fez o dólar recuperar força ante as demais moedas, inclusive o real. Ainda assim, a divisa encerrou a sexta-feira no território negativo no Brasil.
Reuters
Brasil fecha 2024 com taxa média anual de desemprego de 6,6%, mais baixa da série
A taxa de desemprego no Brasil ficou ligeiramente acima do esperado no quarto trimestre, mas encerrou 2024 com a taxa média mais baixa da série histórica em meio a um mercado de trabalho resiliente que enfrenta neste ano ainda mais aperto da política monetária
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na sexta-feira que a taxa ficou em 6,2% no trimestre até dezembro, de 6,4% nos três meses até setembro. O resultado mostrou forte recuo em relação ao quarto trimestre de 2023, quando a taxa de desemprego havia ficado em 7,4%, mas aumentou na comparação com o trimestre finalizado em novembro, quando foi de 6,1%. Com o resultado, a taxa média anual foi de 6,6% em 2024, de 7,8% em 2023, marcando o resultado anual mais baixo da série histórica iniciada em 2012. "Na nossa visão, o mercado de trabalho continuará aquecido, e o Brasil deve manter a taxa de desemprego próxima a 6% no fim deste ano e do próximo -- um patamar bastante baixo para os nossos padrões históricos", disse em nota Claudia Moreno, economista do C6 Bank. O mercado de trabalho aquecido com renda alta vem dando suporte ao crescimento econômico, alimentando o consumo de bens e serviços. “Os resultados de 2024 indicaram a manutenção da trajetória de crescimento contingente de trabalhadores ... Em 2023 e 2024 os ganhos ainda expressivos, mesmo após a recuperação de ocupação após a pandemia, foram fundamentais para o alcance desses recordes”, destacou a coordenadora do IBGE Adriana Beringuy. "Em nossa visão, é cedo para falar em desaceleração relevante no mercado de trabalho para alívio no cenário de inflação e da política monetária. Mantemos nossa previsão de que o BC realizará um ciclo de aperto monetário acelerado, com um aumento de 100 pontos-base na reunião de 19 de março, seguido por um ajuste de 75 pontos-base em 7 de maio, elevando a taxa Selic para 15%", disse em nota Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital. Nos três meses até dezembro, o número de desempregados caiu 2,5% em comparação com o terceiro trimestre, chegando a 6,823 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve recuo de 15,6%. Já o total de ocupados aumentou 0,8% ante o trimestre imediatamente anterior e 2,8% sobre o mesmo período de 2023, a 103,818 milhões de pessoas
O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado subiu 0,7% no quarto trimestre em comparação com o terceiro, enquanto os que não tinham carteira apresentaram recuo de 0,9%. Na média anual, houve redução de 1,1 milhão de pessoas no contingente de desempregados em 2024 frente a 2023, atingindo 7,4 milhões, o que representa o menor contingente desde 2014. A população ocupada média em 2024, por sua vez, foi recorde na série histórica com 103,3 milhões de pessoas, 2,6% acima de 2023. No trimestre encerrado em dezembro, o rendimento médio habitual dos trabalhadores subiu 1,4% em relação ao terceiro trimestre, chegando a 3.315 reais, o que representa avanço de 4,3% ante o mesmo período de 2023. O IBGE destacou ainda que o valor anual do rendimento real habitual foi estimado em 3.225 reais, um aumento de 3,7% na comparação com 2023, também batendo novo recorde -- o maior resultado da série havia sido em 2014 (3.120 reais).
Reuters
Ibovespa fecha em queda, mas confirma primeira alta mensal em cinco meses
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, refletindo ajustes após disparar na véspera, com as ações da Vale entre as maiores pressões negativas, mas ainda assegurou uma performance positiva no mês, o que não acontecia desde agosto do ano passado
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 0,61%, a 126.134,94 pontos, após marcar 127.531,99 pontos na máxima -- maior nível intradia desde 12 de dezembro --, e 126.057,34 pontos na mínima do pregão. Com tal desempenho, o Ibovespa acumulou uma alta de 3,01% na semana e de 4,86% em janeiro, quebrando uma série de quatro perdas mensais, ajudado pela entrada líquida de 4,1 bilhões de reais de estrangeiros neste mês até o dia 29. O volume financeiro nesta sexta-feira somou 21,65 bilhões de reais. De acordo com o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, o mercado teve um dia parado, com volume baixo, e, após a alta da véspera, quando o Ibovespa fechou com elevação de 2,82%, era natural alguma realização de lucros. Ele avaliou que dados mostrando que a dívida pública bruta do Brasil fechou 2024 abaixo do esperado, caindo para 76,1% do PIB em dezembro, de 77,7% em novembro, evitaram uma correção negativa mais expressiva. "É um bom sinal", afirmou. A expectativa em pesquisa da Reuters apontava para 77,0%. Declarações da Casa Branca de que os Estados Unidos vão implementar tarifas de 25% para produtos do Canadá e México e de 10% para produtos da China a partir do sábado também minaram a segunda tentativa neste ano do Ibovespa de fechar acima dos 127 mil pontos -- isso não ocorre desde meados de dezembro. Na próxima semana, a cena norte-americana tende a continuar no radar, mas a ata da última reunião do Banco Central do Brasil também estará sob os holofotes, após o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizar mais uma alta de 1 ponto percentual na Selic em março, mas deixar em aberto os próximos passos.
Reuters
Dívida pública bruta do Brasil fecha 2024 abaixo do esperado, em 76,1%, após venda de reservas
A dívida pública bruta do Brasil fechou 2024 em patamar abaixo do esperado pelo mercado, com ajuda da venda de reservas internacionais pelo Banco Central em dezembro para fazer frente a uma forte volatilidade cambial diante da saída de dólares do país
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou dezembro em 76,1%, contra 77,7% no mês anterior. A expectativa em pesquisa da Reuters era de 77,0% para esse indicador. O resultado no fechamento do ano é 2,2 pontos percentual mais alto do que o observado no encerramento de 2023, quando ficou em 73,8% do PIB. Já a dívida líquida foi a 61,1%, de 61,2% em novembro, enquanto as projeções de mercado apontavam para um resultado de 61,0%. As intervenções do BC, incluindo a venda de dólares à vista, somaram mais de 30 bilhões de dólares em dezembro. Ao fazer vendas de reservas internacionais, o BC reduz o volume de reais em circulação na economia e, como consequência, ajusta a liquidez no mercado ao reduzir a oferta de operações compromissadas -- venda de títulos públicos com compromisso de recompra. Esse movimento acaba reduzindo a dívida pública bruta. No último mês do ano, o setor público consolidado registrou um superávit primário de 15,745 bilhões de reais, acima da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo positivo de 10,2 bilhões de reais. O desempenho mostra que o governo central teve saldo positivo de 26,728 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de 12,018 bilhões de reais e as estatais tiveram superávit de 1,035 bilhão de reais, mostraram os dados do BC. No acumulado de 2024, o setor público teve um déficit de 47,553 bilhões de reais. O dado é composto por um saldo negativo de 45,364 bilhões de reais do governo central, um superávit de 5,885 bilhões de reais dos governos regionais e um déficit de 8,073 bilhões de reais das empresas estatais. Na quinta-feira, o Tesouro Nacional afirmou que o resultado do governo central cumpriu o objetivo para o ano após a exclusão de créditos extraordinários que não são computados na meta, principalmente os desembolsos para mitigar os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul. O déficit primário, segundo o Tesouro, ficou em 0,09% do PIB, próximo à meta de déficit zero, que tem tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB.
Reuters
POWERED BY
EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
ความคิดเห็น