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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 793 DE 31 DE JANEIRO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 793 | 31 de janeiro de 2025

                                         

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Boi gordo: preço recua em importantes praças brasileiras

A Scot Consultoria apurou quedas nas cotações da arroba dos animais terminados e abatidos em SP; bovino "comum" teve baixa de R$ 2/@, fechando o dia valendo R$ 325/@, no prazo. No Paraná o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de seis dias.

 

A demanda reduzida pela carne bovina e a leve retração nos preços dos cortes no mercado atacadista intensificaram a pressão de baixa sobre a arroba do boi gordo, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte do País, relata a Agrifatto. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, na quinta-feira (30/1), as cotações para todas as categorias terminadas recuaram no Estado de São Paulo. O boi gordo “comum” caiu R$ 2/@, para R$ 325/@, enquanto a vaca teve queda diária de R$ 5/@ (agora apregoada em R$ 298/@) e a cotação da novilha sofreu retração de R$ 3/@, comercializada em R$ 312/@. Por sua vez, o “boi-China”, base SP, está cotado em R$ 322/@, uma baixa de R$ 3/@ sobre o dia anterior. Na quarta-feira (29/1), segundo apurou a Agrifatto, os frigoríficos brasileiros obtiveram ligeira vantagem na disputa com os pecuaristas, resultando na desvalorização da arroba em 6 das 17 praças monitoradas pela consultoria: SP, GO, MG, MS, PA e TO. Nas demais 11 regiões, as cotações permaneceram inalteradas, informa a Agrifatto. “As negociações seguiram em ritmo lento, com volumes apenas suficientes para garantir escalas atendendo sete abates, na média nacional”, relata a Agrifatto, ainda referindo-se aos negócios de quarta-feira. Nesta quinta-feira (30/1), apesar da persistência da pressão baixista, o preço médio do boi gordo em São Paulo seguiu estável em R$ 330/@, de acordo os dados da Agrifatto. Nas outras 16 regiões de monitoramento da Agrifatto, a cotação dos animais terminados também permaneceu inalterada, mantendo-se em R$ 303,80/@. No cenário internacional, hoje marca o início do Ano Novo Lunar Chinês – o Ano da Serpente -, com festividades que se estenderão até o dia 4 de fevereiro, resultando na paralisação dos importadores e na inatividade do mercado, prevê a Agrifatto. Preços do boi gordo desta quinta-feira (30/1) nas principais praças brasileiras, conforme dados apurados pela Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$315,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$ 320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias; Pará — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de sete dias; Goiás — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$270,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de sete dias.

Portal DBO/Agrifatto/Scot Consultoria 

 

Por que a carne está tão cara para o consumidor? Especialistas explicam

Com o produto pesando na inflação, população elevou o consumo de opções mais em conta, como frango e suíno Preço da carne bovina aumentou 20,84% em 12 meses

A carne bovina pesou no bolso do consumidor em 2024. O preço no período de 12 meses aumentou 20,84%, a maior variação em cinco anos, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo especialistas, é resultado do aumento da demanda tanto interna quanto externa, principalmente no segundo semestre do ano passado e o ciclo de produção pecuária. O pesquisador e coordenador do Mestrado Profissional em Agronegócio da FGV Agro, Felippe Serigati, explica que políticas fiscais expansionistas têm injetado mais dinheiro no mercado interno. "Quando há mais dinheiro circulando na economia, seja no bolso das famílias ou nas empresas, isso se traduz em maior demanda", diz. Da mesma forma, a demanda externa atingiu volume recorde em 2024, com exportações de mais de 2,9 milhões de toneladas. Serigati explica que as dificuldades de outros fornecedores ampliam espaço do Brasil nas vendas mundiais, especialmente para os Estados Unidos e China, principais destinos da carne bovina brasileira. "O Brasil tem atendido uma parte da demanda norte-americana, enquanto países como Austrália e Argentina estão se recuperando de problemas em seus rebanhos", explica. À demanda aquecida, soma-se o atual cenário de oferta. A queda nos preços da carne bovina, entre janeiro de 2023 e agosto de 2024, desestimulou a produção de boi gordo. “Com a oferta mais baixa, houve um aumento natural de preços quando a demanda interna e externa se aqueceu”, diz Lygia Pimentel, diretora da Agrifatto. A valorização do boi, verificada a partir do último trimestre de 2024, elevou também o preço do bezerro. De acordo com indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a arroba do boi gordo era negociada na quarta-feira (29/01) a R$ 325,85. Já o bezerro de peso médio de 221,45 quilos era cotado a R$ 2.639,34. "A alta é resultado da estratégia dos pecuaristas de reter mais fêmeas em vez de vendê-las para o abate, visando aumentar a produção futura", diz Serigatti. Contudo, esse aumento não será imediato: o ciclo de produção de gado bovino pode levar entre 40 e 50 meses desde a prenhez da vaca até o abate do boi gordo. “O que se observa hoje é o começo de uma nova fase de alta nos preços, após um período de liquidação de fêmeas, essenciais para a produção de bezerros”, afirma Lygia. Essa liquidação foi uma resposta dos produtores às dificuldades financeiras enfrentadas em 2023 e 2024. Assim, a valorização do bezerro nos últimos meses dá sinais de que a carne bovina poderá manter preços altos até pelo menos 2026. Serigatti avalia que qualquer mudança drástica nos preços dependerá de fatores externos imponderáveis, como restrições comerciais ou problemas de abastecimento em outros países. "É difícil ver uma queda no preço da carne no curto prazo, exceto se acontecerem eventos extraordinários", diz. Com o preço carne bovina apertando mais o orçamento do brasileiro, demanda por outras carnes tem aumentado. Avicultura e suinocultura registraram recordes de produção em 2024, e a situação pode se repetir neste ano. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção de carne de frango se situou em 15 milhões de toneladas. Deste volume, 9,7 milhões de toneladas foram destinadas ao mercado interno, onde o consumo per capita cresceu 1,1% para 45,6 quilos. Já a produção de carne suína foi de 5,35 milhões de toneladas, das quais 4 milhões foram comercializadas no mercado interno, com destaque para o consumo per capita que cresceu 3,8%, para 19 quilos. De acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de carne bovina no Brasil, que somou 10,9 milhões de toneladas em 2024, deve cair 5%, para 10,37 milhões em 2025. E o consumo per capita, que segundo o órgão somou 35 quilos por habitante no ano passado, deve cair para 31,9 quilos este ano.

Valor Econômico

 

SUÍNOS

 

Carcaça suína sobe e se destaca em meio a cotações estáveis o mercado na quinta-feira

A estabilidade predominou entre as cotações no mercado de suínos na quinta-feira (30), com exceção para alta de 1,67% no valor da carcaça em São Paulo

 

De acordo com análise divulgada pelo Cepea, após caírem por quase dois meses, os preços do suíno vivo e dos cortes encerram janeiro com comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo órgão. Nos casos de altas, o Centro de Pesquisas indica que o impulso veio do incremento da demanda da indústria por novos lotes de animais para abate. A redução dos preços em algumas praças, por outro lado, foi influenciada pelo enfraquecimento da procura, devido ao menor poder de compra da população nesta segunda metade do mês. Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, enquanto a carcaça especial subiu 1,67%, fechando em R$ 12,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (29), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,96/kg), Paraná (R$ 7,66/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,91/kg), Santa Catarina (R$ 7,66/kg), e São Paulo (R$ 7,90/kg. 

Cepea/Esalq 

 

Suinocultura independente: setor começou a dar sinais de alta na quinta-feira (30)

Ao longo do mês de janeiro, os preços na suinocultura independente se mantiveram estáveis por várias semanas, e na quinta-feira (30), as Bolsas de Suínos nas principais praças que comercializam os animais nesta modalidade mostraram movimentação positiva

 

Em São Paulo, o preço subiu, passando de R$ 8,11/kg vivo para R$ 8,32/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 18.800 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, após sete semanas na estabilidade, o preço subiu, saindo de R$ 8,00/kg vivo para R$ 8,30/kg, mas sem acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, passando de R$ 7,73/kg vivo para R$ 7,83/kg.

APCS /ACCS/ Asemg 

 

Exportações de suínos fazem história no PR

Na quinta-feira o Deral também divulgou o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 24 a 30 de janeiro. Além de comentar a safra, o documento traz ainda informações sobre o marco histórico atingido pelo Paraná no segundo semestre do ano passado em relação à exportação de suínos

 

Foi a primeira vez que o Estado conseguiu ultrapassar a barreira de 100 mil toneladas exportadas em um semestre. De julho a dezembro foram enviados para o Exterior 104,3 mil toneladas de carne suína. O recorde anterior era do segundo semestre de 2023, com 87,5 mil toneladas. Esse crescimento nas exportações, em comparação com o mesmo período de 2023, foi impulsionado pela expansão das vendas para importantes parceiros comerciais, como: Uruguai (+17,8% ou 2,4 mil t), Vietnã (+40,8% ou 4,3 mil t), Singapura (+5,8% ou 781 t), Argentina (+386,2% ou 7,9 mil t), Cuba (+17,7% ou 279 t) e Libéria (+36,3% ou 422 t). Além disso, houve abertura de novos mercados, como Filipinas (+10,2 mil t) e República Dominicana (+2,2 mil t). Também há registro do preço recebido pelo produtor para o litro de leite, que foi de R$ 2,75 na última semana. No varejo, o preço de derivados de lácteos iniciou o ano com pequeno recuo dos preços.

SEAB-PR/DERAL

  

FRANGOS

 

Mercado do frango registra recuo nos preços da ave congelada ou resfriada na quinta-feira (30) em SP

Os preços da ave congelada ou resfriada em São Paulo tiveram recuo nesta quinta-feira (30), com o restante das cotações na estabilidade

 

Enquanto as cotações do frango vivo estão enfraquecidas, as do milho sobem e as do farelo de soja seguem praticamente estáveis. Com a baixa liquidez das vendas de produtos de origem avícola nesta segunda quinzena de mês, devido ao menor poder de compra da população, compradores se mostram retraídos na aquisição de novos lotes de animais para abate, ainda conforme acompanhamento do Cepea. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,40/kg, assim como o frango no atacado, custando, em média, R$ 7,50/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,24/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (29), a ave congelada teve recuo de 0,84%, atingindo R$ 8,30/kg, enquanto o frango resfriado caiu 1,30%, fechando em R$ 8,32/kg.

Cepea/Esalq  

 

Genética avícola do Brasil consolida mercado na América Latina e África

As exportações brasileiras de genética avícola (incluindo pintos de um dia e ovos férteis) cresceram 2,8%, alcançando 27.229 toneladas em 2024, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)

 

A receita gerada pelos embarques chegou a US$ 238,2 milhões em 2024, saldo 0,8% menor na comparação com o total exportado no ano anterior. O México fechou o ano como principal importador de genética avícola do Brasil, com 9.378 toneladas entre janeiro e dezembro, número 30,6% menor em relação a 2023. Em seguida estiveram Senegal, com 4.608 toneladas (+22,1%); Venezuela, com 3.909 toneladas (+521,1%); África do Sul, com 3.459 toneladas (+45,7%); e Paraguai, com 2.634 toneladas (-4%). “Graças ao status sanitário brasileiro, o setor de genética avícola nacional vem apoiando países que enfrentaram situações sanitárias ou que estão recompondo seus plantéis com genética de alta qualidade. Neste contexto, novamente o setor fechou o ano com desempenho positivo e boas expectativas para o ano de 2025”, avaliou o presidente da ABPA, Ricardo Santin, no início deste mês.

Carnetec

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

128 mil vagas: Paraná fecha 2024 como 4º estado que mais gerou empregos no Brasil

O Estado chegou a um estoque de 3.218.470 pessoas empregadas com carteira assinada. Na comparação com os dados de 2023, o crescimento no estoque de empregados foi de 4,14%, uma variação superior a São Paulo (3,31%), Rio de Janeiro (3,88%) e Minas Gerais (2,92%), estados mais populosos do país.

 

O Paraná encerrou o ano de 2024 com um saldo positivo de 128.012 novas vagas de emprego com carteira assinada, de acordo com Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O desempenho paranaense foi o quarto melhor do Brasil, atrás apenas de São Paulo (459.371), Rio de Janeiro (145.240) e Minas Gerais (139.503), que são estados mais populosos. O saldo de novas vagas é a diferença entre as 1.989.713 admissões e os 1.861.701 desligamentos realizados no Estado ao longo do ano. Logo atrás do Paraná, ficaram Santa Catarina (106.392), Bahia (84.726), Rio Grande do Sul (63.551), Pernambuco (62.233), Goiás (56.786). Em todo o Brasil, o saldo de novas vagas de acordo com o Caged foi de 1.693.673. Com os dados divulgados nesta quinta-feira, o Paraná chegou a um estoque de 3.218.470 pessoas empregadas com carteira assinada. Na comparação com os dados de 2023, o crescimento no estoque de empregados foi de 4,14%, uma variação superior a estados como São Paulo (3,31%), Rio de Janeiro (3,88%), Minas Gerais (2,92%), Bahia (4,13%), Rio Grande do Sul (2,29%) e Goiás (2,74%). Em janeiro, foram criadas 19.194 vagas, seguido por fevereiro (32.960), março (18.012), abril (18.195), maio (8.447), junho (13.797), julho (14.306), agosto (13.244), setembro (15.094), outubro (10.198) e novembro (4.350). No último mês do ano, o saldo foi de –39.785. O secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, também destacou o desempenho do Estado. O crescimento do emprego formal no Paraná em 2024 foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, responsável por 61,207 novas vagas no ano. Em seguida, aparecem a indústria (31.302), o comércio (22.256), a construção civil (13.067) e a agropecuária (187). Na variação relativa, comparando as novas vagas criadas ao longo do ano com o estoque ao final de 2023, a construção civil foi o setor que teve o maior aumento de vagas, de 8,15%, seguido pelos serviços (4,61%), indústria (4,13%), comércio (3,06%) e agropecuária (0,16%. Os números também mostram um avanço na inclusão de mulheres no mercado de trabalho. As 66.939 mulheres que ocuparam novas vagas no Paraná representam 52,29% do total de novas contratações no Estado. Dentre os 399 municípios paranaenses, 307 registraram saldo positivo na geração de empregos formais ao longo do ano. Curitiba liderou a lista com a criação de 35.277 novas vagas, seguida por São José dos Pinhais (6.363), Ponta Grossa (6.108), Londrina (5.637), Maringá (4.629), Cascavel (4.391) e Foz do Iguaçu (3.075).

Agência Estadual de Notícias 

 

Previsão de safra paranaense indica 21,3 milhões de toneladas de soja e aumento na produção de feijão, diz Deral

Os novos números da Previsão Subjetiva de Safras (PSS), divulgados na quinta-feira (30) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostram que o feijão pode ter produtividade acima da esperada e que a soja, principal produto agrícola do Estado, foi prejudicada pelas condições climáticas, sobretudo no período entre meados de dezembro e de janeiro.

 

A produção de soja foi reavaliada para 21,3 milhões de toneladas. Isso representa uma diferença de 4% em relação às 22,3 milhões de toneladas previstas inicialmente. Esse patamar ainda supera em 15% as 18,5 milhões de toneladas obtidas no ano passado. “Houve uma mudança em relação às ótimas condições de lavoura apresentadas até meados de dezembro, quando ainda havia indicativo de que se pudesse estabelecer um novo recorde para a cultura”, comentou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral. De acordo com o levantamento feito pelos técnicos do Deral, já foram colhidos cerca de 18% dos 5,77 milhões de hectares. O trabalho se concentra nas regiões que tiveram mais problemas – Oeste, Noroeste e Centro-Oeste. No Núcleo Regional de Toledo, por exemplo, aproximadamente 84% da área já está colhida. A produtividade média do Estado até o momento está em 134 sacas por alqueire (55 sacas por hectare). No entanto, a disparidade observada é grande mesmo em áreas próximas. “A evolução dos trabalhos deve trazer melhores resultados, especialmente na região Sul”, acredita Godinho. Espera-se que nessa região cheguem a 160 sacas por alqueire (66 por hectare). Os recuos dos preços também preocupam os produtores. Mesmo com valorização nos preços internacionais, a correção cambial e a entrada da nova safra pressionam a cotação interna. Em 19 de dezembro do ano passado o preço de balcão da saca era de R$ 127,57 em média. Na última quarta-feira (29) estava em R$ 117,83, recuo de 8%. O feijão de primeira safra está praticamente todo colhido no Paraná, com estimativa de produção em alta. Provavelmente serão retiradas 341,7 mil toneladas dos 169,2 mil hectares semeados nesta safra. No ano passado foram cultivados 107,8 mil hectares, com produção de 160,4 mil toneladas. No milho, a colheita da primeira safra do produto está iniciando agora, com estimativa de terem sido retirados apenas 5% dos 260,7 mil hectares plantados. A condição do produto é boa para 93% das lavouras. “A produtividade é um pouquinho melhor nas regiões em que teve chuva e a expectativa é que melhore mais”, disse Godinho. A segunda safra, que deve cobrir mais de 2,5 milhões de hectares, tem apenas 9% de plantio efetivado. O retorno das chuvas em várias regiões do Paraná tende a beneficiar essa cultura e resultar em uma colheita superior a 15,5 milhões de toneladas.

SEAB-PR/DERAL 

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar à vista fecha em baixa de 0,26%, a R$5,8532 na venda

Após chegar a subir mais de 1% no início do dia, o dólar perdeu força e fechou em baixa na quinta-feira, pela nona sessão consecutiva, em um dia positivo para os ativos brasileiros em geral após a decisão sobre juros do Banco Central na véspera

 

O recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior também justificou a perda de força das cotações no Brasil ao longo da sessão. O dólar à vista fechou em baixa de 0,26%, aos 5,8532 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,8096 reais. Apesar do movimento contido em algumas sessões, desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta. Em janeiro a divisa acumula queda de 5,27%. Às 17h06 na B3 o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- cedia 0,03%, aos 5,8540 reais.

Reuters 

 

Ibovespa dispara com expectativa sobre próximos passos do BC

O Ibovespa fechou em forte alta na quinta-feira, renovando máximas desde meados de dezembro, acima dos 127 mil pontos no melhor momento, com agentes especulando sobre a chance de o Banco Central encerrar o ciclo de altas na Selic mais cedo

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 2,74%, a 126.818,24 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 127.168,83 pontos na máxima e 123.431,63 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava 23,78 bilhões de reais antes dos ajustes finais. Com tal desempenho, o Ibovespa agora acumula uma valorização de 5,43% em janeiro, que deve encerrar uma sequência de quatro perdas mensais. Desde a mínima intradia deste ano, apurada em 14 de janeiro, de 118.222,64 pontos, a alta alcança mais de 7%.

Reuters 

 

Governo central tem déficit de R$11 bi em 2024, excluindo gasto com RS, e cumpre meta fiscal, diz Tesouro

O governo central registrou um déficit primário de 11,032 bilhões de reais em 2024, ou 0,09% do Produto Interno Bruto (PIB), o que garante o cumprimento da meta fiscal estabelecida para o ano, informou na quinta-feira o Tesouro Nacional

 

A conta exclui quase 32 bilhões de reais em despesas extraordinárias que não serão contabilizadas na apuração da meta fiscal, especialmente os gastos para mitigar efeitos das enchentes do ano passado no Rio Grande do Sul. Sem essa exclusão, o governo central -- composto pelas contas de Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social -- registrou no ano um saldo negativo total de 43,004 bilhões de reais, ou 0,36% do PIB. Para o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, o resultado de 2024, com suas devidas exceções, é muito próximo da meta estabelecida. A meta fiscal de 2024 é déficit primário zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB). A contabilização para fins de avaliação do cumprimento do alvo é feita pelo Banco Central. "É inegável que houve um processo de recuperação fiscal", disse o secretário. O déficit primário de 2024 é o melhor resultado anual desde 2022, quando houve superávit de 54,092 bilhões de reais. Os números dizem respeito à diferença entre receitas e despesas do governo, sem contar o gasto com juros da dívida pública. As despesas totais de 2024 tiveram queda real de 0,7%, a 2,205 trilhões de reais, mas o dado é distorcido pelo pagamento extraordinário de precatórios no ano anterior. Retirando esse efeito, segundo o Tesouro, a despesa total do governo teria registrado uma alta real de aproximadamente 3,5% em 2024. Já a receita líquida do governo, que desconta transferências a Estados e municípios, subiu 8,9% em termos reais sobre 2023, a 2,162 trilhões de reais. Os ganhos foram impulsionados por uma arrecadação adicional de 21,5 bilhões de reais em Imposto de Importação (+37,1%) na comparação com o ano anterior, 22,9 bilhões de reais em IPI (+36,2%) e 60,2 bilhões de reais em Imposto de Renda (+8,1%). No ano passado, também houve uma alta de 38% nos ganhos com dividendos na comparação com 2023, uma alta de 20,2 bilhões de reais, enquanto as receitas com concessões subiram 76,8%, uma alta de 7,2 bilhões de reais. O Tesouro informou ainda que o empoçamento -- recursos que haviam sido liberados para ministérios, mas terminaram o ano em caixa -- ficou em 12,5 bilhões de reais, contra 19,8 bilhões de reais observados no fechamento de 2023. De acordo com o secretário, o governo encontrará soluções ao longo do ano para que o resultado fiscal de 2025 seja "o melhor possível", mirando um saldo melhor que o de 2024. A meta fiscal deste ano é novamente de déficit primário zero, com a mesma margem de tolerância. Para apertar a execução de gastos até que o Orçamento de 2025 seja aprovado, Ceron afirmou que o governo está executando mensalmente, neste início de ano, apenas 1/18 do montante total autorizado.

Ele ainda citou desafios no cenário econômico internacional, como as incertezas da política econômica nos Estados Unidos sob o governo Donald Trump, o que traz dúvidas sobre a trajetória de juros no país norte-americano. Para ele, esse ambiente demanda ainda mais afinco na gestão fiscal do governo brasileiro. Ceron disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou disposição em adotar as medidas fiscais necessárias em sua fala sobre o tema nesta quinta-feira, quando afirmou não ver necessidade de novas medidas fiscais, mas ponderou que poderá reavaliar essa visão a depender do cenário. Para o secretário, Lula tem "preocupação legítima" em não prejudicar políticas sociais, mas também está atento à situação fiscal.

Reuters 

 

Brasil teve saldo positivo de 1,6 milhão de vagas em 2024, mas dezembro mostrou desaceleração

Dados do Caged registraram fechamento líquido de 535.547 empregos no mês passado; o pior saldo para o mês desde 2020. O mercado formal de trabalho do Brasil abriu 1.693.673 novas vagas de emprego em 2024, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quinta-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego

 

A abertura de postos formais no ano passado foi menor do que o piso da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para criação de 1.736.982 vagas no ano passado. A mediana era de 1,8 milhão, e o teto, de 2.014.776. A criação líquida de vagas em 2024 superou a de 2023, quando foram abertos 1,454 milhão de postos formais, segundo a série ajustada do Caged. Ao todo, foram 25.567.248 admissões e 23.873.575 demissões no ano passado. O setor de serviços puxou a criação de vagas, com um total de 929.002 novos postos formais em 2024. Em seguida, aparecem o comércio, com criação de 336.110 vagas; a indústria geral, com 306.889; a construção civil, com 110.921; e a agropecuária, com 10.808. Todas as 27 Unidades da Federação tiveram saldo positivo no Caged em 2024. São Paulo teve a maior criação de vagas, com 459.371 novos postos. Roraima teve o resultado mais baixo, com abertura de 6.206 vagas.

O salário médio de admissão ficou em R$ 2.177,96, um aumento de 2,59% frente a 2023. O mercado formal teve fechamento líquido de 535.547 empregos em dezembro, segundo Caged. O saldo foi mais negativo do que o piso da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava encerramento de 487.116 vagas formais. A mediana da pesquisa apontava para fechamento de 405.524 postos, e o teto, para um saldo negativo de 339.228. Este é o saldo mais negativo em um mês de dezembro desde 2020, quando começou a série do Novo Caged. No mesmo mês de 2023, foram fechadas 451.240 vagas, na série com ajustes. O saldo do mês passado resultou de 1.524.251 admissões e 2.059.798 demissões. Todos os setores do mercado de trabalho formal brasileiro apresentaram fechamento líquido de postos de trabalho em dezembro. O maior fechamento de postos formais partiu do setor de serviços, com encerramento líquido de 257.703 vagas no mês passado. Isso equivale a pouco menos da metade do fechamento total de 535.547 postos formais registrado em dezembro. Em seguida, aparecem a indústria, com fechamento líquido de 116.422 postos de trabalho; a construção civil, com encerramento de 89.673 vagas; a agropecuária, com saldo negativo de 46.672; e o comércio, com fechamento de 25.084 postos. Todas as 27 Unidades da Federação tiveram saldos negativos de emprego formal em dezembro. São Paulo teve o maior fechamento de vagas, de 190.569. O menor resultado apareceu em Roraima, que encerrou 566 postos de trabalho formal. O salário médio real de admissão em dezembro foi de R$ 2.162,22, 1,57% acima do mesmo período de 2023. Na comparação com novembro de 2024, caiu 0,04%.

O Estado de São Paulo

 

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