
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 792 | 30 de janeiro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Mercado do boi gordo equilibrado
Sem aumento na demanda por carne bovina e com ofertas reduzidas de boiadas, o mercado seguiu equilibrado. As ofertas para compra foram majoritariamente para fêmeas, o que pressionou o preço da arroba da vaca e da novilha, assim houve uma queda de R$2,00/@ para ambas as categorias. As escalas de abate atendem, em média, nove dias.
No Sudeste de Rondônia, na região, os preços não mudaram de ontem para hoje. As ofertas de gado suprem a demanda e aumentou a participação das fêmeas nos abates. O escoamento de carne bovina permaneceu estável, mas um pouco menor em relação ao começo da semana. Em Minas Gerais, na região Norte queda de R$2,00/@ para o boi gordo, R$7,00/@ para a vaca, e para a novilha queda de R$10,00/@. Na região Sul, não ocorreram alterações nos preços. Na região de Belo Horizonte, a cotação caiu. Para o boi gordo, a queda foi de R$3,00/@. Para a vaca e novilha, de R$5,00/@ e R$2,00/@, respectivamente. Na região do Triângulo Mineiro, a cotação da vaca está estável, no entanto, a cotação da arroba do boi gordo e da novilha caiu R$2,00/@.
Scot Consultoria
Indústrias ainda trabalham com escalas de abate relativamente apertadas, entre cinco e seis dias úteis
O mercado físico do boi gordo mais uma vez teve tentativas de compra abaixo da referência média, com frigoríficos da Região Norte sinalizando para boa oferta de fêmeas
“Também em Goiás, no Centro-Oeste, novamente foram evidenciadas algumas tentativas de compra em patamares mais baixos”, alerta o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Segundo ele, no restante do país, o que se percebe é um mercado um pouco mais acomodado, com indústrias ainda trabalhando com escalas relativamente apertadas, entre cinco e seis dias úteis. “Resta saber se a pressão de oferta da Região Norte será suficiente para alterar a dinâmica do restante do país”, diz. Média de preços da arroba do boi (a prazo): São Paulo: R$ 331,58. Goiás: R$ 314,64. Minas Gerais: R$ 320,29. Mato Grosso do Sul: R$ 323,52. Mato Grosso: R$ 320,42. O mercado atacadista voltou a se deparar com preços firmes. Para Iglesias, a expectativa em torno da entrada dos salários na economia é grande, podendo motivar alguma recuperação dos preços no atacado. “Importante mencionar que o perfil de consumo traçado para o primeiro bimestre ainda aponta para a preferência de consumo de proteínas de menor valor agregado, em especial carne de frango, embutidos e ovo”, pontuou. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 25,50 por quilo. A ponta de agulha permanece no patamar de R$ 18,00 por quilo. O quarto dianteiro segue cotado a R$ 18,00 por quilo.
Agência Safras
SUÍNOS
Preço da carcaça suína subiu 1,69%
De acordo com análise divulgada pelo Cepea, a competitividade da carne suína tem aumentado frente às substitutas neste início de 2025. Isso porque, enquanto os preços da proteína suína vêm caindo com força, em relação a dezembro/24, os da de frango estão em alta e os da bovina registram leve baixa – todas no atacado da Grande São Paulo
Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta maior que a demanda tem pressionado as cotações da carne suína, cenário que vem sendo observado desde dezembro do ano passado. Quanto à proteína avícola, a procura aquecida na primeira quinzena sustentou o avanço da média parcial deste mês, ainda conforme pesquisas do Cepea. Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, enquanto a carcaça especial subiu 1,69%, fechando em R$ 12,00/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (28), houve queda somente em São Paulo, na ordem de 0,13%, chegando a R$ 7,90/kg. Houve aumento de 0,13% no Paraná, alcançando R$ 7,66/kg, e de 0,26% em Santa Catarina, custando R$ 7,66/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,96/kg), e Rio Grande do Sul (R$ 7,91/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Estabilidade predominou nas cotações no mercado do frango na quarta-feira (29)
O mercado do frango registrou a maior parte das cotações na estabilidade na quarta-feira (29). De acordo com dados do Cepea, o poder de compra de avicultores paulistas frente aos principais insumos da atividade vem diminuindo em janeiro
Enquanto as cotações do frango vivo estão enfraquecidas, as do milho sobem e as do farelo de soja seguem praticamente estáveis. Com a baixa liquidez das vendas de produtos de origem avícola nesta segunda quinzena de mês, devido ao menor poder de compra da população, compradores se mostram retraídos na aquisição de novos lotes de animais para abate, ainda conforme acompanhamento do Cepea. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,40/kg, enquanto o frango no atacado teve desvalorização de 0,66%, custando, em média, R$ 7,50/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,24/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (28), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,37/kg e R$ 8,43/kg.
Cepea/Esalq
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
BNDES libera R$ 6,4 bilhões para a EPR avançar com obras nas rodovias do Paraná
EPR Litoral Pioneiro é responsável por 604 quilômetros de rodovias no Paraná
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou na quarta-feira (29) a liberação de R$ 6,4 bilhões para a EPR Litoral Pioneiro, concessionária que controla o lote 2 das rodovias do Paraná. Os recursos serão usados para viabilizar as obras que constam no contrato assinado em janeiro de 2024. São R$ 829 milhões em financiamento direto e R$ 5,55 bilhões em emissão de debêntures. As debêntures foram divididas em seis séries com vencimentos para 25 anos, sendo que a primeira terá taxa de IPCA + 8,81% ano ano e as demais com IPCA + 7,62% ao ano. A empresa é responsável por 604 quilômetros de estradas no estado e tem a obrigação contratual de entregar a duplicação de 350 quilômetros e terceiras faixas na BR-277 entre Curitiba e Paranaguá, no litoral do estado. As obras estão concentradas em trechos federais (BR-153/277/369) e estaduais (PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855). “Com essa ação, o governo federal, por meio do BNDES, está viabilizando um projeto que contribui para superar gargalos em infraestrutura e mobilidade, promove a conectividade inclusiva, reduz a geração de efluentes e evita emissões de gases de efeito estufa, além de garantir uma das principais vias de escoamento da safra do Paraná", afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou do evento do anúncio do BNDES. A estimativa que consta no contrato assinado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é de que sejam investidos R$ 10,8 bilhões em obras, além de R$ 5,5 bilhões para conservação e serviços, até 2054. “A concessão da EPR Litoral Pioneiro é estratégica para o Paraná, modernizando o corredor logístico do Porto de Paranaguá e promovendo o desenvolvimento do Litoral e das regiões de Campos Gerais e Norte Pioneiro. Essa operação é um marco que reforça nosso compromisso em entregar resultados com eficiência, segurança e responsabilidade”, acrescentou o diretor-presidente da EPR, José Carlos Cassaniga. A EPR arrematou o lote 2 das rodovias paranaenses em setembro de 2023 ao oferecer um desconto de 0,08% sobre a tarifa do pedágio — não houve concorrência no leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) — o que frustrou o setor produtivo e o governo do Paraná. Esse lote, de um total de seis, é considerado o mais estratégico por fazer a ligação do Norte do Paraná com o Porto de Paranaguá, sendo fundamental para o escoamento da produção do estado. A concessionária também arrematou o lote 6 das rodovias do Paraná em dezembro de 2024 em um cenário idêntico, sem concorrência e com desconto de 0,08%. O contrato deve ser assinado em abril deste ano e dará à EPR o controle de mais 662 quilômetros de estradas, que incluem BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483, no oeste e sudoeste do estado. O contrato prevê investimento total de R$ 20 bilhões, contando obras e manutenção.
Gazeta do Povo
Fávaro diz que governo estuda juros diferenciados para Plano Safra para estimular produção
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira que a pasta estuda implementar taxas de juros diferenciadas para o Plano Safra de 2025, com o objetivo de impulsionar a produção, principalmente de insumos considerados mais importantes
"Nós vamos fazer, por exemplo, direcionamentos de taxas de juros. Já que nós não temos um orçamento que pode ter taxas de juros muito atrativas para todo o Plano Safra em virtude da Selic tão alta, vamos ver o que é importante, arroz, feijão, hortifrutis, ser mais estimulados", disse em entrevista a jornalistas no Ministério da Fazenda, após reunião com o chefe da pasta, Fernando Haddad. Questionado se a taxa diferenciada seria uma inovação da pasta dele, Fávaro afirmou que a diferenciação dos juros deve ser feita por meio de alguma medida que já existe no Ministério de Desenvolvimento Agrário para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Contudo, o ministro destacou que a proposta ainda está em análise "incipiente". Entre outras medidas que o Ministério da Agricultura estuda para o financiamento da agropecuária, Fávaro citou a possibilidade de ampliar a ação das Letras de Crédito do Agronegócio. Fávaro afirmou que se reunirá novamente com a Fazenda e com representantes do MDA e da Conab na quinta-feira para discutir mais propostas, mas, indagado sobre possíveis reduções nas tarifas de importações para baixar os preços de alimentos, ele destacou que não estão em análises medidas heterodoxas ou qualquer tipo de "pirotecnia". "Não é uma medida para importar alimentos, para afrontar o pecuário brasileiro de jeito nenhum", disse. "Uma medida pontual, que eventualmente, se tiver necessidade, sem afetar a produção interna e se tiver alguma coisa que lá fora está um pouco mais competitiva, pode ser estudada. Mas é com muita tranquilidade, com muito equilíbrio que estamos estudando, sem pirotecnia."
Reuters
ECONOMIA/INDICADORES
Em primeira reunião sob Galípolo, BC eleva Selic para 13,25% e já prevê nova alta de 1 ponto
Decisão foi unânime. O comitê ainda informou que antevê, em se confirmando cenário esperado, ajuste de mesma magnitude na próxima reunião
Na primeira reunião sob a presidência de Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 12,25% para 13,25% ao ano. O movimento já havia sido sinalizado pelo colegiado na reunião de dezembro. O Comitê ainda informou que antevê mais uma alta de juros de 1 ponto percentual na sua próxima reunião, que ocorre em março, e deixou em aberto seus passos seguintes. “Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, disse o colegiado, em comunicado. “Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o documento. A alta nos juros na quarta era amplamente esperada pelo mercado. Todas as 120 instituições financeiras e consultorias ouvidas em pesquisa feita pelo Valor esperavam a elevação de 1 ponto percentual (p.p.). A reunião de janeiro é a primeira de três membros do Copom: o diretor de política monetária, Nilton David, a diretora de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta, Izabela Correa, e o diretor de regulação, Gilneu Vivan. Os três foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovados pelo Senado Federal em 2024. Um dos elementos de discussão nas reuniões do Copom é a evolução das expectativas de inflação, que deterioraram desde a última reunião, em dezembro. O relatório Focus da semana da última reunião do Copom de 2024 mostrava que a mediana das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 4,59% em 2025 e 4% em 2026. Já o desta semana mostrou medianas de 5,50% e 4,22%, respectivamente. Além disso, a taxa de câmbio também passou por várias mudanças desde dezembro. A taxa utilizada nas projeções do Copom na reunião de dezembro era de R$ 5,95. Desde então, o câmbio passou um processo de elevação no fim de 2024, superando o patamar de R$ 6, e vem arrefecendo em janeiro, chegando a ficar próxima de R$ 5,85. Outro fator do cenário econômico é o comportamento da taxa de juros dos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed) manteve os juros no patamar de 4,25% e 4,5% na quarta-feira.
Valor Econômico
Brasil mantém 2º lugar em ranking de juros reais, e Argentina assume 1ª posição
Copom elevou nesta quarta (29) a Selic em um ponto percentual, a 13,25% ao ano
O Brasil manteve a segunda posição no ranking mundial de juros reais, após o aumento de um ponto percentual na quarta-feira (29). O juro real no Brasil está em 9,18% ao ano, valor inferior apenas ao da Argentina (9,36%), segundo ranking elaborado pelo Portal MoneYou. O economista Jason Vieira, responsável pelo levantamento, afirma que o movimento mais impressionante foi o argentino, saindo em poucos meses de um posicionamento de juros reais negativos para a 1ª colocação no ranking, com uma combinação de projeções de inflação mais modestas para 2025 e taxas de juros mais atraentes para o mercado internacional. Os dois países sul-americanos seguem distantes da taxa média entre as economias selecionadas, que é de 1,34% ao ano. Rússia (8,91%), México (5,52%) e Indonésia (5,13%) completam o ranking das cinco maiores taxas entre 40 países selecionados. A taxa real é uma combinação da inflação projetada para os próximos 12 meses, de 5,5% considerando dados do relatório Focus do BC, e dos juros de mercado de 3/15 meses à frente —utilizando o contrato de Depósito Interbancário. Houve aumento tanto dos juros como da inflação projetados em relação à última reunião do Copom. O levantamento mostra que a maioria dos 40 países cortou ou manteve os juros recentemente. Os bancos centrais brasileiro e do Japão (que subiu a taxa de 0,25% para 0,50% ao ano) foram as exceções.
Folha de SP
Dólar fecha em baixa perto da estabilidade
Apesar de ter oscilado em alta em diferentes momentos da sessão, o dólar fechou a quarta-feira muito perto da estabilidade no Brasil, após o Federal Reserve manter os juros no patamar atual sem dar indicações de progresso no controle da inflação dos EUA
A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,02%, aos 5,8682 reais -- a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,8096 reais. Esta foi a oitava sessão consecutiva em que o dólar à vista terminou no território negativo, ainda que em algumas delas a moeda tenha ficado muito perto da estabilidade. Em janeiro a divisa acumula queda de 5,03%. Às 17h06 na B3 o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- subia 0,18%, aos 5,8695 reais. A chamada “superquarta” tinha na agenda a decisão sobre juros do Fed, às 16h, acompanhada por entrevista coletiva do chair da instituição, Jerome Powell, além do anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, após as 18h30. Além disso, o Banco Central realizou às 10h20 leilão de linha (venda de moeda com compromisso de recompra no futuro) de 2 bilhões de dólares, na segunda intervenção no câmbio desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência da autarquia. A operação visava rolagem de um vencimento programado para 4 de fevereiro. Com as decisões sobre juros largamente precificadas nos ativos -- que projetavam manutenção nos EUA e alta de 100 pontos-base no Brasil --, investidores mantiveram a cautela durante a maior parte do dia. Às 10h55 o dólar à vista marcou a cotação máxima de 5,8899 reais (+0,35%), ensaiando alguma recuperação após as perdas recentes, mas às 12h40 já estava na mínima de 5,8429 reais (-0,45%), sem que houvesse notícias que justificassem nem a venda, nem a compra de moeda. “Superquarta é assim. Por mais que esteja dado que será mantido (o juro) lá fora e será 100 pontos-base (de alta) aqui, todo mundo fica na expectativa”, comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. Às 16h00 o Fed anunciou a manutenção de sua taxa básica na faixa de 4,25% a 4,50%, como era largamente esperado, e deu poucas informações sobre quando novas reduções nos juros poderão ocorrer. A instituição retirou do comunicado de política monetária o trecho que dizia que a inflação "progrediu" em direção à meta de inflação de 2%, destacando apenas que o ritmo de aumento dos preços "continua elevado".
Reuters
Ibovespa fecha em queda e volta aos 123 mil pontos após Fed
O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, voltando ao patamar dos 123 mil pontos, após o banco central dos Estados Unidos manter a taxa básica de juros na faixa de 4,25% a 4,50% e apontar resiliência da inflação na maior economia do mundo
Investidores ainda aguardam o desfecho da decisão de política monetária do Banco Central do Brasil nesta quarta-feira, de olho nos sinais sobre os próximos passos, enquanto se espera alta da Selic de 12,25% para 13,25% nesta reunião. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,47%, a 123.469,84 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 124.766,95 pontos mais cedo, na máxima, e 123.278,43 pontos à tarde, na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somava 13,61 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
Confiança da indústria no Brasil volta a recuar em janeiro, diz FGV
A confiança da indústria no Brasil voltou a recuar em janeiro, em movimento puxado pela piora nas expectativas do setor para os próximos meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1,3 ponto em janeiro na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados da FGV, chegando a 98,4 pontos, menor nível desde maio do ano passado (98,0 pontos). "A confiança da indústria inicia o ano em queda, refletindo cautela dos empresários quanto às expectativas futuras e desaceleração nos indicadores de presente. Apesar dos estoques seguirem em níveis satisfatórios, a percepção sobre a demanda é pior entre as categorias de uso", afirmou em nota Stéfano Pacini, economista da FGV IBRE. Em janeiro, houve queda da confiança em 10 dos 19 segmentos industriais pesquisados, de acordo com a FGV. O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses e principal responsável pelo recuo do índice geral, caiu 2,7 pontos, a 95,9 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, ficou quase estável, subindo 0,1 ponto, para 100,9 pontos. Para as expectativas, os destaques foram as pioras nos indicadores de produção nos três meses seguintes, com baixa de 4,3 pontos, a 94,3 pontos, e de ímpeto sobre as contratações, com recuo de 3,4 pontos, para 98,7 pontos. "O cenário macroeconômico de taxa de juros em alta e o câmbio desvalorizado pode representar um novo desafio para o setor industrial, após um ano de bons resultados", completou Pacini. Em dezembro, o Banco Central acelerou o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano. O BC ainda previu mais duas altas da mesma magnitude à frente, após citar risco de piora da dinâmica inflacionária a partir do anúncio de medidas fiscais do governo.
Reuters
POWERED BY
EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
Comments