
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 789 | 27 de janeiro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Lentidão no escoamento da carne põe mercado brasileiro do boi gordo em banho-maria
A desaceleração no consumo da proteína tem aumentado os estoques e reduzido o ímpeto de compra das indústrias, relatam as consultorias Agrifatto e Scot. No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de seis dias.
Com isso, diz a Scot, a semana terminou com preços estáveis na maior parte das regiões produtoras. No mercado paulista, segundo a consultoria, o boi gordo “comum” seguiu valendo R$ 327/@, no prazo, enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 335/@, um ágio de R$ 8/@ para o animal com padrão-exportação. Por sua vez, na mesma praça de São Paulo, a vaca é negociada por R$ 305/@, enquanto a novilha gorda vale R$ 317/@, também com pagamento a prazo. As escalas de abate das indústrias paulistas, apurou a Scot, atendem, em média, uma semana. Segundo a Agrifatto, a comercialização da proteína “continua derrapando e carcaça bovina no atacado paulista atingiu o menor patamar desde 06/11/24”. Na B3, a pressão negativa persiste, com destaque para os contratos com vencimento em abril/25, que registraram a maior desvalorização diária na quinta-feira (-1,58%), fechando em R$ 317,75/@.
Por sua vez, informa Agrifatto, após testar o nível de R$ 323/@ como resistência, o contrato futuro do boi gordo com entrega em fevereiro/25 ampliou a sua sequência de recuos, encerrando o pregão regular de 23/01 cotado a R$ 318,65/@. “Tecnicamente, o ativo ainda possui espaço para cair até a região de R$ 312,90/@. Por outro lado, o nível de R$ 323/@ continua sendo a principal resistência em caso de recuperação”, observou a Agrifatto. Segundo dados levantados pelo analista Raphael Galo, colunista do prestigiado informativo semanal “Boi & Companhia”, da Scot, desde o início da segunda quinzena de janeiro/25 para cá, a curva de preços nos contratos futuros do boi gordo segue “invertida” em relação ao comportamento dos preços da arroba no mercado físico. “Enquanto o indicador Cepea (praça paulista, valor à vista) teve leve valorização, alguns contratos futuros caíram mais de 2% em uma semana”, compara Galo. Ele acrescenta: “De certa maneira, para o produtor, isso representou “um acionar de um alarme, pois todos os contratos futuros de curto prazo agora indicam preços menores do que o atual”. Cotações do boi gordo, conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$335,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$335,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$320,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$ 325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha R$305,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$270,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de sete dias.
Portal DBO/Agrifatto/Scot Consultoria
FRANGOS
Com vendas fracas no atacado, mercado do frango apresentou estabilidade na 6ª feira
De acordo com as Informações da Scot Consultoria, a cotação da ave na granja seguiu estável e está cotada em R$ 5,40/kg. A Scot Consultoria, a referência para o frango no atacado paulista, apresentou recuo de 0,65% e está cotado em R$ 7,65/kg.
Conforme informações da Scot Consultoria, as vendas continuaram fracas durante a última semana, além disso, a sobre oferta, também colaborou para as novas baixas nos preços.
Ainda segundo a consultoria, o consumo daqui para frente é incerto, o que deixa os compradores retraídos. Até a virada do mês, os preços devem seguir fracos. Com base no levantamento realizado na última quinta-feira (23), o preço do frango congelado apresentou estabilidade e está precificado em R$ 8,35 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também seguiu estável e está próximo de R$ 8,41 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 4,67/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,56/kg.
Cepea/Esalq
Frango, cai poder de compra do avicultor, diz Cepea
O poder de compra de avicultores paulistas frente aos principais insumos da atividade vem diminuindo em janeiro, segundo apontam levantamentos do Cepea
De acordo com o Centro de Pesquisas, enquanto as cotações do frango vivo estão enfraquecidas, as do milho sobem e as do farelo de soja seguem praticamente estáveis.
Com a baixa liquidez das vendas de produtos de origem avícola nesta segunda quinzena de mês, devido ao menor poder de compra da população, compradores se mostram retraídos na aquisição de novos lotes de animais para abate, ainda conforme acompanhamento do Cepea.
Cepea
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
PIB do agro avançou 1,26% após dois trimestres de retração
Agropecuária deve chegar a 22% da economia nacional em 2024, apontam CNA e Cepea. Entre janeiro e setembro de 2024, o PIB agropecuário apresenta uma queda de 2,49%, refletindo a retração nos preços
Após dois trimestres consecutivos de retração, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro registrou um crescimento de 1,26% no terceiro trimestre de 2024, segundo dados divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No entanto, no acumulado do ano (entre janeiro e setembro), o PIB agropecuário apresenta uma queda de 2,49%, refletindo a retração nos preços reais observada desde o início de 2023. “O desempenho do agronegócio foi impactado, principalmente, pela queda nos preços e pela redução da produção de importantes produtos do setor, com destaque para a agricultura ‘dentro da porteira’. Por outro lado, o ramo pecuário conseguiu atenuar parte desse impacto negativo, impulsionado pelo bom desempenho dos segmentos agroindustriais, de agrosserviços e de insumos”, justificou a publicação. O PIB agrícola cresceu 1,27% no terceiro trimestre, enquanto o setor pecuário avançou 1,31%. Apesar dos resultados positivos nesse período, o acumulado anual para o setor agrícola mostra um recuo de 4,04%, “determinou o desempenho geral do setor, compensado parcialmente pelo crescimento [no acumulado do ano] de 1,60% no ramo pecuário”, explica o boletim. Em termos de participação no PIB brasileiro, o agronegócio deverá representar aproximadamente 22% da economia nacional em 2024, uma diminuição em relação aos 23,5% registrados em 2023. O setor foi impactado, principalmente, pela queda nos preços de produtos agrícolas e pela redução na produção "dentro da porteira". Os segmentos que puxaram a alta no trimestre foram as agroindústrias, agrosserviços, segmento primário e insumos, com 1,6%, 1,22%, 1,14% e 0,83%, respectivamente, de avanço entre o segundo e terceiro trimestre de 2024. Segundo o boletim, os desempenhos desses segmentos no trimestre foram impulsionados pelo aumento do valor bruto da produção, que, por sua vez, foi principalmente influenciado pelos preços reais mais altos no período.
Valor Econômico
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai pelo 5º dia e tem maior baixa semanal desde agosto
O dólar emplacou a quinta queda diária consecutiva no Brasil, encerrando a sexta-feira com o maior recuo semanal desde agosto do ano passado, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também sinalizar a possibilidade de um acordo comercial com a China
A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,12%, aos 5,9182 reais -- a menor cotação desde 27 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,9141 reais. Na semana, o dólar acumulou baixa de 2,42% -- o maior recuo para o período desde a semana encerrada em 9 de agosto de 2024, quando cedeu 3,43% em cinco dias úteis. Às 17h06 na B3 o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- cedia 0,13%, aos 5,9260 reais. O dólar despencou ante o real já no início da sessão, após Trump ter afirmado em entrevista à Fox News, na noite de quinta-feira, que a conversa na semana passada com o presidente da China, Xi Jinping, foi amigável e que ele acredita que pode chegar a um acordo comercial com o gigante asiático. Profissionais ouvidos pela Reuters nos últimos dias vinham pontuando que a disparada do dólar no fim de 2024 -- na esteira das preocupações com as tarifas norte-americanas e com o equilíbrio fiscal brasileiro -- também havia deixado certa “gordura” nos preços. Com o cenário externo mais favorável e o noticiário fiscal congelado no Brasil, em função do recesso do Congresso, parte dos prêmios de risco vem sendo retirada das cotações. O desafio agora para os agentes do mercado é tentar entender se o movimento tem fôlego para colocar o dólar em cotações ainda mais baixas, de forma sustentável. Por enquanto a preocupação da vez no governo é com os preços dos alimentos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou pela manhã que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,11% em janeiro, contra alta de 0,34% em dezembro. Oito dos nove grupos pesquisados tiveram alta nos preços, sendo que a maior influência foi exercida pelo avanço de 1,06% do grupo Alimentação e bebidas. No início da tarde, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo poderá alterar alíquotas de importação de produtos que estiverem com preços mais altos no Brasil do que no mercado internacional, para baratear o custo dos alimentos. Ele também garantiu que não serão adotadas medidas heterodoxas para controlar a inflação de alimentos, como congelamento de preços ou tabelamento.
Reuters
Ibovespa fecha quase estável em dia de IPCA-15 acima do esperado
O Ibovespa fechou quase estável na sexta-feira, com o avanço de mais de 1% da Vale oferecendo um suporte relevante, mas Petrobras pesando negativamente, enquanto a agenda macro destacou dados piores sobre a inflação no país
Investidores continuaram monitorando os movimentos de Donald Trump no começo de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, principalmente relacionados a tarifas comerciais. Apesar de o republicano ter amenizado o tom, a expectativa é de que o tema ainda adicione volatilidade. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,01%, a 122.493,97 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 122.195,69 pontos na mínima e 122.908,08 pontos na máxima do dia. Na semana, acumulou acréscimo de 0,12%. O volume financeiro nesta sexta-feira somava 12,98 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
Governo pode alterar alíquota de importação para baratear alimentos, diz Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na sexta-feira que o governo poderá alterar alíquotas de importação de produtos que estiverem com preços mais altos no Brasil do que no mercado internacional, para baratear o custo dos alimentos no país.
Em entrevista a jornalistas após reunião sobre o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, Costa disse ainda que o ano de 2025 conta com a perspectiva de uma supersafra, o que deve aumentar a oferta e baratear alimentos. Ele ressaltou ainda que a formação de preços no país é feita pelo mercado, e não de forma artificial. Para Costa, a elevação de preços de alimentos teve relação mais forte com a alta de cotações internacionais de commodities, algo não relacionado à economia brasileira. “A convicção do governo é de que os preços se formam no mercado, não são produzidos artificialmente”, disse. “Nenhuma medida heterodoxa será adotada. Não haverá congelamento de preços, tabelamento, fiscalização. Ele (Lula) até brincou que não terá fiscal do Lula nos supermercados e feiras. Não terá rede estatal de supermercado ou de lojas para vender produtos, isso não existe”, acrescentou. Em 2024, a inflação no Brasil estourou o teto da meta, com alimentos colaborando para pressionar os preços, o que levou Lula a se queixar sobre os custos altos para os trabalhadores, defendendo ações para reverter esse cenário. Costa também disse que Lula quer maior foco do governo em políticas que concentrem estímulos em produtos da cesta básica. Ele reafirmou que uma das medidas busca reduzir o custo de intermediação das operações feitas com vale-alimentação. Segundo o ministro, o governo também seguirá em diálogo com o setor privado para avaliar medidas, citando especificamente as redes de supermercados e frigoríficos.
Reuters
IPCA-15 tem alta inesperada em janeiro sob pressão de alimentos
O IPCA-15 registrou alta inesperada em janeiro, iniciando o ano sob influência dos preços de alimentos e bebidas quando o governo demonstra preocupação com o tema e em meio ao ciclo de aperto monetário do Banco Central.
Em janeiro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,11%, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contra alta de 0,34% em dezembro. Ainda assim a taxa acumulada em 12 meses foi a 4,50%, de 4,71% no mês passado, mas acima da expectativa de alta de 4,36%. O IBGE destacou que, em janeiro, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta nos preços, sendo que a maior influência foi exercida pelo avanço de 1,06% do grupo Alimentação e bebidas. A alimentação no domicílio subiu 1,10% em janeiro, influenciada por aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). Os custos dos alimentos foram justamente tema de destaque esta semana depois que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na quarta-feira que o governo faria reuniões para adotar medidas com o objetivo de reduzir os preços desses itens aos consumidores, ao mesmo tempo que expressou a esperança de que safras melhores neste ano contribuam para a redução dos preços. Na quinta-feira o governo realizou reuniões sobre o tema, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmando que há espaço regulatório a ser explorado no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), citando uma melhor regulação da portabilidade de vale-refeição. A segunda maior contribuição para o resultado do IPCA-15 em janeiro foi dada pelo grupo Transportes, cujos custos subiram 1,01%. Os preços das passagens aéreas aumentaram 10,25% e registraram o maior impacto individual do mês. Os combustíveis tiveram alta de 0,67% no mês, com aumentos nos preços do etanol (1,56%), do óleo diesel (1,10%), do gás veicular (1,04%) e da gasolina (0,53%). André Valério, economista sênior do Inter, destacou o resultado do núcleo da inflação, que elimina itens voláteis como alimentos e combustíveis. "Em janeiro, a variação foi de 0,67%, maior valor desde fevereiro de 2023, com a inflação acumulada em 12 meses alcançando 4,43%. O comportamento do núcleo sugere maior inflação de demanda em janeiro, o que é corroborado pelo comportamento da inflação de serviços", disse ele, calculando alta de 0,85% dos serviços em janeiro. A única queda de preços aconteceu em Habitação, de 3,43%, uma vez que o custo da energia elétrica residencial caiu 15,46% em janeiro, em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de janeiro, segundo o IBGE. No ano passado, a inflação medida pelo IPCA fechou com alta acumulada de 4,83%, acima do teto da meta -- com centro de 3,0% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Reuters
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