top of page
Buscar

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 777 DE 09 DE JANEIRO DE 2025

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 5 | nº 777 | 09 de janeiro de 2025

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

Depois de quatro dias de estabilidade, boi gordo sobe

Pelos dados da Scot Consultoria, com a oferta de boiadas comedida prevalecendo, a cotação do boi gordo subiu em São Paulo na quarta-feira (8/1), após quatro dias de estabilidade. No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de seis dias.

 

Na quarta-feira (8/1), 9 das 17 praças monitoradas pela Agrifatto registraram valorização nos preços da arroba do boi gordo (SP, GO, MA, MG, MT, PA, PR, RO e TO). Uma das regiões acompanhadas pela consultoria passou por ajuste negativo, o Rio de Janeiro, as outras 7 mantiveram suas cotações estáveis (AC, AL, BA, ES, MS, RS e SC). “Os pecuaristas, contrariando as expectativas de normalização, rejeitaram as ofertas de preço dos frigoríficos e continuaram a pressionar por cotações mais altas para o animal terminado”, destacam os analistas da Agrifatto. Segundo a consultoria, as indústrias seguem propondo preços de balcão compatíveis com os valores anteriores ao recesso de fim de ano, mas o mercado físico do boi gordo apresentou restrição de oferta na maioria das regiões produtoras. Pelos dados da Scot Consultoria, com a oferta de boiadas comedida prevalecendo, a cotação do boi gordo subiu em São Paulo nesta quarta-feira, após quatro dias de estabilidade. “O mercado paulista abriu o dia oferecendo mais pela arroba do boi gordo, que foi impulsionada pela pouca oferta e escalas curtas entre os frigoríficos locais, que estão, em média, para cinco dias”, reforça a Scot. Dessa maneira, a cotação da vaca gorda subiu R$ 5/@ na praça de São Paulo, para R$ 297/@, enquanto a das demais categorias registraram acréscimo de R$ 2/@ – o boi gordo “comum” agora vale R$ 322/@, a vaca é negociada por R$ 297/@ e “boi-China” está cotado em R$ 327/@, valores brutos, no prazo. No mercado futuro, o contrato do boi gordo com vencimento para abril/25 fechou cotado a R$ 324,65/@, com valorização de 0,43% no comparativo diário. São Paulo — O “boi comum” vale R$330,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$330,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$ 315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$285,00. Novilha R$295,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Goiás — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$275,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de oito dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de sete dias; Paraná — O boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

SUÍNOS

 

Suínos: continuidade no movimento de queda nas cotações

Quedas generalizadas atingiram o mercado de suínos na quarta-feira (8). Segundo análise divulgada pelo Cepea, a retração nas cotações é motivada por um desalinho entre demanda e oferta de animais disponíveis para abate

 

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 0,41%, fechando em R$ 12,00/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (7), o preço ficou estável somente em Minas Gerais (R$ 7,96/kg). Houve queda de 1,06% no Paraná, chegando a R$ 7,47/kg, baixa de 0,12% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 7,99/kg, recuo de 0,13% em Santa Catarina, custando R$ 7,69/kg, e de 1,74% em São Paulo, fechando em R$ 7,89/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS

 

Cotações estáveis para o mercado do frango na quarta-feira

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,36%, custando, em média, R$ 8,27/kg.

 

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,60/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (7), houve aumento de 0,95% para o preço da ave congelada, chegando a R$ 8,50/kg, e elevação de 1,08% para o frango resfriado, fechando em R$ 8,43/kg.

Cepea/Esalq

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

PIB do Paraná cresce alavancado pelo setor de serviços

Comércio varejista foi um dos destaques do terceiro trimestre de 2024 no Paraná

 

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná em 2024 caminha para superar o resultado do ano anterior, com base em informações apresentadas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Até setembro do ano passado, o PIB paranaense havia acumulado R$ 542,5 bilhões, sendo que em 2023, no mesmo momento, o resultado era de R$ 504,3 bilhões — os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O terceiro trimestre representou também a maior expansão de 2024: 4,11% em relação ao mesmo período de 2023. No primeiro trimestre, o crescimento foi de 0,63% e nos três meses seguintes o avanço foi de 2,85%. Só no terceiro trimestre, o desempenho do PIB estadual foi de R$ 177,8 bilhões. “Vivemos um momento de pleno emprego, com 82% da população com carteira assinada. Isso aquece o mercado. E ainda se soma a uma série de parâmetros conjunturais que vêm se fortalecendo nos últimos anos no estado, com maior produção e inovação”, analisa o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado. O PIB paranaense em 2023 chegou a R$ 665,6 bilhões, puxado principalmente pelo setor de serviços, que se destaca novamente até o terceiro trimestre de 2024. No acumulado do ano, foram contabilizados R$ 295,6 bilhões — em todo 2023, o resultado deste setor foi de R$ 355,1 bilhões. O comércio varejista e as atividades de alojamento e alimentação tiveram os melhores resultados. A indústria chegou ao fim do terceiro trimestre acumulando R$ 121,4 bilhões — considerando apenas os três meses, o crescimento foi de 4,59% na comparação com o mesmo período de 2023. Segundo o Ipardes, houve avanço em quase todas as seções da indústria, com destaque para a produção de automóveis e autopeças e o processamento de bebidas. Segundo o diretor-presidente do Ipardes, o bom resultado da indústria está na “capilarização” por todo o estado, com centros industriais em diversas regiões, não apenas concentrados nos polos já consolidados, como Região Metropolitana de Curitiba e Ponta Grossa. “A indústria paranaense começa a entrar em outras áreas e a avançar de forma significativa, com empregos mais bem remunerados”. acrescenta Callado. Trigo e milho derrubam resultado da agropecuária no PIB do Paraná. Ao contrário dos setores de serviços e indústria, a agropecuária não vem apresentando bons resultados para o PIB do Paraná nos últimos meses. O terceiro trimestre de 2024 registrou uma queda de 6,72% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com R$ 10,1 bilhões — no acumulado até setembro, o resultado é de R$ 57 bilhões, sendo que em 2023 o valor na mesma altura era de R$ 59,7 bilhões. Os principais fatores de declínio no setor, de acordo com o Ipardes, foram as reduções nas quantidades colhidas de trigo e milho. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostram que houve uma quebra de 36% na colheita de trigo em 2024 na comparação com 2023 — a previsão inicial era de 3,7 milhões de toneladas, mas ficou em 2,3 milhões. O engenheiro agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho diz que a cultura do trigo “foi impactada por geadas, mas principalmente pela seca”. Além disso, as geadas rebaixaram a qualidade do produto, especialmente o trigo produzido na região Sul do Paraná.

Gazeta do Povo


Paraná bate R$ 300 bilhões de investimentos privados e tem boas perspectivas para 2025

O Paraná inicia 2025 com uma nova marca recorde de investimentos privados. Desde 2019, empresas de diversos segmentos já aplicaram R$ 300 bilhões na construção de novas fábricas ou na expansão de suas atividades em todas as regiões incentivadas pelas vantagens competitivas do Estado. O resultado é a queda do desemprego, aumento nas vagas de trabalho com alta remuneração e estímulo à economia regional.

 

Segundo Eduardo Bekin, que preside a Invest Paraná, agência de atração de investimentos do Governo do Estado, o volume inédito de recursos privados é consequência de um planejamento de longo prazo do poder público e de um alinhamento claro entre os diferentes órgãos estaduais em torno de um objetivo comum. Um dos pilares desta estratégia, implantada em 2019, foi a criação da ‘marca Paraná’, um trabalho de branding planejado para exaltar as vantagens competitivas do Estado, sobretudo em termos de infraestrutura e logística, que são fatores que pesam na tomada de decisão do empresariado na hora de escolher onde investir. Somada a isso, estão as concessões de incentivos fiscais por meio do programa Paraná Competitivo e uma intensa agenda de missões comerciais nacionais e internacionais. O mais recente investimento foi anunciado pela PremieRpet, que vai implementar a sua quarta linha de produção de ração para animais de estimação no complexo industrial de Porto Amazonas, nos Campos Gerais. Com 92 mil metros de área construída, a nova linha terá capacidade para produzir mais de 120 mil toneladas por ano, a partir de 2025, uma ampliação de 20% da capacidade total da empresa. Entre os segmentos que mais têm se destacado está a agroindústria, especialmente as empresas ligadas ao processamento da soja. Com investimentos de quase R$ 5 bilhões feitos por grupos empresariais e cooper4ativas, o Paraná é inclusive um dos grandes responsáveis por alavancar o processo de industrialização da soja no Brasil. Também estão neste pacote os empreendimentos ligados ao setor automotivo, mas também de matérias prima e equipamentos utilizados pela indústria. Um dos exemplos mais recentes é a ampliação da fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, que envolve R$ 3 bilhões em novos investimentos. O terceiro pilar destacado por são as fábricas de eletrodomésticos da chamada linha branca. Apenas três das empresas deste segmento que fazem parte do Paraná Competitivo são responsáveis por mais de R$ 2 bilhões aplicados no Estado, com os investimentos da LG, Electrolux e da Atlas.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar fica quase estável no Brasil apesar de pressão gerada por Trump no exterior

O dólar fechou a quarta-feira perto da estabilidade ante o real, ainda que no exterior o cenário fosse de aversão a ativos de risco após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reavivar o medo das tarifas de importação.

 

Em um dia de agenda esvaziada no Brasil, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,08%, aos 6,1106 reais. Às 17h24, na B3 o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- subia 0,10%, a 6,1360 reais na venda. O dólar ganhou impulso logo cedo nos mercados globais após notícia da CNN de que Trump está considerando declarar emergência econômica nacional nos EUA para justificar legalmente a imposição de uma grande quantidade de tarifas de importação sobre países aliados e adversários. Ao mesmo tempo, o fato de as preocupações com a área fiscal no Brasil terem diminuído nos primeiros dias do ano fazia com que o avanço do dólar ante o real não fosse tão intenso na quarta-feira. Durante a tarde, inclusive, a divisa retornou para perto da estabilidade no Brasil, ainda que no exterior se mantivesse em alta firme ante as divisas fortes e em relação à maior parte das demais moedas. Durante a tarde, o Banco Central informou que o Brasil fechou 2024 com uma saída líquida total de 18,014 bilhões de dólares do país, no pior resultado para o fluxo cambial desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 contribuiu para um resultado negativo de 27,923 bilhões de dólares. No ano passado, o país sofreu saída recorde de recursos pela via financeira, compensado apenas parcialmente pela entrada de dólares pelo canal comercial, que também foi a maior da série do Banco Central.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda de olho no cenário fiscal e EUA no radar

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, interrompendo a sequência de dois dias de alta, com analistas reforçando preocupações com o cenário fiscal doméstico e em meio a novo noticiário envolvendo os planos tarifários do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa perdeu 1,28%, a 119.616,8 pontos, segundo dados preliminares, tendo marcado 121.160,25 na máxima e 119.351,34 na mínima da sessão, pressionado principalmente pelo declínio das ações de grandes bancos e das blue chips Vale e Petrobras. O volume financeiro somava 17,58 bilhões de reais antes dos ajustes finais, ainda reduzido em comparação com a média diária do ano passado, de 24 bilhões de reais.

Reuters

 

Receita das exportações do agro do Brasil cai 1,3% em 2024 diante de tombo da soja

A receita com as exportações do agronegócio brasileiro atingiu 164,4 bilhões de dólares em 2024, com queda de 1,3% em relação ao recorde registrado em 2023, informou o Ministério da Agricultura na quarta-feira

 

O crescimento do faturamento da maioria dos produtos importantes, como café, açúcar, carnes, suco de laranja e celulose, foi insuficiente para compensar um tombo nas vendas externas de soja e de milho. Após uma quebra de safra e queda nos preços internacionais, as exportações do complexo soja (grãos, farelo e óleo) fecharam o ano em baixa de 19,8% em 2024, para 53,9 bilhões de dólares --em 2023, o setor contou com uma colheita recorde e preços mais altos. Os volumes exportados pela indústria de soja caíram 2,7%, enquanto os preços despencaram 17,6%, segundo os dados do ministério. Por outro lado, as exportações de carnes bovina, de frango e suína aumentaram em 11,4% em 2024, para 26,18 bilhões de dólares, principalmente com impulso de maiores volumes. A receita com as exportações de açúcar somou 18,6 bilhões de dólares, avanço de 18,1%, com os volumes exportados crescendo 22,2%, para 38,24 milhões de toneladas. Já as exportações de produtos florestais somaram 17,3 bilhões de dólares, alta de 21,2%, impulsionadas pela celulose, com avanço de 33,7%, para 10,6 bilhões de dólares. A exportação de café atingiu 12,34 bilhões de dólares, alta de 52,6%, enquanto a de sucos, notadamente de laranja, avançaram 30,9%, para 3,5 bilhões de dólares. O setor de algodão exportou o equivalente a 5,5 bilhões de dólares, salto anual de 60%, com um impulso dos volumes embarcados, uma vez que os preços tiveram baixa. Por outro lado, a receita com a exportação de milho caiu 40% para cerca de 8 bilhões de dólares, também devido a menores volumes e preços, assim como a soja. O Brasil é o maior exportador global de soja, carne bovina e de frango, café, suco de laranja e algodão, além de ser líder em celulose. Para este ano, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, considera que a recuperação da safra de soja e milho e os esforços de abertura de mercados apontam para novos recordes em "volume e valor" nas exportações. As expectativas são de uma safra de soja, o principal produto do agronegócio do Brasil, em torno de 170 milhões de toneladas, o que seria uma nova máxima histórica. Apesar da diversificação de mercados buscada pelo governo, o agronegócio é fortemente depende da China, principal destino das exportações brasileiras, somando 49,7 bilhões de dólares, quase um terço do total. A União Europeia, com 23,2 bilhões de dólares, responde pela segunda maior receita com as exportações do Brasil, seguida pelos Estados Unidos (12,1 bilhões de dólares).

Reuters

 

Poupança registra saída líquida de R$ 15,467 bilhões em2024, mostra BC

Em dezembro, houve captação líquida de R$ 4,960 bilhões 

 

Os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 15,467 bilhões em 2024, como divulgado na quarta-feira pelo Banco Central (BC). Em dezembro, houve captação líquida - diferença entre entradas e saídas - positiva em R$ 4,960 bilhões. No ano, os brasileiros depositaram R$ 4,197 trilhões e sacaram R$ 4,213 trilhões da poupança. O rendimento no período foi de R$ 64,284 bilhões e o saldo da caderneta ficou em R$ 1,032 trilhão. Em 2023, houve saída líquida de R$ 87,819 bilhões e o saldo era de R$ 983,034 bilhões. Já em dezembro de 2024, os depósitos foram de R$ 400,140 bilhões e os saques, de R$ 395,181 bilhões. O rendimento no mês foi de R$ 5,590 bilhões. Em dezembro de 2023, houve entrada líquida de R$ 13,772 bilhões. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou saída líquida no ano de R$ 21,718 bilhões, enquanto a poupança rural teve entrada de R$6,251 bilhões. A poupança vem de resultados negativos desde 2021, quando houve saída líquida de R$ 35,497 bilhões. Em 2022, a saída foi de R$ 103,237 bilhões. O último resultado positivo da poupança foi em 2020, quando a entrada líquida foi de R$ 166,310 bilhões.

Valor Econômico

 

Brasil fecha 2024 com saída líquida de US$18,014 bi, pior resultado em quatro anos

O Brasil fechou 2024 com uma saída líquida total de 18,014 bilhões de dólares do país, conforme dados divulgados na quarta-feira pelo Banco Central, no pior resultado para o fluxo cambial desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 levou a um resultado negativo de 27,923 bilhões de dólares

 

O resultado do ano passado foi consequência da saída de 87,214 bilhões de dólares pela via financeira, que superou de longe a entrada de 69,200 bilhões de dólares no país pela via comercial. Pelo canal financeiro são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Já o canal comercial contabiliza o fluxo relacionado a exportações e importações. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Apenas no último mês de 2024 o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 26,410 bilhões de dólares, em movimento também puxado pela via financeira. Por este canal, houve saídas líquidas de 28,861 bilhões de dólares em dezembro, contra entradas de 2,450 bilhões de dólares pelo canal comercial. Na semana passada, de 30 de dezembro a 3 de janeiro, o fluxo cambial total foi negativo em 5,602 bilhões de dólares. A semana teve apenas três dias úteis em função do feriado de Ano Novo.

Reuters

 

Produção industrial no Brasil cai em novembro pelo segundo mês seguido

A produção da indústria no Brasil caiu um pouco mais do que o esperado em novembro, marcando o segundo mês seguido de perdas, sob forte pressão do setor de veículos em meio ao ciclo de aumento da taxa básica de juros e à inflação elevada

 

A indústria registrou queda de 0,6% na produção em novembro na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, contra expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,5%. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira mostraram ainda avanço de 1,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra expectativa de alta de 1,8% na pesquisa. "O fim de ano para indústria foi de perda de intensidade, isso está claro. As razões para isso são diversas. A confiança do empresário e do consumidor caiu, e por trás disso tem o efeito da política monetária. Não é o impacto direto dos juros, mas isso mexe com as expectativas das pessoas e empresas”, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo. Ele citou ainda o impacto sobre o custo de produção da depreciação do real ante o dólar. A indústria brasileira, que está 15,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011, enfrenta agora um ambiente de taxa de juros elevada, depois de o Banco Central ter subido a Selic a 12,25% ao ano e indicado mais duas altas de 1 ponto percentual, bem como uma inflação elevada no país. Mas, por outro lado, tem como fatores positivos o aquecimento da demanda interna com um mercado de trabalho forte, além de políticas de estímulo do governo. "A inflação mais alta, especialmente de alimentos, também inibe o consumo e as expectativas. Quem evitou um desempenho mais negativo da indústria no fim do ano foi o mercado de trabalho, com aumento de emprego, massa e renda", completou Macedo. "Apesar da queda e perda de ritmo no fim de 2024, a indústria terá um ano positivo e rebatendo em 2021, que avançou 3,9%", disse. Para novembro, os dados do IBGE mostram que, na comparação com outubro, as principais influências negativas entre as atividades pesquisadas foram exercidas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%). Somente seis das 25 atividades tiveram aumento na produção, com destaque para máquinas e equipamentos (2,3%). Entre as categorias econômicas, a produção de bens de consumo semi e não duráveis recuou 2,8% em dezembro sobre o mês anterior. Os produtores de bens de consumo duráveis apresentaram retração de 2,1%, os de bens de capital tiveram queda de 1,7% e os de bens intermediários apresentaram perdas de 0,7%. "A perspectiva para 2025 não é tão positiva, com o setor tendendo a sofrer com o aperto monetário e a piora das condições financeiras observadas nos últimos meses. Por outro lado, a desvalorização do câmbio pode ser um alívio para o setor, tornando as exportações industriais mais atrativas", avaliou André Valério, economista sênior do Inter.

Reuters

 

PIB do agro deve voltar a crescer este ano após queda em 2024

Segundo análise de economistas, alta do PIB pode ser maior que 5%. Silvia Matos, do FGV Ibre: ‘Apesar de mais produção, vida vai ser mais dura’

 

Se em 2024 o agronegócio atuou como um freio da economia brasileira, com uma queda de 3%, este ano o setor deve voltar a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país. As previsões são de crescimento do PIB agropecuário entre 3% e 5,5% em 2025, um desempenho ainda bem abaixo dos 16% de aumento registrado em 2023, mas uma retomada em relação ao ano passado. Para a MacroSector Consultores, o PIB agropecuário deve ter crescimento de 3% em 2025. A MB Agro estima aumento de 3,6%. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) e a LCA Consultores projetam um avanço de 4% a 4,5%. O Santander estima 4,8% de aumento e o Bradesco, de 5,5%. O resultado deve ser impulsionado pelo aumento da produção agrícola, pelos preços em alta de commodities como café, cacau, suco de laranja e por ganhos com a queda do real em relação ao dólar, que torna os produtos brasileiros mais competitivos na exportação. Na pecuária, há expectativa de elevação nos preços no mercado interno e demanda firme para as carnes bovina, de frango e suína, no Brasil e no exterior, com possíveis reflexos positivos no PIB. Economistas ponderaram, no entanto, que crescimento do PIB agropecuário não significa necessariamente maior rentabilidade para os produtores. E em um cenário de juros mais altos e oferta de crédito ainda escassa é essencial ter cuidado na gestão do capital. “A grande lição de 2024 é que o agronegócio é eficiente, mas o excesso de alavancagem financeira dá vulnerabilidade, por melhor que seja o setor. Quem se alavancou demais enfrentou dificuldades”, afirma José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Agro. O economista observa que a agricultura brasileira é majoritariamente de sequeiro, o que significa riscos mais elevados por causa do clima. Mendonça de Barros considera que, a médio prazo, o setor deve apresentar um salto na produtividade com o amadurecimento de tecnologias, com avanços na agricultura de precisão, agricultura regenerativa, biotecnologia, gestão de dados, nos biocombustíveis. “Esse salto exige recursos e capacidade de gestão. O balanço das empresas tem de estar saudável para que elas se beneficiem desse salto”, acrescenta Barros. Os extremos climáticos que afetam a produtividade das lavouras e tornam menos previsível o retorno financeiro é outro fator a ser considerado, segundo Rodrigo Gallegos, sócio da consultoria RGF e especialista em reestruturação de negócios. Com esse cenário e o aumento da inadimplência, os bancos limitam o acesso ao crédito rural, dificultando ainda mais a operação do produtor e elevando o risco de insolvência das empresas. Silvia Matos, pesquisadora e coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre, acrescenta que o custo de crédito elevado encarece os investimentos em insumos e equipamentos. “Apesar de mais produção de grãos, vai ser uma vida mais dura para o produtor. O custo do endividamento vai ser maior. O lucro vai ser mais difícil de ser atingido nesse contexto”, afirma. No mercado interno, há ainda preocupação com a persistente inflação de alimentos. “A proteína tem um peso muito alto na inflação doméstica, então vai ser um ano de inflação de alimentos alta. Tem também o efeito do câmbio que afeta os preços domésticos”, observa a pesquisadora. No segundo semestre, o risco é uma rápida desaceleração da economia com o aperto monetário. “Vai ser um ano de retenção de abate de bois, o que se reflete em preços. E as cotações já se valorizaram em 2024 por causa de uma demanda grande da China e dos Estados Unidos. Esse cenário também deve influenciar nos preços das outras proteínas”, diz Francisco Pessoa Faria, economista sênior da LCA Consultoria Econômica. Fabio Silveira, sócio-diretor da Macro Sector Consultores, projeta um crescimento de 3% no PIB agropecuário em 2025, com aumento de 10% na receita agrícola, que deve somar R$ 976 bilhões. Segundo ele, o desempenho deve ser favorecido pelo aumento da produção de grãos e melhora na rentabilidade com a redução em custos de insumos. Pelos cálculos do economista, café e cana devem ter maior receita, reflexo, respectivamente, da alta nos preços internacionais e do maior volume na produção. No mercado externo, a expectativa é de demanda aquecida. “O Brasil vem numa tendência de ampliação de mercados e isso vai continuar”, diz Mendonça de Barros, citando um acordo de compra de café brasileiro entre 2025 e 2029 pela rede de cafeterias Luckin Coffee, a maior da China. Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil conseguiu 224 aberturas de mercado só ano passado. Mas também há riscos vindos do exterior. Entre eles os efeitos da eventual imposição de mais tarifas de importação pelo novo governo Donald Trump. Isso pode elevar a inflação nos EUA, gerando pressão para o Federal Reserve aumentar os juros.

Globo Rural

 

POWERED BY

EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA

041 3289 7122

041 99697 8868

 

1 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page