
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 765 | 10 de dezembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preço do boi gordo recua após 25 semanas de valorização
Com muitas indústrias fora das compras, o mercado paulista do boi gordo – além da maioria absoluta das outras praças importantes do País – abriu a segunda-feira (9/12) sem alterações em relação aos preços da sexta-feira (6/12). No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de sete dias.
Pelos dados da Scot Consultoria, o boi “comum” (sem padrão-exportação) vale R$ 330/@ em São Paulo, no prazo, enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 335/@ – portanto, com um ágio de R$ 5/@. De acordo com a Scot, na praça paulista, a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 305/@ e R$ 322/@, respectivamente. Segundo levantamento da Agrifatto, no mercado de São Paulo, tanto o boi direcionado ao mercado doméstico quanto o animal pronto para exportação valem R$ 320/@. Nas outras 16 regiões monitoradas pela Agrifatto, o boi gordo segue em R$ 303,80/@, na média. Na última sexta-feira, recorda a consultoria, 6 das 17 praças monitoradas registraram queda nos preços do boi gordo (SP, GO, MA, MG, MS e MT); as outras 11 regiões mantiveram as cotações inalteradas. O mês de dezembro/24 começou com o boi gordo no mercado físico replicando a movimentação da B3, de queda, relembra a Agrifatto. Foi a primeira queda semanal dos preços físicos do boi gordo após 25 semanas consecutivas de valorização, contabiliza a consultoria. O indicador Cepea (praça paulista) fechou a semana com valor médio de R$ 333,63/@, enquanto o indicador Agrifatto atingiu R$ 332,90/@, o que significou recuos de 5,14% e 5,35%, respectivamente, em relação à semana anterior. Tal comportamento, continua a Agrifatto, ampliou as escalas de abate das indústrias brasileiras para nove dias (média nacional), reduzindo a urgência nas compras de boiadas gordas. “Como estratégia, vários frigoríficos se afastaram das negociações ou adotaram abates intercalados para prolongar suas programações”, observa a Agrifatto. Por outro lado, diz a consultoria, o aumento consecutivo nos preços da carne bovina no varejo doméstico levou muitos consumidores a migrarem para proteínas mais baratas, como aves, suínos, ovos e produtos industrializados. Além disso, aponta a Agrifatto, existe ainda uma pressão do mercado chinês, que reduziu em torno de US$ 600 por tonelada o preço do dianteiro exportado pelo Brasil, o que impactou negativamente o volume de exportações para o país asiático. A primeira semana de dezembro/24 foi positiva para o bezerro, que registrou preço médio de R$ 2.696/cabeça (indicador Cepea, MS), com leve alta de 0,28% em relação à semana anterior, informa Agrifatto. Segundo a consultoria, quando comparado ao aumento de mais de 6% observado há um mês, essa alta modesta do bezerro indica que, na prática, o preço está em processo de desaceleração, em linha com o boi gordo. cotações do boi gordo desta segunda-feira (9/12), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$320,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$310,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$ 310,00. Média de R$310,00. Vaca a R$290,00. Novilha R$300,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$300,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$310,00. Média de R$310,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de onze dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de sete dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Exportação de carne bovina in natura alcança 43 mil toneladas na primeira semana de dezembro/24
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) o embarque de carne bovina in natura alcançou 43.033 mil toneladas na primeira semana de dezembro/24. No ano anterior, o mês de dezembro exportou 208.440 mil toneladas em 20 dias úteis
A média diária exportada ficou em 8,6 mil toneladas e registrou uma queda de 17,4%, quando se compara com a média observada em dezembro de 2023, que estava em 10,4 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina estão em US$ 4.935 por tonelada nesta primeira de semana de dezembro, o que representa um ganho anual de 8,5%, quando se compara com os valores observados em dezembro de 2023, com US$ 4.547 mil por tonelada. O valor negociado para a carne bovina nesta primeira semana de dezembro ficou em US$ 212,3 milhões, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 947,8 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 42,4 milhões, recuo de 10,40%, frente ao observado no mês de dezembro do ano passado, que ficou em US$ 47,393 milhões.
SECEX/MDIC
SUÍNOS
Preços do suíno vivo caem de forma generalizada
A segunda-feira (9) terminou para o mercado de suínos registrando cotações em queda, principalmente nos preços do animal vivo.
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve queda de 2,62%, com preço médio de R$ 186,00, enquanto a carcaça especial ficou estável, fechando em R$ 14,50/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (6), houve queda de 0,10% em Minas Gerais, atingindo R$ 9,95/kg, baixa de 0,93% no Paraná, com valor de R$ 9,58/kg, recuo de 2,64% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 9,23/kg, desvalorização de 1,76% em Santa Catarina, custando R$ 9,50/kg, e de 0,59% em São Paulo, fechando em R$ 10,04/kg.
Cepea/Esalq
Em 5 dias úteis, receita das exportações de carne suína já é 31,27% da de dezembro/23
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, as exportações de carne suína in natura, até a primeira semana de dezembro (cinco dias úteis) atingiu, em faturamento, 31,27% do total arrecadado em todo o mês de dezembro do ano passado.
A receita obtida, US$ 66,9 milhões, representa 31,27% do total arrecadado em todo o mês de dezembro de 2023, que foi de US$ 214,1 milhões. No volume embarcado, as 25.902, toneladas representam 26,94% do total registrado em dezembro do ano passado, com 96.119 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 13,3 milhões, quantia 25,1% maior do que a de dezembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 6,99% observando os US$ 14.3 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.180 toneladas, elevação de 7,8% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, recuo de 8,59%, comparado às 5.667 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.584, ele é 16% superior ao praticado em dezembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa incremento de 1,75% em relação aos US$ 2.540 anteriores.
SECEX/MDIC
Exportações de carne suína crescem 15,1% em novembro
Embarque mensal é o terceiro maior da série histórica; no ano, alta acumulada é de 11,1%
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 121,1 mil toneladas em novembro. O número é o terceiro maior número já registrado na série histórica mensal do setor, e supera em 15,1% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 105,7 mil toneladas. Em receita, a alta das exportações chega a 29,5%, com US$ 291,7 milhões gerados no décimo primeiro mês deste ano, contra US$ 225,2 milhões no mesmo período do ano passado. No ano (janeiro a novembro), as exportações brasileiras de carne suína totalizaram 1,243 milhão de toneladas, volume 11,1% maior em relação aos onze primeiros meses de 2023, com 1,118 milhão de toneladas. Em receita, a alta acumulada no ano chega a 7,3%, com US$ 2,774 bilhões neste ano, contra US$ 2,586 bilhões em 2023. Principal destino das exportações do setor, as Filipinas importaram 28,8 mil toneladas em novembro, volume 143,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida estão China, com 21,1 mil toneladas (-17,2%), Chile, com 10,6 mil toneladas (+45,7%), Japão, com 9,2 mil toneladas (+170,7%), Hong Kong, com 7,9 mil toneladas (-38,4%), e Vietnã, com 5,6 mil toneladas (+66,9%). Santa Catarina segue como principal exportador de carne suína do Brasil, com 62,2 mil toneladas embarcadas em novembro, número 8,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 30,4 mil toneladas (+27,7%), Paraná, com 16 mil toneladas (+15,9%), Mato Grosso, com 3,2 mil toneladas (+5,5%) e Mato Grosso do Sul, com 2,3 mil toneladas (+48,4%).
ABPA
FRANGOS
Frango congelado ou resfriado em São Paulo têm alta
Os preços no mercado do frango encerraram a segunda-feira (9) mais próximos da estabilidade, com exceção da ave congelada ou resfriada em São Paulo, que tiveram ligeira alta
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,66%, custando, em média, R$ 7,65/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,63/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, custando R$ 4,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (6), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram aumento de 0,37%, custando, respectivamente, R$ 8,16/kg e R$ 8,18/kg.
Cepea/Esalq
Frango: receita por média diária sobe 18,5% neste início de dezembro
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do MDIC, as exportações de carne de aves in natura até a primeira semana de dezembro (cinco dias úteis), registraram aumento de 18,5% no faturamento por média diária em comparação a dezembro de 2023
A receita obtida, US$ 221,7 milhões representa 29,63% do total arrecadado em todo o mês de dezembro de 2023, que foi de US$ 748.3 milhões. No volume embarcado, as 118.371 toneladas representam 27,19% do volume registrado em dezembro do ano passado, com 435.289 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 44,3 milhões quantia 18,5% maior do que a registrada em dezembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 2,90% quando comparado aos US$ 43,1 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 23.674 toneladas, houve incremento de 8,8% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, avanço de 3,01% em relação às 22.981 toneladas da semana anterior. Já no preço pago por tonelada, US$ 1.873, ele é 9,00% superior ao praticado em novembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa queda de 0,10% no comparativo ao valor de US$ 1.875 visto na semana passada.
SECEX/MDIC
MEIO AMBIENTE
O que muda com a nova lei para licenciamento ambiental aprovada no Paraná
O projeto de lei que cria um marco legal de licenciamento ambiental no Paraná, aprovado pelos deputados estaduais na semana passada, prevê a criação de diferentes modalidades de licenciamento ambiental. Os níveis de exigência em cada uma delas seriam adequados e adaptados ao potencial de impacto de cada atividade
Nos casos em que há baixo risco ambiental, é prevista a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC). Nela, o processo será simplificado e a emissão da licença é feita de modo automático por meio informatizado. Outra possibilidade é a emissão da Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental (DLAM), válida para atividades e empreendimento com baixo potencial de emissão de poluentes ou impacto no meio ambiente. Na avaliação do engenheiro florestal e integrante do Movimento Pró-Paraná Pedro Luiz Fuentes Dias, a mudança na legislação estadual é um avanço a ser comemorado. Em contrapartida, ele aponta que há pontos que precisam ser aprimorados. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele disse esperar que as audiências públicas previstas no projeto e o decreto estadual de regulamentação da lei completem o trabalho iniciado com a aprovação do texto. Para o engenheiro, que foi servidor estadual e diretor de licenciamento ambiental no antigo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) - atual Instituto Água e Terra (IAT) - um ponto crucial é a garantia jurídica de que, uma vez licenciado de acordo com a nova lei, um empreendimento evitará entraves e questionamentos posteriores. “Nenhum empresário quer construir um processo de licenciamento para depois ter uma ONG ou Ministério Público a questionar. A gente quer que haja um procedimento regulado por uma lei, como essa de iniciativa do governo, que é importante ao dar segurança jurídica para que os empreendimentos no estado sejam corretamente aprovados e licenciados sem questionamento”, afirma. Dias destaca como positiva a criação da Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental na nova lei, concedida de forma automática para empreendimentos ou atividades que são dispensados do licenciamento por parte do órgão licenciador competente em função de baixo potencial poluidor ou degradador. Na prática, funcionaria, por exemplo, para o caso de um produtor rural que precisa instalar uma turbina de geração elétrica em um canal de água que passa pela propriedade dele. Para este tipo de serviço, aponta o engenheiro consultado pela reportagem, não seria necessário nenhum corte ou supressão de vegetação, apenas a instalação de um equipamento específico. “Esse proprietário, no exemplo, vai assinar uma série de documentos se comprometendo com a veracidade dos dados. E o legislador cuidou ao colocar no texto que essa licença é vinculada a uma fiscalização anual. Quem pede essa licença sabe que vai passar por fiscalização. Então, não faz sentido tentar burlar”, aponta. Mudanças nos pedidos de licenciamento ambiental do Paraná ainda dependem de regulamentação da nova lei, aprovada na última semana pelos deputados estaduais. Para Dias, da forma como estava, a regulamentação do setor ambiental equivale a uma “colcha de retalhos” - ele acrescenta, para o exemplo citado por ele, que não há garantias de que essa fiscalização seja feita de forma obrigatória. “Com a (nova) lei há um compromisso, e se essa pessoa assinar algo fraudulento, vai estar criando um problema para si mesmo”, completa. Uma outra mudança importante apontada por Dias foi a possibilidade que o projeto concede para ações emergenciais em casos de urgências climáticas. O artigo 20º do projeto prevê a dispensa de autorização para obras de interesse da Defesa Civil no restabelecimento da normalidade em casos nos quais for decretada emergência ou calamidade pública. A possibilidade de emissão de uma Certidão de Renovação por Prorrogação Automática de Licença Ambiental (CRAL), presente no artigo 43º do projeto, foi outro ponto elencado por Dias como um avanço trazido pela legislação. De acordo com o texto, se um empreendimento entrar com o pedido de renovação da licença até 120 antes do fim do prazo, a emissão da CRAL garante o status do licenciamento até a renovação efetiva.
Gazeta do Povo
INTERNACIONAL
Índice de preço global de carnes cai em novembro
O índice global de preços de carnes caiu pelo terceiro mês consecutivo em novembro, em relação a outubro, principalmente devido ao declínio nos preços de carne suína, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO)
O índice caiu 0,8% em novembro, ante outubro, mas continuou 5,9% acima do registrado em novembro de 2023. Os preços de carne suína caíram pelo quinto mês consecutivo, principalmente devido à redução nas cotações na União Europeia, refletindo ampla oferta e fraca demanda pela proteína. Os preços de carne de aves caíram marginalmente, pressionados por ampla oferta pelos principais produtores, enquanto os preços de carne bovina ficaram praticamente estáveis. “Um forte aumento nos preços de carne bovina brasileira, impulsionados por forte demanda global, foi compensado por preços mais baixos na Austrália devido ao menor interesse de compra dos Estados Unidos”, disse a FAO em comunicado na sexta-feira (6). Os preços de carne ovina tiveram leve queda em novembro, influenciados pelos movimentos cambiais, apesar da forte demanda internacional.
Carnetec
Exportações de carne bovina dos EUA crescem em out/24
Executivo da federação dos exportadores destaca recuperação dos embarques da proteína norte-americana na Ásia, sobretudo na Coreia do Sul
As exportações de carne bovina dos Estados Unidos atingiram 105.269 toneladas em outubro/24, um aumento de 1% em relação ao volume de outubro/23, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), com base em dados da Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF, na sigla em inglês). Em receita, os embarques norte-americanos de carne bovina cresceram 3% em outubro/24, para US$ 860,4 milhões, ante igual período do ano passado. No acumulado de janeiro a outubro de 2024, o valor das exportações de carne bovina dos EUA avançou 4% sobre mesmo intervalo de 2023, atingindo US$ 8,68 bilhões. Em volume, porém, os embarques nos primeiros dez meses deste ano registraram um declínio anual de 2%, chegando em 1,066 milhão de toneladas. “Continuamos a ver a Ásia se recuperar”, disse o CEO da USMEF, Dan Halstrom, sobre as exportações de carne bovina. Ele acrescentou: “Foi o melhor mês na Coreia do Sul desde março deste ano”. Halstrom também destacou o avanço das vendas de carne bovina norte-americana na América Central, Caribe e região da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático).
Portal DBO
Exportações de carne bovina da Austrália crescem 25% no acumulado até nov/24
País da Oceania é o segundo maior exportador mundial da proteína, atrás do Brasil, e está bem próximo de bater recorde histórico anual nos embarques
A Austrália segue navegando em direção a um volume recorde de exportação de carne bovina in natura em 2024, com previsão de fechar o ano com algo próximo a 1,29 milhão de toneladas, relata reportagem publicada pelo portal australiano beefcentra.com. No acumulado de janeiro a novembro/24, diz o site, as exportações australianas atingiram 1,216 milhão de toneladas, um forte aumento de 240.000 toneladas (ou de 25%) em relação ao resultado obtido no mesmo período de 11 meses do ano passado. A Austrália é o segundo maior exportador mundial de carne bovina, atrás do Brasil, que, no período de janeiro a novembro deste ano, embarcou 2,34 milhões de toneladas, um acréscimo de 30,4% na comparação com a quantidade registrada no mesmo intervalo de 2023, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em novembro/24, os embarques da Austrália atingiram 118.878 toneladas, queda de 9% em relação ao recorde mensal histórico estabelecido em outubro/24 (acima de 130.000 toneladas), mas 16% a mais que volume de novembro/23. “Ficou evidente, pelo menos nos últimos seis meses, que os recordes podem ser desafiados neste ano”, reforça a reportagem da Beef Central. Os dois volumes recordes de exportação anteriores da Austrália foram estabelecidos em 2015-16, quando os embarques chegaram a 1,22 milhão e 1,23 milhão de toneladas, respectivamente, impulsionados diretamente pela redução de gado causada pela seca em uma escala épica. “Mesmo antes do fechamento de dezembro/24 o volume acumulado no ano de 2024 já está próximo desses números”, observa o portal. Todos os principais mercados de exportação de carne bovina da Austrália apresentaram crescimento em volume neste ano, informa a Beef Central. O maior cliente de exportação, os Estados Unidos, comprou 35.026 toneladas de carne bovina australiana resfriada e congelada em novembro/24, entregando um acumulado de 352.440 toneladas no ano até o momento — um aumento surpreendente de 142.000 toneladas ou 68% em relação ao resultado do ano passado. A captação da Coreia do Sul atingiu pouco mais de 19.000 toneladas em novembro – um pouco abaixo do recorde anual estabelecido em outubro/24, mas ainda 5% acima do volume de novembro/23. No ano civil até o momento, a Coreia do Sul comprou 182.000 toneladas, também 5% acima da quantidade registrada no mesmo período do ano passado.
O volume de importação de carne bovina australiana do Japão em novembro atingiu 17.515 toneladas, queda de 17% em relação ao período de outubro/24, mas apenas 2% abaixo do resultado de novembro/23. Para o ano civil até o final de novembro, o volume de exportação ao mercado japonês atingiu 229.522 toneladas, 22% acima do volume obtido em igual intervalo de 2023. Os desafios econômicos na China continuam a prejudicar o comércio de carne bovina da Austrália, com novembro atingindo 16.337 toneladas e o ano civil até agora ficando em 169.368 toneladas, uma queda de 10% em relação ao montante obtido em igual período do ano passado.
Portal DBO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Leilão do Lote 3 de Rodovias do Paraná deverá ser disputado por 4 grupos
O contrato prevê R$ 9,8 bilhões de investimentos, além de outros R$ 6 bilhões de custos operacionais ao longo dos 30 anos de prazo
O leilão do Lote 3 de Rodovias do Paraná deverá ser disputado por quatro grupos. Representantes da EPR, do Pátria, da CCR e do consórcio da 4UM (ex-J.Malucelli) e do Opportunity estiveram presentes na entrega de propostas realizada na segunda-feira (9). A concorrência está marcada para esta quinta (12), juntamente com o leilão da Rota Verde de Goiás. O contrato prevê R$ 9,8 bilhões de investimentos, além de outros R$ 6 bilhões de custos operacionais ao longo dos 30 anos de prazo. O trecho de 570 km faz a ligação entre Ponta Grossa e o norte do Estado, passando por Maringá. Na disputa, vencerá o grupo que oferecer o maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio, cujo valor máximo é de R$ 0,14596 por km. O projeto faz parte de uma série de concessões estruturadas em parceria entre governo federal e Estado do Paraná. No ano passado, já foram licitados outros dois lotes, que foram arrematados pelo Pátria e pela EPR. Agora, os governos tentam leiloar outros dois blocos: o Lote 3, nesta semana, e o Lote 6, na semana que vem. O Lote 6 prevê investimento de R$ 12,6 bilhões de investimentos e inclui outros 662 km de estradas. O projeto inclui a ligação de Guarapuava até a Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai, além de um outro trecho entre Cascavel e Pato Branco, no sudoeste do Estado.
Valor Econômico
Com vendas recordes ao Oriente Médio, exportações do Paraná chegam a US$ 21 bilhões no ano
Exportações aos 14 países do bloco econômico do Oriente Médio atingiram US$ 21 bilhões no acumulado do ano, maior valor já registrado para o período. Os números fazem do Paraná o quinto maior exportador do Brasil e o principal do Sul do país.
Puxado pelas vendas aos países do Oriente Médio, o Paraná alcançou a marca de US$ 21,6 bilhões em exportações totais entre janeiro e novembro de 2024, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), organizados pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). A China ainda segue sendo o principal destino dos produtos paranaenses, com US$ 5,5 bilhões exportados ao país asiático, mas o crescimento das vendas para o Oriente Médio reforça o dinamismo e a diversificação da economia do Estado. No acumulado do ano, as vendas para os 14 países do bloco econômico ultrapassaram os US$ 2 bilhões, o maior valor já registrado. Entre os países do Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino dos produtos do Paraná ao longo do ano, com US$ 525,9 milhões exportados. Na sequência estão o Irã (US$ 465,4 milhões), Arábia Saudita (US$ 282,6 milhões) e Iraque (US$ 226,9 milhões). Na comparação com o mesmo período em 2023, as exportações paranaenses aos países do bloco cresceram 35%. Os maiores aumentos proporcionais registrados foram nas vendas à Síria (1.792%), ao Irã (165%), Barein (64%), Jordânia (62%) e Iraque (46%). Os principais produtos exportados ao Oriente Médio são as carnes de frango in natura, com US$ 1,19 bilhão comercializados. Na comparação com 2023, quando o Paraná enviou US$ 1.01 bilhão em carnes de frango para os países do bloco, o aumento foi de 17%. Além dos países asiáticos, os Estados Unidos (US$ 1,4 bilhão), Argentina (US$ 1 bilhão) e México (US$ 951 milhões) foram os principais mercados de destino dos produtos paranaenses. No geral, o principal produto exportado pelo Paraná entre janeiro e novembro foi a soja em grão, com US$ 5,5 bilhões comercializados. Na sequência estão a carne de frango (US$ 3,3 bilhões), farelo de soja (US$ 1,8 bilhão), açúcar bruto (US$ 988 milhões) e papel (US$ 692 milhões). Os números fazem do Paraná o quinto maior exportador do Brasil e o principal do Sul do País. Lideram o ranking nacional São Paulo (US$ 65 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 42 bilhões), Minas Gerais (US$ 38,6 bilhões) e Mato Grosso (US$ 25,9 bilhões). Atrás do Paraná estão estados como Pará (US$ 21,1 bilhões), Rio Grande do Sul (US$ 19,9 bilhões), Goiás (US$ 11,4 bilhões) e Santa Catarina (US$ 10,6 bilhões). Com importações que somaram US$ 18 bilhões de janeiro a novembro, a balança comercial do Paraná teve um saldo positivo de US$ 3,5 bilhões no período. Entre os principais produtos comprados pelo Paraná estão adubos e fertilizantes (US$ 2 bilhões), óleos e combustíveis (US$ 1,4 bilhão) e autopeças (US$ 1,1 bilhão).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha perto da estabilidade
O dólar fechou perto da estabilidade frente ao real na segunda-feira, mas renovou a cotação máxima histórica, com as preocupações com o cenário fiscal brasileiro mais do que compensando o impulso positivo para divisas emergentes no exterior, em meio à expectativa dos investidores locais por dados de inflação doméstica e pela reunião do Copom
O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,09%, cotado a 6,08225 reais -- no maior valor nominal de fechamento da história. Às 17h24, na B3, contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,12%, a 6,095 reais na venda. Nesta sessão, investidores estrangeiros tomaram posições compradas em uma série de moedas emergentes, como rand sul-africano e peso chileno, refletindo ímpeto gerado por notícias vindas da China. A mídia estatal chinesa informou mais cedo que o país adotará uma política monetária "adequadamente frouxa" no próximo ano como parte das medidas de apoio ao crescimento econômico, marcando a primeira mudança para um afrouxamento desde 2010. A notícia foi bem recebida em mercados emergentes, com agentes financeiros em busca de ativos atrelados a commodities, conforme os preços de mercadorias importantes, como petróleo e minério de ferro, subiram. A China é o maior importador de matérias primas do planeta. No Brasil, no entanto, a informação não gerou o mesmo efeito sobre o real, com os investidores locais muito focados nos próximos eventos econômicos desta semana e nos esforços do governo para aprovar suas medidas de contenção de gastos no Congresso ainda neste ano. A espera pelos dados do IPCA de novembro, na terça-feira, e pela decisão do Copom, na quarta-feira, ainda fizeram com que a moeda norte-americana oscilasse em margens estreitas nesta sessão. Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação acima do teto da meta perseguida pela autarquia -- com centro de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo -- este ano e no próximo. A pesquisa Focus mostrou que os economistas agora preveem altas do IPCA de 4,84% e 4,59% respectivamente em 2024 e 2025, de 4,71% e 4,40% antes. Operadores colocavam 74% de chance de uma alta de 1 ponto percentual na Selic na quarta-feira, contra 26% de probabilidade de um aumento de 0,75 ponto. Na sexta-feira, a chance do movimento maior era de 59%.
Reuters
Ibovespa avança e fecha acima de 127 mil pontos com China
O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, com as ações de mineradoras e siderúrgicas entre os destaques positivos, entre elas Vale, que saltou cerca de 5%, após a China anunciar que adotará políticas fiscais proativas e uma política monetária “adequadamente frouxa” no próximo ano.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,96%, a 127.154,06 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 127.541,62 pontos na máxima e 125.945,89 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava 19,3 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
Mercado passa a ver alta de 0,75 p.p. da Selic esta semana e inflação acima do teto em 2025, mostra Focus
Investidores passaram a ver um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana e uma Selic mais alta em 2025, em meio a expectativas de inflação acima do teto da meta este ano e no próximo e com aumentos nas perspectivas para o dólar
A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira mostrou que a expectativa agora é de que a Selic termine este ano a 12,00%, de 11,75% na semana anterior. A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) será realizada na terça e quarta-feira -- a taxa está atualmente em 11,25%. Para 2025 a projeção para a taxa básica de juros também aumentou, passando de 12,63% na mediana das projeções para 13,50%. As mudanças no levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, ocorre em meio um cenário de maior pressão inflacionária. Os investidores passaram a ver altas do IPCA de 4,84% e 4,59% respectivamente em 2024 e 2025, de 4,71% e 4,40% antes. Se confirmados esses cenários, ambos os anos terminarão com a inflação acima do teto do objetivo -- o centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. As contas para os dois anos seguintes também subiram, com o avanço do IPCA agora sendo calculado em 4,00% em 2026 e 3,58% em 2027, de 3,81% e 3,50% antes. O IBGE divulga nesta terça-feira os dados do IPCA de novembro, com expectativas em pesquisa da Reuters de altas de 0,37% no mês e de 4,85% em 12 meses. No dia seguinte o BC anuncia sua decisão de política monetária. A pressão inflacionária vem também do enfraquecimento do real. O Focus mostrou ainda que a expectativa para o dólar ao final deste ano subiu de 5,70 reais para 5,95, enquanto para 2025 passou de 5,60 reais para 5,77. As contas para o Produto Interno Bruto (PIB) também foram ajustadas para cima, com a estimativa de crescimento em 2024 agora em 3,39% e para 2025 em 2,00%. Na semana passada as expectativas eram respectivamente de expansão de 3,22% e 1,95%.
Reuters
Varejo tem alta de 1,4% nas vendas em novembro sobre um ano antes, diz Cielo
A Cielo anunciou na segunda-feira que seu indicador de vendas no varejo nacional subiu 1,4% em novembro sobre um ano antes em termos deflacionados, segundo comunicado à imprensa.
Segundo a Cielo, a Black Friday, "registrou crescimento relevante em relação ao ano passado".
Em termos nominais, que refletem a receita observada pelo varejista, o ecommerce cresceu 6,0% em novembro no país. Já nas vendas presenciais a alta foi de 6,4% em relação ao mesmo mês de 2023, afirmou a Cielo.
Reuters
Reforma tributária: relator altera lista de isenções, inclui armas no 'imposto do pecado' e prevê cashback para telecom
Senador Eduardo Braga protocolou parecer do principal projeto de regulamentação nesta manhã; após passar pela CCJ, texto seguirá para votação em plenário
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) protocolou, na manhã desta segunda-feira (9), o seu parecer sobre o principal projeto de lei (PLP 68/2024) de regulamentação da reforma tributária do consumo. O documento tem, ao todo, 530 páginas. Prevê mudanças para medicamentos e alimentos com alíquota zero ou reduzida, inclui armas no "Imposto do Pecado", além de prever cashback para serviços de telecomunicações e adotar o modelo "split payment" para o varejo. Relator prevê que Comitê Gestor do IBS será criado até 31 de dezembro de 2025. Parecer fixa prazo de 90 dias para governo enviar projeto complementar caso alíquota padrão de CBS e IBS supere 26,5%. O senador também tinha incluído plásticos descartáveis de uso único, como sacolas e canudos, no imposto seletivo. Depois da reação do setor, afirmou que cometeu um "equívoco" e que iria retirar o dispositivo do seu relatório. Braga disse que, ao todo, foram acatadas 642 emendas das quase 2 mil apresentadas pelos senadores. Ele estima que as mudanças propostas terão impacto de 0,13 ponto na alíquota padrão. A leitura do parecer era esperada para ontem, em uma sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. No entanto, a reunião foi cancelada por falta de quórum. A leitura do parecer é um rito obrigatório e, sem ela, a tramitação fica parada. Antes do cancelamento da reunião da segunda, a votação do parecer na CCJ estava prevista para quarta-feira (11). Uma vez aprovado na CCJ, o projeto segue direto para Plenário. Depois, retorna para a Câmara dos Deputados analisar os pontos modificados pelos senadores. Braga acrescentou ao seu parecer o sistema de cashback para serviços de telecomunicações. A medida foi uma das sugestões apresentadas pelo grupo de trabalho (GT) da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Outra mudança no texto de Braga é a adoção do modelo de split payment para todos os principais instrumentos de pagamento utilizados no varejo. O split é o sistema que vai permitir o recolhimento dos tributos no momento da liquidação financeira da operação. O relator ampliou a redução das alíquotas da CBS e do IBS para operações com bens imóveis, de 60% para 70% na cessão onerosa e arrendamento (aluguel), e de 40% para 50% para operações em geral. A medida é um meio termo do que pretendia o setor de construção civil que demandava 80% e 60% de redução respectivamente. O parecer de Eduardo Braga também prevê algumas mudanças para os alimentos que vão ter isenção ou redução de alíquota. O óleo de milho, por exemplo, terá alíquota reduzida em 60%. O texto anterior, aprovado pela Câmara dos Deputados, previa isenção total de imposto. "Com efeito, transpusemos o óleo de milho da CBNA para o referido Anexo a fim de conceder tratamento igualitário com os demais óleos vegetais e, assim, evitar um desnivelamento na concorrência entre produtos semelhante", afirma o relator em seu parecer. Já o óleo de soja e o óleo de babaçu permanecem isentos, por serem consumidos por famílias de baixa renda e por possuírem "forte caráter regional". Braga também escreveu que "essa preocupação com o caráter regional também nos levou a restringir o benefício da redução de alíquota em 60% apenas às frutas de cascas rija que possuam essa natureza, a fim de atender a produção que gera emprego e renda ao brasileiro". São exemplos de frutos de casca rija as nozes, castanhas de caju, pistache, avelã e amêndoas. Imposto do pecado O relator também incluiu armas e munições no Imposto Seletivo, o chamado "imposto do pecado". Segundo o texto, os itens destinados às Forças Armadas e aos órgãos de segurança pública, como as forças policiais, não entraram nesta tributação. "O imposto será cobrado independentemente da destinação, o que autoriza sua incidência sobre os produtos, ainda que exportados [...] o objetivo desse comando foi, justamente, onerar a extração de bem mineral em qualquer situação, mesmo quando destinado ao exterior.", diz um trecho.
Valor Econômico
Crédito rural: desembolsos do Plano Safra têm queda de quase 24%
Entre julho e novembro do atual Plano Safra, foram concedidos R$ 176,2 bilhões em financiamentos aos produtores
Em um ano marcado por juros altos e maior aversão ao risco dos bancos em decorrência do aumento dos problemas climáticos no campo, o desembolso de crédito rural oficial caiu quase 24% nos cinco primeiros meses do Plano Safra 2024/25 na comparação com o mesmo período do ciclo anterior. Entre julho e novembro do atual Plano, foram concedidos R$ 176,2 bilhões em financiamentos aos produtores. No mesmo intervalo um ano antes, os desembolsos haviam somado R$ 231,1 bilhões. Todas as modalidades de crédito registraram queda no período, com destaque para as operações de comercialização e industrialização que caíram quase pela metade na comparação dos períodos. Os dados foram extraídos do sistema do Banco Central em 5 de dezembro e compilados pelo Valor. Os números se referem ao crédito rural efetivamente desembolsado e podem mudar conforme a data de acesso ao sistema do BC, pois operações já contratadas começam a ser liberadas. A queda nas contratações do crédito rural está concentrada nos grandes produtores. O montante desembolsado para esse público caiu de R$ 165 bilhões de julho a novembro de 2023 para R$ 106,6 bilhões no mesmo período da safra 2024/25. O movimento espelha o que ocorreu com as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que foram a principal fonte dos financiamentos em 2023, com mais de R$ 92,2 bilhões desembolsados nos cinco primeiros meses da temporada. Agora, o montante recuou para R$ 38,5 bilhões. Os títulos abastecem, principalmente, linhas com juros livres destinadas a produtores rurais de grande porte. Os agricultores familiares, que acessam o Pronaf, praticamente mantiveram o ritmo de financiamento, com quase R$ 32 bilhões nos cinco meses analisados. A categoria dos médios produtores foi a única a crescer: os financiamentos passaram de R$ 33,3 bilhões entre julho e novembro da safra passada para R$ 37,8 bilhões em igual intervalo do ciclo atual. Nesse período, o número de contratos de financiamentos do Plano Safra também caiu, de 1,1 milhão para 950 mil, conforme os dados do Banco Central. Apesar da redução na defasagem em relação ao ciclo anterior, os dados expõem a necessidade de estratégias para fortalecer o acesso ao crédito no campo, assegurando a continuidade da produção agropecuária, disse o economista Cláudio Brisolara, da Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo (Faesp), em postagem recente. Enquanto o crédito rural oficial se retrai, as operações de financiamento privado com as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentam. Até outubro deste ano, o estoque desses títulos alcançou R$ 446,3 bilhões, crescimento de 55% em relação ao mesmo mês de 2023.
Valor Econômico
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