top of page
Buscar

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 764 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2024

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 764 | 09 de dezembro de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Mercado do boi gordo encerra semana com pressão baixista

Pelos dados da Scot Consultoria, os preços do boi gordo caíram novamente nesta sexta-feira (6/12), chegando em R$ 330/@ (no prazo, valor bruto) no mercado paulista, uma baixa de R$ 5/@ sobre quinta-feira (5/12). No Paraná, o boi vale R$330,00 por arroba. Vaca a R$310,00. Novilha a R$320,00. Escalas de abate de seis dias.

 

O “boi-China” acompanhou a tendência baixista, e fechou perdendo os mesmos R$ 5/@, batendo R$ 335/@, de acordo com a Scot. Em São Paulo, diz a consultoria, as escalas de abate atendem a oito dias, em média. “As indústrias seguem pulando dia de abate, reduzindo a quantidade abatida diariamente, ajustando a oferta de carne ao consumo”, relata a Scot, que acrescenta: “Espera-se que o consumo de carne melhore até o fim do mês, dando sustentação aos preços da arroba”. Segundo dados apurados pela S&P Global Commodity Insights, o mercado físico de boi gordo apresentou uma semana marcada por baixa liquidez e negociações tensas. No atacado da carne bovina, diz a S&P Global, a semana foi atípica e instável, com a demanda mostrando-se abaixo das expectativas. As chuvas recentes trouxeram alívio às pastagens em diversas regiões brasileiras, favorecendo a recuperação dos capins e melhorando as condições para o manejo do rebanho. No campo das negociações internacionais, diz a S&P Global, a recente aprovação do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia reacendeu as discussões sobre o potencial de exportação de carne bovina, mas também trouxe à tona desafios relacionados à implementação de padrões ambientais e sanitários mais rígidos. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (5/12), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$310,00. Novilha a R$325,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$ 310,00. Média de R$310,00. Vaca a R$290,00. Novilha R$310,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$300,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de treze dias; Pará — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de quinze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$270,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de onze dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$270,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de sete dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

SUÍNOS

 

Estabilidade nas cotações no mercado de suínos na sexta-feira

O mercado de suínos encerra esta sexta-feira (6) com preços estáveis, mas em patamares elevados. Segundo análise do Cepea, as cotações praticadas no setor suinícola brasileiro caíram nos últimos dias, interrompendo o movimento de alta observado desde a segunda quinzena de agosto. Pesquisadores do órgão explicam que a pressão sobre os valores veio da menor liquidez

 

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 191,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 14,50/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (5), houve queda de 0,62% no Paraná, chegando a R$ 9,67/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 9,96/kg), Rio Grande do Sul (R$ 9,48/kg), Santa Catarina (R$ 9,67/kg), e São Paulo (R$ 10,10/kg). 

Cepea/Esalq


FRANGOS

 

Sexta-feira (6) com preços estáveis no mercado do frango

Preços sustentados marcaram o encerramento da sexta-feira (6) para o mercado do frango. De acordo com análise do Cepea, impulsionados pela demanda aquecida, os preços da carne de frango e do animal vivo continuam em alta neste início de dezembro. 

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,66%, custando, em média, R$ 7,65/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,63/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, custando R$ 4,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (5), a ave congelada ficou com preço estável, valendo R$ 8,13/kg, assim como o frango resfriado, fechando em R$ 8,15/kg. 

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Preços do vivo e da carne seguem em alta

Impulsionados pela demanda aquecida, os preços da carne de frango e do animal vivo continuam em alta neste início de dezembro

 

Segundo pesquisadores do Cepea, as perspectivas de agentes são de que a procura pela proteína siga firme nas próximas semanas, fundamentados nas festas de final de ano, quando tipicamente as vendas crescem. Ressalta-se que colaboradores do Cepea indicam que muitas aves natalinas têm sido negociadas a valores elevados, o que pode reforçar a procura pela carne de frango.

Cepea

 

Exportações de carne de frango crescem 23,2% em novembro

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que as exportações de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 465,1 mil toneladas em novembro, número que supera em 23,2% o saldo registrado no mesmo período do ano anterior, com 377,4 mil toneladas.

 

Em receita, a alta é ainda mais expressiva, chegando a 32,1%, com US$ 893,4 milhões registrados no décimo primeiro mês deste ano, contra US$ 676,1 milhões no mesmo período de 2023. No ano (janeiro a novembro), as exportações de carne de frango acumulam alta de 3,7%. Ao todo, foram exportadas 4,845 milhões de toneladas embarcadas nos onze primeiros meses de 2024, contra 4,671 milhões de toneladas no mesmo período de 2023. No mesmo período comparativo, foram obtidos US$ 9,071 bilhões neste ano, saldo que supera em 1% o total acumulado entre janeiro e novembro de 2023, com US$ 8,977 bilhões. Líder entre os principais destinos, a China importou 46,3 mil toneladas em novembro deste ano, saldo 17% superior ao obtido no mesmo período do ano passado. Em seguida estão Japão, com 34,8 mil toneladas (+7,3%), Emirados Árabes Unidos, com 34,2 mil toneladas (+6,4%), México, com 33,7 mil toneladas (+99,8%), Arábia Saudita, com 29,8 mil toneladas (-6,3%), África do Sul, com 26,1 mil toneladas (+12,5%) e União Europeia, com 23 mil toneladas (+62,8%). “Houve crescimento expressivo nas exportações em oito dos 10 principais destinos das exportações de carne de frango do Brasil em novembro, mês que foi marcado por forte elevação comparativa, considerando também o fato que novembro de 2023 registrou o menor desempenho mensal daquele ano. As exportações de carne acumularam altas consecutivas nos últimos três meses e devem confirmar as previsões positivas do setor para 2024”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. O Paraná segue como principal exportador de carne de frango do Brasil, com 182,1 mil toneladas embarcadas em novembro (+26%), seguido por Santa Catarina, com 105,2 mil toneladas (+15,2%), Rio Grande do Sul, com 65,1 mil toneladas (+16,5%), São Paulo, com 27,5 mil toneladas (+20,9%) e Goiás, com 18,2 mil toneladas (+4,6%).

ABPA

 

EMPRESAS

 

JBS pode suspender abates em até 11 unidades

A JBS, maior produtora de carne do mundo, considera reduzir a produção em algumas de suas unidades no Brasil

 

A medida ocorre em meio ao aumento nos preços do gado, que tem pressionado os lucros dos frigoríficos. De acordo com uma fonte, a empresa estuda conceder férias coletivas em até 11 fábricas ainda em dezembro ou janeiro. Outra possibilidade seria reduzir as compras de gado nesses locais, cujos nomes não foram divulgados. No entanto, nenhuma decisão foi oficializada até o momento. Os preços do boi, indicador chave para os custos da carne bovina, atingiram um recorde no mês passado. A alta é consequência de uma seca severa, que afetou as pastagens e reduziu a oferta de animais prontos para abate. A JBS não é a única impactada. Alguns frigoríficos menores já suspenderam temporariamente suas atividades, segundo Alcides Torres, fundador da Scot Consultoria.

 

BRF atinge meta de bem-estar animal em todas as unidades de abate

Certificação garante o cumprimento de padrões internacionais em todas as operações. O marco foi alcançado com a certificação das operações da Turquia

 

A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo e proprietária das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, concluiu a certificação de 100% de suas unidades de abate de aves e suínos em todo o mundo, um ano antes do prazo previsto pela companhia para a adequação aos protocolos internacionais de bem-estar animal. O marco foi alcançado com a certificação das operações da Turquia. O processo de certificação realizado por auditores capacitados pela Organização Profissional de Certificação de Auditores Animais (PAACO), é baseado em critérios rigorosos do Instituto Norte-Americano da Carne e do Conselho Nacional do Frango dos EUA, abrange 35 unidades de abate no Brasil e na Turquia. O diretor de Agropecuária da BRF, Ivomar Oldoni, destaca que o reconhecimento reflete o compromisso contínuo da companhia com práticas de bem-estar animal, transparência e a busca por oferecer qualidade e confiança aos clientes e consumidores. A certificação garante o cumprimento de padrões internacionais de bem-estar animal em todas as etapas, desde o transporte até o abate. Isso inclui condições adequadas de manejo e transporte dos animais, treinamento dos colaboradores sobre as melhores práticas e a adoção de protocolos rigorosos para garantir o abate humanitário. “Em 2024 capacitamos mais de 220 oficiais de bem-estar animal”, diz Oldoni. Além da autenticação das unidades de abate, a BRF já havia adotado outras importantes medidas, como a eliminação de antibióticos como promotores de crescimento na criação de animais e o compromisso com a criação de aves 100% livres de gaiolas no Brasil e na Turquia. A empresa também adquire apenas ovos de galinhas livres de gaiolas em seus processos industriais no Brasil. O compromisso da empresa com o bem-estar animal lhe rendeu reconhecimento em rankings internacionais, como o Business Benchmark on Farm Animal Welfare (BBFAW). A BRF também se destaca em outras iniciativas de sustentabilidade, incluindo a compra sustentável de grãos, o uso de energia renovável, a logística reversa e a reciclagem de embalagens.

Globo Rural

 

INTERNACIONAL

 

Preços mundiais dos alimentos atingem máxima de 19 meses em novembro, diz ONU

O índice mundial de preços de alimentos das Nações Unidas subiu em novembro para seu nível mais alto desde abril de 2023, devido ao aumento dos preços dos óleos vegetais, mostraram dados na sexta-feira.

 

O índice de preços, compilado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), aumentou para 127,5 pontos no mês passado, de um valor revisado de 126,9 pontos em outubro, o nível mais alto em 19 meses e um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior. O índice de óleos vegetais aumentou 7,5% em relação aos níveis observados há um mês e 32% em relação aos níveis observados um ano antes, impulsionado por preocupações com a produção de óleo de palma, que ficou abaixo do esperado devido ao excesso de chuvas no Sudeste Asiático. Os preços do óleo de soja subiram devido à maior demanda global por importações, enquanto os óleos de canola e de girassol também aumentaram. Outros índices de preços de alimentos caíram. Os preços dos cereais caíram 2,7% em relação a outubro, graças ao enfraquecimento dos preços do trigo e do arroz, enquanto o açúcar caiu 2,4% em relação a outubro, já que a Índia e a Tailândia começaram a processar a safra de cana e as preocupações com as perspectivas da colheita brasileira diminuíram. Em um relatório separado, a FAO reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2024 de 2,848 bilhões de toneladas métricas para 2,841 bilhões, uma queda de 0,6% em relação ao ano passado, mas ainda assim a segunda maior produção já registrada. A utilização mundial de cereais, por sua vez, deve aumentar 0,6%, para 2,859 bilhões de toneladas em 2024/25. Como resultado, a FAO espera que a relação entre os estoques e a utilização de cereais caia de 30,8% para 30,1% no final da temporada de 2025, mas ainda indicando um "nível confortável de oferta global".

Reuters

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Boletim analisa variação do preço da arroba bovina

Após encerrar novembro com uma alta acumulada de 10,47%, a arroba bovina iniciou dezembro em queda

 

As informações são do Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). De acordo com o documento, os preços elevados registraram um recuo, passando de R$ 351,95 a arroba para R$ 336,30. Isso representa uma retração de 4,38% desde o fechamento do mês anterior. O médico veterinário do Deral, Thiago de Marchi, explica que esse movimento de correção já era esperado, considerando que o mercado interno não conseguiu sustentar os aumentos consecutivos na arroba, que acabaram impactando, ainda que parcialmente, os preços no varejo e, por consequência, o consumo. Outro fator relevante no contexto é a desvalorização do real frente ao dólar, que ultrapassou a marca histórica de R$ 6 e permanece nesse patamar. Esse cenário pode contribuir para sustentar os preços da carne bovina em algum grau. No atacado paranaense, o dianteiro e o traseiro acumularam altas de 38,25% e 32,07%, respectivamente, em média, nos últimos 12 meses. O Boletim também traz dados sobre o preço médio de varejo dos cortes de carne suína monitorados pelo Deral no Paraná (lombo sem osso, paleta com osso e pernil com osso). Durante o período de um ano, houve um aumento de 22%, o equivalente a R$ 3,69 por quilograma. Em novembro de 2023, o preço médio era de R$ 17,20 por quilograma, enquanto em novembro de 2024 passou para R$ 20,89. Os preços mais elevados refletem a crescente demanda externa por carne suína brasileira, assim como o aumento da demanda interna, impulsionado pela valorização da carne bovina.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Mercosul e UE fecham acordo de livre comércio, mas ainda há obstáculos à frente

A União Europeia e o Mercosul conseguiram concretizar na sexta-feira um acordo de livre comércio há muito tempo esperado, que agora, no entanto, enfrentará uma batalha tortuosa para aprovação na Europa, onde há forte divisão entre países.

 

Em um pronunciamento à imprensa em Montevidéu, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os presidentes dos quatro membros do Mercosul -- Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai -- anunciaram o acordo após 25 anos de negociações, citando a necessidade de livre comércio em face do crescente protecionismo global. "Esse acordo não é apenas uma oportunidade econômica, é uma necessidade política", disse Von der Leyen. "Sei que ventos fortes estão vindo na direção oposta, em direção ao isolamento e à fragmentação, mas este acordo é a nossa resposta imediata." As autoridades europeias e os defensores do acordo dizem que ele oferece uma maneira de reduzir a dependência do comércio com a China, além de proteger as nações da UE do impacto das prováveis tarifas comerciais ameaçadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. No entanto, o acordo comercial é apenas o início do que pode ser um longo processo para transformá-lo em realidade. O texto precisa ser legalizado, traduzido e depois aprovado pelos países membros, e pode até ser bloqueado, sendo a França o oponente mais feroz. Uma breve declaração à imprensa em Montevidéu ressaltou alguns dos desafios. Apenas Von der Leyen e o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, falaram, sem que nenhuma pergunta fosse feita depois. Os presidentes do Brasil, Argentina e Paraguai permaneceram em silêncio. "Apenas dois dos cinco falaram e nenhuma pergunta foi feita. Isso, por si só, diz muito", disse uma fonte da UE intimamente envolvida nas negociações. "Saiu, mas saiu, mas por um triz... Pelo menos temos o acordo de associação, o resto continuará acontecendo nos próximos dias", acrescentou. Com os negociadores correndo contra o tempo e a resistência contra o acordo em casa, Von der Leyen só confirmou de última hora a viagem para a cúpula do Mercosul no Uruguai. O acordo incluiu emendas sobre contratos de compras públicas, comércio de automóveis e exportações de minerais essenciais em relação a uma versão acordada em 2019. Também foi incluído um anexo sobre medidas ambientais para acalmar os temores sul-americanos sobre o protecionismo da UE. "Após mais de duas décadas, concluímos as negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia", escreveu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na rede social X. O presidente paraguaio, Santiago Peña, reconheceu que o acordo foi um passo importante, mas advertiu que ainda há muito trabalho a ser feito. "Temos que ser muito realistas, temos um longo caminho a percorrer", disse ele aos líderes do Mercosul durante o encontro em Montevidéu. A França, o crítico mais veemente do acordo na UE, classificou-o como "inaceitável". Ressaltando os obstáculos que o acordo enfrentará agora, a ministra do Comércio francesa, Sophie Primas, prometeu resistir aos próximos estágios, citando preocupações ambientais e agrícolas. Os agricultores europeus têm protestado repetidamente contra um acordo entre a UE e o Mercosul que, segundo eles, levaria a importações baratas de commodities sul-americanas, principalmente carne bovina, que, segundo eles, não atendem aos padrões ambientais e de segurança alimentar da UE. O lobby agrícola europeu Copa-Coge reiterou sua oposição ao acordo na sexta-feira e convocou protestos em Bruxelas. A Itália disse na quinta-feira que não havia condições para assinar um acordo. A Polônia disse na semana passada que se opunha ao acordo de livre comércio em sua forma atual. Os grupos verdes europeus também se opõem amplamente ao acordo. O Friends of the Earth chama o acordo de "destruidor do clima". Por outro lado, um grupo de membros da UE, incluindo a Alemanha e a Espanha, afirma que o acordo é vital para o bloco, que busca diversificar seu comércio após o quase fechamento do mercado russo e o desconforto com a dependência da China. Eles veem o Mercosul como um mercado para carros, máquinas e produtos químicos da UE e uma fonte potencialmente confiável de minerais essenciais, como o lítio para baterias, necessário para a transição verde da Europa. Eles também apontam para os benefícios agrícolas, já que o acordo oferece maior acesso e tarifas mais baixas para queijos, presunto e vinho da UE. O acordo comercial exige a aprovação de 15 dos 27 membros da UE, representando 65% da população do bloco, além de uma maioria simples no Parlamento Europeu. Os negociadores sul-americanos continuam otimistas de que a UE acabará dando sua aprovação e que a França não conseguirá reunir uma minoria de bloqueio.

Reuters

 

Entenda como ficam as exportações agropecuárias após acordo Mercosul-UE

Carnes e açúcar terão cotas e tarifas reduzidas enquanto café e frutas ficarão isentos

 

O acordo entre o Mercosul e a União Europeia não sofreu modificações quanto ao comércio de produtos agropecuários em relação ao que havia sido negociado em 2019. Café e sete tipos de fruta do bloco sul-americano (abacate, limão, lima, melão, melancia, uva de mesa e maçã) entrarão na Europa sem tarifas e sem cotas. A carne bovina dos quatro países do Mercosul terá uma cota adicional de 99 mil toneladas (em equivalente carcaça), volume crescente em cinco anos até atingir o total, com tarifa de 7,5%. A Cota Hilton, existente hoje, de 10 mil toneladas, terá a alíquota de 20% zerada na entrada em vigor do acordo. Para a carne de frango a cota será de 180 mil toneladas (em equivalente carcaça), com alíquota zerada, e volume crescente em cinco anos. A cota para a carne suína será de 25 mil toneladas, com prazo de cinco anos para ser atingida, e uma tarifa de 83 euros por tonelada de volume do produto sul-americano que entrar no bloco europeu. O setor produtivo brasileiro aposta que ficará com a maior parte desse mercado. As cotas definidas no acordo comercial serão posteriormente divididas entre os países do Mercosul. No caso de as exportações do Mercosul à UE ultrapassarem a cota, os produtos passarão a pagar as alíquotas atuais. Pelo acordo, o Mercosul também fará diversas concessões. Estimativas do governo nacional é que quase 96% das importações dos países sul-americanos alcançarão livre comércio em 15 anos. Foram estabelecidos cotas e períodos de transição mais longos para produtos considerados mais sensíveis por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, caso dos queijos, leite em pó, vinhos, espumantes, alho e chocolate.

Valor Econômico

 

Acordo Mercosul-UE impulsionará PIB do Brasil em 0,34% em 2044, estima governo

O acordo entre o Mercosul e a União Europeia terá um impacto positivo de 0,34% sobre o Produto Interno Bruto do Brasil em 2044, estimou o governo brasileiro nesta sexta-feira, após os dois blocos anunciarem a conclusão das negociações para um acordo de livre comércio.

 

Esse impulso representaria 37 bilhões de reais, considerando o ano base de 2023. Em documento divulgado à imprensa, o governo também estimou, sem detalhar, que o acordo terá um impacto de 2,65% sobre as exportações totais (52,1 bilhões de reais) e de 2,46% sobre as importações (42,1 bilhões de reais), também em 2044. Também estão sendo previstos para o mesmo horizonte um aumento de 0,76% nos investimentos no país e uma redução de 0,56% no nível de preços ao consumidor, além de um aumento de 0,42% nos salários reais.

Reuters

 

Acordo preserva agro contra barreiras ambientais, avalia setor

Inclusão de mecanismo de dissuasão foi articulada pelo Ministério da Agricultura e acertada na última semana de negociação

 

A conclusão das negociações do acordo entre União Europeia e Mercosul na última sexta-feira (6/12) preservou os termos comerciais definidos em 2019 e incluiu mecanismos considerados positivos pelo agronegócio nacional para tratar ou retaliar eventuais restrições, principalmente aquelas vinculadas a temas ambientais. A avaliação inicial de lideranças ouvidas é que há salvaguardas contra a imposição de barreiras ou exigências na relação birregional, tema que preocupava especialmente os exportadores brasileiros. Os blocos anunciaram que “rechaçam barreiras desnecessárias ao comércio” e disseram que “medidas ambientais não devem constituir restrição disfarçada ao comércio e devem ser baseadas em informações técnicas e científicas”. Europeus e sul-americanos concordaram em manter os direitos junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e esclareceram que o novo anexo de Comércio e Desenvolvimento Sustentável do acordo “não implica endosso das exigências ambientais” adotadas por um lado e outro. “Impedimos em 2019 a inclusão de cláusulas ambientais descabidas, que agora são afastadas, por escrito”, comemorou a senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, nas redes sociais. “Considero uma conquista ter esse capítulo porque ele revela que Mercosul e União Europeia têm valores compartilhados nesse tema. Mas se esse capítulo não resultar em nada concreto com respeito à EUDR [lei antidesmatamento europeia] e o CBAM [mecanismo de tarifa de carbono do continente], avalio que ele vai ser apenas uma declaração de boas intenções”, pontuou André Nassar, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), à reportagem. Ele disse ainda que, no cenário de aumento de guerras comerciais e protecionismo no mundo, o acordo mostra que “há regiões pensando em intensificar a integração comercial, nadando corretamente contra a maré”. O Ministério da Agricultura destacou que a União Europeia “reconheceu as ações do Brasil em sustentabilidade” e que ambos os blocos se comprometeram a seguir as diretrizes do Acordo de Paris. A Pasta destacou ainda a inclusão no acordo do chamado Princípio da Precaução, que permite a adoção de medidas protetivas mesmo sem comprovação científica conclusiva. Para o ministério, o texto final, negociado recentemente, garante salvaguardas que evitam o uso do mecanismo como barreira comercial. “As medidas deverão ser baseadas em evidências científicas, revisadas periodicamente e compatíveis com o nível de proteção de cada país”, disse a Pasta, em nota. “No campo da defesa comercial, o acordo mantém mecanismos antidumping e salvaguardas, com maior transparência e consultas bilaterais, promovendo a confiança entre os blocos”, pontuou o ministério. No discurso na Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom contra as difamações aos padrões sanitários, ambientais e de qualidade dos produtos agropecuários brasileiros. Lula disse que o Brasil vai propor a criação do “Mercosul Verde”, um programa de cooperação para a agricultura de baixo carbono e promoção de exportações agrícolas sustentáveis do bloco. “Nossa pujança agrícola e pecuária nos torna garantes da segurança alimentar de vários países do mundo, atendendo a rigorosos padrões sanitários e ambientais. Não aceitaremos que tentem difamar a reconhecida qualidade e segurança dos nossos produtos. O Mercosul é um exemplo de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental”, disse Lula. Pressionada por agricultores franceses contrários ao acordo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que ouviu as preocupações do setor produtivo da Europa. “Este acordo inclui salvaguardas robustas para proteger os seus meios de subsistência”, disse ela, em Montevidéu. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, disse que o acordo garantiu a preservação dos interesses dos dois lados. “Pode ter ainda aqueles que queiram nível de protecionismo exagerado, mas o acordo deu uma sinalização de que estão resguardos interesses de ambas as partes”, disse ao Valor. Uma das principais vitórias das negociações conduzidas nos últimos dois anos, e que contou com a participação da equipe da secretaria de Rua, foi a criação de um mecanismo de reequilíbrio no acordo no capítulo sobre a solução de controvérsias. O dispositivo tem caráter de dissuasão, ou seja, foi criado para desincentivar possíveis infrações às regras do tratado ou a criação de medidas protecionistas, que dificultem o livre comércio pactuado. A EUDR é seguidamente citada como um dos itens combatidos por essa nova ferramenta. O setor produtivo teme impactos da lei antidesmatamento no acesso preferencial que o acordo criou.

Rua explicou que o mecanismo terá várias etapas para induzir a negociação e solução das divergências. Em último caso, se for adotada alguma ação unilateral protecionista, o outro lado poderá retaliar em até 50% das cotas do acordo. 

Valor Econômico

 

Dólar fecha semana no valor recorde de R$6,0766, com exterior

 O dólar interrompeu uma sequência de três dias de acomodação e encerrou a sexta-feira em alta firme no Brasil, batendo novo recorde de fechamento, em meio a receios de que o pacote fiscal do governo seja desidratado no Congresso e ao avanço da moeda norte-americana no exterior

 

O dólar à vista encerrou o dia em alta de 1,13%, cotado a 6,0766 reais -- no maior valor nominal de fechamento da história. Durante o dia, chegou a colar nos 6,10 reais. Com o movimento, a divisa dos EUA acumulou alta de 1,26% na semana e de 25,25% no ano. Às 17h07, na B3 o dólar para janeiro -- o mais líquido no Brasil atualmente -- subia 1,42%, aos 6,0955 reais. Pela manhã o dólar chegou a oscilar no território negativo, abaixo dos 6,00 reais, mas o movimento teve pouco fôlego. Tanto o exterior quanto o cenário doméstico davam motivos para nova alta da moeda norte-americana, segundo operadores. Lá fora o relatório payroll do Departamento do Trabalho mostrou que a economia dos EUA abriu 227.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, após abertura revisada para cima de 36.000 em outubro. Economistas consultados pela Reuters projetavam criação de 200.000 postos no mês passado. “O dólar está subindo bem, ganhando dos pares e das moedas emergentes, após um payroll um pouco acima das previsões”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “Não se descarta um corte de juros (pelo Federal Reserve) em dezembro, mas nas reuniões seguintes o mercado já trabalha com a possibilidade de não haver cortes, o que dá força ao dólar”, acrescentou. Internamente o dólar foi impulsionado pelo temor de que as propostas do pacote fiscal do governo sejam desidratadas no Congresso, ou nem mesmo tenham o apoio necessário para aprovação. Uma das notícias na imprensa, que circulava pelas mesas, era a de que parlamentares estariam resistentes a mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago e idosos e a pessoas com deficiência. Em reação, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) dispararam e o dólar se reaproximou dos 6,10 reais. Depois de marcar a mínima de 5,9844 reais (-0,41%) às 10h44, o dólar à vista atingiu a máxima de 6,0932 reais (+1,40%) às 14h07.

Reuters

 

Ibovespa recua com queda da Petrobras e Vale

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, refletindo um mercado ainda desconfiado sobre a capacidade do governo de equilibrar as contas públicas, enquanto a queda do minério de ferro e do petróleo no exterior pressionaram as blue chips Vale e Petrobras

 

Dados do mercado de trabalho norte-americano e o anúncio de um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul também ocuparam as atenções de investidores da B3, mas a cautela com o cenário fiscal prevaleceu, tendo no radar ainda decisão de política monetária do Banco Central na próxima semana. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,5%, a 125.945,67 pontos, tendo marcado 127.871,08 pontos na máxima e 125.833,31 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 23,4 bilhões de reais. Na semana, com alta em dois pregões e queda em três, o Ibovespa conseguiu fechar no azul, com acréscimo de 0,22%. De acordo com o gestor de renda variável César Mikail, da Western Asset, os dias mais positivos refletem compra por estrangeiros. "E toda vez que há esse movimento, o investidor local aproveita para zerar algumas posições", explicou, destacando que essa classe segue bastante pessimista. A aprovação pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira de regime de urgência para a tramitação de duas propostas do pacote de corte de gastos do governo federal trouxe algum alívio, mas não eliminou as preocupações e incertezas sobre a capacidade do pacote de equilibrar as contas públicas. Nos EUA, o Departamento de Trabalho divulgou nesta sexta-feira que foram criadas 227.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, um pouco acima do esperado (de 200.000 postos), e a média de ganhos por hora aumentou 0,4%, mas a taxa de desemprego subiu para 4,2%, de 4,1% em outubro. Após os dados, ampliou-se o consenso em torno da expectativa de que Federal Reserve faça mais um corte de 0,25 ponto percentual nos juros em sua última reunião do ano, deixando eventuais mudanças de rota para 2025 após as medidas de política econômica do novo governo de Trump serem conhecidas.

Reuters

 

Poupança tem saques de R$2,931 bi em novembro, diz BC

A caderneta de poupança registrou em novembro saques líquidos no valor de 2,931 bilhões de reais, chegando ao oitavo mês de retiradas no ano, de acordo com dados do Banco Central nesta sexta-feira.

 

No acumulado do ano, a poupança registra retirada líquida de 20,426 bilhões de reais. Em 2024, somente os meses de março, maio e junho tiveram entradas na poupança. No mês passado, houve um saldo negativo de 1,370 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e saques líquidos de 1,561 bilhão de reais na poupança rural. A rentabilidade atual da caderneta de poupança é dada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Esta fórmula vale enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano -- a taxa básica de juros está atualmente em 11,25% ao ano.

Reuters

 

IGP-DI desacelera alta a 1,18% em novembro, mas fica acima do esperado

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou sua alta em novembro, mas ficou acima do esperado ao registrar avanço de 1,18%, depois de subir 1,54% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira

 

A expectativa em pesquisa da Reuters com economistas era de uma alta de 1,09%. Em 12 meses, o índice acumulou avanço de 6,62%. "O (índice de preços ao produtor) registrou alta menos intensa em relação a outubro, sendo influenciado pela desaceleração das commodities agrícolas. Pelo lado do consumidor, a queda observada foi impactada pela tarifa de eletricidade residencial, que teve a adoção da bandeira tarifária amarela", explicou Matheus Dias, economista da FGV IBRE. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, desacelerou e passou a subir 1,66%, de alta de 2,01% no mês anterior. No IPA, a alta nas Matérias-Primas Brutas foi o maior destaque para o movimento de novembro, avançando 3,38% no mês, ante ganho de 5,09% em outubro. As principais contribuições para o movimento das matérias-primas brutas vieram dos itens minério de ferro (11,33% para 0,99%), laranja (18,69% para -1,58%) e bovinos (14,31% para 10,53%). Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -- que responde por 30% do IGP-DI -- passou a cair 0,13% em novembro, de um avanço de 0,30% no mês anterior. As principais contribuições para esse resultado partiram dos itens Habitação (1,09% para -1,99%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,11%) e Comunicação (0,13% para 0,06%). Já o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) registrou alta de 0,40% em novembro, de 0,68% antes. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Reuters

 

POWERED BY

EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA

041 3289 7122

041 99697 8868

 

 

4 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page