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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 763 DE 06 DE DEZEMBRO DE 2024

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 763 | 06 de dezembro de 2024

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Preços de boiadas recuam R$ 5/@, e animal com padrão-exportação vale R$ 340/@, aponta Scot

Apesar da oferta limitada de boiadas, o escoamento da carne segue fraco, informa a Scot Consultoria, acrescentando que, em São Paulo, a ordem de compra para todas as categorias de abate caiu R$ 5/@ na quinta-feira (5/12). No Paraná, o boi vale R$330,00 por arroba. Vaca a R$310,00. Novilha a R$320,00. Escalas de abate de seis dias.

 

Com isso, a cotação do boi gordo “comum” recuou para R$ 335/@, enquanto a vaca e a novilha gordas fecharam o dia valendo R$ 310/@ e R$ 327/@, respectivamente, de acordo com os dados da Scot. O “boi-China”, por sua vez, está cotado em R$ 340/@ no mercado paulista, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal gordo “comum”. Pela apuração da Agrifatto, nesta quinta-feira, o preço médio do boi gordo recuou para R$ 325/@, tanto o animal sem padrão-exportação quanto o “boi-China” – portanto, pelo levantamento desta consultoria, atualmente não há ágio entre as duas categorias. Nas 16 outras regiões monitoradas pela Agrifatto, a média da cotação do boi gordo também teve retração, ficando em R$ 306,60/@. Segundo a Agrifatto, por conta da intensa pressão de baixa sobre os valores de boiadas, na quarta-feira (4/12) os preços do boi gordo recuaram em 8 das 17 praças monitoradas, registrando ajustes negativos em GO, MA, MG, MS, MT, PA, RO e TO. Na mesma quarta-feira, continua a Agrifatto, a praça do Rio Grande do Sul apresentou uma leve valorização, enquanto outras 8 regiões mantiveram suas cotações inalteradas: AC, AL, BA, ES, PR, RJ e SC. “O aumento generalizado e significativo da oferta de animais terminados a preços reduzidos, em Estados como PA, TO, RO e AC, fez com que o volume negociado crescesse, permitindo um alongamento das escalas de abate”, observa a Agrifatto, acrescentando que, atualmente, as programações estão mais confortáveis, com uma média nacional de nove dias de abate. Segundo apuração da equipe de analistas da Scot, “parte dos compradores está fora do mercado e os que estão na ativa pressionam os preços da arroba”. Por outro lado, continua a Scot, a ponta vendedora ficou na retranca, “realizando negócios de maneira mais compassada, dando tempo ao tempo”. Entre os frigoríficos paulistas, calcula a Scot, as escalas de abate estão, em média, para uma semana, tendo por base a redução dos dias de abate, em decorrência do escoamento vagaroso da carne. Na quarta-feira (4/11), o contrato futuro do boi gordo com vencimento em abril/25 fechou o pregão da B3 cotado a R$ 288,30/@, com desvalorização de 4,38% em relação ao dia anterior – foi a maior queda entre todos os contratos. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (5/12), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$310,00. Novilha a R$325,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$ 310,00. Média de R$310,00. Vaca a R$290,00. Novilha R$310,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$300,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de treze dias; Pará — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de quinze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$270,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de onze dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$270,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de sete dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto


Arroba bovina recua 4,38% no Paraná

Mercado da carne bovina ajusta preços após altas consecutivas

 

Segundo o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (5) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, o mercado da arroba bovina apresentou queda no início de dezembro. Após acumular uma alta expressiva de 10,47% em novembro, os preços recuaram de R$ 351,95 para R$ 336,30, representando uma retração de 4,38%. Esse movimento de correção já era previsto por especialistas, considerando a dificuldade do mercado interno em sustentar os aumentos consecutivos no preço da arroba. Os valores elevados impactaram parcialmente os preços no varejo, reduzindo o consumo. Outro fator destacado pelo Deral foi a desvalorização do real frente ao dólar, que ultrapassou a marca histórica de R$ 6. Essa situação pode, em parte, influenciar a manutenção dos preços da carne bovina devido à maior competitividade no mercado externo. No atacado paranaense, os cortes dianteiro e traseiro acumularam altas significativas de 38,25% e 32,07%, respectivamente, nos últimos 12 meses, refletindo o impacto da valorização da arroba bovina ao longo do ano.

Agrolink

 

Exportação de carne bovina in natura alcança 228,1 mil toneladas em novembro

Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, o volume exportado de carne bovina in natura encerrou o mês de novembro/24 com um avanço de 21,4%, se comparado ao embarcado no mesmo período do ano passado. O volume total exportado em 19 dias úteis de novembro ficou em 228,1 mil toneladas.

 

No ano passado, o volume total embarcado ficou em 187,9 mil toneladas em 20 dias úteis de novembro. No comparativo mensal, os embarques de carne bovina em novembro tiveram uma queda de 15,60%, frente ao mês de outubro de 2024. Já a média diária exportada ficou em 12 mil toneladas e registrou um avanço de 27,76%, quando se compara com a média observada em novembro de 2023. No comparativo mensal, a média diária registrou uma queda de 1,58% frente ao observado em outubro deste ano, que estava em 12,2 mil toneladas. Com relação ao preço médio pago pela carne bovina, a Secretária reportou que houve uma valorização anual de 5,9%, sendo que os preços passaram de US$ 4.592 mil por tonelada visto em outubro para o valor atual de US$ 4.865 mil por tonelada. De acordo com as informações da Consultoria Agrifatto, é importante ficar atento à demanda chinesa, já que pode haver uma diminuição nas compras em função do feriado na China. “A carne negociada neste momento será embarcada em janeiro e chegará na China em fevereiro, período pós ano novo chinês, que costuma ter uma retração de demanda após superestímulo do período comemorativo, similar ao que acontece aqui no Brasil depois das nossas festas”, informou a consultora da Agrifatto, Laura Rezende. O valor negociado para a carne bovina em novembro ficou em US$ 1,109 bilhão, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 863,2 milhões. A média diária ficou em US$ 58,4 milhões, avanço de 28,6%, frente ao observado no mês de novembro do ano passado, que ficou em US$ 43,1 milhões.

Agência Safras

 

SUÍNOS

 

Suínos: preços estáveis a quinta-feira (5)

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 191,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 14,50/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (4), houve tímida alta apenas em Minas Gerais, na ordem de 0,10%, chegando a R$ 9,96/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 9,73/kg), Rio Grande do Sul (R$ 9,48/kg), Santa Catarina (R$ 9,67/kg), e São Paulo (R$ 10,10/kg).

Cepea/Esalq

 

Suínos/Cepea: Menor liquidez interrompe alta de preços

As cotações praticadas no setor suinícola brasileiro caíram nos últimos dias, interrompendo o movimento de alta observado desde a segunda quinzena de agosto

Pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores veio da menor liquidez.  Agentes de indústrias reduziram o ritmo de compra de novos lotes de suíno vivo para abate, atentos ao enfraquecimento nas vendas de carne no atacado. Apesar desse cenário, parte dos suinocultores consultados pelo Cepea se mostra otimista com o mercado para as próximas semanas, fundamentada nos pagamentos de salários e de uma parcela do 13º e no típico aumento na demanda pela proteína nas festas de final de ano. 

Cepea

 

Suinocultura independente: preços do animal cedem na quinta-feira (5) com oferta para as festas de fim de ano

Em São Paulo, não houve acordo entre frigoríficos e suinocultores, não havendo, portanto, referência para o preço do animal. Na última semana, o valor de comercialização era de R$ 10,29/kg vivo.

 

Segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), a Bolsa de Suínos não teve referência. Os produtores, motivados pelas próximas duas, três semanas se um mercado comprador, desejavam altas nos preços, mas os frigoríficos não aceitaram. Portanto, não houve negociação. No mercado mineiro houve queda, saindo de R$ 10,30/kg vivo para R$ 9,80/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, passando de R$ 8,96/kg vivo para R$ 9,21/kg vivo. "Mesmo com essa queda, o preço ainda está bom. A gente sabia que havia uma euforia, com o pessoal fazendo estoques para as festas de final de ano, e agora já diminuiu a procura, e isso faz com que os preços caiam. O valor da carcaça também aumentou", destacou o presidente da entidade, Losivânio de Lorenzi.

APCS/ Asemg/ ACCS

 

Novembro encerra com alta de 31,27% na receita de exportação de carne suína

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, exportações de carne suína in natura, até o final do mês de novembro (19 dias úteis), já superaram os volumes embarcados e a arrecadação do mesmo mês de 2023

 

A receita obtida, US$ 273,5 milhões, superou em 31,27% o total arrecadado em todo o mês de novembro de 2023, que foi de US$ 208,3 milhões. No volume embarcado, as 91.130 toneladas representam 18,16% a mais que o total registrado em novembro do ano passado. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 14,3 milhões, quantia 36,13% a maior do que a de novembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 62,04% observando os US$ 37,9 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.667 toneladas, houve elevação de 18,2% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se baixa de 39,53%, comparado às 9.374 toneladas da semana passada. Já no preço pago por tonelada, US$ 2.540, ele é 11,1% superior ao praticado em novembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa recuo de 37,21% em relação aos US$ 4.046 anteriores.

Agência Safras

 

FRANGOS

 

Preços do frango congelado ou resfriado baixam em São Paulo

Os preços do frango congelado ou resfriado em São Paulo tiveram leves quedas nesta quinta-feira (5), enquanto as demais cotações ficaram estáveis

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, da mesma maneira que o frango no atacado, custando, em média, R$ 7,60/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,63/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, custando R$ 4,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (4), a ave congelada teve queda de 0,49%, chegando a R$ 8,13/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,37%, fechando em R$ 8,15/kg. 

Cepea/Esalq


Exportação de carne de frango tem aumento de 29,59% no faturamento por média diária

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, as exportações de carne de aves in natura até o final do mês de novembro (19 dias úteis), teve elevação de 29,59% no faturamento por média diária na comparação com novembro do ano passado.

 

A receita obtida, US$ 818,9 milhões, representa 29,59% a mais que o total arrecadado em todo o mês de novembro de 2023, que foi de US$ 631,9 milhões. No volume embarcado, as 436.652 toneladas representam 22,56% a mais que o volume registrado em outubro do ano passado, quantidade de 356.276 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 43,1 milhões quantia 29,6% a maior do que a registrada em novembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 9,31% quando comparado aos US$ 47,5 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 22.981 toneladas, alta de 22,6% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, observa-se baixa de 9,02% em relação às 25.262 toneladas da semana anterior. Já no preço pago por tonelada, US$ 1.875, ele é 5,7% superior ao praticado em novembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa recuo de 0,31% no comparativo ao valor de US$ 1881,376 visto na semana passada.

Agência Safras

 

CARNES

 

Brasil tem produção recorde de carnes bovina, suína e de frango no 3º tri, diz IBGE

A produção de carnes bovina, suína e de frango do Brasil bateu recorde no terceiro trimestre, com impulso das exportações e do consumo interno, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira

 

A conjuntura tem beneficiado empresas como JBS, Marfrig, Minerva e BRF, que apresentaram resultados robustos do terceiro trimestre. O Brasil é o maior exportador de carne bovina e de frango, além de ser o quarto maior em carne suína. Em bovinos, a produção no terceiro trimestre atingiu 2,75 milhões de toneladas (peso em carcaça), alta de 14,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, com os abates de animais superando o número de 10 milhões de cabeças em um trimestre pela primeira vez. No terceiro trimestre, foram abatidas 10,37 milhões de cabeças bovinas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, aumento de 15,3% na comparação com o mesmo período do ano passado e de 3,9% em comparação ao trimestre anterior. "O ano de 2024 está sendo de recorde no abate de bovinos e na produção de carne. Estamos nos encaminhando para um recorde anual, a depender do quarto trimestre", afirmou a gerente da pesquisa da pesquisa do IBGE, Angela Lordão. Segundo ela, o mês de julho foi o melhor para o abate em geral, com recorde de cabeças abatidas para um único mês, na série histórica, iniciada em 1997. Ela acrescentou que há uma grande demanda pela carne bovina tanto no mercado interno como no externo. "Estamos com exportações recordes, e aqui no mercado interno também temos observado um aumento do consumo per capita das famílias", destacou. As exportações de bovinos no trimestre atingiram o patamar inédito de 706,43 mil toneladas, aumento de 30,6% na comparação anual, com recordes para julho, agosto e setembro, afirmou o IBGE, citando números da Secretaria de Comércio Exterior. Na área de frangos, a produção atingiu 3,47 milhões de toneladas no terceiro trimestre, alta de 4,8% na comparação anual, enquanto em suínos somou 1,4 milhão de toneladas, avanço de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre, foram abatidas 1,62 bilhão de cabeças de frangos, representando aumento de 2,8 em relação ao mesmo período de 2023 e alta de 0,8% na comparação com o segundo trimestre de 2024.

Já em suínos os abates atingiram 14,95 milhões de cabeças de suínos, alta de 2,1% em relação ao mesmo período de 2023 e aumento de 2,6% ante o trimestre anterior.

Reuters

 

MEIO AMBIENTE

 

Brasil quer retaliar barreiras comerciais e 'protecionismo verde'

Setor do agronegócio defende alterações em projetos sobre reciprocidade ambiental. Representantes do governo e do setor privado temem guerra comercial de sanções e retaliações às exportações brasileiras

 

A reação brasileira aos ataques protecionistas de países importadores, evidenciada pela recente campanha francesa contra os produtos agropecuários nacionais e por legislações restritivas, como a lei antidesmatamento da União Europeia, tem caminhado para a criação de um mecanismo legal que permita retaliações oficiais do lado de cá e proteja a posição do Brasil no comércio internacional. Representantes do governo e do agronegócio reconhecem a necessidade de construir uma medida nessa linha, mas alertam que ela não pode ser exclusivamente punitiva. O receio é que a criação de algumas exigências ambientais pelo Brasil sejam um “tiro no pé” e que possam gerar reações adversas dos outros países ou causar uma guerra comercial de sanções e retaliações às exportações brasileiras. O tema foi debatido nesta quarta-feira (4/12) em audiência pública no Senado Federal. A discussão foi proposta pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), relatora do projeto de lei 2088/2023, que cria uma lei de reciprocidade ambiental e econômica para o país e pode dar base para esse tipo de reação. Tereza Cristina deve apresentar em breve um texto substitutivo para votação. A senadora disse que a proposta não vai mirar apenas um bloco ou país e terá o cuidado de não prejudicar as relações comerciais atuais. Ela afirmou que o objetivo é estabelecer critérios similares aos impostos pela União Europeia para as exportações brasileiras. O texto tem sido alinhavado com o governo. A intenção é envolver a Câmara de Comércio Exterior (Camex) e espelhar a postura adotada pelos Estados Unidos, com medidas escalonadas, que variam de notificações, investigações e punição com alíquotas de importação maiores, disse em entrevista ao Valor recentemente. “Nossa posição é impedir a concorrência desleal imposta por outros países. Sabemos que, para isso, será necessária a atuação firme da Câmara de Comércio Exterior (Camex), a fim de manter o equilíbrio no comércio exterior. Se houver medidas absurdas unilaterais contra nossas exportações, estabeleceremos também, em lei, cláusulas-espelho restritivas contra as exportações desses países para o Brasil”, disse Tereza Cristina na quarta-feira. Na audiência, o embaixador Fernando Pimentel, diretor do Departamento de Política Comercial do Ministério de Relações Exteriores, disse que o comércio mundial vai enfrentar, nos próximos anos, um período mais “confuso”, com o crescimento do protecionismo relacionado a questões ambientais. Ele defendeu que o Brasil tenha os próprios instrumentos para atuar no enfrentamento dessas barreiras, mas que o modelo não seja um “gatilho que dispare a todo momento”, para não representar um “tiro no pé” e prejudicar a economia brasileira. Ele defendeu que o processo permita espaço para negociação. “O objetivo do governo não é só reagir no sentido punitivo, quer resolver o problema. Achamos fundamental ter um instrumento que permita ao Brasil atuar na arena do comércio internacional, que vai ficar mais complicada”, completou. Ana Toni, secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, disse que o “protecionismo verde” está cada vez mais na pauta e que o Brasil, com uma medida de reciprocidade ambiental e comercial, pode se antecipar para o que “vai vir ainda pior”. O alerta da secretária, porém, foi para que esse mecanismo não seja criado no âmbito da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), como pretende o texto original do PL 2088/2023, do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). “Da nossa perspectiva, as medidas são importantes, mas não é nessa política que está o problema. Colocar o foco na PNMC pode ser um tiro no pé. Parece que estamos usando as mesmas medidas que eles usam, e o problema é o protecionismo verde e não as políticas climáticas que o Brasil tem e provavelmente outros têm, mas o mau uso da política comercial para isso”, disse na audiência. O outro projeto sobre o tema (1.406/2024), do deputado Tião Medeiros (PP-PR) está em debate na Câmara. A proposta impede o governo brasileiro de firmar acordos comerciais que possam representar “restrições às exportações brasileiras e ao livre comércio” quando os outros países ou blocos signatários não adotarem medidas de proteção ambiental equivalentes. A expectativa é que o projeto de Medeiros seja alterado e aprovado para passar a tramitar em conjunto com o do Senado, relatado pela senadora Tereza Cristina (PP-MS). Há críticas sobre o teor mais protecionista e restritivo da proposta. “Os produtos brasileiros estão tomando mercados que eram de outros países. Temos que tomar cuidado. Hoje é a nossa carne que é atacada, mas temos outros produtos que dependem das exportações e protegem nossa balança comercial”, ponderou Gislaine Balbinot, diretora-executiva da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná lidera mercado de frangos no 3º trimestre; cresce a produção de leite, ovos e suínos

O Paraná responde por 33,7% de toda a produção nacional de frangos. Foram 3,16 milhões de porcos abatidos entre julho e setembro deste ano, 27,9 mil a mais que no mesmo período do ano anterior. Dados foram divulgados na quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O Paraná mantém a liderança na produção nacional de frango, com 547,5 milhões de animais abatidos no terceiro trimestre de 2024, segundo dados da produção animal divulgados na quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A quantidade é similar em relação ao mesmo trimestre do ano passado, quando foram abatidos 548,3 milhões de aves no Estado, e ao segundo trimestre deste ano (565,5 milhões). O Paraná responde por 33,7% de toda a produção nacional. O Brasil inteiro somou 1,6 bilhão de unidades abatidas entre julho e setembro deste ano. A produção de carne suína, bovina, de leites e de ovos cresceu no último trimestre no Paraná. Foram 3,16 milhões de porcos abatidos entre julho e setembro deste ano, 27,9 mil a mais que no mesmo período do ano anterior. Os três estados do Sul lideram a produção nacional de suínos, com a região respondendo por 68% do abate nacional no terceiro trimestre. Dentro desse cenário, o Paraná ocupa a vice-liderança no País (21,1%), atrás apenas de Santa Catarina, que abateu 4,35 milhões de animais. Em todo o Brasil, a produção de carne suína atingiu 14,95 milhões de unidades no período. O abate bovino do Paraná somou 372.428 unidades no terceiro trimestre, 13,7% a mais que entre julho e setembro de 2023 (327.606 cabeças) e 2,3% superior ao trimestre anterior (364.175). No Brasil, a produção bovina atingiu 10,37 milhões de animais no terceiro trimestre, número impulsionado por aumentos em 25 das 27 Unidades da Federação. Além de se destacar na produção de carne, o Paraná se mantém também como um dos maiores produtores nacionais de leite e ovos. Este último é superado apenas por São Paulo e Minas Gerais. Foram 117,2 milhões de dúzias produzidas no Paraná entre julho e setembro, com o Estado contando com mais de 22 milhões de galinhas poedeiras. Houve aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior (110,9 milhões de dúzias). Já a produção leiteira somou 980,2 milhões de litros adquiridos no terceiro trimestre, sendo que a grande maioria desse volume é industrializada, chegando 978,9 milhões de litros passando pelas agroindústrias. Houve um aumento de 11,4% no volume de leite produzido em relação ao segundo trimestre do ano, que chegou a 880,8 milhões de litros. O Paraná responde por 15,6% do mercado nacional. Com o último levantamento, o Paraná atingiu 1,66 bilhão de unidades de frango produzidas entre janeiro e setembro. O segundo trimestre foi o melhor em termos de produção, com 565,5 milhões de aves, mas julho foi o melhor mês de 2024, com mais de 194 milhões de abates. Já no primeiro trimestre, a produção avícola ficou em 550,7 milhões de animais. A produção suína somou 9,5 milhões de cabeças no ano, com 3,2 milhões de porcos abatidos no segundo trimestre e 3,1 milhões no primeiro. O abate de bois e vacas ultrapassou um milhão de cabeças no ano, somando com as 331,8 mil do segundo trimestre e as 296,7 mil do primeiro. Já os ovos somaram 343,8 milhões de dúzias e a produção leiteira atingiu 2,7 bilhões de litros no acumulado do ano.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai para perto dos R$6,00 após Câmara aprovar urgência para pacote fiscal

O dólar emplacou na quinta-feira a terceira sessão consecutiva de baixa ante o real, com a moeda encerrando o dia perto dos 6,00 reais após aprovação pela Câmara, na véspera, do regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo. O recuo generalizado da divisa dos EUA no exterior foi outro fator que pesou sobre as cotações no Brasil.

 

O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,63%, cotado a 6,0089 reais, após ter atingido na segunda-feira o maior valor nominal de encerramento da história, de 6,0652 reais. No ano a divisa dos EUA acumula elevação de 23,85%. Às 17h04, o dólar para janeiro -- o mais líquido no Brasil -- cedia 0,63%, aos 6,0240 reais. A moeda norte-americana oscilou em queda ante o real durante todo o dia, com investidores reagindo positivamente à notícia de que a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para duas propostas que integram o pacote de contenção de gastos do governo, o que elimina a exigência de determinados prazos e acelera a tramitação. No exterior, o viés para a divisa dos EUA também era negativo, após a divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho. O Departamento de Comércio informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9.000 nos EUA, para 224.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 30 de novembro. Economistas consultados pela Reuters previam 215.000 pedidos para a última semana. As dúvidas persistentes em torno da questão fiscal acabaram por reconduzir o dólar para acima dos 6,00 reais -- visto atualmente como um nível de referência técnica para as negociações.

Reuters

 

Ibovespa avança e fecha perto de 128 mil pontos com "urgência" para fiscal

O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% na quinta-feira, encostando nos 128 mil pontos, com Eletrobras entre os destaques após acordos da elétrica com o governo que alimentaram expectativas positivas sobre dividendos

 

A aprovação do regime de urgência pela Câmara dos Deputados para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo também amenizou receios sobre obstáculos ao plano, embora persistam preocupações em relação ao equilíbrio das contas públicas. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,34%, a 127.774,01 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo alcançado 127.989,06 pontos na máxima e 126.087,09 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava 21,29 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

 

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