Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 756 | 27 de novembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preço do boi gordo sobe mais um degrau e vai a R$ 355/@ em SP
Embora um pouco mais moderada em relação às últimas semanas, movimento de alta da arroba permanece neste início da semana em regiões importantes do País, informou a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$340,00 por arroba. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de abate de seis dias.
Nesta semana, o mercado do boi gordo começou mais calmo, mas os poucos negócios fechados com os frigoríficos não impediram que a arroba subisse mais um degrau na terça-feira (26/11), em São Paulo, atingindo R$ 355/@, conforme apurou a Agrifatto. O preço vale tanto para o animal “comum” quanto para o bovino com padrão-exportação, o chamado “boi-China”. Nas 16 outras regiões monitoradas pela consultoria, o valor médio do boi gordo saltou para R$ 320,90/@. “Nove das 17 praças registraram valorização da arroba nesta terça-feira (SP, AL, BA, GO, MG, MS, MT, RJ e SC); as outras oito regiões mantiveram suas cotações inalteradas (AC, ES, MA, PA, PR, RO, RS e TO)”, disse a Agrifatto. Um fator preocupante, diz a Agrifatto, é que o dianteiro destinado ao consumo direto perdeu força, apresentando baixa liquidez, uma leve queda no preço e, prevê a consultoria, apresenta tendência risco de novas desvalorizações. “Esse quadro reflete a dificuldade do consumidor médio brasileiro, que, sem recursos financeiros suficientes, não consegue arcar com os preços elevados das carnes, resultando em baixa rotatividade nos balcões do varejo”, observam os analistas da consultoria. “O aumento nas vendas tende a ocorrer apenas com a proximidade das festas de Natal e de fim de ano”, afirmou a Agrifatto – de fato, onde há comemorações, há churrasco, sobretudo feito com cortes bovinos, de longe a proteína mais desejada pelos brasileiros. No mercado futuro, predominou o otimismo no pregão de segunda-feira (25/11) da B3, com alta em todos os contratos do boi gordo. O destaque ficou para o contrato com vencimento em fevereiro/25, que encerrou a sessão cotado a R$ 342,65/@, com valorização de 1,38% em relação ao dia anterior. Cotações do boi gordo desta terça-feira (26/11), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$355,00 a arroba. O “boi China”, R$355,00. Média de R$355,00. Vaca a R$325,00. Novilha a R$340,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China”, R$350,00. Média de R$345,00. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China”, R$340,00. Média de R$340,00. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$325,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$315,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$350,00. Média de R$345,00. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$305,00 a arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de seis dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Preços dos suínos seguiram estáveis
Na terça-feira (26), os preços dos suínos seguiram firmes. A expectativa é que o mercado deve permanecer estável no curto prazo
Segundo a Scot Consultoria, o preço da carcaça suína especial ficou estável e está precificado em R$ 15,50/kg. Já o preço médio da arroba do suíno CIF permaneceu estável e está sendo negociado em R$ 191,00/@. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última segunda-feira (25), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou estabilidade e segue em R$ 10,26/kg. No Paraná, o preço do animal não teve alteração e está precificado em R$ 9,78/kg e teve ganho de 0,10%. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal seguiu com estabilidade e está precificado em R$ 9,49/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 10,12/kg e apresentou estabilidade. Em Santa Catarina, o valor do suíno permaneceu cotado em R$ 9,72/kg.
Cepea
FRANGOS
Cotação do frango no atacado paulista caiu 0,66% nesta 3ª feira
Na terça-feira (26), a cotação do frango no atacado paulista registrou queda de 0,66%, em que os preços estão próximos de R$ 7,50 por quilo, informou a Scot Consultoria
Já a cotação da ave terminada nas granjas paulistas segue com estabilidade e cotada em R$ 5,50 por quilo. Com base no levantamento realizado na última sexta-feira (22), o preço do frango congelado apresentou alta de 0,12% e está precificado em R$ 8,08 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação registrou ganho e está próximo de R$ 8,18 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 4,65/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,49/kg.
Cepea
EMPRESAS
Mapa recebeu pedido de desculpas do Diretor-Presidente do Grupo Carrefour
O Ministério da Agricultura e Pecuária informa que recebeu formalmente uma carta assinada pelo diretor-presidente do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, publicada na terça-feira (26)
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que recebeu formalmente uma carta assinada pelo diretor-presidente do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, publicada na terça-feira (26), esclarecendo sua declaração em apoio aos agricultores franceses e reconhecendo a alta qualidade, o respeito às normas e o sabor da carne brasileira. “Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpa”, diz trecho do documento. Com um sistema de rigoroso de defesa agropecuária, que posiciona o Brasil como o principal exportador de carne de aves e bovina do mundo, o Mapa reitera os elevados padrões de qualidade, sanidade e sustentabilidade da produção agropecuária brasileira. Assim, o Mapa enaltece o trabalho desempenhado pelo setor, a gestão ativa das associações e seus associados na defesa de uma produção de excelência que chega às mesas de consumidores em mais de 160 países do mundo. As boas relações diplomáticas conquistadas pelo governo brasileiro fazem com que, somente nos últimos dois anos, 281 novos mercados se somassem ao extenso portifólio dos produtos agropecuários brasileiros. Por isso, o Mapa afirma que trabalha sempre no intuito de esclarecer os fatos para não permitir que declarações equivocadas coloquem em dúvida um trabalho de defesa agropecuária de alto nível e de uma produção de alta qualidade e comprometida com uma das legislações ambientais mais rigorosas do planeta.
Mapa
ABPA recebeu positivamente a retratação apresentada CEO global do Carrefour
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) recebeu positivamente a retratação apresentada hoje pelo CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro
Em contraposição ao equívoco de sua primeira manifestação, a nova carta de Bompard faz jus à maior organização varejista atuante no Brasil. Nela, fica claro o reconhecimento aos enormes esforços dos produtores brasileiros para a produção de proteínas com elevados padrões sanitários e de qualidade, e que são fundamentais para a segurança alimentar do Brasil e de mais de 150 países em todo o mundo. Por isto, a ABPA e seus associados consideram o tema encerrado. A carta vai ao encontro de uma relação sólida construída entre o mercado europeu e o setor exportador de proteína animal do Brasil, que desde o ano 2000 já exportou cerca de 7,7 milhões de toneladas de carne de frango para a União Europeia, atendendo aos mais elevados critérios sanitários estabelecidos pelas autoridades europeias – uma parceria que gerou mais de US$ 17 bilhões em receitas cambiais para o Brasil, com impactos diretos na geração de emprego e renda no interior do país. Ao mesmo tempo, cabe ressaltar o incontestável apoio do Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, juntamente com Secretário de Relações Internacionais, Luís Rua, na forte defesa da imagem da cadeia produtiva de proteína animal do Brasil. As palavras do Ministro e de seu Secretário nortearam os setores neste trabalho conjunto entre Governo e setor privado, em prol da soberania e do respeito ao Brasil como um dos maiores players globais na produção de alimentos.
ABPA
Carrefour: após pedido de desculpas, grupo diz que cronograma de entrega de carne foi retomado
Frigoríficos tinham suspendido entrega de carne, em protesto contra-ataques do CEO global do grupo contra a carne do Mercosul, na semana passada
O grupo Carrefour informou na terça-feira, 26, que o cronograma de entregas de carnes bovinas para as lojas da rede foi retomado. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia disse esperar a normalização do reabastecimento desses produtos no decorrer dos próximos dias. O fornecimento de carne ao grupo Carrefour havia sido suspenso na semana passada, como uma forma de protesto dos frigoríficos brasileiros à declaração do CEO global do grupo, Alexandre Bompard. Na quarta-feira, 20, o executivo disse que a companhia deixaria de vender carne oriunda do Mercosul, porque esses produtos não respeitam os requisitos e normas do mercado francês. Na noite desta segunda-feira, 25, após a enorme repercussão negativa dessa declação, Bompard se desculpou em uma carta ao Ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro. “Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas”, disse Bompard, no documento entregue pela Embaixada da França ao Ministério da Agricultura.
O Estado de São Paulo
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná passa a ter 92% da safra de soja em "boa" condição após seca no noroeste
A condição das lavouras de soja do Paraná na safra 2024/25 apresentou uma queda em relação à avaliação da semana anterior, após uma estiagem afetar lavouras no noroeste do Estado, um dos maiores produtores da oleaginosa no Brasil, apontou na terça-feira o Departamento de Economia Rural (Deral)
Agora 92% da área de soja do Paraná está classificada como "boa", versus 99% com essa condição até a semana passada, depois de uma condição seca em partes do oeste e noroeste recentemente. O Estado vinha apresentando de maneira geral um bom desenvolvimento, após chuvas que aceleraram o plantio, que agora está perto de ser finalizado. O Estado tem ainda 8% das áreas em "média" condição, versus 1% na semana anterior. Agricultores paranaenses, contudo, esperam a volta das chuvas nos próximos dias, conforme as projeções climáticas, o que deverá trazer alívio para as áreas com o solo mais seco. "De maneira geral, (a falta de chuva no oeste) é um alerta, porém ainda não visualiza comprometimentos significativos das lavouras. O retorno das chuvas previsto deve trazer a normalidade novamente para a safra", disse o especialista em soja do Deral, Edmar Gervásio. Ele lembrou que as temperaturas elevadas nos últimos dias trouxeram um agravante, podendo resultar em menor produtividade em algumas áreas. A safra de soja 2024/25 do Paraná, um dos três principais Estados produtores da oleaginosa do Brasil, está estimada em recorde de 22,4 milhões de toneladas, segundo o Deral, que divulga nova estimativa mensal na próxima quinta-feira. O Deral informou ainda que 99% da área prevista para a soja no Estado já está semeada. O Estado já registra 11% das lavouras em frutificação, 27% em floração, 59% em desenvolvimento vegetativo e 3% em germinação.
Reuters
Copel aposta em grandes usinas e descarbonização após desinvestir quase R$ 2bilhões
Segundo o diretor-presidente da companhia, sem as amarras de uma empresa estatal, a Copel poderá ser cada vez mais eficiente no seu objetivo
O diretor-presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Daniel Slaviero, disse que a empresa vai focar em grandes usinas e descarbonização da matriz. A empresa fez o desinvestimento de pequenas hidrelétricas, saiu da geração a partir de fontes fósseis e fechou a renovação de concessões de três hidrelétricas por R$ 4,1 bilhões. Segundo Slaviero, sem as amarras de uma empresa estatal, a empresa poderá ser cada vez mais eficiente no seu objetivo. Na segunda, a empresa informou a venda de 11 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e centrais geradoras hidrelétricas (CGH), uma termelétrica e um parque eólico por R$ 450,5 milhões para o Grupo Electra. Em julho, a empresa anunciou que vendeu o bloco de controle (51%) da distribuidora de gás Compagas para a Compass, empresa de gás natural do grupo Cosan, por R$ 906 milhões. E no final de 2023, a antiga estatal vendeu a termelétrica a gás natural Araucária (Uega) para a Âmbar Energia, empresa de energia do grupo J&F, por R$ 320 milhões. “A empresa vai focar em grandes usinas e descarbonização da matriz”, disse Slaviero. Foram quase R$ 2 bilhões de desinvestimentos, sendo que parte dos recursos serão usados para o pagamento da renovação de contratos de concessão das hidrelétricas, Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias, no valor de R$ 4,1 bilhões. A renovação vale por mais 30 anos e representa cerca de 64% da capacidade instalada da Copel. Para 2025, a empresa anunciou um investimento de R$ 3 bilhões. Deste montante, cerca de 90% serão destinados ao segmento de distribuição, principalmente na melhoria do atendimento da companhia. O diretor de estratégia, novos negócios e transformação digital da Copel, Diogo Mac Cord, disse que leilão de reserva de capacidade, aluguel de postes para o setor de telecomunicações e medição inteligente são as principais apostas para extrair valor de ativos operacionais. Com a expectativa de um leilão de reserva de segurança energética (reserva de capacidade), a empresa paranaense planeja participar com sua hidrelétrica Foz do Areia (1.676 MW). A usina de Segredo (1.260 MW) também apresenta potencial para expansão de capacidade, oferecendo mais uma oportunidade para a ex-estatal na geração de energia, embora os estudos ainda estejam em andamento. O compartilhamento de postes com as empresas de telecomunicações é remunerado pelas operadoras de telefonia e dados e é outra aposta de Mac Cord. “A Copel é a empresa que mais fatura com empresas de telecom no Brasil, com mais de meio bilhão”, diz o executivo. Já o monitorado de forma remota e integrado aos demais dispositivos de operação permite à Copel monitorar a qualidade do fornecimento às unidades consumidoras a partir de variáveis como tensão, corrente elétrica e potência, antecipando possíveis falhas. Até outubro, a empresa já fez a troca de 45 mil medidores de energia em Cascavel, como parte da fase do programa destinada a atender os consumidores da região Oeste do Paraná. Para o futuro, o vice-presidente de finanças e de relações com investidores da empresa, Felipe Gutterres, acrescenta que a revisão tarifária de 2026 é um projeto de médio prazo para a empresa, já que os investimentos feitos no setor de distribuição de energia serão remunerados na revisão.
Valor Econômico
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar encerra estável em dia de valorização global da moeda americana
É a terceira sessão seguida em que a divisa dos EUA não apresenta firme valorização ou desvalorização frente ao real
O dólar à vista encerrou o pregão da terça-feira (26) perto da estabilidade, a terceira sessão seguida em que a moeda americana não apresenta firme valorização ou desvalorização frente ao real. A apatia do mercado de câmbio tem sido lida como um “estado de espera” dos investidores, diz um operador, em referência à expectativa pelas medidas de corte de gastos do governo brasileiro. Na terça, a moeda americana registrou valorização globalmente, com o índice DXY voltando a operar acima dos 107 pontos e com desvalorização das principais moedas pares do real, em especial do peso mexicano, que despencou mais de 2% após comentários de Donald Trump, futuro presidente dos EUA, sobre tarifas contra o país. Terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou em alta de 0,04%, cotado a R$ 5,8080, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,7824 e encostado na máxima de R$ 5,8274. Já o euro comercial fechou as negociações da terça em queda de 0,28%, cotado a R$ 6,0828. Além do feriado, o mercado local seguiu em compasso de espera, à medida que não foram apresentados os planos do governo para cortes de gastos. Na leitura do gerente de câmbio da Tullett Prebon, Italo Abucater, o mais importante agora é tentar entender se, a partir do que vier do fiscal, o Brasil irá ficar atrativo em termos de investimentos de prazos maiores, o “real money”, como os investimentos diretos no país (IDP). “Óbvio que, quando anunciar o pacote em termos imediatos terá uma melhora. Mas acho importante avaliarmos em termos reais para médio prazo, se iremos ficar atrativos para receber novos aportes. Porque hoje o cenário global é bem ruim e desafiador. Temos observado vários fundos sendo esvaziados, com dificuldades em captações novas e perdas de capitais.” Em relatório sobre as perspectivas para os mercados de câmbio em 2025, o J.P. Morgan avalia que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos não é suficiente para beneficiar a moeda brasileira.
Valor Econômico
Ibovespa ganha fôlego à espera de pacote fiscal e com apoio de bancos
O Ibovespa encerrou a sessão em alta firme de 0,69%, aos 129.922 pontos, oscilando entre os 129.042 pontos e os 130.361 pontos
O avanço das ações de bancos impulsionou o Ibovespa, que encerrou a sessão da terça-feira (26) em alta firme de 0,69%, aos 129.922 pontos, oscilando entre os 129.042 pontos e os 130.361 pontos. Entre as blue chips, as units do BTG Pactual responderam pela maior alta, de 2,14%, a R$ 33,82, seguidas pelo avanço das ações do Itaú Unibanco, que subiram 1,91%, a R$ 34,75. Já as ações da Petrobras e da Vale apresentaram um pregão mais negativo: as ações da mineradora recuaram 1,27%, cotadas a R$ 57,43, enquanto os papéis PN da petroleira caíram 0,13%, a R$ 39,13, e ON tiveram queda de 0,51% a R$ 42,60. Após a forte polêmica sobre a carne do Mercosul, as ações do Carrefour encerraram em alta mais robusta, de 3,28%, a R$ 6,93, depois de que o CEO do grupo, Alexandre Bompard, enviou uma carta ao Ministério da Agricultura reconhecendo a “alta qualidade, o respeito às normas e o sabor da carne brasileira” e que houve retomada do recebimento das carnes na manhã de hoje. A proximidade de apresentação do pacote de corte de gastos também ajudou a impulsionar um dia mais positivo para o Ibovespa. Segundo apuração do Valor, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve fazer um anúncio em cadeia de rádio e TV para explicar as medidas fiscais amanhã. O volume financeiro do índice foi de R$ 16,4 bilhões e de R$ 21,5 bilhões na B3. Já em NY, a sessão foi majoritariamente positiva para o Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones, que subiram 0,63%, 0,57% e 0,28%, nessa ordem. O diretor de investimentos da Quantzed, Leandro Petrokas, afirma que a subida em bloco de bancos na sessão foi fruto de um posicionamento de investidores para ações de beta mais alto ou mais sensíveis a juros. Visão que é compartilhada pelo chefe de pesquisa da Eleven Financial, Fernando Siqueira. Ele cita que o dia também foi favorável para ações do varejo, educação e empresas de comércio eletrônico, que estavam numa fase ruim e tiveram um respiro.
Valor Econômico
IPCA-15 sobe mais do que o esperado em novembro sob peso de alimentos
O IPCA-15 subiu mais do que o esperado em novembro uma vez que o aumento dos preços de alimentos compensou a moderação nos custos da energia elétrica, deixando a taxa em 12 meses acima do teto da meta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,62% em novembro, de uma alta de 0,54% em outubro, mostraram os dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos 12 meses até novembro, o avanço do IPCA-15 chegou a 4,77%, de 4,47% no mês anterior, superando o teto da meta para a inflação em 2024, que é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. A taxa em 12 meses é a mais elevada desde novembro de 2023 (4,84%) e não superava 4,5% desde dezembro do ano passado. Os resultados também ficaram bem acima das expectativas em pesquisa da Reuters, de altas de 0,48% e 4,62% respectivamente no mês e em 12 meses. "O IPCA-15 de novembro reforça a tendência de piora da inflação das últimas leituras, que, por sua vez, se deve a fatores voláteis", avaliou André Valério, economista sênior do Inter. O destaque em novembro foi a alta de 1,34% de Alimentação e bebidas, marcando a maior variação e o maior impacto positivo no índice e uma aceleração ante o avanço de 0,87% em outubro. O aumento dos preços da alimentação no domicílio acelerou de 0,95% para 1,65% em novembro, sob peso de óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%). Os preços de Despesas Pessoais subiram no mês 0,83%, influenciado principalmente pela alta de 4,97% do cigarro devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir de 1º de novembro. Já os custos de Transportes tiveram alta de 0,82%, com aumento de 22,56% da passagem aérea para registrar o maior impacto individual no IPCA-15 do mês. Os custos do grupo Habitação subiram 0,22%, com a alta da energia elétrica residencial desacelerando de 5,29% em outubro para 0,13% em novembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para novembro seria amarela, de custo menor, devido a uma melhora das condições de geração de energia no país. Com a inflação e a desancoragem das expectativas como importante ponto de preocupação, o Banco Central acelerou o ritmo de aperto monetário e elevou a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual em novembro, a 11,25% ao ano. Embora não tenha deixado claro o que fará na última reunião do ano, em dezembro, a pesquisa Focus realizada pelo BC com especialistas mostra expectativa de novo aumento de 0,5 ponto, levando a Selic a 11,75%. Ainda no último levantamento, a projeção para a alta do IPCA este ano passou a 4,63%, indo a 4,34% em 2025. "As expectativas para a inflação futura continuam sendo um dos principais desafios. Diante disso, do ponto de vista da política monetária, o Copom deve manter o ritmo e optar por uma alta de 0,50 ponto percentual na Selic na reunião de dezembro, com viés de alta", disse Igor Cadilhac, economista do PicPay.
Reuters
Corrente de comércio alcança US$ 11 bi na 4ª semana de novembro
A Balança Comercial registrou, na 4ª semana de novembro de 2024, um superávit de US$ 2,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 11 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,533 bilhões e importações de US$ 4,471 bilhões
No mês, as exportações somam US$ 21,6 bilhões e as importações, US$ 15,3 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,3 bilhões e corrente de comércio de US$ 36,9 bilhões. No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 306,047 bilhões e as importações, US$ 236,763 bilhões, com saldo positivo de US$ 69,284 bilhões e corrente de comércio de US$ 542,81 bilhões. Esses e outros resultados foram publicados na segunda-feira (25/11), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Nas exportações, comparadas as médias até a 4ª semana de novembro/2024 (US$ 1,542 bi) com a de novembro/2023 (US$ 1,394 bi), houve crescimento de 10,6%. Em relação às importações houve crescimento de 14,6% (US$ 1,095 bi) com a do mês de novembro/2023 (US$ 954,87 milhões). Assim, até a 4ª semana de novembro/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,6 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 447,31 milhões. Comparando-se este período com a média de novembro/2023, houve crescimento de 12,2% na corrente de comércio. Exportações e importações por setor e produtos. No acumulado até a 4ª semana do mês de novembro/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho das exportações dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 36,85 milhões (9,9%) em Indústria Extrativa; crescimento de US$ 160,27 milhões (22,5%) em produtos da Indústria de Transformação; e queda de US$ 52,93 milhões (17,6%) em Agropecuária. Já nas importações, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 3,24 milhões (18,3%) em Agropecuária; crescimento de US$ 138,56 milhões (15,9%) em produtos da Indústria de Transformação; e queda de US$ 3,13 milhões (5,4%) em Indústria Extrativa.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
Após crescer por quatro anos seguidos, faturamento com exportação do agro pode recuar em 2024, diz Cepea
Depois de avançar e renovar o recorde por quatro anos consecutivos (2020, 2021, 2022 e 2023), em 2024, o faturamento em dólar com as exportações brasileiras de produtos do agronegócio pode ficar abaixo do ano anterior, conforme mostram pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), da Secretaria de Comércio Exterior (sistema Siscomex).
De janeiro a setembro de 2024, o faturamento com as vendas externas do agronegócio soma quase US$ 126 bilhões, sendo 1% inferior ao do mesmo período do ano anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à queda, de 1%, no preço médio em dólar, tendo em vista que o volume escoado se mantém firme, registrando pequeno avanço de 0,3% na parcial deste ano frente ao anterior. Pesquisadores do Cepea destacam que, neste ano, chamam a atenção os aumentos nas quantidades escoadas de algodão em pluma (de expressivos 134%), de café (+42%), de açúcar (+35%) e carne bovina (+28%). Como de costume, a demanda da China, Europa e Estados Unidos por produtos brasileiros tem se mantido firme. O faturamento em dólar com as exportações brasileiras do agronegócio deve fechar 2024 próximo do obtido em 2023, mas ainda fica a dúvida se o setor irá renovar mais uma vez o recorde, sobretudo devido às menores disponibilidade de soja e milho e ao menor preço pago em dólar. Neste último caso, pesquisadores do Cepea indicam que o recuo nos valores em dólar nos últimos anos tem arrefecido, e, nos últimos meses, já se observa recuperação. Essa reação dos preços, sobretudo dos grãos, contudo, vai depender da oferta norte-americana para este e próximo anos e de outros fornecedores importantes, além do tamanho das próximas safras brasileira e argentina. A taxa de câmbio nominal mais alta observada nos últimos meses deve favorecer o desempenho do setor agroexportador, tanto porque os produtos brasileiros ficam mais competitivos no mercado internacional, quanto por elevar o faturamento em Reais, quando da conversão das moedas. Assim, se o setor conseguir elevar levemente o desempenho do último trimestre de 2023, conseguirá, sim, superar o valor de US$ 166 bilhões em vendas ao exterior e alcançar novo recorde.
Cepea
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