Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 754 | 25 de novembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Alta se mantêm, e boi gordo pode ir acima dos R$ 350/@
Com o boi gordo paulista fechando a semana na casa dos R$ 350/@, o mercado pecuário volta as atenções para esta semana que, teoricamente, será marcada por um menor consumo interno de carne bovina. No Paraná, o boi vale R$340,00 por arroba. Vaca a R$315,00. Novilha a R$325,00. Escalas de abate de seis dias
A redução de oferta de animais terminados, especialmente de pasto, além do forte ritmo das exportações brasileiras de carne bovina in natura, continua sustentando os preços da arroba. Segundo a Agrifatto, é importante destacar que a injeção de aproximadamente R$ 300 bilhões na economia pelo décimo terceiro salário, aliadas aos salários, benefícios sociais de novembro e a maior criação de empregos temporários, “provavelmente resultará em um aumento do consumo a partir de dezembro/24, especialmente durante as festividades de fim de ano”. Na sexta-feira (22/11), pelos dados da Agrifatto, o preço do boi gordo (tanto o “comum” quanto o animal padrão-exportação) permaneceu em R$ 350/@ no mercado paulista. Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a cotação média do boi gordo subiu para R$ 318,40/@. “Nove das 17 praças registraram valorização da arroba neste último dia da semana (BA, ES, GO, MG, MS, PR, RJ, RS e SC); as outras oito mantiveram suas cotações laterais (SP, AC, AL, MA, MT, PA, RO e TO)”, diz a Agrifatto. No mercado futuro, a quinta-feira (21/11) foi marcada por um clima de otimismo, informa a consultoria, citando os dados do boi gordo no fechamento da B3. O contrato com vencimento em novembro/24 encerrou o dia cotado em R$ 345,50/@, com valorização de 0,68% em relação ao dia anterior. As indústrias frigoríficas seguem operando com cautela, mantendo as estratégias de pular dias de abate e reduzir a velocidade da linha de produção para conseguir alongar suas programações, informa a Agrifatto. Nas praças monitoradas pela consultoria, escalas entre 5 a 10 dias úteis, demonstrando que as estratégias estão surtindo certo efeito. Na média nacional, as escalas de abate permaneceram em 6 dias úteis na sexta-feira (22/11), demonstrando estabilidade em relação à semana anterior. Cotações do boi gordo desta sexta-feira (22/11), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$350,00 a arroba. O “boi China”, R$350,00. Média de R$350,00. Vaca a R$325,00. Novilha a R$335,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China”, R$340,00. Média de R$340,00. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$335,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$335,00. Vaca a R$315,00. Novilha a R$325,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$340,00. Média de R$340,00. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$305,00 a arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de seis dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Boi/Cepea: Altas seguem firmes; escalas são ainda menores que em outubro
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso
Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição. No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos. No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme. Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro. No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
Cepea
Programações de abate no país segundo levantamento da Agrifatto
O Pará foi o destaque da semana, registrando acréscimo de 3 dias úteis nas escalas, na comparação com a semana anterior, fechando a sexta-feira em 10 dias úteis programados, o maior patamar desde 26/08/2024
Rondônia – Registrou avanço de 1 dia útil nesta semana, encerrando com escalas de abate de 9 dias úteis. Paraná – Demonstrou aumento de 1 útil sobre a semana anterior, com programações de abate fechando em 6 dias úteis. Minas Gerais – Apresentou acréscimo de 1 dia útil e suas escalas de abate ficaram em 5 dias úteis. Goiás – Apontou avanço de 1 dia útil em relação à semana anterior, com escalas de abate ficando em 5 dias úteis. Todos os estados a seguir demonstraram estabilidade: Mato Grosso encerrou a semana com as programações atendendo 5 dias úteis; Mato Grosso do Sul também fechou com 5 dias úteis de escalas programadas; Tocantins fechou o período com suas programações de abate em 6 dias úteis; e São Paulo encerrou a semana com 7 dias úteis de escalas.
Agrifatto
Carrefour faz espuma, mas frigoríficos servem picanha a investidores
O ganho de estar bem-posicionado na Europa é marginal para as grandes produtoras nacionais
A declaração do presidente mundial do Carrefour, Alexandre Bompard, de que não venderia mais carne de gado do Mercosul fez espuma. O ministro da Agricultura brasileiro acusou o golpe e chamou de “ação orquestrada” para “ferir a soberania” da produção nacional. A rede de supermercados teve que se explicar, deu uma pirueta e disse que a restrição seria só em lojas francesas. Mas a discussão foi plantada com sucesso. O noticiário passou a falar sobre o pleito dos fazendeiros europeus, que acusam seus concorrentes desse lado do Equador de não seguir padrões de excelência na produção. Entre os pontos criticados, está o uso de áreas desmatadas da Amazônia. É inegável que precisamos melhorar os mecanismos para evitar o chamado "cattle washing", expressão que resume a "lavagem" do gado criado em terras indígenas ou desmatadas, vendendo os animais para outras fazendas –nos conformes–, antes de repassá-los para os exportadores. Também chama a atenção a acusação sobre a falta de controles sobre o uso do hormônio estradiol. Apesar de seu uso para "forçar" o crescimento dos bovinos ser proibido, ele está presente em remédios permitidos no Brasil, usados nas vacas, para melhorar a inseminação artificial. Um relatório recente da União Europeia sobre segurança alimentar afirma que os mecanismos de controle da presença de estradiol no Brasil são insuficientes. O relatório não é sobre a presença do estradiol na carne, mas bastou para acender a luz amarela. Poucos comentaram, mas a exportação de vacas (especificamente as fêmeas) brasileiras para a União Europeia e para o Reino Unido já está suspensa desde outubro, justamente pela falta de protocolos que garantam a ausência do hormônio. Em termos práticos, ajustar os mecanismos de controle parece um caminho melhor do que reclamar do protecionismo europeu. Dito isso, o investidor deve notar que o ganho de estar bem-posicionado na França ou na Europa é marginal para as grandes produtoras nacionais, como JBS, Marfrig, Minerva e BRF. Esse é um mercado quase irrelevante para elas, ao contrário de Estados Unidos e China. A JBS, com forte presença global, tem cerca de 6% de suas exportações para o velho continente. No caso das outras três, a Europa mal figura em seus relatórios de prestação de contas. Restrições por lá têm pouco ou nenhum poder para impactar o caminho de suas ações. Neste ano, enquanto o mercado andou "de lado" e o Ibovespa está 3% negativo, BRF e Marfrig entregaram picanha para seus investidores, com 90% de ganho em suas ações. Quem comprou JBS também levou filé mignon, com retorno de 40%. A única gigante de proteína a queimar o churrasco foi a Minerva, cujos papéis caíram consideráveis 22% desde janeiro. Enquanto isso, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) prevê aumento de 2,5% no Valor Bruto da Produção da pecuária nacional neste ano. E o preço da carne no Brasil aumentou 7,17% nos últimos 12 meses, segundo levantamento da Apas (Associação Paulista de Supermercados) em parceria com a Fipe. As produtoras de proteína animal seguem entregando picanhas para seus investidores. A chamada do Carrefour pode ajudar a melhorar o tempero.
Folha de SP
SUÍNOS
Mercado de suínos fecha a semana com altas pontuais, mas a expectativa é de novos ganhos com demanda interna aquecida
Pagamento do 13º salário e festas de final de ano podem impulsionar os preços dos suínos
Segundo a Scot Consultoria, o preço da carcaça suína especial apresentou ganho de 0,65% e está precificado em R$ 15,50/kg. Já o preço médio da arroba do suíno CIF permaneceu estável e está sendo negociado em R$ 191,00/@. De acordo com o analista de mercado da Safras & Mercado, Allan Maia, o mercado dos suínos está firme devido ao quadro de disponibilidade doméstico, produção brasileira equilibrada e exportação aquecida. “A expectativa do mercado é de preços firmes até o final do ano impulsionados pela demanda doméstica aquecida, pagamento do 13º salário e festas no final de ano”, destacou. O ponto de atenção está no comportamento do mercado no início de janeiro. “A tendência é de ter um movimento de queda com uma redução no consumo devido ao poder de compra do consumidor estar mais descapitalizado, mas as exportações aquecidas podem continuar forte e colaborar para novas altas”, informou o analista da Safras & Mercado. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última quinta-feira (21), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou estabilidade e segue em R$ 10,26/kg. No Paraná, o preço do animal não teve alteração e está precificado em R$ 9,76/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal apresentou estabilidade e está precificado em R$ 9,48/kg.
Cepea
FRANGOS
Preços do frango congelado e resfriado registram alta de mais de 1%
Competitividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos
A referência para o frango congelado registrou ganho de 1,25% frente ao observado no fechamento desta quinta-feira (21), em que o valor está cotado em R$ 8,07 por quilo. Para o frango resfriado, os preços tiveram valorização de 1,24% se comparado ao dia anterior e que está cotado em R$ 8,17 por quilo. Segundo as informações do Cepea, a competitividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos, desde novembro de 2020. Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, R$ 6,68/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro. De acordo com as informações da Scot Consultoria, a ave terminada nas granjas paulistas segue com estabilidade e cotada em R$5,50 por quilo. Já para o atacado paulista, a referência do frango registrou queda de 0,66% e precificada ao redor de R$ 7,55 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou alta de 0,65% no comparativo diário, em que está cotado em R$ 4,65/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,49/kg.
Cepea
Frango/Cepea: Competitividade frente à carne suína é a maior desde nov/20
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro. Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango. O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.
Cepea
EMPRESAS
Boicote ao Carrefour: interrupção de fornecimento de carne atinge 150 lojas no Brasil
Cerca de 50 caminhões deixaram de fazer entregas às redes do grupo, como Carrefour, Atacadão e Sam’s Club; o Carrefour Brasil negou desabastecimento, mas não se manifestou sobre a suspensão das entregas
Frigoríficos brasileiros como o JBS, que responde por quase 80% do fornecimento, Marfrig e Masterboi pararam de fornecer carnes ao Grupo Carrefour Brasil após a decisão da empresa na França de não vender mais o produto do Mercosul. A interrupção no fornecimento já atinge 150 lojas da rede no Brasil e a estimativa do mercado é de que em até três dias haja desabastecimento total dos supermercados do grupo já que se trata de mercadoria resfriada e/ou congelada. Procurado, o Carrefour Brasil negou desabastecimento, mas não se manifestou sobre a suspensão das entregas. Fontes ligadas ao grupo ouvidas pelo Estadão/Broadcast afirmaram que cerca de 50 caminhões com carne para as redes do grupo - que engloba os hipermercados Carrefour, Atacadão e Sam’s Club - tiveram entregas suspensas até o início da tarde deste sábado, 23. Fontes da indústria disseram à reportagem que em 30% a 40% das gôndolas do Grupo Carrefour já se percebe desabastecimento do produto. Em nota, o Carrefour afirmou que não há desabastecimento de carne nas lojas. “A comercialização do produto ocorre normalmente nas lojas. Nenhuma loja está desabastecida”, diz a empresa. Entre os frigoríficos que aderiram à interrupção estão a JBS, Marfrig e Masterboi. Somente a Friboi, marca de carnes bovinas da JBS, responde por 80% do volume fornecido ao grupo de origem francesa, sendo que na rede Atacadão o fornecimento da marca é de 100%. Procuradas, a JBS e a Marfrig não comentaram o assunto. O movimento ocorre após o presidente global do grupo Carrefour, Alexandre Bompard, informar nesta semana de que não comprará carnes do Mercosul na França. Segundo ele, a medida foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” dos agricultores franceses, que são contrários à proposta de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Segundo dados do site especializado Farmneews, a França comprou de janeiro a outubro deste ano menos de 40 toneladas de carne bovina in natura do Brasil - isso equivale a 0,002% do total embarcado pelo País no período, de 1,41 milhão de toneladas. O receio do Brasil, no entanto, não está associado à quantidade, mas o efeito que a iniciativa pode ter na imagem do produto, abrindo caminho para atitudes parecidas em outros países europeus e prejudicando o produtor local. A decisão de suspender o fornecimento de carnes para o Carrefour no Brasil foi endossada pelo governo. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que não pediu que os produtores cortassem o fornecimento, mas disse que parabenizou o setor pela medida. “Aqui não é colônia francesa”, criticou Fávaro. “As indústrias daqui tomaram a atitude bonita de não fornecer, porque se eu não posso fornecer para lá, não forneço para cá também. Eles têm o apoio do governo, do Ministério da Agricultura.” Segundo interlocutores, diante da interrupção de fornecimento ao Carrefour, a diretoria do grupo pediu ao presidente da Friboi, Renato Costa, a retomada das entregas. Costa, conforme relataram fontes à reportagem, condicionou a retomada a uma retratação do grupo em nível global. A principal queixa da indústria é que, além do boicote, a qualidade e a sanidade da carne brasileira foram questionadas. Uma outra fonte classifica a represália dos frigoríficos brasileiros como “ações individuais de algumas empresas”.
O Estado de São Paulo
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com 4%, Paraná chega à 3ª menor taxa de desemprego da sua história, aponta IBGE
Dados da PNAD Contínua mostram que o Estado registrou 4% no número de desocupados no terceiro trimestre de 2024, índice bem abaixo da média nacional no período, de 6,4%.
O Paraná registrou a 5ª menor taxa de desemprego do País no terceiro trimestre de 2024, de 4%. O índice é 0,4 ponto percentual menor em relação ao segundo trimestre (4,4%). É o terceiro melhor resultado da série histórica, iniciada em 2012, e abaixo da média nacional, de 6,4%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do IBGE. O índice registrado no terceiro trimestre deste ano fica atrás somente do 4º trimestre de 2013 e do 4º trimestre de 2014, em que, em ambos os anos, a taxa de desocupação foi de 3,8%. Com o resultado de agora, o Paraná se aproxima de sua melhor marca histórica. Desde o 2º trimestre de 2023 esse índice é menor que 5% no Paraná. Na comparação com as demais Unidades da Federação, o Paraná ficou atrás somente de Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%), Santa Catarina (2,8%) e Mato Grosso do Sul (3,4%). Completando a Região Sul do País, o Rio Grande do Sul registrou 5,1% no período de taxa de desocupação. A pesquisa do IBGE mostra ainda que o Estado tem 253 mil pessoas desocupadas, o menor número em 10 anos e bem próximo do melhor resultado da série, registrado no 4º trimestre de 2014, quando 215 mil pessoas estavam sem emprego. O percentual de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) no Paraná no 3º trimestre de 2024 é o segundo menor do Brasil (1%), empatado com Mato Grosso e Rio de Janeiro e atrás de Santa Catarina (0,3%). Alagoas (9,7%), Maranhão (9,5%) e Piauí (8,3%) tiveram os maiores percentuais de desalentados. O Estado também registrou o segundo maior percentual de pessoas empregadas com carteira assinada nessa pesquisa, com 81,6%, atrás apenas de Santa Catarina, com 87,3%. Além disso, a taxa de informalidade da população ocupada no Paraná é a quarta menor do País, com 31,4%, atrás apenas de Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,2%) e São Paulo (30,6%). Os menores índices foram registrados no Piauí (49,2%), Maranhão (52,6%) e Pará (54,3%). No Brasil todo, 73,1% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. A força de trabalho paranaense, ou seja, pessoas que estão empregadas ou buscando emprego, alcançou o segundo maior patamar da série histórica. No 3º trimestre de 2024 eram 6,298 milhões de pessoas, número pouco menor que o recorde de 6,305 milhões alcançado no primeiro semestre deste ano. Do total de pessoas que compõem a força de trabalho, 6,045 milhões estavam ocupadas no terceiro trimestre de 2024. Segundo a amostra do IBGE, são cerca de 39 mil trabalhadores ocupados a mais do que havia sido registrado no 2º trimestre do ano (6,006 milhões). Considerando apenas os empregados no setor privado, os dados mostram ainda que o Paraná chegou ao maior número de trabalhadores contratados por empresas e a maior marca de empregados com carteira assinada pelo setor. De acordo com a PNAD, são 3,373 milhões de pessoas contratadas por empresas privadas, sendo 2,753 milhões delas registradas com carteira assinada.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha estável antes de anúncios do governo na área fiscal
O dólar fechou a sexta-feira praticamente estável no Brasil, ainda acima dos 5,80 reais, com investidores à espera de novidades na área fiscal, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentou ganhos firmes ante boa parte das demais divisas, na esteira de novos dados das economias centrais.
O dólar à vista fechou o dia com leve alta de 0,04%, cotado a 5,8143 reais. Na semana a divisa acumulou alta de 0,49%. Às 17h05, o dólar para dezembro -- o mais líquido atualmente no Brasil -- caía 0,11%, aos 5,8155 reais. O mercado seguia à espera da divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, na noite da sexta-feira, e do pacote de medidas fiscais para os próximos anos, na semana que vem. Na noite de quinta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou a possibilidade de alteração da meta fiscal de 2024 e indicou que o bloqueio no Orçamento para o ano deve ficar pouco acima dos 5 bilhões de reais. Os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento divulgarão o relatório na noite desta sexta-feira, após 21h, colocando os números em perspectiva, mas a entrevista coletiva sobre os dados ficou para a próxima semana. A meta do governo para este ano é de resultado primário zero, sendo que a margem de tolerância é de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB). Haddad também afirmou na véspera que haverá na segunda-feira reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o pacote fiscal, que mira cortes de gastos nos próximos anos. A data de anúncio será decidida a partir de segunda-feira, após este encontro. No exterior, o dólar também avançava ante as moedas fortes e em relação a boa parte das divisas de emergentes, após a divulgação de dados econômicos da zona do euro e dos EUA. No caso dos Estados Unidos, a S&P Global disse que seu Índice de Gerentes de Compras Composto, que acompanha os setores de manufatura e serviços, aumentou para 55,3 neste mês. Esse foi o nível mais alto desde abril de 2022 e seguiu-se a uma leitura de 54,1 em outubro, com o setor de serviços provando a maior parte do aumento. A expectativa antes dos anúncios fiscais no Brasil, porém, manteve a cautela no mercado de câmbio, o que conduziu as cotações para perto da estabilidade.
Reuters
Ibovespa sobe e chega nos 129 mil pontos com Petrobras; tem ganho na semana
A JBS ON teve valorização de 2,86%, após a processadora de alimentos anunciar que assinou com o governo da Nigéria um memorando de entendimentos para possível investimento de 2,5 bilhões de dólares no país mais populoso da África. O acordo prevê o desenvolvimento de um plano de investimento de cinco anos que inclui a construção de seis fábricas na Nigéria, sendo três de aves, duas de bovinos e uma de suínos.
O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% na sexta-feira, sustentado pelo avanço das ações da Petrobras após anúncio de dividendo extraordinário e detalhamento do plano de negócios, e em meio a expectativas renovadas pelo pacote fiscal do governo. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,74%, a 129.125,51 pontos, na máxima da sessão, acumulando ganho semanal de 1,04%. No pior momento, marcou 126.944,33 pontos. O volume financeiro somou 22,1 bilhões de reais, ainda abaixo da média diária do ano, de 23,59 bilhões. O avanço do indicador na semana mais curta em razão de feriado nacional também quebrou uma sequência de quatro declínios semanais do Ibovespa, que recentemente encontrou dificuldade para retomar o patamar dos 130 mil pontos. Para Guilherme Suzuki, sócio da assessoria de investimentos Astra Capital, o índice tem caminhado "na lateralidade" tanto por questões domésticas quanto externas. Na cena local, chama atenção a demora no anúncio do pacote de corte de gastos pelo governo federal. Na fronte internacional, a escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia afasta o apetite por risco. Na quinta-feira à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o bloqueio de gastos para este ano deve ficar em cerca de 5 bilhões de reais e que a data para anúncio do pacote de redução de despesas será decidida a partir de segunda-feira, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A falta de um cenário mais definido com relação ao pacote fiscal, na visão do sócio e advisor da Blue3 Investimentos Willian Queiróz, é o que tem segurado o mercado, embora este possa ser o último final de semana sem o anúncio das medidas. "Temos muitos fatos apontando para uma divulgação na próxima semana", afirmou Queiróz. "Diferente do término das semanas anteriores, (o pacote) já apresenta um desenho muito mais concreto para ser divulgado na próxima semana."
Reuters
Agroindústria volta a crescer em setembro e deve fechar o ano com crescimento de 2,7%, revela o FGV Agro
A pesquisa sobre agroindústria, do FGVAgro, revela que em setembro de 2024, o volume de produção agroindustrial registrou uma alta de 1,6% frente ao mesmo mês de 2023
A expansão foi ocasionada, exclusivamente, pelo segmento de Produtos Não-Alimentícios, que cresceu 4,5% no mês. O segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas, por sua vez, contraiu 0,7%, impactado, sobretudo, pela menor produção de alimentos de origem vegetal. No próximo trimestre, é projetada pelo FGV Agro uma expansão de 3,1% frente ao mesmo período de 2023. Caso isso ocorra, a Agroindústria fechará 2024 com uma alta de 2,7% em relação ao ano anterior. Esse crescimento, vale destacar, deverá vir tanto do segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas (2,9% a.a.) quanto de Produtos Não-Alimentícios (2,5% a.a.). Por fim, é importante ressaltar que a taxa de câmbio é uma das variáveis consideradas no modelo de projeção. Dada a alta volatilidade dessa variável, ainda há alguma razoável incerteza com relação à projeção de crescimento da Agroindústria para o final do ano. Embora o número gerado pelo modelo seja de uma expansão de 2,7%, as próximas revisões podem reduzir ligeiramente essa projeção, talvez, para algo mais próximo de 2,5% - o que ainda seria um bom crescimento do setor para esse ano.
FGVAgro
IPPA/Cepea: IPPA avança 5,5% em out/24, mas acumula queda de 2,5% no ano
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira. No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos. No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%. Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%. A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
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