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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 75 DE 24 DE FEVEREIRO DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 75| 24 de fevereiro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: cotações da arroba permaneceram estáveis na maioria das praças pecuárias brasileiras

Segundo a IHS Markit, tal comportamento reflete a falta de apetite das indústrias frigoríficas, grande parte delas com escalas prontas para o curto prazo


A quarta-feira (23/2) foi marcada pela estabilidade nos preços do boi gordo na maioria das praças pesquisadas pelas consultorias do setor pecuário. “Nesta altura de fevereiro, dificilmente os preços da arroba devem apresentar variações significativas, já que tanto as indústrias que operam com mais força no mercado doméstico, como aquelas que exportam a carne bovina, já possuem escalas de abate programadas até a virada do mês”, afirmam os analistas da IHS. Em relação ao fechamento da quarta-feira, das 32 praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 29 delas não tiveram alteração em nenhuma das três categorias de bovinos terminados. Ocorreram quedas pontuais no dia de ontem, mais precisamente no Triângulo Mineiro, na região de Três Lagoas (no Mato Grosso do Sul) e na região Sul da Bahia, informou a Scot. Nas praças do interior de São Paulo, as escalas de abate atendem mais de sete dias. “Com isso, alguns compradores paulistas estão fora das compras”, reforçou a Scot. O boi, vaca e novilha gordos seguem cotados em R$ 338,00/@, R$ 303,00/@ e R$ 330,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo, acrescentou a Scot. De acordo com a IHS, as atenções do mercado agora se voltam para março. A consultoria observa grandes embates que deverão ocorrer nas semanas vindouras entre os diversos elos da cadeia, desde os pecuaristas versus indústria de processamento, até nos setores da distribuição e varejo. “A toada para março deve apresentar condições adversas para a formação nos preços da arroba bovina, ao passo em que o panorama possui pressões de ambas as pontas”, enfatiza a IHS. Na oferta, as regiões pecuárias brasileiras possuem condições extremas. A região Norte do País se encontra com uma disponibilidade adequada de animais para atender sem maiores complicações a demanda vigente. Por sua vez. a região Centro-Sul apresenta oferta restrita de gados disponíveis para abate, sobretudo aqueles que atendem aos requisitos para o mercado externo. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 345/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 292/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 315/@ (prazo) vaca a R$ 297/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 307/@ (à vista) vaca a R$ 295/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca R$ 295/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 276/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 289/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 287/@ (prazo) vaca a R$ 278/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 286/@ (à vista) vaca a R$ 276/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: quarta-feira de preços em alta

De acordo com análise do Cepea/Esalq, mesmo com os preços de todo o setor suinícola apresentando forte reação nesta semana, a média da parcial deste mês da carne ainda está inferior à de janeiro e à de fevereiro/21


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 110,00/R$ 114,00, enquanto a carcaça especial caiu, no mínimo, 1,18%, valendo R$ 8,40 o quilo/R$ 8,70 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (22), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, custando R$ 6,08/kg. Houve aumento de 1,02% em São Paulo, chegando em R$ 5,94/kg, avanço de 0,57% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 5,28/kg, valorização de 0,56% no Paraná, precificado em R$ 5,39/kg, e de 0,38% em Santa Catarina, fechando em R$ 5,25/kg.

Cepea/Esalq


Alta de preço de suíno vivo não recupera poder de compra de produtor

Segundo o Cepea, mesmo com recentes altas, elas ainda foram menores do que em janeiro, por causa da desvalorização ocorrida no preço do suíno no início de fevereiro


O poder de compra do suinocultor continua em queda, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). Segundo o centro de estudos, mesmo com as recentes altas no preço do animal vivo em fevereiro, elas ainda foram menores do que em janeiro, por causa da desvalorização ocorrida no preço do suíno no início de fevereiro. “Dessa forma, o poder de compra de suinocultores frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, vem apresentando novo recuo na parcial de fevereiro, acumulando cinco meses de consecutivas quedas”, diz o Cepea. No caso do farelo de soja, a forte alta do derivado agrava mais a situação do suinocultor. Segundo o Cepea, considerando-se o animal comercializado no mercado independente da região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o farelo de soja negociado na região de Campinas (SP), o produtor consegue adquirir 1,9 quilo do derivado com a venda de 1 quilo de suíno na parcial de fevereiro, a menor quantidade em mais de nove anos, sendo 6,6% abaixo da verificada em janeiro/22 e 24% inferior à de fevereiro/21. Na região de Chapecó (SC), é possível ao suinocultor adquirir 1,75 quilo de farelo de soja com a venda de um quilo de suíno vivo, quedas de 10,1% frente ao volume de janeiro/22 e de 31,2% na comparação com fevereiro/21. Já para o milho, o suinocultor paulista compra 3,35 quilos do cereal com a venda de 1 quilo de animal na parcial deste mês, 31,1% a menos que em janeiro/22 e 34,5% abaixo da quantidade de fevereiro/21. Na praça de Santa Catarina, o produtor pode adquirir 2,89 quilos de milho com a venda de um quilo de suíno, quedas de 5,2% no comparativo mensal e de 45,9% no anual. Segundo levantamento da Equipe Grãos/Cepea, a baixa oferta de farelo de soja no mercado doméstico tem elevado as cotações. Na região de Campinas, o derivado tem preço médio de R$ 2.848,95/tonelada na parcial de fevereiro, alta de 4,6% frente ao do mês anterior, mas queda de 0,7% em relação ao de fevereiro/21, em termos nominais. Em Chapecó, a valorização mensal foi de 6,9%, com a tonelada a R$ 2.771,00 na média da parcial de fevereiro, valor 6,3% abaixo do observado no mesmo mês de 2021. Ainda segundo a Equipe de Grãos do Cepea, a valorização do milho é motivada pela expectativa de menor produção. O Indicador Esalq (Campinas, SP) tem média de R$ 96,82/saca de 60 kg na parcial de fevereiro, leve aumento de 0,8% frente a janeiro e 15,4% acima da média para fevereiro/21, em termos nominais. Para o cereal comercializado no mercado de lotes de Chapecó, houve elevação mensal de 1,8%, cotado a R$ 100,84/sc em fevereiro, 18,4% maior que a do mesmo mês de 2021.

ESTADÃO CONTEÚDO


FRANGOS


Frango: quarta-feira de estabilidade

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como a ave no atacado, valendo R$ 5,80/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 3,99/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,08/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (22), a ave congelada teve leve alta de 0,33%, chegando a R$ 6,12/kg, enquanto a resfriada subiu 0,16%, fechando em R$ 6,39/kg.

Cepea/Esalq


EMPRESAS


BRF diz que vendas de alimentos caíram mais que o previsto em janeiro

As vendas de alimentos em janeiro caíram mais do que o previsto pela processadora brasileira de aves e suínos BRF, em meio a desafios operacionais no mercado interno, que responde pela maior parte dos negócios da companhia, disse o Presidente-Executivo da empresa, Lorival Luz, na quarta-feira


Em comentários durante teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre, Luz notou que as vendas de alimentos começaram o ano refletindo a queda da renda das famílias e o aumento da inflação no Brasil. Dado o cenário econômico adverso e a fraca demanda dos consumidores, não ficou claro se a BRF conseguirá repassar custos mais altos para os preços dos produtos. De acordo com a administração da BRF, isso representa um desafio, pois os altos preços de grãos, frete e embalagens não devem diminuir. Ainda assim, a BRF pode se beneficiar de um aumento no preço da carne bovina, produto que não integra seu portfólio. A BRF produz carnes de frango e suíno, consideradas "proteínas de entrada" que tendem a custar menos, disse Luz. "Temos um portfólio versátil e capacidade de ajustar nosso mix de vendas", disse Luz.

REUTERS


Lucro da dona da Sadia recuou 68,5% em 2021; receita cresceu

No quarto trimestre, resultado líquido atingiu R$ 932 milhões, 3,3% mais que em igual intervalo de 2020


A BRF, líder em produção e exportação de carnes de frango e suína no país, informou ontem que obteve lucro líquido de R$ 932 milhões no quarto trimestre de 2021, um crescimento de 3,3% ante igual período de 2020. Em todo o ano passado, porém, a dona das marcas Sadia e Perdigão viu o resultado cair 68,5% - de R$ 1,4 bilhão, em 2020, para R$ 437 milhões. A BRF lembrou que a alta de custos no segmento de proteínas animais, em especial da ração, pressionou as margens no último ano. A receita líquida da companhia de outubro a dezembro atingiu R$ 13,7 bilhões, alta de 19,6% ante o quarto trimestre de 2020, enquanto em 2021 como um todo houve avanço de 22,5%, para R$ 48,3 bilhões. O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado no trimestre alcançou R$ 1,69 bilhão, com variação positiva de 6,3% - em 2021, o crescimento chegou a 7,2%, para R$ 5,6 bilhões. A BRF também informou que sua dívida líquida subiu 22,5% em 2021, para R$ 17,3 bilhões. Com isso, sua alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado em 12 meses) avançou 14,3% (0,39 vez), para 3,12 vezes - no segmento, é considerado um limite prudencial algo abaixo de 3 vezes. A dona da Sadia procurou tranquilizar o mercado em seu relatório de desempenho. A empresa afirma que, com o follow-on realizado no início deste mês - e que captou R$ 5,4 bilhões -, o índice de alavancagem líquida apresentado caiu para 2,17 vezes. A BRF indicou um recuo de 2,1% em suas vendas no Brasil no quarto trimestre, para 619 mil toneladas, puxado especialmente pelas aves e, em menor escala, pelos processados. Em 2021, foram vendidas 2,3 milhões de toneladas, com queda de 1,4% no comparativo com 2020. O Ebitda ajustado da operação brasileira foi de R$ 865 milhões no quarto trimestre, queda de 21,5%; no ano passado, foi de R$ 2,93 bilhões, com baixa de 4,9%. No segmento internacional, as vendas ficaram estáveis em 498 mil toneladas no quarto trimestre, mas no ano cresceram 4,1%, para 1,96 milhão de toneladas. O Ebitda ajustado alcançou R$ 660 milhões no quarto trimestre, com crescimento de 38,4% sobre igual período de 2020. Em todo o ano passado foram R$ 2,14 bilhões, com avanço de 2% sobre o exercício anterior.

VALOR ECONÔMICO


Após dividendos gordos, Minerva mira aquisições na Austrália e Colômbia

Com lucro de R$ 150 milhões no quarto trimestre, empresa vai distribuir mais R$ 200 milhões em dividendos


Há dois anos, a Minerva Foods precisou recorrer ao mercado para ajustar a estrutura de capital, levantando mais de R$ 1 bilhão em um follow-on. Aos investidores, a companhia dos Vilela de Queiroz prometeu usar os recursos para reduzir seu passivo, o que permitiria a ela voltar a distribuir dividendos. A promessa foi cumprida. De lá para cá, a companhia já distribuiu R$ 742 milhões em proventos e acaba de anunciar o pagamento de mais R$ 200 milhões em dividendos, ao mesmo tempo em que gerou caixa suficiente para recomprar mais de R$ 1,5 bilhão em bonds no exterior, reduzindo sua dívida bruta. A boa fase animou a Minerva a retomar sua estratégia de crescimento por meio de aquisições. Estão na mira uma expansão na Colômbia, onde a empresa já é uma das grandes exportadoras de carne bovina, e na Austrália. No ano passado, a companhia estreou no mercado australiano com a compra, por US$ 20 milhões, de dois frigoríficos de cordeiros, sua primeira incursão fora da América do Sul. A ideia agora é ampliar a atuação na Austrália, o que pode incluir produzir também carne bovina por lá, disse o CEO da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, em entrevista a jornalistas. “Com a estrutura de capital mais equilibrada, tivemos um período importante de distribuição de valor para os acionistas. Agora, devemos focar um pouco mais em crescimento inorgânico”, explicou o Diretor Financeiro, Edison Ticle. Como todo M&A, ponderou, um negócio nunca está garantido. Ao retomar a agenda de M&As com mais intensidade, a Minerva talvez não pague dividendos gordos como nos últimos dois anos — o yield ficou em 10,6% em 2021 —, mas Ticle reforça que ainda é prematuro dizer que a companhia mudará a política, aprovada pelo conselho de administração, de distribuir ao menos 50% do lucro se a alavancagem seguir abaixo de 2,5 vezes. “A depender dos movimentos que fizermos de aquisições, podemos solicitar a revisão da política de dividendos em algum momento, mas é muito cedo para dizer isso. Vamos ver como anda o crescimento. Os M&As não dependem da nossa vontade. Dependem do alvo, do preço. Não dá para prever. O que temos é a política de dividendos aprovada e estamos cumprindo”, disse Ticle. Em balanço divulgado na quarta-feira, a companhia reportou um lucro de R$ 150,3 milhões no quarto trimestre, incremento de 31,7%. Recorde, a receita líquida no período totalizou R$ 7,5 bilhões, um crescimento de 31,6% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O salto reflete os preços mais altos da carne bovina exportada. Em volume, as vendas registraram queda de 4,1%. No trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Minerva chegou a R$ 735,3 milhões, aumento de 19,2%. Com isso, a margem Ebitda chegou a 9,8%, queda de 1 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2020.O fluxo de caixa livre nos últimos três meses do ano ficou em R$ 110,1 milhões. De acordo com a Minerva, esse é o 16 trimestre consecutivo de geração de caixa positiva. No mercado, o grupo sempre foi visto como referência quando o assunto é gestão de capital de giro em frigoríficos. No acumulado de 2021, a Minerva bateu recorde de receita e Ebitda. A receita líquida chegou a R$ 26,9 bilhões, crescimento de quase 40%. O Ebitda do período totalizou R$ 2,4 bilhões, um acréscimo de 12,6%. A margem Ebitda, no entanto, caiu dois pontos na comparação anual, para 9%. Na última linha do balanço, a companhia brasileira lucrou R$ 598,9 milhões, diminuição de 14,1% em relação ao ano anterior.

VALOR ECONÔMICO


MEIO AMBIENTE


BNDES e Ministério da Agricultura firmam acordo para incentivar redução de emissões na pecuária bovina

Parceria apoiará estudo que desenvolverá ferramenta de análise ambiental para auxiliar na mensuração de emissões de gases de efeito estufa na produção de carne e leite. Iniciativa visa também propor mecanismos de estímulo a estratégias e modelos de negócios que adotem tecnologias de baixo carbono


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinaram na quarta-feira, 23, acordo de cooperação técnica que vai apoiar a realização de estudo para a criação de mecanismos de incentivo à redução de emissões de carbono na produção de carne e leite no Brasil. Realizada de forma virtual, a cerimônia de assinatura contou com a participação do presidente do Banco, Gustavo Montezano, e da Ministra Tereza Cristina. O estudo terá dois objetivos principais: elaborar uma calculadora de análise de ciclo de vida (método que avalia toda a cadeia de produção, desde os insumos utilizados na produção até o produto chegar ao consumidor final) que vai auxiliar na mensuração e certificação das emissões de carbono para os diversos modelos de produção da pecuária bovina; e, a partir desse sistema, propor mecanismos que estimulem estratégias e modelos de negócios voltados para investimentos em tecnologias de baixo carbono. A expectativa é de que até abril seja publicado edital de seleção pública para as empresas de consultoria e instituições de pesquisa interessadas em desenvolver o estudo. “O que estamos fazendo aqui hoje é mais um passo nessa corrida tecnológica do Brasil para a economia verde”, disse o Presidente Gustavo Montezano. “E precisamos construir essa informação da quantidade de carbono para os grandes e pequenos produtores rurais, porque estamos convencidos de que isso vai ser uma vantagem competitiva para a pecuária brasileira.” Montezano afirmou, ainda, que tanto o BNDES quanto os demais bancos, sejam públicos ou privados, poderão usar os dados de emissões para avaliar risco e retorno social em suas análises de crédito. “Estamos assinando um acordo de cooperação técnica completamente inovador dentro das práticas de sustentabilidade para a nossa pecuária”, destacou a Ministra Tereza Cristina. “Essas métricas sempre causam um pouco de receio ao produtor rural, e, com o estudo que será realizado por meio do acordo, vamos dar tranquilidade ao produtor, para ele saber o caminho que deve tomar”, acrescentou. Já existem técnicas de produção pecuária que permitem neutralizar e até “sequestrar” carbono (quando uma atividade retira mais carbono da atmosfera do que emite), como é o caso da intensificação de pastagens combinada com a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). O estudo também auxiliará o Brasil no cumprimento do chamado Acordo do Metano, assinado na COP 26 e que estabeleceu o compromisso global de cortar em 30% as emissões do gás até 2030.

BNDES


Marfrig perde empréstimo de US$ 200 milhões do BID em meio a dúvidas sobre desmate

Segundo a Bloomberg, empresa e Banco Interamericano de Desenvolvimento não chegaram à acordo sobre metas ambientais atreladas ao financiamento


A preocupação com a compra de gado proveniente de terras de desmatamento na Amazônia fez a segunda maior processadora de proteína do Brasil, a Marfrig, perder um empréstimo de US$ 200 (valor equivalente a mais de R$ 1 bilhão). Na quarta-feira, a agência de notícias Bloomberg divulgou reportagem em que informa que o BID Invest, braço de Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que investe em participações em empresas, desistiu de levar o financiamento adiante – a instituição lideraria a operação e traria outros investidores para completar a soma. O banco e a empresa não conseguiram chegar a um consenso sobre metas ambientais e termos financeiros do empréstimo, de acordo com a publicação. Soma-se a isso a pressão que o BID Invest vem recebendo desde o ano passado de grupos ativistas, incluindo a internacional Friends of the Earth, para que abandonasse o empréstimo. O argumento é que o empréstimo violaria políticas de sustentabilidade do banco. À Bloomberg, a Marfrig disse que confirmou que o empréstimo foi engavetado. O desafio das empresas de proteína animal não é de hoje. Elas têm buscado rastrear a origem dos animais abatidos em sua produção, educar a cadeia produtiva e penalizar os que ferem as regras de cuidados e de criação em áreas de desmatamento. O problema é que as importadoras e os consumidores estão cobrando cada vez mais ação e têm demonstrado pouca tolerância a erros. Para conseguir financiamentos verdes, como os chamados green bonds e sustainability-linked bonds, papéis de dívida corporativa cujo custo e juros são atrelados a metas de proteção ambiental e social e redução de emissões de gases poluentes, o controle das grandes empresas precisa ser ainda mais rígido. Na reportagem, a Bloomberg cita investigação própria que questiona a versão de avanço das empresas. “Ambas as empresas dizem que estabelecem os mais altos padrões para seus fornecedores, mas uma investigação da Bloomberg publicada no mês passado mostrou como elas estão usando uma versão 'greenwashed' da origem de um animal e trabalhando dentro de um sistema legal tão cheio de brechas que promotores, ambientalistas e até mesmo fazendeiros consideram uma farsa. O desmatamento na Amazônia está agora em seu maior ritmo em 15 anos, com mais de 70% das terras desmatadas ilegalmente se transformando em pastagens para criar animais”, aponta. Parte do empréstimo - US$ 43 milhões - viria do BID Invest, e US$ 157 milhões seriam sindicalizados. Ele havia sido anunciado em abril de 2021 para financiar o Plano Verde+ da Marfrig, que visa a fortalecer a sustentabilidade de sua cadeia produtiva de carne bovina. À Bloomberg, o BID disse que se chegou à conclusão, em comum acordo, depois de uma profunda due diligence do Verde+, "de que as condições não eram ideais para avançar com o empréstimo”.

VALOR ECONÔMICO


INTERNACIONAL


Tensão entre Rússia e Ucrânia pode respingar nos frigoríficos

Avaliação interna do ItaúBBA mensura eventuais impactos sobre empresas brasileiras de carnes


Para as empresas brasileiras de proteínas, o acirramento das tensões entre a Ucrânia e a Rússia tende a ter um peso maior sobre a BRF do que na JBS, por exemplo, segundo avaliação interna do ItaúBBA. Para o banco, a crise no Leste Europeu tem maior potencial negativo para a dona da Sadia dados os efeitos sobre seus custos de produção e sobre as exportações de carne de frango. O ItaúBBA prevê que a crise deve elevar os preços de milho e trigo, já que Ucrânia e Rússia respondem, juntas, por 18% das exportações de milho e por 28% das de trigo. Qualquer problema na oferta de milho da Ucrânia, que respondeu por 35% das importações da China em 2021, pode aumentar ainda mais a demanda pelo cereal brasileiro, desencadeando novas altas dos preços. Para o ItaúBBA, um aperto na oferta global de milho pode gerar pressão sobre a estrutura de custos da BRF no curto prazo. Nas contas do banco, para cada 10% de alta nos preços do milho, o custo unitário de produção da companhia tende a subir 2%. O efeito ofuscaria um potencial benefício gerado pela crise na Ucrânia, que seria a alta na demanda por frango brasileiro. A Ucrânia é exportadora líquida de carne de frango desde 2013 e a Rússia, desde 2021. Embora os volumes sejam pequenos, os embarques ucranianos representaram 10% das importações da Arábia Saudita no ano passado. Logo, problemas na região podem direcionar essa demanda ao Brasil. A BRF está posicionada para atender a essa demanda e se beneficiaria de uma alta dos preços do produto, avalia o banco. Porém, o benefício estaria mais ligado ao Oriente Médio. Os efeitos sobre a BRF, claro, respingariam na Marfrig, que hoje tem 33% de participação na companhia. No mais, na visão do ItaúBBA, a crise na Ucrânia não teria maiores impactos na Marfrig, já que menos de 2% de suas receitas vêm da região e a maior parte de suas operações é nos EUA. No caso da JBS, o banco acredita que a companhia também enfrentaria pressão generalizada e “significativa” sobre os custos das controladas Pilgrim’s Pride, US Pork e Seara, mas que poderia ser compensada por preços mais altos do frango. O ItaúBBA lembra que a JBS pode se beneficiar de um ambiente mais favorável ao consumo nos EUA e que os negócios de carne bovina naquele país e no Brasil tendem a ser menos afetados por novas altas dos grãos. Quem também pode sofrer impactos limitados é a Minerva, que tem só 6% de suas receitas relacionadas à região da comunidade dos Estados independentes. O banco diz que a demanda por carne bovina no mundo segue em alta e que a companhia conseguiria redirecionar vendas a outros mercados se houver problemas no Leste Europeu.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná colheu 29% da área de soja e 38% das lavouras de milho

Informação foi atualizada pelo Departamento de Economia Rural, ligado à Secretaria de Agricultura do Estado

A colheita de soja da safra 2021/22 no Paraná atingiu na segunda-feira, 21 de fevereiro, 29% da área plantada, segundo relatório do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado. Os trabalhos de campo avançaram 8 pontos porcentuais ante a semana anterior e estão 21 pontos porcentuais adiantados em relação a igual período da temporada passada. Das lavouras ainda não colhidas, o porcentual de plantações em boa situação passou de 36% para 38%; a área em condição média passou de 32% para 30%, e em situação ruim se manteve em 32%. Das lavouras da oleaginosa no Paraná, 60% estão em maturação, 39% em frutificação e 1% em floração. Em relação ao milho verão, a colheita avançou 12 pontos porcentuais na semana e alcançou 38% da área - adiantamento de quatro pontos porcentuais na comparação com igual período da safra passada. As áreas em condições boas representam 42% do total, ante 40% do relatório anterior, em situação média passaram de 37% para 36%; e em condição ruim recuaram de 23% para 22%. O Deral informou, também, que 72% das plantações de milho se encontram na fase de maturação, 27% em frutificação e 1% em floração. Quanto ao plantio de milho de segunda safra, chamado de safrinha, ou de inverno, 36% da área prevista foi semeada até a segunda-feira, avanço de sete pontos porcentuais na semana e de 25 pontos porcentuais na comparação anual. As plantações encontram-se 85% em boa condição, ante 84% há uma semana, e 15% em condição média, contra 16% da semana anterior. Do total, 74% estão em desenvolvimento vegetativo e 26%, em germinação.

Estadão Conteúdo


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em queda de 0,94%, a R$5,0033

A quarta-feira foi de marcos no mercado de câmbio, com o dólar chegando a operar abaixo de 5 reais pela primeira vez em quase oito meses e fechando perto das mínimas do dia, em meio a um contínuo frisson pela divisa brasileira que tem como pano de fundo a busca de investidores internacionais por ativos considerados descontados e com maior potencial de rentabilidade


Pares emergentes próximos, como os pesos mexicano, colombiano e chileno, também tiveram impulso, em parte pelo rali em curso das commodities e pela perspectiva de políticas monetárias mais apertadas nesses países--razões que também se aplicam ao Brasil. O dólar à vista fechou em baixa de 0,94%, a 5,0033 reais. É o menor valor desde 30 de junho de 2021 (4,9764 reais). Em dois momentos do dia --por volta de 11h e 16h (de Brasília), o dólar chegou a operar abaixo de 5 reais. Na mínima intradiária, pela tarde, a cotação desceu a 4,9944 reais, queda de 1,12%. O dólar cai 5,70% em fevereiro e 10,23% no acumulado de 2022, dando ao real o melhor desempenho em ambos os períodos.

REUTERS


Ibovespa recua com Vale, siderúrgicas e renovadas tensões na Ucrânia

O principal índice da bolsa brasileira caiu na quarta-feira, diante das tensões geopolíticas na Ucrânia, que declarou estado de emergência, e pressionado pelos papéis de mineradoras e siderúrgicas. Empresas de energia ajudaram a limitar as perdas


Um dado de inflação local acima do esperado em fevereiro ampliou o pessimismo local, embora a entrada de capital estrangeiro tenha prosseguido, segundo analistas. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,94%, a 111.827,99 pontos. O volume da sessão foi de 27,3 bilhões de reais.

REUTERS


IPCA-15 tem maior alta para fevereiro em 6 anos e taxa em 12 meses se aproxima de 11%

O IPCA-15 acelerou a alta de forma expressiva em fevereiro e alcançou o maior nível para o mês em seis anos, com a sazonalidade dos custos de educação, o que levou a taxa em 12 meses para perto de 11%, num momento em que o Banco Central luta para controlar a elevada inflação no país.


Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação brasileira, subiu 0,99%, ante taxa de 0,58% em janeiro. Essa é a maior variação mensal para um mês de fevereiro desde 2016 (+1,42%), de acordo com dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, em 12 meses até fevereiro o índice acumulou alta de 10,76%, de 10,20% em janeiro, patamar mais alto nessa base de comparação desde fevereiro de 2016 (10,84%). Essa taxa é mais do que o dobro do teto da meta de inflação para 2022 --3,50%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. Os resultados de fevereiro ficaram bem acima das expectativas em pesquisa da Reuters de avanços de 0,85% no mês e de 10,60% em 12 meses. Em fevereiro, os preços de oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram. A maior variação e o maior impacto vieram do grupo Educação, com avanço de 5,64%, diante da alta de 6,69% dos cursos regulares devido aos reajustes normalmente adotados no início do ano letivo. O item Alimentação e bebidas também se destacou, com aceleração da alta dos custos a 1,20% em fevereiro, de 0,97% no mês anterior. Já Transportes deixou para trás a queda de 0,41% vista no primeiro mês do ano para subir 0,87% em fevereiro, com destaque para o avanço de 2,01% dos veículos próprios. Ao mesmo tempo, os combustíveis registraram estabilidade em fevereiro, uma vez que óleo diesel (3,78%) e gasolina (0,15%) subiram, mas etanol (-1,98%) e gás veicular (-0,36%) registraram quedas. A exceção entre os grupos foi Saúde e cuidados pessoais, com ligeiro recuo dos preços de 0,02%, após a alta de 0,93% em janeiro. Apesar da forte pressão de preços, o Bacen tem demonstrado preocupação com a adoção de políticas fiscais que buscam controlar a inflação no curto prazo, ressaltando que as medidas podem gerar efeito contrário, de alta nos preços, em meio às discussões feitas no Executivo e no Congresso sobre um possível corte de tributos para aliviar os valores cobrados em combustíveis.

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Dívida pública federal sobe 0,05% em janeiro, a R$5,616 tri

A dívida pública federal do Brasil cresceu 0,05% em janeiro sobre dezembro, para 5,616 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira, ressaltando que o mês foi marcado pelo aumento da aversão global ao risco


No primeiro mês do ano, em que há concentração de vencimentos da dívida, os resgates de títulos no mercado interno superaram as novas emissões, mas ainda assim a dívida mobiliária federal interna avançou --com alta de 0,33%, para 5,367 trilhões de reais-- por causa da apropriação de juros. Já dívida pública externa teve redução, de 5,77%, a 249,4 bilhões de reais. A alta da dívida interna foi acompanhada por novo aumento do custo médio das emissões feitas em leilões no mercado doméstico acumulado em 12 meses, que passou de 8,49% em dezembro para 8,90% em janeiro --maior patamar desde fevereiro de 2018. O movimento, segundo o Tesouro, reflete a elevação da taxa Selic ao longo do último ano, além de mudanças nas expectativas para os juros de longo prazo e a própria alta da inflação, já que uma parcela da dívida é atrelada a índices de preços. Com o novo patamar de juros, a tendência é que o custo siga em alta. A participação dos títulos prefixados da dívida total recuou para 26,89% no mês (de 28,90% em dezembro), enquanto a parcela atrelada à Selic aumentou para 38,43% (36,83% em dezembro). Em relação aos detentores dos títulos públicos federais, o destaque foi o aumento da participação de fundos de investimento na dívida interna --de 23,97% para 24,30%. As instituições financeiras tiveram um recuo na participação --de 29,45% para 28,76%--, mas seguem detendo o maior bolo da dívida. A parcela detida por não residentes ficou praticamente estável em 10,53% (10,56% em dezembro).

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Arrecadação federal cresce 18,3% em janeiro e é recorde para o mês

A arrecadação federal somou 235,3 bilhões de reais em janeiro, alta real de 18,3% sobre o mesmo mês do ano passado, informou a Receita Federal na quarta-feira


Foi o melhor desempenho para o mês da série corrigida pela inflação, que tem início em 1995, performance que a Receita atribuiu a fatores macroeconômicos, mas também a recolhimentos atípicos e à alta do petróleo, que afeta o pagamento de royalties. As receitas administradas pela Receita Federal, que abrangem impostos e contribuições, cresceram 14,7% no mês na comparação anual, para 217,421 bilhões de reais. Essa alta foi impactada por um aumento de mais de 100% da arrecadação do ajuste anual do IRPJ/CSLL feito pelas empresas que recolhem esse pagamento ao longo do ano com base no lucro estimado, o que gerou um aumento de receita de 12,6 bilhões de reais para o governo. Sem esse fator classificado como atípico pela Receita, a arrecadação tributária teria aumentado 9,2%. Já as receitas administradas por outros órgãos, que incluem royalties, cresceram 92,5% em janeiro, a 17,9 bilhões de reais, refletindo ganhos com o aumento dos preços das commodities --particularmente petróleo-- em reais. O Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, afirmou que o setor de commodities também tem um peso importante na arrecadação tributária, para além dos royalties. Entre os fatores macroeconômicos que podem ter favorecido a arrecadação em janeiro, a Receita destacou o desempenho do setor de serviços no mês anterior, quando houve crescimento de 10% na comparação anual. Já o varejo e a produção industrial recuaram no período. Economistas também têm apontado o impacto da inflação elevada sobre a arrecadação, na medida em que os preços sobre os quais incidem a tributação estão mais elevados.

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Brasil tem déficit em transações correntes de US$8,1 bi em janeiro

O Brasil registrou déficit em transações correntes de 8,146 bilhões de dólares em janeiro, informou o Banco Central na quarta-feira


Com isso, o déficit em 12 meses passou a 1,71% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 1,74% em dezembro. O resultado veio pior que o déficit de 7,8 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa da Reuters. Por sua vez, os investimentos diretos no país no mês (IDP) somaram 4,709 bilhões de dólares, ante expectativa no mercado de 3,5 bilhões de dólares. Para o mês de fevereiro, o BC projetou um déficit em transações correntes de 2,6 bilhões de dólares e IDP de 10 bilhões de dólares. Até o dia 18 deste mês, o fluxo cambial ficou positivo em 5,2 bilhões de dólares, disse ainda o BC.

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