Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 749 | 14 de novembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preço da arroba estável, mas escalas de abate apontam para necessidade de boiadas
Na quarta-feira (13/11), a pressão sobre os preços do animal terminado voltou a arrefecer, e o valor da arroba em SP permaneceu em R$ 340, informou a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$325,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de cinco dias.
Na quarta-feira (13/11), a pressão sobre os preços do animal terminado voltou a arrefecer, e o valor da arroba em São Paulo permaneceu em R$ 340 (tanto para o bovino “comum”, quanto para o tipo-exportação), informou a Agrifatto. Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a média de preço da arroba do boi gordo se manteve em R$ 309. Na terça-feira (12/11), segundo apuração da Agrifatto, 8 das 17 regiões monitoradas sofreram aumentos importantes: SP, BA, ES, GO, MG, MT, PA e TO. As outras 9 mantiveram suas cotações inalteradas: AC, AL, MA, MS, PR, RJ, RO, RS e SC. “Sem alterações no formato de comercialização, o volume negociado não foi suficiente para estender as escalas de abate além de cinco dias na média nacional”, contabilizou a Agrifatto. Com o otimismo predominando na B3, na terça-feira (12/11), o contrato futuro do boi gordo com vencimento em novembro/24 fechou cotado a R$ 337,80/@, um avanço de 1%. “O viés segue de alta. Com o feriado nacional ocorrendo na sexta-feira (15/11), as negociações semanais estão sendo organizadas como se hoje fosse quinta-feira, antecipando parte das transações em um dia”, observa a Agrifatto. A expectativa é de que o volume de carne com ossos disponibilizado pelos frigoríficos seja significativamente reduzido, semelhante ao que ocorreu nas semanas anteriores, disse a consultoria. Preços do boi gordo apurados pela Agrifatto na quarta-feira (13/11): São Paulo — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China”, R$340,00. Média de R$340,00. Vaca a R$310,00. Novilha a R$320,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$322,50. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$330,00. Média de R$322,50. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias; Rondônia — O boi vale R$300,00 a arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de oito dias; Maranhão — O boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de cinco dias;
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
CARNES
Custos de produção de frangos de corte e de suínos acumulam nova alta em outubro nos principais estados produtores
Os custos de produção de frangos de corte e de suínos nos principais estados produtores e exportadores do país acumularam nova alta no mês de outubro conforme estudos da Embrapa Suínos e Aves divulgados em sua Central de Inteligência de Aves e Suínos (embrapa.br/suínos-e-aves/cias).
Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo de suíno vivo alcançou R$ 6,22 em setembro, um aumento de 5,28% em comparação a setembro, passando a acumular uma alta de 0,25% em 2024, enquanto registra alta de 5,84% nos últimos 12 meses, com o ICPSuíno atingindo 355,77 pontos. Os custos com a ração (que representam 73,50% do valor total) e com a genética foram determinantes, com aumentos de +6,97% e +3,03%, respectivamente. No Paraná, o custo de produção do quilo do frango atingiu os R$ 4,68 em outubro, uma alta de 1,51% em relação a setembro. No ano, o ICPFrango registra um aumento acumulado de 6,15%, enquanto nos últimos 12 meses houve uma variação de +9,76%, com o índice da Embrapa alcançando 362,40 pontos em outubro. A ração se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 1,76% e uma participação de 66,03% no custo total de produção, além do aumento nos preços dos pintainhos de 1 dia de idade (+3,49%). Também estão disponíveis no site da CIAS os custos de produção para os estados de Goiás (suínos), Minas Gerais (suínos), Paraná (suínos), Rio Grande do Sul (suínos e frangos de corte) e de Santa Catarina (frangos de corte). Os estados de Santa Catarina e Paraná são referências nos cálculos dos Índices de Custo de Produção (ICPs) da CIAS devido à sua posição como maiores produtores nacionais de suínos e frangos de corte, respectivamente. Essas informações são fundamentais para indicar a evolução dos custos nesses setores produtivos.
Embrapa Suínos e Aves
SUÍNOS
Após valorizações, preços dos suínos apresentam estabilidade
Após valorizações nos últimos dias, os preços dos suínos apresentaram estabilidade nesta quarta-feira (13)
Segundo levantamento da Scot Consultoria, o preço da carcaça suína especial seguiu estável e está em R$ 14,90/kg. Já os preços médios da arroba do suíno CIF seguem com estabilidade e estão sendo negociados em R$ 190,00/@. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última terça-feira (12), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais seguiu com estabilidade e está cotado em R$ 10,25/kg. No Paraná, o preço do animal registrou ganho de 1,15% e está precificado em R$ 9,65/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal apresentou estabilidade e está precificado em R$ 9,36/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 9,94/kg e apresentou avanço de 0,30%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou incremento de 1,07% e está cotado em R$ 9,44/kg.
Cepea
FRANGOS
Rússia retira restrições e volta a importar produtos avícolas do Brasil
Restrição ocorria desde julho devido ao caso da doença de Newcastle no RS. Alguns países ainda mantêm restrições ao comércio de produtos avícolas do Rio Grande do Sul
A Rússia retirou as restrições temporárias que havia colocado sobre as exportações de produtos avícolas do Brasil em julho deste ano por conta da identificação de um caso da doença de Newcastle, em um estabelecimento no Rio Grande do Sul. Na quarta-feira (13/11), o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária russo (Rosselkhoznadzor) autorizou a retomada da comercialização, a partir de 12 de novembro, “devido ao melhoramento da situação epizoótica em relação à doença de Newcastle no Brasil bem como de acordo com as informações recebidas do lado brasileiro sobre as medidas tomadas a fim de detectar e eliminar o foco da doença e prevenir sua propagação”. A retomada das importações pela Rússia inclui ovos férteis e carne de aves. Também foram canceladas as restrições ao trânsito de aves vivas provenientes do Rio Grande do Sul pelo território russo. Alguns países ainda mantêm restrições ao comércio de produtos avícolas do Rio Grande do Sul. A reportagem apurou que o México solicitou mais informações ao governo brasileiro a respeito do encerramento do foco. O bloqueio mexicano ainda vale para todo o Estado. A Arábia Saudita já retomou a normalidade do comércio. A Argentina, que tinha restrição para todo o Brasil, voltou a importar os produtos e manteve a restrição apenas ao raio de 10 quilômetros do foco, registrado em Anta Gorda (RS). China e África do Sul ainda não responderam o governo brasileiro sobre a retirada das restrições. Em 23 de outubro, após o envio de documentação pelo Brasil, a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) declarou encerrado o foco de Newcastle. “Noventa dias após a aplicação da política de stamping-out (incluindo desinfecção) no único estabelecimento afetado e considerando a vigilância realizada de acordo com o Capítulo 10.9, o evento é considerado encerrado. Junto com este relatório final, o Brasil enviou à WOAH uma autodeclaração de liberdade da doença”, diz o relatório no site da Omsa.
Globo Rural
Exportação de frango apresenta notável crescimento em diversos mercados estratégicos, diz ABPA
As exportações brasileiras de carne de frango (in natura e processada) registraram elevação de 15,4% em outubro, com embarques de 463,5 mil toneladas, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na semana passada.
A alta em receita foi ainda mais expressiva, chegando a 25%, com US$ 904,4 milhões registrados em outubro deste ano. “Houve notável crescimento em diversos mercados estratégicos, que são destinos de produtos com alto valor agregado. É o caso da China, do Japão e da União Europeia, com crescimento acima de dois dígitos no mês. Parte do expressivo crescimento da receita em outubro se deve a esse movimento de comércio”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Na análise por destinos, a China (principal importador) registrou elevação de 30,4% em outubro, com 53,5 mil toneladas. Em seguida estão Japão, com 39,9 mil toneladas (+19,2%), México (35 mil t, +21,6%) e Emirados Árabes Unidos (31 mil t, -11,7%). O Paraná é principal exportador de carne de frango do país, com 190 mil toneladas exportadas em outubro (+14,3%), seguido por Santa Catarina (105,5 mil t, +27,1%) e Rio Grande do Sul (56 mil t, -2,8%). No ano (janeiro a outubro), as exportações de carne de frango acumulam alta de 2%, com 4,38 milhões de toneladas em 2024, contra 4,29 milhões de toneladas em 2023. A receita acumulada no período caiu 1,5%, a US$ 8,177 bilhões. "O mercado global também segue pressionado por questões relacionadas à influenza aviária. Como a produção industrial do Brasil é livre da enfermidade, os exportadores avícolas seguem com elevada demanda", finalizou Santin.
Carnetec
EMPRESAS
Marfrig lucrou R$ 79 milhões no 3º trimestre e pagará dividendos
O Ebitda da companhia alcançou R$ 3,87 bilhões no período, aumento de 60,4%. Empresa anunciou que fará o pagamento de R$ 2,5 bilhões em dividendos intercalares aos acionistas
A Marfrig registrou lucro líquido de R$ 79 milhões no terceiro trimestre deste ano, após um prejuízo de R$ 112 milhões no mesmo período de 2023, conforme balanço financeiro divulgado hoje (13/11). Com o desempenho, a empresa anunciou ontem que fará a distribuição de R$ 2,5 bilhões em dividendos intercalares aos acionistas, correspondentes a R$ 2,824256 por ação ordinária. O pagamento será feito em 26 de dezembro. No terceiro trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) alcançou R$ 3,87 bilhões, aumento de 60,4% na comparação com igual período de 2023. A receita líquida da empresa cresceu 12,4% no período, para R$ 37,7 bilhões. “Os resultados operacionais positivos reforçam a estratégia de diversificação geográfica e foco em mais valor agregado”, disse a jornalistas o vice-presidente de finanças e relações com investidores da Marfrig, Tang David. Na operação América do Norte, a receita líquida da companhia atingiu US$ 3,2 bilhões, queda de 3,9% na comparação anual, ocasionada pelo menor volume ofertado. Houve também uma semana a menos contabilizada no trimestre. Apesar da menor oferta de gado bovino no mercado americano, em função do ciclo pecuário, houve uma compensação garantida pelo preço médio de venda. O Ebitda ajustado da unidade caiu 47,1%, para US$ 79 milhões. “A demanda por carne bovina nos Estados Unidos segue aquecida e, graças à resiliência operacional, temos conseguido performar consistentemente acima da média da indústria apesar do momento de baixa no ciclo do gado, disse Tim Klein, CEO da operação América do Norte da Marfrig. Sobre a vitória de Donald Trump nas eleições para a Presidência dos EUA, Klein ressaltou que, na gestão anterior do republicano, não houve impacto negativo para as exportações e que o novo governo “é muito pró-negócios”. “Vamos ver o que vai acontecer e vamos nos ajustar de acordo com o que acontecer.” Na América do Sul, a receita líquida das operações continuadas da Marfrig (complexos industriais e unidades no Brasil, Uruguai e Argentina) totalizou R$ 4,3 bilhões, aumento de 28,9% na comparação com o mesmo período de 2023. Em volume de vendas, a operação registrou crescimento de 22%, reflexo do avanço da expansão dos complexos industriais e maior nível de ocupação. “De janeiro a setembro, conquistamos 30 novas habilitações na região, que contribuíram para diversificar o mercado e permitiram à nossa operação exportar para destinos com melhor preço, como os EUA e o México”, afirmou Rui Mendonça, CEO da operação América do Sul. Mendonça lembrou que houve aumento de 10% nos preços pagos pela China na carne bovina brasileira em outubro e que, ainda assim, há mercados mais atrativos para exportação. “A gente tem opção de direcionar para melhores mercados”, disse. Em relação ao cenário doméstico, o executivo observou que houve alta nos preços do boi no Brasil, com os primeiros sinais de virada de ciclo pecuário e com a influência da seca sobre as pastagens. A avaliação da Marfrig é de que a população tem absorvido o atual patamar de preços no mercado doméstico e não há temores quanto à demanda. A empresa concluiu no fim de outubro a venda de 13 ativos no Brasil, Argentina e Chile para a Minerva, quando embolsou R$ 5,7 bilhões. Somados aos R$ 1,5 bilhão recebidos na assinatura do contrato, os recursos totalizaram mais de R$ 7,2 bilhões. De acordo com a Marfrig, esse dinheiro já está sendo utilizado no processo de redução da alavancagem, na diminuição do estoque de dívida e nas despesas financeiras.
Valor Econômico
BRF registrou lucro recorde no terceiro trimestre e anuncia dividendos
Em nove meses de operação em 2024, a empresa já registra seu melhor ano da história. A receita líquida da empresa cresceu 12,4% no período, totalizando R$ 15,5 bilhões
A companhia de alimentos BRF registrou lucro líquido recorde para um terceiro trimestre, de R$ 1,137 bilhão, comparado ao prejuízo de R$ 262 milhões obtido no mesmo período do ano passado, conforme balanço financeiro. Em nove meses de operação em 2024, a empresa já registra seu melhor ano da história e anunciou hoje (13/11) que fará o pagamento de R$ 946 milhões em dividendos, no formato de juros sobre capital próprio, conforme aprovado pelo conselho de administração. Trata-se do primeiro pagamento de dividendos desde 2016. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 2,97 bilhões no terceiro trimestre, expressivo aumento anual de 146,4%, com margem Ebitda de 19,1%. A receita líquida da empresa cresceu 12,4% no período, totalizando R$ 15,5 bilhões e um novo recorde para a BRF. O lucro líquido e a forte geração de caixa livre, que atingiu R$ 1,8 bilhão, permitiram a redução da dívida líquida em 34% no comparativo anual. Com isso, a companhia chegou ao menor patamar de alavancagem da história, em 0,71 vez. Um ano antes, a alavancagem estava em 2,66 vezes. "Os números crescentes foram impulsionados pelas capturas em eficiência, ampliação dos destinos de exportação e pelo crescimento da participação de produtos processados nas vendas”, disse Miguel Gularte, CEO da BRF. O programa de eficiência BRF+ apresentou, no terceiro trimestre, captura adicional de R$ 330 milhões em indicadores operacionais. No acumulado do ano, a captura total do programa foi de R$ 1,1 bilhão. Sobre os destinos de exportação, a companhia contabilizou 13 novas aberturas de mercado no terceiro trimestre, somando 70 habilitações em 2024. BRF calcula que conseguiu um faturamento adicional de R$ 1,2 bilhão decorrente das aberturas de mercado ocorridas nos anos de 2023 e 2024. O vice-presidente de finanças e relações com investidores da BRF, Fábio Mariano, comentou que a empresa teve a melhor geração de caixa operacional da história da companhia, com quase R$ 3,4 bilhões, no trimestre. "Também aumentamos o prazo médio da dívida (de 8 para 8,5 anos) e atingimos a menor alavancagem de todos os tempos”, enfatizou o executivo. Neste contexto, Mariano afirmou que a BRF está pronta para fazer investimentos, passando pela melhora na capacidade produtiva, e projeta avanços no segmento de congelados. "Hoje temos mais convicção em voltar a investir. No ano que vem provavelmente a gente tem investimento mais relevante", antecipou. "Congelados é uma das categorias em que temos mais convicção em investir, estaria direcionado ao mercado interno, mas não exclusivamente".
Valor Econômico
Lucro da JBS teve salto de 571% no 3º trimestre
Companhia tem ganho líquido de R$ 3,84 bilhões, com avanço em todas as áreas de negócios. Desempenho no trimestre foi resultado da forte demanda global por proteínas, afirmou o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni
A JBS, uma das maiores empresas de proteína animal do mundo, encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 3,84 bilhões, resultado 571% superior ao lucro de R$ 572,7 milhões registrado no mesmo período de 2023. O resultado acima da expectativa fez a empresa a elevar suas projeções de receita e lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) para o ano. Em relatório, o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, afirmou que o desempenho no trimestre foi resultado da forte demanda global por proteínas, melhora nos custos com a queda nos preços dos grãos e melhora na gestão do mix de produtos e mercados. “Nos resultados da JBS no terceiro trimestre de 2024, registramos crescimentos em todas as unidades de negócios. Mais uma vez, foi ressaltada nossa estratégia de diversificação geográfica e de plataforma multiproteína, impulsionada por investimentos em inovação e na construção de marcas fortes, consolidando um portfólio de maior valor agregado”, afirmou o CEO. O Ebitda ajustado da empresa aumentou 120,7%, para R$ 11,94 bilhões. A margem Ebitda ajustada cresceu 4,9 pontos percentuais, para 10,8%. A receita líquida totalizou R$ 110,5 bilhões, um crescimento de 20,9% em relação ao terceiro trimestre de 2023. No período, 74% das vendas globais da JBS foram feitas nos mercados em que a companhia atua e 26% foram exportações. A despesa financeira líquida foi de R$ 1,1 bilhão, 17% abaixo do registrado no terceiro trimestre do ano passado. De acordo com a JBS, os negócios de aves e suínos no Brasil e nos Estados Unidos superaram as expectativas. As unidades de negócios da Seara e da Pilgrim’s Pride Corporation tiveram performance acima do esperado, com aumento de vendas internas e externas, custos menos pressionados e queda no valor dos grãos. No Brasil e nos Estados Unidos, os negócios de carne suína cresceram, principalmente em produtos de valor agregado da JBS Pork e Seara. A Seara teve avanço de 19,2% em receita, para R$ 12,17 bilhões, e de 351,6% no Ebitda ajustado, para R$ 2,56 bilhões. A Pilgrim’s Pride teve aumento de 19,5% em receita, para R$ 25,40 bilhões, e de 96% no Ebitda ajustado, para 4,30 bilhões. A JBS informou que o desempenho foi favorecido pela diversificação de portfólio e, no caso de Seara, pelo retorno do investimento das novas unidades de empanados de frango. A JBS USA Pork teve crescimento de 14,5% em receita, para R$ 11,33 bilhões. O Ebitda ajustado subiu 34%, a R$ 1,37 bilhão. No segmento de carne bovina, o mercado segue equilibrado com a fase favorável da proteína no Brasil, enquanto o ciclo pecuário nos Estados Unidos segue desafiador. A JBS Brasil fechou o trimestre com receita líquida de R$ 18,1 bilhões, crescimento de 25%. O Ebitda ajustado avançou 332%, para R$ 2,1 bilhões. No mercado externo, a receita líquida de carne bovina cresceu 34%, como resultado do volume 20% maior no período. Além da forte demanda internacional, a diversificação geográfica também ajudou a sustentar os resultados, segundo a empresa. No trimestre, houve ampliação de vendas para Oriente Médio, EUA e Filipinas. No mercado doméstico, também houve crescimento. A JBS Austrália apresentou aumento de 28,7% na receita líquida, para US$ 9,9 bilhões, e de 45,5% no Ebitda ajustado, para R$ 966,8 milhões). A operação da JBS Beef North America teve alta de 20,5% na receita, para R$ 35 bilhões, e de 29,4% no Ebitda ajustado, para R$ 650,7 milhões. O fluxo de caixa das atividades operacionais foi de R$ 10,3 bilhões — havia sido de R$ 6,3 bilhões um ano antes, resultado da melhora na performance operacional em quase todas as unidades de negócios. A geração de caixa livre cresceu 88%, para R$ 5,5 bilhões. A dívida líquida da JBS totalizou R$ 74,75 bilhões, 7% abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2023. Em dólares, a queda foi de 14,5%, para US$ 13,72 bilhões, resultado puxado pela forte geração de caixa do trimestre. A alavancagem — relação entre dívida líquida e Ebitda — ficou em 2,15 vezes em dólar — havia sido de 2,77 vezes um ano antes. Com isso, a JBS antecipou a desalavancagem projetada para o fim do ano. Por conta dos resultados do terceiro trimestre, a JBS elevou as projeções para o ano. A companhia estima receita de US$ 412 bilhões (US$ 77 bilhões), ante estimativa divulgada em setembro de R$ 409 bilhões (US$ 76 bilhões) — avanço de 0,7%. A estimativa de Ebitda ajustado foi atualizada para uma faixa de R$ 37 bilhões (US$ 6,9 bilhões) a R$ 38 bilhões (US$ 7,1 bilhões), ante previsão anterior de R$ 33 bilhões (US$ 6,2 bilhões) a R$ 36 bilhões (US$ 6,7 bilhões) — incremento de 2,8% a 5,6% entre o valor mínimo e o máximo da faixa. O conselho da administração da JBS aprovou na quarta-feira a distribuição de R$ 2,221 bilhões em dividendos intermediários à conta do saldo das reservas de lucros apurado no balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2023. O pagamento será efetuado em 15 de janeiro de 2025. Segundo a JBS, o valor dos dividendos por ação é estimado e poderá sofrer variação em razão de eventual alteração do número de ações em tesouraria.
Valor Econômico
MEIO AMBIENTE
União Europeia decide nesta quinta-feira se adia lei antidesmatamento
Quantidade de emendas apresentadas ao texto original preocupa negociadores e representantes do agro brasileiro, que veem risco de uma concorrência desleal. Emendas apresentadas ao texto principal da EUDR preocupa negociadores e representantes do agro brasileiro
O Parlamento Europeu deverá votar nesta quinta-feira (14/11) a proposta para adiar a entrada em vigor da lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR, na sigla em inglês). Em outubro, após pressão de diversos países exportadores e de membros do próprio bloco econômico, o Conselho Europeu sugeriu postergar por um ano o início da aplicação da lei, previsto para 30 de dezembro de 2024. O regulamento impede a importação de produtos de sete cadeias agropecuárias oriundos de áreas desmatadas, legal ou ilegalmente, a partir de 2021. A proposta é que as regras comecem a ser cumpridas no fim de 2025 por grandes e médios empresários e na metade de 2026 pelos de pequeno porte. Mas o que era para ser um alívio para os exportadores mundiais de soja, café, carne bovina, cacau, óleo de palma, borracha natural, madeira e seus derivados, entre eles os empresários brasileiros, virou motivo de preocupação. Foram apresentadas ao menos 15 emendas para modificar o texto atual da lei, com conteúdo que pode “discriminar” ainda mais o Brasil. Uma das emendas, da deputada alemã Christine Schneider, membro do grupo EPP, o maior do Parlamento Europeu, sugere a criação de uma nova modalidade de classificação na lei de países ou regiões “sem risco” de desmatamento. O texto ligou o alerta de diplomatas e negociadores na Europa e no Brasil. Segundo a proposta, a classificação será dada a países onde seja constatado o crescimento das áreas florestais em comparação com os níveis de 1990, que sejam signatários do Acordo de Paris e outros acordos de combate ao desmatamento, e que tenham regulamentos sobre prevenção ao desmatamento e conservação florestal “rigorosamente implementados e aplicados com total transparência e monitoramento”. Um negociador brasileiro que acompanha o tema de perto disse que a medida é “terrível”. Segundo ele, é pensada para beneficiar a própria Europa e pode “engrossar o caldo” para os exportadores, já que as grandes potências europeias poderiam se encaixar na nova classificação de “no risk”. Se concretizada, a medida pode ensejar mais questionamentos na Organização Mundial do Comércio (OMC), porque representaria uma vantagem muito grande em relação aos demais países, invariavelmente com risco maior, para o cumprimento das regras, disse o negociador. A composição do Parlamento Europeu, que tomou posse recentemente, é “menos verde”. Mesmo assim, é pouco provável uma mudança substancial no texto da lei que possa favorecer o Brasil ou outros países exportadores, analisa outra fonte no velho continente. “Não temos nenhum indício de que as coisas serão mais fáceis. Elas serão tão ou mais difíceis daqui para frente”, analisou o negociador brasileiro ouvido pela reportagem. “Penso que nenhuma mudança pode ser positiva para o Brasil, se tiver. O parlamento ficou menos verde, mas não menos protecionista”, completou. A avaliação é que a regra definiria países aptos a exportarem para a Europa com menos fiscalização, o que os daria mais vantagem competitiva. O Brasil, por exemplo, estaria fora dessa lista privilegiada. “Em países com desenvolvimento estável ou crescente de áreas florestais, o risco de desmatamento sob a regulamentação é insignificante ou inexistente. A orientação e a proporcionalidade da regulamentação está, portanto, em sérias dúvidas. Por conseguinte, será essencial introduzir a categoria ‘sem risco’ para que as obrigações de apresentação de relatórios nestes países sejam simplificadas”, diz a justificativa da emenda da deputada alemã. Outras emendas apresentadas pelo EPP sugerem ainda o adiamento da implementação por dois anos, começando no fim de 2026 para operadores de médio e grande porte e apenas em 30 de junho de 2027 para os pequenos. O EPP insiste que a lei não deve começar a valer “até que as plataformas de dados que rastreiam as origens dos produtos estejam totalmente operacionais e um sistema de classificação de risco esteja em vigor”. O grupo também quer isentar os países sem desmatamento. As propostas deverão ser analisadas, em regime de urgência, pelos parlamentares europeus a partir das 9h, horário de Bruxelas na Bélgica (5h no horário de Brasília). Um diplomata brasileiro que atua na Europa disse que essa, no entanto, não será a decisão final. O texto aprovado pelo parlamento ainda deverá ser analisado pelo trílogo, uma negociação interinstitucional informal entre representantes do Parlamento Europeu, do Conselho da União Europeia e da Comissão Europeia. O Comitê de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar (Envi, na sigla em inglês) já emitiu um parecer sobre a proposta.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com desempenho positivo em todos os segmentos, setor de serviços cresce 3,5% no Paraná
Dados do IBGE se referem ao acumulado dos meses de janeiro a setembro em comparação ao mesmo período de 2023. O segmento com melhor desempenho em nível estadual foi o de serviços de informação e comunicação, que acumula alta de 6,9%.
Com desempenho positivo em todos os segmentos, as empresas paranaenses ligadas ao setor de serviços acumulam um crescimento de 3,5% no volume de atividades entre janeiro e setembro de 2024, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também apontam para uma alta de 5,3% nas atividades turísticas no Estado. O desempenho das empresas prestadoras de serviços instaladas no Paraná está acima da média nacional deste segmento, cuja variação entre janeiro e setembro foi de 2,9%. Nos nove primeiros meses do ano, o setor com melhor desempenho em nível estadual foi o de serviços de informação e comunicação, que acumula alta de 6,9% em relação aos mesmos meses de 2023. Depois, aparecem outros serviços, com crescimento de 6%; serviços profissionais, administrativos e complementares (4,8%); serviços prestados às famílias (4,4%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,3%). De agosto para setembro, o crescimento das atividades do setor no Paraná foi de 0,4%. Em relação a setembro do ano passado, cuja comparação evita distorções sazonais características das empresas ligadas à prestação de serviços, a variação foi ainda maior, de 2,5%, puxada sobretudo pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, que registraram alta de 7,9%. Assim como as demais atividades, o turismo também está aquecido no Paraná, com crescimento acumulado de 5,3% no ano. O desempenho das empresas paranaenses é o 4º maior do Brasil em 2024, atrás apenas de estados que possuem mais tradição no setor: Minas Gerais (8,9%), Bahia (7,2%) e Santa Catarina (7,8%). A variação em nível estadual, porém, ficou acima do que outros estados do Nordeste, como Pernambuco (3,1%) e Ceará (2,1%), e até mesmo do Rio de Janeiro (5,1%). Entre agosto e setembro, a variação no turismo do Paraná foi de 1,1%, enquanto na comparação com o mesmo mês do ano passado, o volume de atividades foi 5,7% maior, o que aponta para uma perspectiva positiva para a alta temporada de verão que se aproxima. Com a alta no volume de atividades, as empresas do setor de serviços também registraram um aumento de receitas. No indicador de receita nominal levantado pelo IBGE, que retrata o dinheiro efetivamente movimentado pelas empresas, houve um crescimento de 8,7% neste setor do Paraná. Quatro dos cinco segmentos analisados tiveram uma variação acima dos dois dígitos. A maior alta aconteceu no item "outros serviços", com 10,7% de receitas a mais de janeiro a setembro deste ano, no comparativo o mesmo período do ano passado. Depois, estão os serviços prestados às famílias e os serviços de informação, ambos com 10,2% de aumento; os serviços profissionais, administrativos e complementares, com 10,1%, e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,9%). O turismo acompanhou essa tendência e acumula uma receita 10,6% superior àquela adquirida nos nove primeiros meses de 2023.
Agência Estadual de Notícias
Deral indica que milho do Paraná apresenta boas condições de desenvolvimento
De acordo com o levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná 98% das lavouras da primeira safra de milho 2024/25 já foram plantadas no estado, ficando e linha com o registrado na semana passada
As áreas já em campo se dividem entre1% ainda em germinação, 92% em desenvolvimento vegetativo e 7% já em floração. Os técnicos do Deral ainda classificaram 96% das áreas como em boas condições e 4% como em médias. “O milho segue em desenvolvimento vegetativo e apresenta boas condições até o momento”, destacam os técnicos do Deral. “Embora as aplicações de defensivos tenham sido interrompidas pelas chuvas, os produtores estão conseguindo controlar as infestações. Além dos inseticidas e fungicidas, seguem as aplicações de fertilizantes nitrogenados. Em alguns pontos, registrou-se mortalidade de plantas atribuída a fungos de solo”, relata a publicação.
SEAB-PR/DERAL
Lei que autoriza a privatização da Celepar é sancionada por Ratinho Junior
A lei que autoriza a privatização da Celepar foi sancionada nesta quarta-feira (13) pelo governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD)
A lei que autoriza a privatização da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) foi sancionada na quarta-feira (13) pelo governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). Aprovada em segundo turno pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) ainda nesta quarta, a Lei nº 22.188 permite ao governo estadual dar início ao processo de alienação ou transferência total ou parcial da empresa, que desde 1964 atua no setor de tecnologia e comunicação para o Estado. O projeto autoriza uma série de ações para a privatização. Conforme o texto da lei, o Executivo poderá “alienar ou transferir os direitos que lhe assegurem a preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores da sociedade, assim como alienar ou transferir as participações minoritárias, diretas e indiretas, no capital social da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná - CELEPAR”. A privatização, porém, será conduzida sob algumas condições específicas. Entre elas, a Celepar deverá manter sua sede no Paraná e as infraestruturas físicas de armazenamento e processamento de dados no estado por um período mínimo de dez anos. Além disso, a Assembleia Geral de Acionistas deverá aprovar uma alteração no estatuto da empresa para a criação de uma ação preferencial especial, que conferirá ao Estado poder de veto em deliberações sociais ligadas a esses temas de preservação da estrutura. Outro ponto importante do projeto é a criação do Conselho Estadual de Governança Digital e Segurança da Informação (CGD-SI), um órgão colegiado que vai monitorar e coordenar políticas de tecnologia e segurança da informação no Paraná. Composto por representantes de várias secretarias e coordenado pela Casa Civil, o conselho terá a missão de garantir a integração e a segurança dos processos digitais e informações estratégicas do Estado e dos paranaenses após a privatização da Celepar, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A Celepar também deverá implementar um Programa de Demissão Voluntária (PDV) destinado aos seus funcionários, condicionado à conclusão do processo de desestatização. Esse programa será limitado para não comprometer a capacidade técnica e operacional da companhia, conforme descrito no projeto. O governo ainda não informou um cronograma para a execução da privatização da Celepar que, segundo a nova lei, entrará em vigor imediatamente após sua publicação, mas a venda deve ser concluída em até 15 meses, com etapas como audiência pública e avaliação de mercado.
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe ante o real mesmo com leilão de US$4 bi do BC
O dólar voltou a subir ante o real nesta quarta-feira, mesmo com o Banco Central despejando 4 bilhões de dólares no mercado, em leilão no início da tarde, com as cotações no Brasil acompanhando o avanço firme da moeda norte-americana no exterior, em mais um dia de “Trump trade”.
Comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no fim da tarde ajudaram a aliviar as cotações. O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,32%, cotado a 5,7917 reais. Em novembro, a divisa acumula elevação de 0,18%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,92%, a 5,8100 reais na venda. Pela manhã a moeda norte-americana chegou a oscilar em baixa firme, com o mercado à espera dos dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) anunciados pelo Banco Central anunciados na véspera. A queda ocorria na expectativa da injeção de 4 bilhões de dólares no mercado pela manhã, para atender demanda. Tradicionalmente o BC realiza operações de linha nos últimos meses do ano para suprir a demanda de empresas e fundos, entre outros, que precisam enviar lucros e dividendos ao exterior. No início da tarde, o BC finalmente realizou os leilões, vendendo o total de 4 bilhões de dólares ofertados -- 2 bilhões de dólares com data de recompra em 2 de abril de 2025 e 2 bilhões com recompra para 2 de julho de 2025. Mesmo com a colocação, o dólar seguiu no território positivo. “Não fazia sentido (a alta do dólar com o cancelamento do leilão pelo BC), porque anunciaram que ainda seria feito. A alta do dólar tem mais de exterior do que de leilão”, ponderou durante a tarde Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset. Lá fora, o avanço da moeda norte-americana ocorria ainda em função da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA na semana passada. Isso tem gerado expectativas de tarifas de importação potencialmente inflacionárias e outras medidas que favorecem o dólar. Haddad deu declarações sobre o pacote fiscal, o que serviu para desinflar as cotações do dólar e o avanço das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros). O ministro da Fazenda afirmou que o impacto fiscal do pacote será "expressivo", argumentando que a ideia é fazer rubricas do Orçamento se enquadrarem na regra de crescimento de despesa do arcabouço fiscal. "Mais do que o número, que é expressivo, mais do que o número, que na opinião da Fazenda reforça o nosso compromisso de manter as regras fiscais estabelecidas desde o ano passado, mais do que isso é o conceito que nós utilizamos para fazer prevalecer essa ideia de que as rubricas devem todas elas, na medida do possível, ir sendo incorporadas a essa visão geral do arcabouço para que ele seja sustentável no tempo", disse. Após os comentários de Haddad, o dólar à vista retornou para abaixo dos 5,80 reais.
Reuters
Ibovespa fecha no azul com suporte de Embraer em dia repleto de balanços
O Ibovespa fechou com uma alta marginal na quarta-feira, sustentada pelo desempenho robusto de Embraer, que renovou máximas históricas, em uma sessão novamente marcada por uma bateria de resultados corporativos e sem novidades concretas sobre o pacote fiscal prometido pelo governo federal
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação positiva de 0,03%, a 127.733,88 pontos. O volume financeiro somou 39,45 bilhões de reais, em sessão marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa. Após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo está avaliando se consegue incluir mais medidas no pacote fiscal em discussão para ser enviado ao Congresso Nacional, mas que não sabe se há tempo hábil para um anúncio nesta semana. No exterior, Wall Street fechou no azul, mas os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos reverteram a queda e marcavam 4,45%, de 4,43% na véspera, em sessão marcada por dados de preços ao consumidor de outubro nos Estados Unidos. De acordo com o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, os números de inflação divulgados pela manhã nos Estados Unidos não surpreenderam, mas encerram a sequência de quedas observada nos últimos meses, o que pode trazer dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve. Por ora, notou, os contratos de juros no mercado norte-americano reforçaram as apostas de mais um corte de 0,25 ponto percentual na última reunião do Fed em 2024. "Neste momento, as atenções inevitavelmente começam a se voltar para 2025 e os potenciais impactos das medidas do novo governo Trump”, avalia.
Reuters
Serviços crescem 1% em setembro, acima do esperado
O volume total de serviços prestados no país está 16,4% acima do patamar pré-pandemia, informou o IBGE
O volume de serviços prestados no país subiu 1% em setembro, ante agosto, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados na quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o melhor desempenho para um mês de setembro desde 2020, quando a atividade mostrou crescimento de 3%. Em agosto, houve recuo de 0,3% ante julho (após revisão de dado divulgado inicialmente como queda de 0,4%). Com o aumento, o setor de serviços renova o ponto mais alto de sua série, superando em 0,6% o antigo patamar mais elevado (julho de 2024). Além disso, o volume total de serviços está 16,4% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco é fevereiro de 2020, informou ainda o IBGE. Na comparação com setembro de 2023, o indicador teve alta de 4% em setembro desse ano. No resultado acumulado em 12 meses até setembro, houve aumento de 2,3%. Já o acumulado no ano até setembro é de crescimento de 2,9%. A alta na série com ajuste sazonal foi maior que a mediana das estimativas de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo VALOR DATA, de 0,7%, em setembro ante agosto. O intervalo das projeções ia de alta de 0,1% a elevação de 1,1% em setembro. Já a expectativa mediana para o resultado de setembro de 2024, frente a setembro de 2023 era de alta de 3,4%, com intervalo de projeções entre alta de 2% a crescimento de 4,2%. O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 1,1% na passagem entre agosto e setembro. Na comparação com setembro de 2023, a receita de serviços teve alta de 8,4%. Em setembro, frente a agosto, 16 das 27 unidades da federação investigadas registraram taxas positivas. Os aumentos mais expressivos foram observados em São Paulo (6,9%), seguido por Rio de Janeiro (3,0%), Santa Catarina (8,0%), Minas Gerais (3,3%), Distrito Federal (9,2%) e Amazonas (18,9%). Em contrapartida, houve quedas, no volume de serviços no mesmo período, Rio Grande do Sul (-10,4%) liderou as perdas do mês, seguido por Mato Grosso (-13,9%) e Mato Grosso do Sul (-11,2%). “As empresas mais inovadoras, com grande receita, têm sede em São Paulo, como os serviços de tecnologia da informação; de agenciamento de espaços de publicidade nas mídias sociais; administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade; e intermediação de negócios por aplicativos e plataformas de e-commerce”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, em comunicado. “Já o estado do Rio de Janeiro foi destaque em setembro por conta de um festival musical de grandes proporções na sua capital”, completou ele. Setores O volume de serviços cresceu em quatro das cinco atividades em setembro, na comparação com agosto: profissionais, administrativos e complementares (1,4%); informação e comunicação (1,0%); transportes (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,4%). O único recuo do mês foi em outros serviços (-0,3%). “Adicionalmente, o índice de difusão de setembro de 2024 chegou a 60,2%, com taxas positivas em 100 dos 166 tipos de serviços pesquisados”, informou o IBGE. “Em setembro, tivemos vários setores que impulsionaram o volume de serviços, como empresas de engenharia; de produção de festivais musicais; de transporte dutoviário; e edição de livros integrados à impressão”, disse Lobo. “Por outro lado, temos visto incrementos de receita mais constantes em tecnologia da informação; agenciamentos de espaços de publicidade em mídias digitais; intermediação de negócios por aplicativos ou plataformas e-commerce e administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade”, continuou Lobo, no informe. “A conjuntura econômica pode até potencializar o crescimento dos serviços, mas não explica sozinha o bom desempenho do setor”, completou ele.
Valor Econômico
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