Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 748 | 13 de novembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Arroba do boi segue subindo em São Paulo
Pela apuração da Scot Consultoria, o mercado paulista voltou a pagar algum ágio para o “boi-China” (em relação ao animal “comum), embora seja um valor ainda baixo, de apenas R$ 3/@.
No Paraná, o boi vale R$325,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de cinco dias.
A Scot Consultoria, que acompanha diariamente os negócios nas praças pecuárias brasileiras, identificou elevação nos preços do boi gordo “comum” e do “boi-China” na terça-feira (12/11), no Estado de São Paulo. O primeiro teve elevação de R$ 2/@, para R$ 337/@, enquanto o animal com padrão exportação registrou acréscimo de R$ 5@, chegando em R$ 340/@. Com isso, considerando os números da Scot, o mercado paulista voltou a registrar algum ágio para o “boi-China” em relação ao animal “comum, embora seja um valor ainda baixo (apenas R$ 3/@). Pelos dados da Agrifatto, ambas as categorias têm hoje o mesmo valor em SP – negociados em R$ 340/@. “Apesar de alguns frigoríficos (de SP) ainda estarem fora das compras, o mercado abriu o dia registrando alta para todas as categorias”, ressaltou a Scot, que apurou avanço de R$ 3/@ para a vaca e a novilha gordas, para R$ 310/@ e R$ 320/@, respectivamente. A Scot disse que, em São Paulo, pecuaristas pedem R$ 350 pela arroba do boi gordo, mas ainda sem conseguir sucesso nos negócios com este valor. Segundo a Scot, as escalas de abate no mercado paulista giram hoje entre quatro e seis dias. No mercado futuro, o contrato do boi gordo com vencimento em janeiro/25 encerrou a sessão de segunda-feira (11/11) cotado a R$ 325,40/@, praticamente estável em relação ao pregão anterior (leve queda de 0,02%). Por sua vez, o papel com entrega em novembro/24 foi precificado em R$ 334,45/@, com valorização diária de 0,60%. Preços do boi gordo apurados pela Agrifatto na terça-feira (12/11): São Paulo — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China”, R$340,00. Média de R$340,00. Vaca a R$310,00. Novilha a R$320,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$322,50. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$330,00. Média de R$322,50. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias; Rondônia — O boi vale R$300,00 a arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de oito dias; Maranhão — O boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de cinco dias,
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
IBGE: abate de bovinos cresce 14,8% no 3º trimestre em relação ao mesmo período de 2023
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou os primeiros resultados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária
O abate de bovinos cresceu 14,8% em comparação ao 3º trimestre de 2023, o de suínos teve um aumento de 1,9% e o de frangos, alta de 2,7%. Em comparação ao 2° trimestre de 2024, os abates de bovinos, suínos e frangos tiveram, respectivamente, altas de 3,7%, 2,4% e 0,9%. Os dados são dos primeiros resultados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária, divulgados ontem (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No 3º trimestre de 2024, foram abatidas 10,33 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. O abate de suínos somou 14,92 milhões de cabeças e o de frangos, 1,62 bilhão de cabeças. Foram produzidas 2,74 milhões de toneladas de carcaças bovinas, um acréscimo de 14,3% em relação ao 3° trimestre de 2023 e aumento de 6,3% em relação ao 2º trimestre de 2024. O peso acumulado das carcaças de suínos foi de 1,40 milhão de toneladas no 3º trimestre de 2024, aumento de 1,7% em relação ao 3º trimestre de 2023 e de 4,1% em comparação com o 2° trimestre de 2024. Já o peso acumulado das carcaças de frangos foi de 3,47 milhões de toneladas, acréscimo de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 1,1% frente a 2° trimestre de 2024. Os curtumes que efetuam curtimento de, pelo menos, cinco mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano declararam ter recebido 10,34 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no 3º trimestre de 2024. Essa quantidade representa um acréscimo de 15,1% em comparação à registrada no 3º trimestre de 2023 e aumento de 2,6% em relação ao 2° trimestre de 2024.
Agência de Notícias IBGE
SUÍNOS
Cotações da carne suína apresentam novas valorizações
De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, o preço da carcaça suína especial registrou um avanço de 1,60%, em que os valores passaram de R$ 14,80/kg para R$ 14,90/kg
Já os preços médios da arroba do suíno CIF tiveram um ganho de 1,60% no comparativo diário, em que os preços passaram de R$ 187,00/@ e estão sendo negociados em R$ 190,00/@. Os preços dos suínos estão muito elevados, ainda mais com a chegada das festividades. Além disso, a China vem demandando muito da proteína brasileira. O pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino, destacou que esse será o melhor desempenho das exportações de carne suína. "Se os preços da carne suína apresentarem uma valorização mais intensa, é possível que haja uma migração para o consumo da carne de frango. A tendência é que os cortes mais especiais para suínos tenham uma valorização neste final de ano", comentou o pesquisador do Cepea. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última segunda-feira (11), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou alta de 2,60% e está cotado em R$ 10,25/kg. No Paraná, o preço do animal registrou ganho de 0,42% e está precificado em R$ 9,54/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal apresentou alta de 0,21% e está precificado em R$ 9,34/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 9,34/kg e apresentou avanço de 0,54%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou incremento de 0,81% e está cotado em R$ 9,91/kg.
Cepea
FRANGOS
Frango sobe no atacado
Indústria projeta estoques elevados até o início de 2024, aproveitando o cenário de valorização das carnes bovina e suína.
Os preços do frango seguiram com movimento de alta na terça-feira (12), com os preços no atacado registrando ganho de 0,68% cotado em R$ 7,45/kg. Os valores do frango na granja seguem com estabilidade e precificados em R$ 5,50/kg, conforme reportado pela Scot Consultoria. A Scot Consultoria ainda informou que para os próximos dias, a expectativa é que as referências se mantenham firmes, em função do período de primeira quinzena do mês e da proximidade do feriado da Proclamação da República, que acaba gerando antecipação de pedidos. A referência para o animal vivo no Paraná seguiu com estabilidade no comparativo diário, em que está cotado em R$ 4,62/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) disse que o frango vivo seguiu com estabilidade negociado em R$ 4,49/kg. No levantamento do Cepea, os preços para o frango congelado na última segunda-feira (11) estavam próximos de R$ 7,7,90/kg e tiveram alta de 0,38%. Já os para os valores do frango resfriado tiveram ganho de 0,63% e estavam precificados em R$ 8,04/kg. O pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino, destacou que a indústria deve aumentar os estoques de frango até a virada do ano. "Com os preços elevados da carne bovina e da carne suína, o consumo de carne de frango deve se aquecer em janeiro, quando a população está mais descapitalizada e no período de férias escolares", comentou.
Cepea
GOVERNO
Ministério da Agricultura anuncia reestruturação de áreas técnicas
Inmet ganha status de secretaria e promoção dos produtos do agro brasileiro no exterior será centralizada. Segundo o ministro, mudanças não vão gerar despesas adicionais para a Pasta
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou na terça-feira (12/11) que a Pasta deverá ter duas novas secretarias em breve a partir de uma "pequena reestruturação" em áreas técnicas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vai ganhar status de secretaria e as atividades de promoção comercial dos produtos do agronegócio brasileiro no exterior, desempenhadas por servidores de diversos setores do ministério e pelo próprio gabinete do ministro, serão centralizadas em uma nova secretaria. Em conversa com jornalistas, Fávaro disse que a medida não vai gerar despesas adicionais e será formalizada por meio de remanejamento de cargos. Mesmo assim, o tema chama atenção em momento de aperto nas contas para o custeio das atividades da Pasta e de discussão no governo de corte de gastos. O ministro voltou a comentar, inclusive, que sua Pasta ficará de fora das medidas a serem anunciadas pelo Poder Executivo para enxugar as contas públicas. Na semana passada, um integrante do segundo escalão do ministério disse que o "corte de gasto já havia ocorrido", pois não existia disponibilidade de recursos para bancar algumas atividades corriqueiras. Fávaro disse que a proposta de reestruturação será validada no próximo dia 22 de novembro. Na área internacional, ele projeta mais eficiência e melhores resultados com a nova secretaria de promoção comercial. Essa é um dos pontos altos da gestão dele na Pasta, com recorde de abertura de mercados e de saldo positivo na balança comercial. "A ideia, sem ônus para o tamanho da máquina pública, ocupando os espaços, trocando um pouco as cadeiras, é dar o empoderamento a uma área que ainda não existe. Por exemplo, a criação de uma secretaria que trate da promoção comercial dos produtos da agropecuária. Vai ser um braço mais forte da Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos], do Ministério das Relações Exteriores junto com outras duas secretarias, a Secretaria de Defensa Agropecuária e a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais", disse Fávaro. Segundo ele, a mudança vai deixar claro a atribuição de cada secretaria. A SDA cuidará de tratados sanitários, a SCRI de acordos diplomáticos e a nova Pasta fará a promoção de produtores e empresas brasileiras com compradores estrangeiros. "Vai ficar muito claro o papel de quem faz a promoção comercial, quem faz relações diplomáticas e quem faz as relações sanitárias para o Ministério da Agricultura. Com isso, vamos ter mais efetividade e vamos continuar avançando, batendo recordes, na conquista de mercados para o setor", completou. Ele afirmou que a medida será implementada "sem o inchamento" da máquina pública. "Estamos fazendo remanejamento internos, com peças, e dando foco específico (...) Se mexer uma peça ou outra e montar uma estruturazinha, vai ter aquela pessoa que vai cuidar exatamente de aproximar comprador e vendedor", completou. Fávaro afirmou também que o Inmet vai ganhar status de secretaria. O instituto já passa por um processo de reestruturação interna. O ministro disse que estão reservados cerca de R$ 200 milhões para investimentos na modernização tecnológica do órgão. "Teremos seguramente o melhor instituto meteorológico da América Latina, só não vamos conseguir ultrapassar na qualidade os institutos meteorológicos americanos em função de tanto investimento que tem, mas vamos buscar cooperações técnicas para aperfeiçoar", afirmou na conversa com jornalistas. "Não vi o posicionamento dos colaboradores do Inmet, mas é legítimo se preocupar com a questão orçamentária. Mas posso dizer que, não seguindo o mesmo modelo que está sendo praticado na governança do órgão, mas numa nova configuração, inclusive com upgrade dado na estrutura, dado tratamento de secretaria, será a Secretaria do Inmet para que possa ter acesso direto à gestão e pleitear essa modernização", ponderou. O ministro ainda confirmou que a Secretaria de Defesa Agropecuária deverá passar por uma reestruturação. O modelo sugerido fortalece as Superintendências Federais de Agricultura nos Estados, que teriam atribuições para comandar os serviços prestados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) e pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). "Está caminhando bem, a proposta será validada no dia 22 com o secretário [de Defesa Agropecuária, Carlos] Goulart e diretores das áreas. Validando isso, implementamos imediatamente. É também um empoderamento gradual, relativo, responsável, para que possa ser mais efetivo na prestação de serviço a população", concluiu Fávaro. A reportagem apurou que pode haver mudanças na Secretaria de Política Agrícola, como na gestão compartilhada da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A área está incomodada com o modelo adotado, em que a estatal e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) organizam medidas separadamente e apenas buscam a assinatura do Ministério da Agricultura para liberação do dinheiro envolvido nas operações.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
Preço global de carnes cai em outubro
O índice global de preços de carnes voltou a cair em outubro, em relação a setembro, afetado por reduções nos preços de carnes de aves e suína, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO)
O índice de preços de carnes da FAO ficou em 120,4 pontos em outubro, 0,3% abaixo do valor revisado de setembro e 7,5% acima do registrado em outubro do ano passado. Os preços internacionais de carne suína foram os que mais caíram, refletindo o aumento nos abates na Europa Ocidental em um cenário de fraca demanda. Os preços de carne avícola tiveram leve declínio, pressionados por aumento na oferta para exportação em grandes países produtores. “Em contrapartida, as cotações internacionais de preços da carne bovina aumentaram moderadamente, sustentadas por compras internacionais mais fortes”, disse a FAO em comunicado na sexta-feira (8). Os preços da carne ovina ficaram praticamente estáveis, já que o aumento na demanda global foi mitigado por uma alta na oferta por parte da Oceania.
Carnetec
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com maior evolução do País em setembro, comércio do Paraná acumula alta de 7,2% no ano
Crescimento de 20,5% em setembro puxou o desempenho do Paraná nos nove primeiros meses de 2024, cujo crescimento ficou acima da média nacional, que foi de 4,5% entre janeiro e setembro deste ano
O setor de comércio do Paraná teve de longe o maior crescimento do País no volume de vendas em setembro, com um aumento de 20,5% em relação a agosto, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgados na terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho fez com que o setor acumulasse uma alta de 7,2% nos nove primeiros meses de 2024, acima da média nacional, que foi de 4,5% entre janeiro e setembro deste ano. Para se ter noção do feito alcançado pelo comércio paranaense, o aumento das vendas do chamado comércio ampliado - que inclui todos os segmentos varejistas, acrescidos da construção civil e do setor automotivo - entre agosto e setembro no Paraná ficou 14,5 pontos percentuais acima do segundo colocado, o Espírito Santo, cujo comércio cresceu 6% no período. Em todo o Brasil, a variação foi de 1,8% entre os dois meses.
No comparativo com setembro de 2023, o Paraná teve um aumento de 20,4% no volume de vendas mensal em setembro deste ano, 16,5 pontos percentuais a mais do que a média nacional, que foi de 3,9%. Neste recorte, o segundo melhor colocado foi o Amapá, com variação de 17,7%. Os dados dizem respeito ao chamado comércio ampliado. A venda de veículos, motocicletas e peças automotivas, aliás, tem sido o grande destaque de 2024 no Paraná, com uma alta acumulado de 26,1% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se da segunda maior variação positiva para este setor no ano, atrás apenas de Goiás, que acumula 29,3% de crescimento. Com 15,3% de aumento de vendas em 2024, os móveis e eletrodomésticos tiveram o segundo melhor desempenho em nível estadual nos nove primeiros meses do ano. Depois, aparecem os materiais de construção, com alta de 13,9%, outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,8%), hipermercados e supermercados (5,8%), equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (5,1%), tecidos vestuários e calçados (1,6%). Apenas três setores registraram quedas no volume total de vendas entre janeiro e setembro: livros, jornais, revistas e papelaria, com redução de 10,3%, combustíveis e lubrificantes (-8,2%) e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,6%).
Agência Estadual de Notícias
De bebidas a móveis: Paraná lidera crescimento da produção industrial em vários segmentos
A indústria paranaense vem se destacando em diversos ramos em 2024. De janeiro a setembro deste ano, a produção dos segmentos de bebidas, produtos de madeira, materiais elétricos e móveis cresceu, respectivamente, 13%, 12,5%, 28,5% e 13,1% em relação ao mesmo período do ano passado
A indústria paranaense vem se destacando em diversos ramos em 2024. De janeiro a setembro deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção dos segmentos de bebidas, produtos de madeira, materiais elétricos e móveis cresceu, respectivamente, 13%, 12,5%, 28,5% e 13,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em todos esses casos, o Paraná lidera o ranking nacional de expansão da produção. Em bebidas, por exemplo, o crescimento foi 9,3 pontos percentuais acima da média nacional, de 3,7%. Na fabricação de móveis o resultado é 3,2 pontos percentuais acima da média nacional, de 9,9%. No ranking específico da região Sul, o Paraná é líder também na fabricação de veículos automotores e papel e celulose, com taxas de crescimento de 9,6% e 2,2%, respectivamente, nos primeiros nove meses de 2024. Esses resultados da produção vêm acompanhados de bons números em termos de emprego. De acordo com estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, os segmentos de bebidas, produtos de madeira, materiais elétricos e móveis foram responsáveis pela criação de, respectivamente, 304, 1.667, 1.726 e 2.710 novas ocupações com carteira assinada no Paraná até o mês de setembro, o que demonstra a relação entre o desempenho produtivo e o retorno social, com a geração de emprego e renda. Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, os números não deixam dúvida quanto à amplitude do crescimento industrial paranaense, abrangendo desde ramos manufatureiros sofisticados, como são os casos das indústrias automotiva e de material elétrico, até segmentos em que o Estado apresenta vantagens comparativas, como na fabricação de produtos madeireiros e de papel e celulose. “Além disso, não podemos esquecer que diversos ramos industriais receberam vultosos investimentos nos últimos anos, o que ampliou a capacidade instalada dessas atividades e, na sequência, possibilitou elevação significativa dos níveis de produção. O caso da indústria paranaense de bebidas, com grandes plantas na região dos Campos Gerais, é emblemático nesse sentido”, conclui o diretor-presidente. Desde 2020, empresas do setor de cervejas investiram cerca de R$ 5 bilhões não apenas para a fabricação da bebida no Estado, mas também de outros insumos usados no processo, desde o malte até as garrafas. Eles estão na Maltaria Campos Gerais, expansão da Heineken e fábrica de embalagens da Ambev. Em relação ao setor moveleiro, o Paraná tem atualmente o segundo maior número de postos de trabalho e de indústrias, gerando 38.490 empregos em mais de 3 mil estabelecimentos.
Agência Estadual de Notícias
Plantio de soja do Paraná atinge 92% da área; colheita de trigo vai a 98%, diz Deral
O plantio de soja da safra 2024/25 no Paraná avançou para 92% da área total projetada, 7 pontos acima do registrado na semana anterior, com as lavouras sendo beneficiadas por chuvas recentes, afirmou o Departamento de Economia Rural (Deral), na terça-feira
Na mesma época do ano passado, produtores tinham semeado 84% da área. A safra de soja 2024/25 do Paraná, um dos três principais Estados produtores da oleaginosa do Brasil, está estimada em recorde de 22,4 milhões de toneladas, segundo previsão de outubro do Deral. "A soja foi muito beneficiada pelas chuvas desta semana, especialmente nos municípios que enfrentavam déficit hídrico, onde as lavouras apresentavam problemas", afirmou o Deral em boletim, acrescentando que algumas regiões já encerraram o plantio. Nas áreas onde o plantio foi retomado, o avanço foi "gradual" e deve ser finalizado em grande parte dos municípios nos próximos dias. O Deral afirmou também que parte das lavouras de soja já entrou na fase reprodutiva. A colheita de trigo está na fase final, com 98% das áreas já colhidas, três pontos acima da semana anterior. "Grande parte das áreas de trigo foi colhida antes das chuvas, mas em algumas regiões os trabalhos foram interrompidos", disse o Deral. "A produtividade e a qualidade das lavouras colhidas antes das chuvas foram consideradas boas, principalmente em comparação com a safra passada, quando a qualidade foi sofrível." O plantio da primeira safra de milho do Paraná praticamente não evoluiu em relação à semana anterior, mas restam poucas áreas para serem semeadas.
Reuters
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha estável ante real com ata do Copom e expectativa por medidas fiscais
Apesar do forte avanço das cotações no exterior, o dólar fechou a terça-feira praticamente estável ante o real, com o mercado se apegando às promessas do governo Lula de equilíbrio fiscal e à expectativa de que o ciclo de alta de juros no Brasil seja mais longo, como indicado na ata do último encontro do Copom.
O dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,04%, cotado a 5,7735 reais. Em novembro, a divisa acumula baixa de 0,14%. Às 17h12, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,03%, a 5,7805 reais na venda. Antes da abertura do mercado a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reiterou as preocupações do BC com as expectativas de inflação desancoradas e alertou que isso pode levar a um ciclo mais longo de elevações da Selic, hoje em 11,25% ao ano. A moeda norte-americana e os rendimentos dos Treasuries avançavam globalmente na sessão ainda em reação às promessas políticas do presidente eleito Donald Trump de corte de impostos e aumento de tarifas de importação nos EUA. Isso fez o dólar ensaiar ganhos mais consistentes ante o real no período da tarde, com a divisa atingindo a máxima de 5,7999 reais (+0,50%) às 14h49. No restante do dia, o dólar oscilou próximo da estabilidade. “O nosso dólar andou bem de lado, porque estamos na iminência ainda de que as propostas do governo para a área fiscal sejam apresentadas para a Câmara e para o Senado”, lembrou Lucélia Freitas Aguiar, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “Com o BC apertando a Selic e saindo algo do lado fiscal, a tendência é o dólar dar uma estabilizada, não ficar tão disparado”, acrescentou. Pela manhã, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil terá uma política fiscal “vigorosa”, mas não houve qualquer detalhamento das medidas, aguardadas com ansiedade pelo mercado. No exterior, o dólar seguia em alta ante quase todas as demais divisas. Às 17h12, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,58%, a 106,030.
Reuters
Ibovespa recua sem novidades na seara fiscal e Vale cai pelo 3º dia
Alta expressiva dos juros futuros mais longos pesou sobre o índice
Sem gatilhos locais vindos da seara fiscal e em um dia de subida mais expressiva dos juros futuros mais longos, o Ibovespa não obteve suporte suficiente para voltar para o campo positivo e fechou a sessão da terça-feira (12) em queda de 0,14%, aos 127.698 pontos. Em um pregão volátil, o índice oscilou entre os 127.411 pontos e os 128.210 pontos. As ações da Vale voltaram a ser destaque negativo ao cair 2,27%, a R$ 57,32. Esse é o terceiro pregão seguido de perdas para a empresa. A companhia vem sofrendo desde que a China anunciou novas medidas de estímulo que frustraram agentes financeiros. Desde o fechamento da última quinta-feira (7), antes do anúncio chinês, a empresa já perdeu R$ 28,1 bilhões em valor de mercado, fechando a sessão de hoje em R$ 260,4 bilhões. Por outro lado, a sessão foi de alta para os papéis da Petrobras. As PN subiram 1,88%, a R$ 36,93, enquanto as ON avançaram 0,97%, a R$ 39,52. Em relatório divulgado na terça-feira, analistas do J.P. Morgan não descartaram a chance de que a companhia anuncie dividendos extraordinários junto com a divulgação do novo plano estratégico, que ocorre no fim do mês. Segundo eles, a companhia ainda tem US$ 2,7 bilhões retidos e a distribuição de proventos extraordinários poderia ajudar o governo a equilibrar as contas públicas em um momento em que a equipe econômica luta para achar brechas para reduzir os gastos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se encontrar com ministros de pastas de cunho social, como Trabalho e Emprego e Previdência Social, em meio ao impasse sobre o corte de gastos. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os detalhes pendentes foram superados e que a negociação das medidas deve ser concluída até amanhã. Para Fernando Bresciani, analista do Andbank, definir quais são as medidas que vão entrar no pacote de corte de gastos é “trabalhoso” porque são necessárias amplas negociações políticas antes de ser enviado ao Congresso Nacional. “É um pacote difícil de ser aprovado e, se vier mais fraco que o esperado pelo mercado, pode penalizar os DIs, a bolsa e o câmbio.” O especialista pontua, ainda, que a alta do dólar globalmente e a subida nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos ajudam a adicionar pressão ao governo para entregar medidas que sejam suficientes para manter o arcabouço fiscal em pé nos próximos anos. “Com o governo Donald Trump mais duro, vamos sofrer um pouco, então precisamos de mais cortes”, diz o analista.
Valor Econômico
BC diz que piora adicional nas expectativas de inflação pode prolongar aperto nos juros
Uma deterioração adicional das expectativas de mercado para a inflação à frente pode levar a um prolongamento do ciclo de aperto dos juros básicos implementado pelo Banco Central, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom)
No documento, divulgado na terça-feira, o BC também reforçou a defesa da adoção de medidas fiscais pelo governo, argumentando que ações nesse sentido podem induzir o crescimento econômico. As expectativas de mercado para os preços à frente seguem desancoradas, com a previsão para o IPCA de 2025 na pesquisa Focus passando de 3,95% na reunião do Copom de setembro para 4,03% na semana passada, antes da decisão de política monetária. A previsão novamente piorou nesta semana, para 4,10%, bem acima da meta central estabelecida, de 3% neste e nos próximos anos. "A desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê", disse o BC na ata. "Uma deterioração adicional das expectativas pode levar a um prolongamento do ciclo de aperto de política monetária." Na última quarta-feira, o Copom decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria que não indicou os próximos passos da política monetária. Na ata, o BC manteve o argumento usado em setembro de que, por conta de incertezas, o Comitê preferiu uma comunicação que reforça a importância do acompanhamento dos cenários ao longo do tempo, sem dar indicação futura, "insistindo no seu firme compromisso de convergência da inflação à meta". De acordo com o documento, foi considerado adequado acelerar o ritmo de aumento na Selic neste mês por conta da necessidade de uma política monetária mais contracionista, em meio a um cenário com resiliência da atividade, mercado de trabalho apertado e piora nas projeções e expectativas para a inflação. "Um aumento de 0,50 ponto percentual se mostra apropriado diante das condições econômicas correntes e das incertezas prospectivas, refletindo o compromisso de convergência da inflação à meta, essencial para a construção contínua de credibilidade", afirmou. A autarquia disse que não se pode concluir que há uma inflexão no mercado de trabalho ou no ritmo de crescimento do país a partir de recentes sinais "incipientes" de moderação, como indicadores de comércio e de rendimentos. Para o BC, não se observa alteração relevante no cenário de crescimento prospectivo em relação à reunião anterior. Em relação à evolução dos preços, a ata afirmou que o cenário de curto prazo para a inflação se mostra mais desafiador, com a estiagem deste ano elevando preços de alimentos, além de uma inflação de serviços incompatível com a meta e uma indicação de reajustes maiores em bens industriais diante do movimento recente do câmbio. Sobre o cenário externo, o BC eliminou a referência feita na ata de setembro a um ambiente que se mostrava "mais benigno", afirmando que ele se mantém desafiador, com incertezas econômicas e geopolíticas relevantes.
Reuters
Venda no varejo cresce em setembro, mas fica abaixo do esperado
Volume de vendas voltou a subir em setembro, depois de queda em agosto, apurou o IBGE
O volume de vendas no varejo restrito teve alta de 0,5% em setembro, ante agosto, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Em agosto, frente a julho, o comércio restrito tinha caído 0,2% (dado revisado após divulgação de queda de 0,3% nessa comparação, previamente). Na comparação com setembro de 2023, o varejo restrito avançou 2,1%. O comércio restrito acumula alta de 3,9% no resultado. No acumulado do ano até setembro, o varejo tem alta de 4,8% no volume de vendas. O resultado de setembro ante agosto o varejo restrito veio menor que a mediana estimada pelo VALOR DATA apurada junto a 23 consultorias e instituições financeiras, que era de alta de 1,3%. O intervalo das projeções para o varejo restrito ia de queda de 0,4% a elevação de 2,6%. As vendas avançaram em quatro das oito atividades pesquisadas: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,5%), Combustíveis e lubrificantes (2,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (1,6%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%). Na mesma comparação, houve quedas em Móveis e Eletrodomésticos (-2,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,8%), tecidos, vestuário e calçados (-1,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%). Já a alta de 2,1% ante setembro de 2023 também foi menor que a esperada. A expectativa mediana era de aumento de 3,7%, com intervalo entre alta de 1,7% e crescimento de 5,2%. No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, material de construção e atacarejo, o volume de vendas subiu 1,8% na passagem entre agosto e setembro, já descontados os efeitos sazonais. Houve alta de 6,6% em veículos, motos, partes e peças e alta de 1,1% no material de construção. Os analistas de 21 bancos e consultorias esperavam aumento de 2,2%, no volume de vendas do varejo ampliado, segundo a mediana. O intervalo das projeções ia de expansão de 0,2% a aumento de 3% em setembro. Em agosto, frente a julho, o comércio ampliado tinha caído 0,4% (após divulgação inicial de queda de 0,8%). Na comparação com setembro de 2023, o volume de vendas do varejo ampliado subiu 3,9%. A expectativa mediana, pelo Valor Data, era de alta de 4,5%. As projeções variavam entre aumento de 5,9% e elevação de 0,7%. A receita nominal do varejo restrito acumulou alta de 1,1% em setembro, ante agosto. Na comparação com setembro de 2023, houve alta de 6,8%. Já a receita nominal do varejo ampliado - que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção – avançou 1,8% em setembro, ante agosto, na série com ajuste sazonal. Na comparação com setembro de 2023, houve alta de 3,9%. Das 27 unidades da federação, ocorreram resultados positivos em vendas em 21, com destaque para Espírito Santo (3,8%), Amazonas (3,3%) e Piauí (3%). Por outro lado, ocorreram quedas em cinco, com destaque para Amapá (-3,9%), Tocantins (-3,9%) e Mato Grosso (-2,5%). Minas Gerais apresentou estabilidade (0,0%). Já 22 apresentaram alta no volume de vendas em setembro, perante um ano antes. Os destaques positivos ficaram por conta de aumentos em Amapá (14,6%), Paraíba (13%) e Roraima (11,3%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuraram cinco das 27 unidades da federação, com destaque para Mato Grosso (-1,9%), Minas Gerais (-1,1%) e Mato Grosso do Sul (-0,6%).
Valor Econômico
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