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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 746 DE 11 DE NOVEMBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 746 | 11 de novembro de 2024

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Boi oriundo dos confinamentos pode elevar fluxo de oferta

Excesso de chuva dificulta a alimentação no cocho, provoca desconforto e inibe o ganho de peso; tais situações podem aumentar a disponibilidade de gado gordo, diz a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$325,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias.

 

Em meio a um conjunto de fatores que afetam positivamente os preços brasileiros no mercado do boi gordo, há dois fundamentos que podem “atrapalhar” o atual movimento de alta da arroba. Um deles é a elevação dos preços dos cortes bovinos no varejo brasileiro, tendência ressaltada pelos números de inflação divulgados pelo IBGE. Com o encarecimento da carne vermelha nos açougues e supermercados, boa parte dos consumidores pode procurar alimentos alternativos, mais baratos, como frango, suíno, peixe e ovos. Um outro fator que pode alterar o rumo de preços no mercado do boi gordo no curto prazo é o excesso de chuvas nas regiões pecuárias do Brasil, situação que pode resultar em maior oferta de animais que hoje são terminados em sistemas de confinamento. “A partir desta semana, há perspectiva de um ligeiro aumento na oferta de animais em terminação, devido ao excesso de lama nos confinamentos, resultado das chuvas torrenciais e persistentes”, antecipou relatório diário divulgado pela Agrifatto aos seus assinantes. A consultoria acrescentou que “essa condição (climática) dificulta a alimentação, provoca desconforto e inibe o ganho de peso dos animais”. No último dia da semana, os preços do boi gordo subiram novamente no mercado paulista, conforme apuração da Scot Consultoria. Pelos dados da empresa, o “boi-China” e o boi “comum” registraram alta diária de R$ 5/@ em São Paulo – ambos fecharam o dia valendo R$ 335/@, sem ágio, portanto. Por sua vez, as cotações da vaca e da novilha tiveram acréscimo de R$ 2/@, encerrando a sexta-feira em R$ 307/@ e R$ 317/@, respectivamente, acrescenta a Scot. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta sexta-feira (8/11): São Paulo — O “boi comum” vale R$335,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$335,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$315,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de cinco dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Rondônia — O boi vale R$300,00 a arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de sete dias; Maranhão — O boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de cinco dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Preço do boi dispara e complica trabalho do BC na inflação

Preço da carne deve subir pelo menos 7,9% no último trimestre desse ano, a maior alta para o período desde 2020

 

Um salto no valor do boi gordo promete deixar o fim de ano mais salgado para os consumidores brasileiros, o que complica o trabalho de um Banco Central que tem elevado os juros na contramão do mundo para tentar domar a inflação. Os preços da carne devem subir pelo menos 7,9% no último trimestre deste ano, a maior alta para o período desde 2020, segundo a LCA Consultores. A carne bovina emergiu como uma grande preocupação, com frigoríficos como a JBS enfrentando o maior aumento nos custos do gado em quase três décadas. O aumento se soma aos desafios enfrentados pelo Banco Central para controlar a inflação, que aumentou os juros pela segunda reunião consecutiva na última quarta-feira, elevando a Selic para 11,25%. A carne bovina, parte fundamental da dieta dos brasileiros, tende a influenciar os preços de outras proteínas animais, como carne suína e frango. É também um item politicamente sensível para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez da redução do preço da carne, mais especificamente da picanha, uma promessa fundamental na sua campanha eleitoral de 2022. "A proteína é o que dita o IPCA de alimentos no Brasil porque o resto é muito volátil", disse Andrea Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena. Angelo espera que os preços da carne bovina subam 8% este ano, o dobro do que ela projetava há apenas alguns meses, e outros quase 14% em 2025. A demanda por carne normalmente aumenta no fim do ano, quando muitos trabalhadores recebem o décimo terceiro salário, crianças saem de férias e as famílias e amigos se reúnem para comemorar o Natal e o Ano Novo. A inflação medida pelo IPCA deve fechar o ano com alta de 4,6%, acima do centro da meta de 3% perseguida pelo BC, de acordo com o comunicado do Copom na quarta-feira. O preço do gado —um indicador importante para a carne bovina— avançou 33% nos últimos dois meses, a maior alta para o período em pelo menos 27 anos, desde o início da série histórica em 1997. O aumento ocorre quando uma seca severa prejudica as pastagens e restringe o fornecimento de animais para abate para frigoríficos. Mas alguns analistas, incluindo a consultoria Datagro, também esperam um declínio de longo prazo na oferta de gado brasileiro a partir de 2025. Isso ocorre porque os pecuaristas, nos últimos dois anos, abateram parte do rebanho de vacas após os preços terem recuado desde a máxima vista em 2022. "Para frente —tanto neste ano como no ano que vem— o boi deve ser uma fonte de pressão de inflação", disse Luciana Rabelo Ribeiro, economista do Itaú. Os preços da carne bovina deverão subir 15% em 2025, com efeitos sobre outros itens alimentares, disse ela. "Quando a carne bovina sobe, ela carrega junto basicamente todas as proteínas, até o preço do leite." A menor oferta de gado ocorre num momento em que as exportações brasileiras de carne bovina, incluindo para os EUA, estão em franca expansão, com a desvalorização do real aumentando o poder de compra dos importadores e a concorrência com os consumidores nacionais. Os embarques de carne bovina do país saltaram 31% neste ano para nível recorde. Ainda assim, os preços mais elevados do gado representam um desafio para os produtores de carne. Isso porque normalmente eles não conseguem repassar todos os aumentos de custo aos consumidores. Nem todos compartilham da mesma visão sobre o assunto. O aumento recente nos custos do gado é em grande parte sazonal e deve desaparecer em breve, segundo Edison Ticle, diretor financeiro da Minerva, maior fornecedora de carne bovina da América do Sul. Além disso, a expectativa é de que uma melhor genética e alimentação reduzam o impacto de um rebanho menor na oferta de carne nos próximos anos, acrescentou. Tanto os produtores de carne quanto os varejistas estão sendo "espremidos" pela alta dos preços do gado, disse Leonardo Alencar, head do setor de agro, alimentos e bebidas na área do setor de research da XP. "A questão é quanto o consumidor final consegue absorver", diz.

Bloomberg

 

SUÍNOS

 

Mercado de suínos em alta. Valorização atinge maiores patamares do ano

De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, o preço da carcaça suína especial registrou um avanço semanal de 3,52%, em que os valores passaram de R$ 14,20/kg para R$ 14,70/kg

 

Já os preços médios da arroba do suíno CIF tiveram um ganho de 1,65% na semana, em que os preços passaram de R$ 182,00/@ e estão sendo negociados em R$ 185,00/@. Ainda de acordo com a Scot Consultoria, os preços atuais nas granjas e no mercado atacadista são os maiores registrados este ano. Para o curto prazo, o mercado deve se manter firme, além da boa demanda esperada na primeira quinzena do mês, as ofertas estão ajustadas. Segundo levantamento realizado pelo Cepea na última quinta-feira (08), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou alta de 0,61% e está cotado em R$ 9,83/kg. No Paraná, o preço do animal registrou ganho de 0,21% e está precificado em R$ 9,42/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal seguiu com estabilidade e está precificado em R$ 9,11/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 9,69/kg e apresentou avanço de 0,31%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou incremento de 0,55% e está cotado em R$9,15/kg.

Cepea

 

FRANGOS

 

Cortes de frango sobem pelo terceiro mês consecutivo

A cotação da asa congelada registrou a valorização 15,3% na grande São Paulo

 

Os valores para os cortes de frango vêm registrando altas pelo terceiro mês consecutivo em todas as praças acompanhadas pelo Centro de Pesquisas do Cepea. Esse cenário altista para os preços está atrelado à demanda aquecida pela carne avícola e no aumento da competitividade com a carne bovina, que também vem registrando preços elevados. De setembro para outubro, os preços do frango inteiro congelado negociado no atacado Grande São Paulo e de Porto Alegre (RS) subiram 4% e 2,5%, respectivamente, com as médias, fechando em R$ 7,32/kg e R$ 10,16/kg. Na Grande São Paulo, a asa congelada registrou a valorização mais expressiva de setembro para outubro, de 15,3%, com a média do mês a R$ 12,01/kg. No mesmo período, o preço da coxa e sobrecoxa congelada subiu 8,8%, encerrando a R$ 8,12/kg. Os preços do frango congelado no atacado paulista registraram um avanço de 6,64% se comparado com os valores observados no início de outubro. Segundo o levantamento do Cepea, a cotação média no dia 01 de outubro estava próxima de 7,38/kg e agora está precificado em R$ 7,87/kg. Já no caso do frango resfriado no atacado paulista, os valores registraram um avanço de 5,97% frente ao dia 01 de outubro de 2024, em que os preços estavam próximos de 7,54/kg. Atualmente, o preço médio está em torno de R$ 7,99/kg. 

Cepea

 

GOVERNO

 

Brasil pressiona por abertura do mercado japonês 

O Brasil voltou a pressionar o Japão por avanços na abertura de mercado para carne bovina

 

Durante missão em Tóquio na semana passada, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, o país também pediu agilidade na análise de risco para permitir que outros estados brasileiros, além de Santa Catarina, exportem carne ao Japão. As demandas foram apresentadas em reunião com Yoichi Watanabe, vice-ministro de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura do Japão, e Shigeki Mori, diretor do Departamento de Assuntos Internacionais. Segundo o Ministério da Agricultura, a reunião abordou ainda a regionalização das restrições ligadas à gripe aviária, com proposta brasileira para que o Japão adote medidas por município, evitando que surtos isolados impeçam exportações de carne de aves de outras áreas.

MAPA

 

INTERNACIONAL

 

Preços mundiais dos alimentos atingem em outubro maior alta em 18 meses, diz FAO

Os preços mundiais dos alimentos subiram em outubro, atingindo a maior alta em 18 meses, com os óleos vegetais liderando os aumentos observados na maioria dos alimentos básicos, mostraram dados das Nações Unidas na sexta-feira

 

O índice de preços compilado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para acompanhar os produtos alimentícios mais comercializados globalmente aumentou para 127,4 pontos no mês passado, 2% acima dos 124,9 pontos revisados em setembro. Isso fez com que o índice subisse 5,5% em relação ao ano anterior e marcasse seu maior valor desde abril de 2023, embora tenha ficado 20,5% abaixo do recorde de março de 2022, alcançado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, segundo os dados. Os preços de todas as categorias subiram, com exceção da carne. Os óleos vegetais saltaram mais de 7% em relação ao mês anterior, apoiados por preocupações com a produção de óleo de palma, disse a FAO. O índice geral ampliou os ganhos de setembro, quando atingiu o maior valor desde julho de 2023 devido ao aumento dos preços do açúcar. As preocupações persistentes com as perspectivas de produção para 2024/25 no Brasil sustentaram um aumento mais moderado dos preços do açúcar em outubro, quando avançaram 2,6%, informou a FAO. Os preços dos cereais subiram 0,8% em relação a setembro. O trigo também registrou alta em meio a preocupações com as condições de plantio no hemisfério norte e após a introdução de um piso não oficial para os preços de exportação da Rússia, enquanto o milho também subiu, segundo a FAO. Os preços dos laticínios subiram quase 2%, apoiados pelo queijo e pela manteiga, que registraram forte demanda e oferta limitada, informou a agência.

Reuters

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Brasil anuncia nova meta climática com corte entre 59% e 67% em emissões

Isso equivale a uma redução de emissões entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2 equivalente a ser alcançada nos próximos 11 anos. Ação mais importante do governo para cumprir a meta é o combate ao desmatamento

 

O Brasil se compromete em reduzir suas emissões líquidas de gases-estufa entre 59% a 67% em 2035, em comparação aos níveis de 2025. Isso equivale a uma redução de emissões entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2 equivalente a ser alcançada nos próximos 11 anos.

Trata-se do segundo compromisso climático feito pelo Brasil, a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que todos os países signatários do Acordo de Paris devem submeter à Convenção do Clima das Nações Unidas até 10 de fevereiro. A NDC foi divulgada na sexta-feira à noite, em Brasília. O anúncio era esperado antes da Conferência do Clima, a COP 29, que começa segunda-feira em Baku, a capital do Azerbaijão, e segue até 22 de novembro. A expectativa era que fosse anunciada pelo presidente Lula. Não foi o que aconteceu. A divulgação foi feita através de nota emitida pelo governo no site do Planalto, sem evento oficial e sem entrevista coletiva à imprensa. O primeiro dado foi divulgado com erro na métrica, corrigida depois. A meta foi divulgada sem detalhamento, o que deve ser feito em Baku pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, chefe da delegação brasileira na COP 29. Segundo o governo, a nova NDC “abrange todos os setores da economia e está alinhada ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento médio do planeta a 1,5ºC em relação ao período pré-industrial”. A nota não explica os critérios. O anúncio diz que há aumento de ambição de 13% a 29% em emissões absolutas de gases-estufa. “A nova NDC apresenta uma meta em banda, que considera as variáveis na projeção de cenários futuros, reconhecendo que a implementação do compromisso será influenciada por fatores nacionais e globais até 2035”, diz o texto. O Brasil anunciou sua NDC depois dos Emirados Árabes Unidos, ambos esta semana e muito antes do prazo de 10 de fevereiro de 2025. Brasil, EAU e o Azerbaijão formam a troika, grupo político formado pela presidência de três COPs -- Dubai, a COP 28, em 2023; Baku, a COP 29, agora, e Belém, a COP 30, em 2025. O caminho para a implementação da NDC brasileira será traçado pelo Plano Clima, que guiará as ações do país em relação à crise climática até 2035, explica a nota. O Plano Clima terá eixos voltados à redução de emissões de gases-estufa e à adaptação aos impactos da mudança do clima, com sete planos setoriais para mitigação e 16 para adaptação. A estimativa é que fique pronto em 2025. Segundo o governo, instrumentos econômicos como o Fundo Clima, Títulos Soberanos Sustentáveis e o Fundo Florestas Tropicais para Sempre irão apoiar as ações para o alcance da nova meta. A ação mais importante do governo para cumprir a meta é o combate ao desmatamento. Esta semana o governo anunciou que o desmatamento na Amazônia foi de 6.288 km² de agosto de 2023 a julho de 2024, segundo o sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Isso significou uma redução de 30% em relação ao período anterior, a maior queda percentual em 15 anos.

No Cerrado o desmatamento foi de 8.174 km², a menor taxa desde 2019. Foi uma queda de 25,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foi a primeira redução na taxa do desmatamento do bioma em cinco anos. Segundo o governo, instrumentos econômicos como o Fundo Clima, Títulos Soberanos Sustentáveis e o Fundo Florestas Tropicais para Sempre irão apoiar as ações para o alcance da nova meta.

Valor Econômico

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Energia pressiona IPCA em outubro e taxa em 12 meses tem maior nível em 1 ano

A inflação voltou a acelerar no Brasil em outubro e ficou acima do esperado já que os preços da energia elétrica e da carne continuaram pesando, o que levou a taxa em 12 meses ao maior nível em um ano e acima do teto da meta em meio a expectativas de que a alta dos preços irá superar o objetivo este ano

 

Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,56%, depois de subir 0,44% em setembro, ficando acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 0,53% para o mês. A leitura divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) levou a taxa acumulada em 12 meses até outubro a um avanço de 4,76%, de 4,42% no mês anterior. Isso deixa o IPCA acima do teto da meta para este ano, definida como 3,0% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, e marca o resultado mais elevado nessa base de comparação desde outubro do ano passado (4,82%). Na quarta, o BC decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, sem deixar claro o que fará na reunião de dezembro. Com as expectativas do mercado para a inflação desancoradas, o BC piorou sua projeção em relação a setembro, com a estimativa passando de 4,3% para 4,6% em 2024. O presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, já havia dito que a desancoragem das expectativas à frente preocupa muito. O IBGE informou que em outubro tanto Habitação quanto Alimentação e Bebidas exerceram os maiores impactos, com altas respectivamente de 1,49% e 1,06%. Entre os subitens, o maior impacto foi exercido pela energia elétrica residencial, depois de um aumento de 4,74% no mês devido à bandeira tarifária vermelha patamar 2, que traz a mais alta cobrança adicional, em meio a uma queda no nível dos reservatórios de hidrelétricas durante o período seco à época. Para novembro, os custos da energia devem se moderar, uma vez que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para o mês será amarela, devido a uma melhora das condições de geração de energia no país. Já o aumento de preços na alimentação no domicílio chegou a 1,22% em outubro, com alta de 5,81% nos preços das carnes em geral - acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). O aumento dos preços de comida representou a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020 (+6,54%) em meio a uma menor oferta devido ao clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, além do elevado volume de exportações, explicou o IBGE. A única queda registrada em outubro veio de Transportes, com recuo de 0,38%, influenciado principalmente pela queda de 11,50% nos preços das passagens aéreas. A inflação de serviços, ponto de preocupação com a renda em alta, continuou sendo fator de pressão uma vez que passou a subir 0,35% em outubro, de 0,15% no mês anterior, acumulando em 12 meses alta de 4,57%. O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, teve em outubro alta a 62%, de 56% em setembro.

Reuters

 

Dólar sobe mais de 1% com decepção com China e demora do pacote fiscal

O dólar fechou a sexta-feira em alta firme ante o real, chegando a se aproximar dos 5,80 reais durante o dia, em meio à decepção do mercado com estímulos econômicos da China e à demora do governo Lula em apresentar o pacote de medidas fiscais

No exterior o dia também foi de alta forte do dólar ante as demais moedas, em reação à China e ainda sob o efeito da vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos. O dólar à vista fechou o dia em alta de 1,09%, cotado a 5,7376 reais. Na semana, no entanto, a divisa acumulou baixa de 2,25% em função dos recuos nas sessões anteriores. Às 17h11, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,65%, a 5,7470 reais na venda. A moeda norte-americana subiu ante o real durante todo o dia, sustentada por fatores externos e internos, entre eles a frustração do mercado com as medidas de estímulo econômico da China. Autoridades chinesas disseram que permitirão que os governos locais emitam 6 trilhões de iuanes (838,77 bilhões de dólares) em títulos para trocar por dívidas fora do balanço, ou "ocultas", ao longo de três anos. Investidores pareceram desapontados com o tamanho do plano, o que ajudou a sustentar a alta do dólar ante o real no Brasil. “Sabemos que isso (a decepção com a China) acaba afetando moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil”, comentou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, acrescentando que a demora do governo Lula em apresentar medidas de contenção de despesas também impulsionava as cotações. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em outubro, depois de avançar 0,44% em setembro. O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de 0,53% para o mês. Nos 12 meses até outubro o IPCA acumulou alta de 4,76% -- um percentual já acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central.

Reuters

 

Ibovespa fecha em queda com decepção com China e sem novidades fiscais

O Ibovespa recuou pelo terceiro dia seguido na sexta-feira, renovando mínimas em três meses e trabalhando abaixo dos 127 mil pontos no pior momento, em meio ao tombo das ações da Vale após medidas de estímulo fiscal na China ficarem aquém das expectativas de agentes financeiros

 

Uma bateria de resultados corporativos também repercutiu no pregão, com as ações de Lojas Renner e Alpargatas figurando entre as maiores quedas, enquanto Embraer e Magazine Luiza foram destaques positivos. Petrobras também reagiu bem ao balanço e ao anúncio envolvendo dividendos. A semana ainda terminou sem o anúncio do pacote fiscal de contenção de gastos pelo governo brasileiro, possibilidade aventada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na segunda-feira, e com ruídos envolvendo o tamanho dos cortes. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,37%, a 127.906,94 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 126.972,83 pontos na mínima e 129.647,44 pontos na máxima do dia. Na semana, contabilizou uma perda de 0,17%. O volume financeiro no pregão da sexta-feira somava 28,1 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

 

Poupança registra saque líquido de R$6,256 bi em outubro, 4º mês seguido de retiradas

A caderneta de poupança registrou em outubro saques líquidos no valor de 6,256 bilhões de reais, marcando o quarto mês seguido de retiradas, de acordo com dados do Banco Central na sexta-feira

 

No acumulado do ano, a poupança registra retirada líquida de 17,495 bilhões de reais, sendo que o maior volume foi em janeiro, de 20,149 bilhões de reais. Apenas os meses de março, maio e junho tiveram entradas na poupança. No mês passado, houve um saldo negativo de 4,647 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e saques líquidos de 1,608 bilhão de reais na poupança rural. A rentabilidade atual da caderneta de poupança é dada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Esta fórmula vale enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano -- a taxa básica de juros está atualmente em 11,25% ao ano.

Reuters

 

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