Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 745 | 08 de novembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Sem ágio: boi gordo vale R$ 335/@ em São Paulo, sem ou com padrão-exportação
Pela apuração da Agrifatto, na quinta-feira, 7 de novembro, o boi gordo “comum” e o “boi-China”, com padrão-exportação, são negociados pelo mesmo valor nas praças de São Paulo: R$ 335/@. Pelo levantamento diário da Scot Consultoria, na mesma região paulista, a arroba do boi gordo está valendo R$ 330, também com preço idêntico ao “boi China”. No Paraná, o boi vale R$325,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias.
Dessa forma, conforme as duas consultorias, neste momento, não há ofertas de compra com ágio para os animais tipo-exportação. “Na quinta-feira (7/11), a pressão altista voltou com mais força”, destacou a Agrifatto, que apurou avanço diário nos preços do boi gordo em 11 das 17 praças monitoradas – além da região paulista, em AL, BA, GO, MG, MS, MT, PA, PR, RJ e TO. As outras seis praças acompanhadas pela consultoria mantiveram os preços inalterados nesta quinta-feira (AC, ES, MA, RO, RS e SC), acrescentou a Agrifatto. No mercado futuro, a quarta-feira (6/11) foi marcada por uma nova sessão de altas nos contratos do boi gordo. O papel com vencimento em novembro/24 fechou cotado a R$ 333,95/@, com valorização de 1,52% em relação ao dia anterior. Com os preços elevados da carne bovina, o consumidor médio passou a adquirir outras proteínas conforme o valor que seu orçamento limitado permite. “Como alternativa, ele tem optado por proteínas mais acessíveis (mais baratas), como suínos, aves, ovos e produtos industrializados”, disse a Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta quinta-feira (7/11): São Paulo — O “boi comum” vale R$335,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$335,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$315,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$325,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$325,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de cinco dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Rondônia — O boi vale R$300,00 a arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de sete dias; Maranhão — O boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de cinco dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Boi/Cepea: Negócios já chegam à marca dos R$ 330/arroba
Levantamentos do Cepea já apontam negócios na marca de R$ 330,00/arroba no estado de São Paulo, com o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3, que representa negócios no mercado spot paulista com bois a partir de 16 arrobas, fechando a R$ 320,90 na terça-feira, 5 - valor à vista e livre de Funrural
Ao longo de outubro, o Indicador CEPEA/B3 acumulou ganho de 16%, à média de R$ 301,13, valor elevado na série deflacionada, mas ainda abaixo das cotações prevalecentes entre meados de 2020 e de 2022. Em novembro/20, foi alcançada a máxima da série deflacionada do Indicador CEPEA/B3, de R$ 354,54. Segundo pesquisadores do Cepea, com a volta do período das chuvas, a oferta para abate deve se recuperar à medida que as pastagens também se recuperam e os animais ganham peso. No atacado da Grande SP, a carne com osso continua em alta, ainda conforme pesquisas do Cepea. No acumulado de outubro, o aumento da carcaça casada de boi foi de 17%. Neste começo de novembro, a média do “boi casado” opera na casa dos R$ 22,00/quilo.
Cepea
África do Sul habilita 19 frigoríficos brasileiros para exportação de carnes
Negociação inclui cortes bovinos, suínos, equinos e de aves. País embarcou mais de 7 bilhões de toneladas de carnes de janeiro até agora
O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que 19 frigoríficos brasileiros foram habilitados para exportar carnes bovina, suína, equina e de aves para a África do Sul. Com as novas habilitações, o total de estabelecimentos brasileiros autorizados a embarcar as proteínas animais para o país africano chega a 28. A lista inclui empresas que tiveram suas condições de certificação atualizadas. De acordo com a Pasta, as novas habilitações estão localizadas em nove Estados brasileiros. São Paulo lidera a lista com seis frigoríficos, seguido pelo Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Goiás e Rio de Janeiro. São oito frigoríficos de carne bovina, dois de carne equina, cinco de carne suína e 13 de carne de aves. O ministério destacou a liderança mundial do Brasil no comércio de carnes em 2024, com o embarque de mais de 7 bilhões de toneladas de janeiro até agora.
Globo Rural
Preço em dólar do boi gordo brasileiro atinge maior patamar desde maio/23
Valor da arroba nacional bateu US$ 55,8, mas, mesmo assim, continua barata, abaixo apenas do boi paraguaio, de US$ 52,5/@
O preço em dólares do boi gordo brasileiro atingiu US$ 55,8/@, o maior valor desde 15/05/2023, informa a Agrifatto. “Este aumento está atrelado ao bom ritmo das exportações brasileiras de carne bovina in natura, o que tem impulsionado os valores para cima”, justifica a consultoria. Além disso, o preço ponderado do boi gordo no mundo, considerando os principais países exportadores, também seguem em alta, alcançando patamares máximos para 2024, acrescenta a Agrifatto. Atualmente, a média global do boi gordo está em US$ 65,37/@, maior patamar observado desde 18/04/2023, destaca a consultoria. Mesmo com o avanço da cotação em dólar, o boi gordo brasileiro é um dos mais baratos do mundo, perdendo atualmente apenas para o boi paraguaio, que vale US$ 52,5/@ Preços em dólar do boi gordo entre os países exportadores: Paraguai – US$ 52,5. Brasil (SP) – US$ 55,8. Argentina – US$ 56,7. Colômbia – US$ 57,5. Austrália – US$ 59,4. Uruguai – US$ 60,8. Chile – US$ 65,1. Nova Zelândia – US$ 69,3. UE – US$ 82,8. EUA – US$ 98,3.
Portal DBO
INTERNACIONAL
Exportações de carne bovina dos Estados Unidos sobem 5% em setembro/24
No acumulado dos 10 primeiros meses deste ano, os embarques norte-americanos aumentaram 5% em valor, para US$ 7,82 bilhões
As exportações norte-americanas de carne bovina totalizaram 103.980 toneladas em setembro/24, com alta de 5% sobre igual mês de 2023, segundo informou o site de notícias beefmagazine, com base nos dados divulgados pela Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF, na sigla em inglês). Em receita, os embarques subiram 6% em setembro/24, na comparação com mesmo período do ano passado, para US$ 843,8 milhões. No acumulado de janeiro a setembro de 2024, as vendas externas da proteína bovina aumentaram 5% em valor, para US$ 7,82 bilhões, mas recuaram 2% em volume, para 960.814 toneladas (comparativo anual). Com exceção da China/Hong Kong, em setembro/24, as exportações de carne bovina norte-americana cresceram em todos os principais mercados asiáticos, na comparação com o mesmo período de 2023. “A recuperação do turismo na Ásia certamente deu impulso à carne bovina dos EUA, especialmente no Japão, Taiwan e Coreia”, disse o CEO da USMEF, Dan Halstrom. Ele acrescentou: “Também vimos um avanço impressionante nas Filipinas e na Indonésia, que são mercados onde existe muito potencial de crescimento inexplorado”. O México foi o principal mercado, em volume, para exportações de carne bovina dos EUA em setembro/24, com acréscimo anual de 20%, atingindo 19.692 toneladas. Por sua vez, a receita gerada com as vendas ao mercado mexicano cresceu 19% sobre setembro/23, para US$ 112,1 milhões. Halstrom comentou: “Isso é realmente encorajador, porque com os valores de corte mais altos, os mexicanos estão realmente se tornando compradores de valor”. Ele também destacou o crescimento dos embarques para a América Central, que atingiram os maiores patamares em 18 meses.
BeefMagazine
SUÍNOS
Mercado dos suínos tem leve alta em Minas Gerais e São Paulo
Segundo a Scot Consultoria, a carcaça suína especial seguiu sem alteração e está cotada em R$ 14,50/kg, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF seguiu com estabilidade e está próximo de R$ 184,00/@
De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última quarta-feira (06), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou alta de 0,10% e está cotado em R$ 9,77/kg. No Paraná, o preço do animal registrou estabilidade e está precificado em R$ 9,40/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal seguiu com estabilidade e está precificado em R$ 9,11/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 9,62/kg e apresentou avanço de 0,42%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou estabilidade e está cotado em R$9,10/kg.
Cepea
Suinocultura independente: Com oferta restrita, mercado apresenta valorização nos estados de SP, MG e SC
As bolsas de suínos que comercializam os animais no mercado independente registraram valorização dos preços na quinta-feira (07). Com a chegada do final de ano e a oferta restrita de animais, a expectativa é que os preços devem seguir com tendência de alta
Em São Paulo, os preços dos suínos apresentaram valorização de 3,26% frente à semana anterior, em que passou de 9,81/kg e está precificado em R$ 10,13/kg por vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o valor do animal apresentou alta de 5,10% nesta semana e está sendo negociado próximo de R$ 10,30/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal nesta semana registrou valorização de 6,36% frente a anterior, em que passou de R$ 8,96/kg e está precificado em R$ 9,53/kg vivo.
Agrolink
Suínos/Cepea: Preços atingem máximas nominais
Os preços do suíno vivo e da carne vêm subindo com mais força neste começo de novembro, atingindo as máximas nominais das séries históricas do Cepea, iniciadas em 2022 para o animal e em 2009 para a carcaça
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem sobretudo da maior demanda doméstica típica desse período do mês (pagamento dos salários). Além disso, a procura externa pela carne suína também segue aquecida, levando agentes da indústria a intensificar a busca por novos lotes de animais em peso ideal para abate.
Cepea
FRANGOS
Frango no atacado paulista com nova alta e ganhos de 10,08% em duas semanas
Os valores estavam precificados em R$ 6,65/kg, e agora estão sendo negociados em R$ 7,32/kg
Na quinta-feira (07), os preços do frango no atacado paulista registraram nova valorização de 0,69%, conforme apontou a Scot Consultoria. Os preços do frango no atacado vêm apresentando ganhos desde 28 de outubro, em que já soma um avanço de 10,08%. De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, o frango estava precificado em R$ 6,65/kg, e agora está sendo negociado em R$ 7,32/kg. A Scot Consultoria ainda informou que os valores na granja paulista, os preços não tiveram alteração e seguem cotados em R$ 5,50/kg. A referência para o animal no Paraná está próxima de R$ 4,61/kg e seguiu estável. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,49/kg. Com base no levantamento realizado pelo Cepea na última quarta-feira (05), o preço do frango congelado apresentou ganho de 2,61% e cotado em R$ 7,87/kg. Já a referência para o frango resfriado também registrou ganho de 3,22% e está sendo comercializado em torno de R$ 8,01/kg.
Cepea
Exportações de carne frango cresceram 15,4% em outubro
Segundo a ABPA, houve aumento na demanda de mercados com alto valor agregado, como China, Japão e União Europeia. A receita obtida com os embarques registrou crescimento de 25%, somando US$ 904,4 milhões no mês passado
As exportações de carne de frango registraram aumento em outubro, tanto em volume quanto em receita, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No mês, o Brasil embarcou 463,5 mil toneladas, alta de 15,4% em relação ao mesmo período de 2023.
A receita obtida com as exportações também registrou crescimento, somando US$ 904,4 milhões em outubro deste ano, uma variação de 25%. No acumulado de janeiro a outubro de 2024, as exportações de carne de frango somam 4,38 milhões de toneladas, um aumento de 2% em relação ao volume de 4,29 milhões de toneladas no mesmo período de 2023. A receita acumulada foi de US$ 8,177 bilhões, o que representa uma queda de 1,5%. Ricardo Santin, presidente da ABPA, afirmou em nota que o avanço nas vendas externas é atribuído ao aumento na demanda de mercados com alto valor agregado, como China, Japão e União Europeia. Estes países registraram crescimento acima de dois dígitos em outubro. A China se manteve como o maior importador, com 53,5 mil toneladas adquiridas em outubro, um crescimento de 30,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Entre os principais mercados, as Filipinas registraram aumento de 73,9% nas importações, alcançando 24,6 mil toneladas. Já o México registrou aumento de 21,6% e o Japão de 19,2%. Em contrapartida, as exportações para os Emirados Árabes Unidos recuaram 11,7%. Além disso, contribuiu para a alta o fato de que o mercado global também segue pressionado por questões relacionadas à Influenza Aviária. "Como a produção industrial do Brasil é livre da enfermidade, os exportadores avícolas seguem com elevada demanda”, destacou Santin. No desempenho regional, o Paraná foi o principal exportador de carne de frango, com 190 mil toneladas embarcadas em outubro, uma alta de 14,3%. Santa Catarina apresentou a maior alta, de 27,1% nas exportações. O Rio Grande do Sul, por outro lado, teve queda de 2,8%.
ABPA
EMPRESAS
Integração entre unidades da Marfrig e Minerva deve acontecer em quatro ou cinco trimestres
Em 28 de outubro, Minerva concluiu a compra de 13 plantas produtivas e um centro de distribuição da Marfrig. Em teleconferência, CEO da Minerva, Fernando Queiroz, diz que empresa avalia como mudar o modelo de gestão das unidades adquiridas em outubro
Durante a teleconferência de resultados financeiros do terceiro trimestre, o CEO da Minerva, Fernando Queiroz, comentou que a integração das novas unidades da Marfrig ainda está em fase de avaliação. “Estamos há oito dias nas fábricas, então ainda estamos avaliando”, disse. Em 28 de outubro, a empresa concluiu a compra de 13 plantas produtivas e um centro de distribuição da Marfrig, localizados no Brasil, Argentina e Chile. Ele destacou que as fábricas recém-adquiridas operam sob um modelo de gestão diferente, e que algumas instalações apresentam padrões de manutenção abaixo dos da Minerva, um reflexo natural da transição e do tempo prolongado do processo de venda, em sua avaliação. O CEO avalia que os processos e padrões devem ser alinhados nos próximos quatro a cinco trimestres. Além disso, ele informa que a transferência das autorizações de operação será concluída até o final do ano em cada um dos países envolvidos na aquisição. O impacto dessa transição deve refletir nos resultados da companhia nos próximos meses, conforme as adequações e ajustes das operações das novas plantas. No terceiro trimestre, a Minerva reportou uma diminuição no lucro atribuída ao aumento de sua dívida bruta, que foi necessária para financiar a aquisição das unidades da Marfrig. Em relação às expectativas para o quarto trimestre, Queiroz espera que a alta do preço do boi impacte os resultados. “Você tem, sem dúvida, uma inércia no curto prazo com a subida do preço do gado e uma inércia para que você passe esses preços para a frente”, explica. Queiroz afirma que o cenário de oferta e demanda “nunca fui tão favorável para a América do Sul, e nunca teve tantos mercados abertos”. Segundo o executivo, a redução na produção americana, sem redução de demanda, favorece as exportações do Brasil. Além disso, uma queda na rentabilidade do produtor chinês, o descarte de fêmeas e a queda na produção de novos bezerros “colocam uma pressão adicional no mercado chinês, e esperamos uma substituição por exportação. Se virá do Brasil ou de outros países, ainda não se sabe”, explica Queiroz.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Indústrias de suínos do Paraná geraram mais de 4 mil novos empregos no ano passado
Paraná registrou em 2023 o maior aumento absoluto no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos. Foram registrados 4.060 vínculos empregatícios, 17% a mais que em 2022, representando 67% do total de vagas geradas no Brasil segmento industrial.
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o Paraná registrou em 2023 o maior aumento absoluto do Brasil no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos, quando comparado ao ano anterior. Os dados estão no Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 1º a 7 de novembro. Em 31 de dezembro de 2023, o Estado contabilizou um acréscimo de 4.060 vínculos empregatícios nas indústrias da suinocultura, um crescimento de 17% em comparação com a mesma data de 2022. Na comparação anual o número de empregos passou de 23.683 registros 2022 parta 27.743 em 2023. Isso representou 67% do total de vagas geradas no País nesse segmento no período. Em seguida, destacaram-se o Rio Grande do Sul, com aumento de 671 empregos (11% do total nacional), e Santa Catarina, com 570 novos postos (9% do total). A nível nacional, o crescimento em 2023 foi de 5,4%, o que equivale a 6.072 novos postos de trabalho, somando 119.555 empregos formais na categoria. Em termos de volume de produção, Santa Catarina, maior produtor nacional de carne suína, liderou o total de postos de trabalho, com 33.657 vínculos ativos, representando 28% do total nacional. O Paraná ficou em segundo lugar, com 27.743 vínculos ativos (23% do total), seguido pelo Rio Grande do Sul com 18.092 (15%), Minas Gerais com 12.415 (10%) e Mato Grosso do Sul com 7.768 (6%). Por outro lado, o setor nacional de criação de suínos, que abrange a criação para produção de carne, banha e sêmen, apresentou uma redução de 3,6% no número de vínculos formais em 2023 (1.285 empregos). O Paraná ocupou a segunda posição no número total de empregos formais nas granjas de produção, com 5.278 postos de trabalho (15% do total), ultrapassado apenas por Minas Gerais, com 9.020 postos preenchidos, representando 26% do total nacional.
Agência Estadual de Notícias
Indústria paranaense cresce o dobro da média nacional nos últimos doze meses
A indústria paranaense cresceu 5,1% no acumulado dos últimos doze meses (comparação de outubro de 2023 a setembro de 2024 com o mesmo período anterior), de acordo com o IBGE. A média nacional foi de 2,6%.
A indústria paranaense cresceu 5,1% no acumulado dos últimos doze meses (comparação de outubro de 2023 a setembro de 2024 com o mesmo período anterior), de acordo com a Pesquisa Mensal da Indústria, divulgada nesta quinta-feira (07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média nacional foi de 2,6%. Esse é o sexto melhor resultado do País, atrás apenas de Rio Grande do Norte (7,7%), Ceará (7,3%), Goiás (6,8%), Santa Catarina (6%) e Pará (5,5%). Os principais motores dessa evolução foram a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (22,8%), produtos de madeira (14,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (14,3%), bebidas (13,2%), móveis (10,1%), produtos de borracha e material plástico (2,9%), veículos, reboques e carrocerias (2,8%) e papel e celulose (1,8%). No caso de bebidas, produtos de madeira, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e móveis os resultados do Paraná são os melhores do País em doze meses. Em bebidas, por exemplo, o crescimento foi 8,9 pontos percentuais acima da média nacional, de 4,3%. Na fabricação de móveis o resultado é 2,4% acima da média nacional, de 7,7%. Outros indicadores do setor também são positivos. A indústria local evoluiu 0,9% na variação de agosto para setembro, demonstrando recuperação em relação à passagem de julho para agosto, que apontou retração. Segundo o IBGE, esse crescimento que também aconteceu em outros estados reflete um movimento compensatório em relação ao mês de julho, quando ocorreu uma queda em nível nacional. A melhora no mercado de trabalho, com desemprego em queda e aumento do poder de compra das famílias, também explica a retomada. Na comparação com setembro do ano passado, a variação da indústria do Paraná também é positiva, alcançando 3,7%, acima da média nacional (3,4%) e nesse caso na frente de São Paulo (2,9%), Rio Grande do Sul (2,5%) e Rio de Janeiro (-4,5%). A indústria paranaense também cresceu 3,3% no acumulado de janeiro a setembro. O índice está acima da média nacional (3,1%). No acumulado no ano, 17 dos 18 locais pesquisados registraram alta na produção.
Agência Estadual de Notícias
Com Trump no poder, acordo de ampliação de cota da carne bovina pode ficar mais difícil
Mesmo com uma sobretaxação de 26,4% (depois da ultrapassagem da cota de 65 mil toneladas), Brasil segue batendo recordes de envios da proteína bovina aos norte-americanos, destaca relatório
A eleição de Donald Trump como presidente dos EUA traz expectativas de mudanças nas políticas econômicas e comerciais globais, que podem ter reflexos indiretos na pecuária do Brasil, afirma a Agrifatto, que divulgou, nesta quinta-feira (7/11), um relatório especial aos seus assinantes sobre a influência do novo governo norte-americano no agronegócio brasileiro. No setor específico de carne bovina, com a eleição de Trump e a possibilidade de retomada de medidas protecionistas – por meio de imposição de tarifas de importação –, a negociação de um acordo para ampliar o volume de toneladas que o Brasil tem acesso sem a sobretaxação de 26,4% “deve ficar ainda mais difícil”, acreditam os analistas da Agrifatto. “Devemos manter as 65 mil toneladas que temos acesso via a cota para os ‘Outros Países’”, relata a consultoria. Em seu relatório, a Agrifatto recorda o atual momento de dificuldade vivenciando pelo setor pecuário dos EUA, que, depois um período longo de seca e liquidação de seu rebanho, reduziu drasticamente a sua produção de carne bovina – a oferta local em 2025 atingirá o nível mais baixo desde 2015, de acordo com previsão do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Com isso, o próprio USDA projeta que as importações norte-americanas de proteína bovina atinjam 2,01 milhões de toneladas em 2025, o maior nível da história. “Ou seja, independentemente de quem tivesse sido eleito, a projeção já apontava para uma necessidade crescente de importações dos EUA”, observa a Agrifatto. Diante desses fatos, diz o relatório da consultoria, tem-se observado um apetite maior dos EUA pela carne bovina brasileira. “Mesmo sofrendo com uma sobretaxação de 26,4% (depois da ultrapassagem da cota de 65 mil toneladas), ainda assim estamos batendo recordes de envios para os norte-americanos”, destaca a Agrifatto. No acumulado de janeiro a setembro de 2024, os embarques brasileiros da proteína bovina somaram 117,9 mil toneladas, o maior resultado da história, informa a consultoria. Tal desempenho colocou os EUA como o segundo principal importador da carne bovina brasileira, posição que o país nunca havia ocupado antes e que representa atualmente 5,6% do total da proteína in natura exportada pelo Brasil em 2024. “Os EUA são hoje um importante player a ser observado, e, portanto, é fundamental monitorar o comportamento da sua produção e importação para entender a sua necessidade de compra”, sugere a Agrifatto.
Portal DBO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha estável em dia de ajustes técnicos e ruídos sobre o pacote fiscal
O dólar à vista fechou a quinta-feira praticamente estável ante o real, em um dia de ajustes técnicos às cotações do mercado futuro e de ruídos em relação ao pacote fiscal do governo Lula, enquanto no exterior a sessão foi de baixa generalizada para a moeda norte-americana, passada a eleição presidencial nos EUA
O dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,03%, cotado a 5,6759 reais. No ano, porém, a divisa acumula elevação de 16,99%. As 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,62%, a 5,6915 reais na venda. No início da noite de quarta-feira, com o mercado à vista já fechado, o dólar para dezembro -- o mais líquido atualmente no Brasil -- ganhou força, com investidores reagindo negativamente a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao mercado financeiro. Segundo Lula, o pacote de medidas fiscais ainda não estava fechado. O mercado ponderava também a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na véspera, que elevou a taxa Selic em 50 pontos-base, para 11,25% ao ano. Mais do que a decisão em si, que era largamente esperada, profissionais destacaram o compromisso do colegiado com o atingimento do centro da meta de inflação, de 3%, o que ajudava a sustentar as taxas de curto prazo dos DIs (Depósitos Interfinanceiros). No exterior, o dólar cedia ante as demais moedas, com investidores ajustando posições passado o primeiro impacto da vitória do republicano Trump sobre a democrata Kamala Harris. Depois disso a moeda se reaproximou da estabilidade, até que durante a tarde a CNN Brasil noticiou que o corte de gastos do governo Lula poderia ficar entre 10 bilhões e 15 bilhões de reais. Como o mercado tem citado a necessidade de um esforço maior, em torno de 50 bilhões de reais, a reação foi negativa e o dólar atingiu a máxima de 5,7247 reais (+0,83%) às 14h51. O desmentido oficial do governo, divulgado logo depois, fez o dólar à vista perder força e se reaproximar da estabilidade. O Ministério da Fazenda informou que não procediam as informações veiculadas na mídia sobre a suposta análise das duas propostas para a área fiscal. “É importante ressaltar que tal informação não corresponde ao que vem sendo debatido entre a equipe econômica, demais ministérios e a Presidência da República”, disse a pasta em nota. Também durante a tarde, o Federal Reserve cortou sua taxa de juros em 25 pontos-base, para a faixa entre 4,50% e 4,75%, como era largamente esperado pelo mercado. A instituição disse que a atividade econômica norte-americana continuou a se expandir em um ritmo sólido e que os riscos para inflação e emprego estão “mais ou menos equilibrados”.
Reuters
Ibovespa recua em dia com noticiário carregado
O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, em dia marcado pela repercussão de uma bateria de resultados corporativos e ruídos envolvendo um aguardado pacote fiscal prometido pelo governo federal, bem como de decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,51%, a 129.681,7 pontos, com a alta de Vale representando um contrapeso relevante no viés negativo. O volume financeiro somou 24,9 bilhões de reais. O Ibovespa chegou a 131.319,41 pontos pela manhã, apoiado principalmente nos papéis da Vale, mas o humor azedou após reportagem da CNN Brasil afirmar que o governo estaria estudando duas propostas de corte de gastos: uma de 15 bilhões de reais e outra de 10 bilhões de reais. O Ministério da Fazenda publicou nota na sequência afirmando que "a informação não corresponde ao que vem sendo debatido entre a equipe econômica, demais ministérios e a Presidência da República", sem fornecer detalhes adicionais. Diante de expectativas no mercado de um pacote fiscal entre 30 bilhões e 50 bilhões de reais, o Ibovespa reverteu o sinal positivo e chegou a 129.406,39 pontos no pior momento após a notícia inicial. De acordo com o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, um montante nesse patamar (10 bilhões a 15 bilhões de reais) deixaria o mercado "bem decepcionado" e reforçaria as preocupações com o risco fiscal no país. O dólar, que também havia acelerado a alta ante o real com a reportagem, terminou no zero a zero, enquanto as taxas dos DI, que marcaram máximas em alguns vencimentos, também arrefeceram. O Ibovespa se afastou da mínima, mas ainda fechou em queda. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na noite de quarta-feira que o governo teria na quinta-feira uma reunião para fechar o pacote de medidas fiscais, ressaltando que ainda havia dois "detalhes" a serem discutidos. Haddad, que sinalizou na segunda-feira a possibilidade de que as medidas fossem anunciadas nesta semana, cancelou viagem a São Paullo nesta quinta à noite para permanecer em Brasília, onde uma nova reunião será realizada na sexta-feira. Na véspera, o Banco Central acelerou o ritmo de aperto monetário ao elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, defendendo que o governo adote medidas fiscais estruturais que gerem impactos para a política monetária. O penúltimo pregão da semana ainda teve decisão de política monetária nos Estados Unidos, com o Federal Reserve confirmando as expectativas e cortando a taxa de juros em 0,25 ponto, para a faixa de 4,50% a 4,75%, em decisão unânime.
Reuters
Governo central tem déficit primário de R$5,3 bi em setembro, diz Tesouro
O governo central registrou déficit primário de 5,3 bilhões de reais em setembro, ante um saldo positivo de 11,6 bilhões de reais no mesmo mês do ano passado, informou o Tesouro Nacional na quinta-feira
O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio em setembro melhor que o saldo negativo de 6,35 bilhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters. Os dados de setembro, normalmente divulgados na última semana de outubro, foram apresentados com atraso por conta da mobilização de servidores, que negociam melhores condições salariais. O Tesouro também se limitou a apresentar um sumário executivo com informações incompletas, sem envio do relatório completo usualmente divulgados à imprensa. Os dados mostram que houve recuo real de 8,5% na receita líquida -- que exclui transferências para governos regionais -- na comparação com o mesmo mês de 2023. O movimento foi explicado por uma alta real de 17,4% nas receitas administradas pela Receita Federal, que englobam a coleta de impostos de competência da União, crescimento que não compensou a queda de 59,8% nas receitas administradas por outros órgãos. Nas receitas administradas, foram destaques no mês os ganhos mais altos de Imposto de Renda da pessoa física e de empresas, Pis/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação. O ganho não administrado pela Receita, por sua vez, teve queda explicada pelo recolhimento de recursos não sacados do PIS/Pasep em setembro de 2023, o que impactou negativamente a comparação com setembro deste ano. Do lado das despesas, houve uma alta real de 1,4%. Nessa conta, foi observada elevação nos desembolsos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de uma antecipação de calendário do pagamento de precatórios para o Rio Grande do Sul. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o governo central acumulou um déficit primário de 105,2 bilhões de reais, contra um resultado negativo de 94,3 bilhões de reais observado no mesmo período de 2023. Os dados seguem distantes da meta de déficit primário zero fixada pelo governo para 2024, que conta com uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, equivalente a cerca de 29 bilhões de reais. O governo prepara um pacote de medidas para conter o crescimento de despesas públicas, mas a previsão da equipe econômica é que as medidas tenham maior efeito nas contas de 2025 em diante.
Reuters
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