Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 744 | 07 de novembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Em SP, reajuste de R$ 5/@ para o boi gordo, que agora chega a R$ 325, informou a Scot Consultoria
As praças paulistas iniciaram a quarta-feira (6/11) com um ajuste positivo de R$ 5/@ para o boi gordo “comum” e para os lotes de “boi-China”, agora negociados por R$ 325/@ e R$ 330/@, respectivamente (valores brutos, no prazo), informou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias
“A oferta contida de animais prontos para abate tem dificultado o alongamento das escalas dos frigoríficos, que permanecem, em média, de cinco dias”, afirmou a Scot, referindo-se ao mercado de São Paulo. Segundo a consultoria, o escoamento de carne está em ritmo normal e, com a chegada do quinto dia útil, período marcado pela entrada de dinheiro na conta bancária dos trabalhadores, espera-se uma manutenção ou até mesmo um possível avanço no consumo doméstico da proteína. Tal condição, ressalta a Scot, pode fortalecer ainda mais o mercado brasileiro do boi gordo. Na média nacional, as programações de abate também seguem desconfortáveis, atendendo apenas cinco dias, de acordo com levantamento diário da Agrifatto. Pelos dados da consultoria, no mercado paulista, o boi “comum” vale R$ 320/@ e “boi-China”, R$ 325/@. Na quarta-feira, conforme a apuração da Agrifatto, apenas 2 das 17 praças acompanhadas diariamente pela consultoria registraram alta nos preços dos animais terminados: Maranhão e Rondônia. As demais 15 regiões mantiveram os preços inalterados. Após dois meses de aumentos sucessivos nos preços da carne bovina nos balcões do varejo, o consumo da proteína atingiu níveis mais baixos, observa a Agrifatto. “Não há uma sobra significativa de cortes bovinos, mas o consumidor médio tem optado por proteínas alternativas mais acessíveis, como suínos, aves, ovos, peixes e produtos industrializados”, relatou a consultoria. No mercado futuro, no pregão da terça-feira (5/11), as oscilações dos contratos futuros do boi gordo foram mistas na bolsa B3, com destaque para o papel com vencimento em novembro/24, que fechou a R$ 328,95/@, um aumento de 1,22% sobre o preço do dia anterior. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta quarta-feira (6/11): São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$322,50. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Rondônia — O boi vale R$300,00 a arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de sete dias; Maranhão — O boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de cinco dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Carcaça suína especial teve ganho de 0,69% em São Paulo
Preço médio da arroba do suíno CIF seguiu com estabilidade
Segundo a Scot Consultoria, a carcaça suína especial apresentou ganho de 0,69% e está cotada em R$ 14,50/kg, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF seguiu com estabilidade e está próximo de R$ 184,00/@. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última terça-feira (05), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou queda de 0,10% e está cotado em R$ 9,76/kg. No Paraná, o preço do animal teve alta de 0,53% e está precificado em R$ 9,40/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal seguiu com estabilidade e está precificado em R$ 9,11/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 9,62/kg e seguiu com estabilidade. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou ganho de 0,78% e está cotado em R$9,10/kg.
Cepea
Volume exportado de carne suína em outubro cresceu 41,04%. Receita avançou 56%
Preço pago pela tonelada teve um incremento de 10,7%
Os embarques de carne suína in natura finalizaram o mês de outubro/24 com 116,4 mil toneladas, conforme reportou a Secretária de Comércio Exterior (Secex). O volume exportado registrou um avanço de 41,04% no comparativo anual, em que o mês de outubro de 2023 embarcou 82.531 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária movimentada em outubro ficou em 5,2 mil toneladas, ganho de 34,63% frente a média diária embarcada em outubro do ano passado, com 3,9 mil toneladas. A receita obtida ficou em US$ 294,7 milhões, um incremento de 56,1% frente ao faturamento de outubro do ano anterior, que foi de US$ 188,7 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$13,3 milhões, incremento de 49,04% frente a média diária do ano anterior, que ficou em US$ 8,9 milhões. Já o preço pago por tonelada ficou em US$ 2.531 por tonelada, avanço de 10,7% frente ao praticado em outubro do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.287 por tonelada.
SECEX/MDIC
FRANGOS
Cotação do frango no atacado paulista teve alta de 0,55%
Os preços do frango no atacado paulista tiveram um incremento de 0,55% nesta quarta-feira (06) e estão precificados em R$ 7,27/kg, conforme o levantamento realizado pela a Scot Consultoria. Já os valores na granja paulista, os preços não tiveram alteração e seguem cotados em R$ 5,50/kg.
No fechamento da quarta-feira (06), a referência para o animal no Paraná está próxima de R$ 4,61/kg e seguiu estável. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,49/kg. Com base no levantamento realizado pelo Cepea na última terça-feira (05), o preço do frango congelado com estabilidade e cotado em R$ 7,67/kg. Já a referência para o frango resfriado também seguiu com estabilidade e está sendo comercializado em torno de R$ 7,76/kg.
Cepea
Volume exportado de carne de frango avançou 16,20% em outubro/24
Preço pago pela tonelada também registrou alta de 7,8%
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume exportado de carne de aves in natura ficou em 434,7 mil toneladas até a quinta semana de outubro/24. No comparativo anual, o volume embarcado registrou um avanço de 16,20%, frente ao total exportado em outubro do ano anterior, que ficou em 374,1 mil toneladas. A média diária até a quinta semana de outubro/24 ficou em 19,7 mil toneladas, sendo que isso representa um aumento de 16,2% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 17,8 mil toneladas. O preço pago pelo produto em outubro ficou em US$ 1.905 por tonelada, alta de 7,8% se comparado com os valores praticados em outubro do ano anterior, de US$ 1.768 por tonelada. A receita obtida até o mês de outubro ficou em US$ 828,5 milhões, enquanto em outubro do ano anterior o valor ficou em US$ 661,7 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 37,6 milhões, avanço de 25,2% frente a média diária observada em outubro do ano anterior, que ficou em US$ 31,5 milhões.
SECEX/MDIC
EMPRESAS
Minerva Foods tem queda de 33% no lucro do 3º tri, receita recorde
A Minerva Foods teve um lucro líquido de R$ 94,1 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 33,3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo os resultados da empresa divulgados na quarta-feira (6)
A receita líquida foi recorde para um trimestre a R$ 8,5 bilhões, 20% acima do registrado no mesmo período de 2023. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu 14% para R$ 813 milhões, também um recorde para um trimestre da companhia. “Nesse terceiro trimestre, cerca de 60% da nossa receita foi proveniente do mercado externo, os volumes recordes de exportação refletem o apetite do mercado global por carne bovina e com destaque para importantes mercados como Estados Unidos e China”, disse a empresa no comunicado de resultados. Os EUA e a China alcançaram 15% cada um na participação na receita de exportação da Minerva no terceiro trimestre. “Além do otimismo com as exportações, o mercado interno segue entregando boa performance, com uma receita de R$ 3,6 bilhões no trimestre e que, com o efeito da sazonalidade de fim de ano, além do fortalecimento e capilaridade de nossas marcas no mercado doméstico, deve seguir com tendência positiva ao longo dos próximos períodos”, disse a companhia. A Minerva Foods abateu cerca de 1,1 milhão de bovinos no terceiro trimestre, 17% a mais que no mesmo período de 2023 e estável em relação ao segundo trimestre de 2024.
Carnetec
MEIO AMBIENTE
Desmatamento na Amazônia cai 30,6%, com menor área devastada em 9 anos
No Cerrado, queda foi de 25,7%, mostram dados do Inpe
O desmatamento na Amazônia de agosto de 2023 a julho deste ano teve uma redução de 30,6% comparado ao mesmo período anterior, segundo dados apresentados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) na quarta-feira (6). Esse índice corresponde a uma perda de vegetação nativa de uma área de 6.288 km², o menor patamar em nove anos, de acordo com o governo federal. Os dados do Inpe também apontam uma queda de 25,7% no índice de desmatamento no cerrado, com uma perda de vegetação equivalente a 8.174 km². No entanto, é o segundo ano seguido em que o índice de desmatamento do cerrado é superior ao da Amazônia. Os dados foram divulgados durante evento no Palácio do Planalto. Os números fazem parte do programa Prodes (Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite), o principal indicador para desmatamento do INPE. O sistema reúne os dados sobre a floresta derrubada de agosto de um ano anterior até julho do outro. "Já no primeiro ano [do governo Lula] houve uma redução dessa tendência [de alta do desmatamento] e isso se concretizou no ano passado numa queda de 22,3% em relação a 2022. E depois este ano a gente apresentou uma nova queda, ainda mais expressiva, de 30,6%, em relação ao dado do ano passado", afirmou Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra e diretor substituto do Inpe, em referência aos dados da Amazônia. "A queda deste ano se soma à queda do ano anterior e, com isso, há uma queda de mais de 45% em relação a 2022", completou. O pesquisador calcula que, se o desmatamento tivesse continuado como em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), marcado por retrocessos ambientais, 790 mil hectares a mais teriam sido desmatados. Os dados do período anterior —de agosto de 2022 a julho de 2023—, que foram apresentados consolidados em maio deste ano, haviam mostrado uma redução de 21,8%, comparado com a medição anterior. A perda de vegetação nativa atingiu 9.064 km² naquele período. O Ministério do Meio Ambiente explicou que a diferença dos dados anteriores —entre os 21,8% apresentados em maio e os 22,3% citados hoje— se dá por ajustes que são feitos nos dados coletados. Aquele havia sido o menor patamar desde 2018, quando foram perdidos 7.536 km² no bioma. Os resultados apresentados nesta quarta-feira também mostram que, do total de 70 municípios críticos monitorados, em 78% o desmatamento caiu. Em outros 23% houve aumento. Quando analisados por estados, houve redução em Mato Grosso (45,1%), Amazonas (29%), Pará (28,4%) e Rondônia (62,5%). Por outro lado, houve uma grande alta em Roraima (53,5%).
Folha de SP
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Carne bovina in natura: Volume exportado bateu recorde com 270,3 mil toneladas em Outubro
Faturamento também registrou recorde com US$ 1.259 bilhão
As exportações de carne bovina in natura registraram recorde na movimentação e no faturamento. De acordo com as informações da Secretária de Comércio Exterior (Secex), o volume embarcado alcançou 270,3 mil toneladas em 22 dias úteis em outubro/24. No comparativo mensal, o volume de outubro registrou um avanço de 7,39%, frente ao exportado em setembro deste ano, que embarcou 251,7 mil toneladas. Já no comparativo anual, o avanço foi de 45,27%, sendo que em outubro do ano passado o volume embarcado foi de 186,1 mil toneladas em 21 dias úteis. A Secex ainda informou que a média diária exportada ficou em 12,2 mil toneladas, avanço de 38,62%, sendo que a média diária exportada no mesmo período do ano passado ficou em 8,8 mil toneladas. Os países que mais importaram carne bovina do Brasil, em 2024, foram: China, Emirados Árabe Unidos, Estados Unidos, Hong Kong e Chile.
Com relação ao preço médio, o valor ficou US$ 4.660 mil por tonelada, leve avanço de 1,4% frente ao valor negociado em outubro/23, que ficou em US$ 4.596 mil por tonelada. Com relação ao valor negociado para o produto até a quinta semana de outubro/24 ficou em US$ 1.259 bilhão, avanço de 10,87% frente ao negociado no mês passado, em que o setembro/24 ficou em US$ 1.136 bilhão Já no comparativo anual, o avanço é de 47,25% frente ao negociado em outubro/24, em que foi de US$ 855,6 milhões. A média diária ficou em US$ 57,2 milhões e registrou um avanço de 47,2%, frente ao observado no mês de outubro do ano passado, que ficou em US$ 40,746 milhões.
SECEX/MDIC
ECONOMIA/INDICADORES
BC decide elevar a Selic em 0,50 ponto, para 11,25% ao ano
A decisão foi unânime e era amplamente esperada pelo mercado
Em meio às discussões sobre medidas fiscais no Brasil e a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% para 11,25% ao ano nesta quarta-feira. A decisão pelo aumento em 0,50 ponto percentual (p.p.) era amplamente esperada pelo mercado, de acordo com pesquisa feita pelo valor com 125 instituições financeiras e consultorias. Desse total, 122 esperavam o aumento de 0,50 p.p. e apenas três projetavam alta de 0,25 p.p. Desde a última reunião, que aconteceu em setembro, os membros do Copom ressaltaram em falas públicas que o cenário estava incerto. Em vários discursos, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e diretores mencionavam um mercado de trabalho apertado, a pressão na inflação de serviços e a atividade que surpreende para cima. Campos Neto também falou em várias oportunidades sobre a necessidade de um choque positivo no fiscal para produzir mudança nas expectativas de inflação e prêmios de risco. O governo tem promovido várias discussões internas sobre medidas fiscais nesta semana. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que a rodada de reuniões com ministros sobre o tema foi finalizada. Segundo o ministro, quando as medidas estiverem prontas serão levadas novamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre o cenário internacional, Campos Neto tem repetido em suas palestras que as propostas das duas campanhas, de Trump e da democrata Kamala Harris, tinham características inflacionárias. A comunicação oficial do Copom costuma reforçar que não há relação mecânica entre a condução da política monetária norte-americana e a brasileira. Em 11,25% ao ano, a Selic volta ao patamar em que chegou no fim de janeiro, quando o Copom ainda estava no ciclo de redução dos juros. No dia 31 daquele mês, o colegiado reduziu a taxa básica de 11,75% para 11,25% ao ano.
Valor Econômico
Após pressão por Trump, dólar cai forte e abaixo de R$5,70 no Brasil
Após superar os 5,86 reais no início da sessão, na esteira da vitória de Donald Trump na disputa presidencial dos Estados Unidos, o dólar à vista perdeu força no Brasil e fechou a quarta-feira em queda firme, abaixo de 5,70 reais, com investidores à espera de medidas efetivas do governo Lula para conter gastos
A disparada de ordens de “stop loss” (parada de perdas) no mercado durante o dia também favoreceu a queda do dólar ante o real, ainda que no exterior a moeda norte-americana sustentasse fortes altas ante as demais divisas. O dólar à vista fechou o dia em baixa de 1,21%, cotado a 5,6774 reais. No ano, porém, a divisa acumula alta de 17,02%. Às 17h33, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,47%, a 5,6820 reais na venda. O início do dia foi de forte pressão para o dólar e as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) no Brasil, em sintonia com a disparada da moeda norte-americana e dos rendimentos dos Treasuries no exterior. No entanto, a moeda norte-americana foi perdendo fôlego ante o real ainda durante a manhã, em meio à leitura de que, com Trump na Casa Branca, restará ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar medidas concretas de contenção de gastos para aliviar a pressão. Declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília contribuíram para a perda de força do dólar. Segundo ele, a rodada de reuniões entre ministros para tratar das medidas fiscais está concluída e o próximo passo de Lula provavelmente será pedir conversas com os presidentes das duas Casas do Congresso, para que se discuta o envio das medidas fiscais aos parlamentares. “Os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente de reforço do arcabouço fiscal, da previsibilidade e da sustentabilidade das finanças no médio e longo prazo. Penso que há um consenso em torno do princípio”, afirmou Haddad. Neste cenário, o dólar à vista atingiu a mínima de 5,6649 reais (-1,43%) às 15h18, para depois encerrar pouco acima disso. Da máxima para a mínima a moeda norte-americana oscilou 20 centavos de real, em um sinal de forte volatilidade no dia. A quinta-feira ainda promete ser um dia de volatilidade alta no câmbio, com os desdobramentos da eleição norte-americana, a decisão do Copom e o anúncio do Federal Reserve sobre juros fazendo preço. O Fed decide na quinta-feira sua nova taxa de juros.
Reuters
Ibovespa tem queda modesta após eleição de Trump
O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, mas distante da mínima do dia, quando recuou abaixo de 129 mil pontos, em sessão marcada pela repercussão da eleição do republicano Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, além de resultados corporativos e expectativas para decisão de política monetária do Banco Central
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,24%, a 130.340,92 pontos, tendo marcado 128.822,16 pontos na mínima e 130.669,69 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou 24,2 bilhões de reais. Trump, de 78 anos, reconquistou a Casa Branca derrotando a candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris, e sua vitória terá implicações importantes para as políticas de comércio e mudança climática dos EUA, a guerra na Ucrânia, os impostos dos norte-americanos e a imigração. Diante de propostas aventadas na campanha que incluem manter os cortes de impostos existentes e fazer mais, as bolsas dos EUA reagiram com altas expressivas ao desfecho da corrida eleitoral, mas a percepção de que as políticas de Trump são potencialmente inflacionárias elevou os rendimentos dos Treasuries. O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 2,53%, enquanto o yield do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,4354% no final da tarde, de 4,288% na véspera e 4,479% na máxima do dia. No Brasil, o Ibovespa caiu mais de 1% nos primeiros negócios, mas o tom negativo perdeu força durante a sessão, com a moeda norte-americana terminando em queda de 1,2% ante a divisa brasileira e as taxas longas dos DIs recuando. Na visão do gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, muitos investidores já haviam se posicionado mais negativamente, não só pela possível vitória de Trump, como pela deterioração do quadro fiscal doméstico. "O mercado ainda abriu sob efeito dos 'Trump trades", mas com o passar do dia foram zerando essas posições 'no fato'", afirmou. Em paralelo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que a rodada de reuniões com ministros pedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discussão de medidas fiscais foi concluída. Ele apontou que o próximo passo de Lula deve ser falar com os presidentes do Senado e da Câmara. Analistas consultados pela Reuters afirmaram que a vitória de Trump eleva a necessidade de o governo anunciar medidas convincentes de cortes de gastos o quanto antes, caso contrário câmbio e juros seguirão pressionados.
Reuters
Superávit comercial do Brasil cai 52,7% em outubro, para US$4,343 bi, diz MDIC
A balança comercial brasileira registrou um superávit de 4,343 bilhões de dólares em outubro, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na quarta-feira, uma queda de 52,7% sobre o resultado positivo apurado no mesmo mês do ano passado.
As exportações somaram 29,462 bilhões de dólares no mês, uma baixa de 0,7% em relação a outubro de 2023. As importações, por outro lado, cresceram 22,5% em relação ao mesmo período, totalizando 25,119 bilhões de dólares. Nos primeiros dez meses do ano, o saldo comercial foi de 63,022 bilhões de dólares, uma queda de 22% em relação ao observado no mesmo período de 2023. As exportações somaram 284,460 bilhões de dólares (+0,5%) no acumulado do ano, e as importações, 221,438 bilhões de dólares (+9,5%). A Indústria de Transformação foi o setor que teve maior aumento de exportações no mês, com alta de 10,9% frente a outubro de 2023, para 17,264 bilhões de dólares. A Indústria Extrativa registrou a maior baixa, de 14,5%, para 6,396 bilhões de dólares, seguida pela Agropecuária, com queda de 12,8%, para 5,603 bilhões de dólares. Já nas importações, as vendas do setor de Agropecuária saltaram 32,6% e as do setor de Indústria de Transformação avançaram 25,5%. Já o setor da Indústria Extrativa recuou 9,6%.
Reuters
Brasil tem fluxo cambial positivo de US$3,094 bi em outubro, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 3,094 bilhões de dólares em outubro, em movimento puxado pela via comercial, informou na quarta-feira o Banco Central.
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 3,565 bilhões de dólares em outubro. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de outubro foi positivo em 6,660 bilhões de dólares. Na semana passada, de 28 de outubro a 1º de novembro, o fluxo cambial total foi positivo em 3,743 bilhões de dólares. No acumulado do ano até 1º de novembro, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 10,752 bilhões de dólares.
Reuters
IGP-DI acelera alta a 1,54% em outubro com commodities agrícolas, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,54% em outubro, depois de avanço de 1,03% no mês anterior, sob pressão das commodities agrícolas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira
O resultado ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters e levou o índice a acumular em 12 meses avanço de 5,91%. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, passou a subir 2,01%, de alta de 1,20% no mês anterior. “As commodities agrícolas continuam influenciando o movimento de alta do Índice de Preços ao Produtor, sendo que bovinos, soja e milho foram as maiores contribuições", explicou Matheus Dias, economista da FGV IBRE. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -- que responde por 30% do IGP-DI -- mostrou que a pressão aos consumidores diminuiu ao desacelerar a alta a 0,30% em outubro, de 0,63% em setembro. As principais contribuições para esse resultado partiram dos itens passagem aérea (8,78% para -6,33%), tarifa de eletricidade residencial (7,04% para 4,41%) e cigarros (8,30% para 0,39%). O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou desaceleração da alta a 0,68% em outubro, de 0,58% antes. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.
Reuters
POWERED BY
EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
Comments