Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 743 | 06 de novembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
“Boi-China” sobe para R$ 325/@ em SP, sustentando ágio de R$ 5/@ sobre boi “comum”
Também houve elevação nos preços da arroba do boi gordo no Acre, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Sul, informa Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de quatro dias
Embora de maneira discreta em relação ao movimento de outubro/24, a pressão para aumento nos preços do boi gordo se mantém neste início de novembro/24 nas principais praças pecuárias brasileiras. Nesta terça-feira (5/11), a Agrifatto detectou avanços nas cotações da arroba em 9 das 17 regiões monitoradas diariamente, com destaque para o ganho de R$ 5/@ para o “boi-China” abatido no Estado de São Paulo. Agora, o animal padrão-exportação (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) é negociado por R$ 325/@ no mercado paulista, de acordo com a apuração da Agrifatto. Com este aumento, o “boi-China” voltou a ser negociado com ágio em São Paulo – de R$ 5/@ – em relação ao preço do “boi comum”, sem padrão-exportação, direcionado ao mercado doméstico, que continua valendo R$ 320/@, segundo os dados da Agrifatto. Pelos números da consultoria, além do mercado paulista, houve elevação nos preços da arroba de categorias destinadas ao abate no Acre, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Sul. As outras oito regiões mantiveram as cotações estáveis nesta terça-feira: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Santa Catarina e Tocantins. Segundo os analistas da Agrifatto, como tem ocorrido com frequência, o volume de negócios se mostrou insuficiente para alongar as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros, que seguiram atendendo, de forma desconfortável, apenas cinco dias, na média nacional. A escassez de oferta de boiadas gordas e ritmo forte das exportações ajudam a manter o viés de alta do boi gordo, que, no comparativo entre setembro/24 e outubro/24, subiu de 16,48% em São Paulo, 19,37% em Goiás, 19,37% em Minais Gerais, 16,48% em Mato Grosso do Sul, 23,10% em Mato Grosso, e 18,51% em Rondônia, informa a Agrifatto. Pelos números da Scot Consultoria, o boi gordo “comum” continua valendo R$ 320/@ em São Paulo, enquanto a arroba do “boi-China” subiu R$ 3/@ nesta terça-feira, para R$ 325/@. Ou seja, neste momento, a Scot e a Agrifatto sinalizam preços idênticos para ambas as categorias negociadas no mercado paulista. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta terça-feira (5/11): São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$322,50. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias. Goiás — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; Rondônia — O boi vale R$295,00 a arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias; Maranhão — O boi vale R$295,00 por arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Preços de suínos sobem de forma generalizada
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 1,10%, com preço médio de R$ 184,00, enquanto a carcaça especial teve elevação de 1,41%, fechando em R$ 14,40/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (4), houve alta de 2,52% em Minas Gerais, chegando a R$ 9,77/kg, avanço de 2,41% no Paraná, com preço de R$ 9,35/kg, incremento de 0,33% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 9,11/kg, elevação de 0,33% em Santa Catarina, atingindo R$ 9,03/kg, e de 1,48% em São Paulo, fechando em R$ 9,62/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango no atacado em SP sobe 3,29% em dia de altas
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado aumentou 3,29%, em média, R$ 7,00/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,61/kg, assim como em Santa Catarina, precificado em R$ 4,49/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (4), a ave congelada teve aumento de 2,54%, chegando a R$ 7,67/kg, enquanto o frango resfriado subiu 1,97%, fechando em R$ 7,66/kg.
Cepea/Esalq
Gripe aviária em granja comercial na Turquia preocupa o mundo
Como precaução, mais de 790 mil animais foram sacrificados em 21 fazendas próximas à granja onde o foco foi detectado
Foram identificadas 211 aves mortas com o vírus de alta patogenicidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), um foco de gripe aviária altamente patogênica foi identificado em uma granja comercial na Turquia. A notícia preocupa, pois, 211 aves que morreram estavam contaminadas, de acordo com testes realizados no dia 31 de outubro. Com isso, todas as fazendas de criação de aves em um raio de 10 quilômetros do local passaram a ser monitoradas e perto pelas autoridades sanitárias do país, além de áreas para fora deste perímetro também. Como precaução, mais de 790 mil animais foram sacrificados em 21 fazendas próximas à granja onde o foco foi detectado.
Globo Rural
EMPRESAS
Com destaque das cooperativas, Paraná tem 41 empresas entre 500 maiores do Brasil
Ranking Época Negócios 360º 2024, divulgado nesta terça-feira (5) pela Revista Época e a Fundação Dom Cabral, mostra as empresas paranaenses que se destacam em cenário nacional. Entre elas, estão 16 cooperativas, sendo que apenas uma não é do setor agroindustrial
O Paraná tem 41 empresas entre as 500 maiores do Brasil no ranking Época Negócios 360º 2024, divulgado nesta semana pela revista Época em parceria com a Fundação Dom Cabral. Com receita líquida de R$ 28,2 bilhões em 2023, a Coamo é a maior empresa do Paraná e aparece na 44ª posição no levantamento, liderando o setor que mais se destaca no cenário de negócios do Estado: o cooperativismo. Das 41 empresas paranaenses posicionadas no ranking, 16 são cooperativas. E com exceção da Unimed Curitiba, todas do setor agroindustrial. Além da Coamo, segunda maior cooperativa brasileira, atrás apenas da Copersucar (SP), também se destacam as paranaenses C.Vale (55º lugar), Lar (57º), Cocamar (90º), Copacol (128º), Integrada (150º), Frísia (197º), Coasul (220º), Castrolanda (165º), Frimesa (230º), Coopavel (237º), Cocari (246º), Capal (311º), Unimed Curitiba (372º), Copagril (405º) e Coopertradição (471º). Companhias que têm participação do Estado também estão presentes entre as maiores do País. A Copel ficou na 60ª posição, com receita líquida de R$ 21,5 bilhões no ano passado. É a quarta maior empresa do Estado, sendo superada apenas pelas cooperativas Coamo, C.Vale e Lar. Já a Sanepar aparece no 196º lugar no ranking, somando uma receita líquida de R$ 6,3 bilhões. Outro destaque é para a indústria automotiva, com a Volvo Brasil e a Renault ocupando a 74ª e a 81ª posição nacional, respectivamente, sendo a sexta e sétima maiores empresas do Paraná. O Paraná é o segundo maior polo automotivo do Brasil, atrás apenas de São Paulo. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, explicou que o Plano Paraná Cooperativo tem a expectativa de chegar a 2026 com uma movimentação econômica de R$ 300 bilhões no setor e, em 2030, R$ 500 bilhões. “O cooperativismo do Paraná, desde sua origem, tem como norte um planejamento bem estruturado, consistente. A Ocepar foi fundada na década de 1970 tendo o planejamento no nosso DNA”, disse. “Desde então, seguimos este modelo e o aperfeiçoamos através do Plano Paraná Cooperativo, superando nossas metas constantemente”, afirmou Ricken. “Tudo isso se reflete diretamente em um sistema de cooperativas cada vez mais profissionalizadas e que muito têm contribuído para o desenvolvimento do Paraná e do Brasil”. Outras companhias paranaenses também se destacaram. A Primato, de Toledo, foi considerada a melhor no setor do Agronegócio, enquanto a PUCPR foi reconhecida na categoria Educação. No setor de eletroeletrônica, o primeiro lugar ficou com a Electrolux, que tem duas plantas em Curitiba e está construindo uma nova São José dos Pinhais, e o quarto com a Positivo Informática, também de Curitiba. Já a farmacêutica Prati-Donaduzzi, de Toledo, aparece em segundo lugar na categoria Indústria Farmacêutica e Comércio.
Agência Estadual de Notícias
Frigol lucrou R$ 13,1 milhões no trimestre
Entre julho e setembro, a receita líquida do frigorífico subiu 15,6%, para R$ 902,5 milhões. “Brasil continua sendo a opção de compra para o mundo”, segundo Eduardo Miron
Quarto maior frigorífico de carne bovina do país, o Frigol reportou lucro líquido de R$ 13,1 milhões no terceiro trimestre de 2024. Segundo a empresa, uma S/A de capital fechado, o resultado entre julho e setembro ficou estável em relação ao apurado em igual período do ano passado. No total, considerando as vendas aos mercados interno e externo, a receita líquida do Frigol no terceiro trimestre deste ano somou R$ 902,5 milhões, 15,6% superior ao mesmo período de 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 49,4 milhões, com alta de 2,4% na comparação anual, e atingindo margem de 5,5%. “Tivemos um bom resultado no trimestre tanto no mercado interno quanto no externo, fruto de um mercado interno bastante forte e crescimento de vendas de produtos de valor agregado e, no mercado externo, do desenvolvimento de estratégias personalizadas para clientes-chave, diversificação e acesso a mercados mais rentáveis. O Brasil continua sendo a opção de compra para o mundo”, afirmou, em nota, Eduardo Miron, diretor-presidente do Frigol. Durante o período, as vendas da empresa no mercado doméstico representaram 46% do faturamento, e as vendas ao mercado externo corresponderam a 54%. De acordo com o Frigol, houve crescimento de 11% nas exportações de carne bovina para “outros destinos”, como Filipinas, Indonésia, Singapura, Israel e América do Norte. Com isso, a participação na China no total das receitas com exportações caiu para 74% no terceiro trimestre— um ano antes a fatia era de 86%. Ao todo, a empresa possui habilitação para exportar para mais de 60 países da América do Sul, do Norte, Europa, Oriente Médio, Ásia e África. Os abates de bovinos pelo Frigol no último trimestre somaram 174 mil cabeças, alta de 14,3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Em relação ao endividamento da companhia, o índice de alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) caiu para 1,2 vez ao fim do trimestre — no trimestre anterior estava em 1,3 vez. O fluxo de caixa, por sua vez, foi de R$ 39 milhões, representando uma conversão de 78% do Ebitda. “Os resultados do trimestre mais uma vez corroboram nosso trabalho de governança e eficiência operacional e seguiremos trabalhando para uma estrutura de capital cada vez mais robusta”, afirmou em nota o diretor financeiro da companhia, Eduardo Masson. No acumulado de 12 meses, a receita líquida do Frigol ficou em R$ 3,3 bilhões, 13,4% mais que nos 12 meses anteriores. O Ebitda em 12 meses foi de R$ 189,8 milhões, com alta de 136%. Já o lucro líquido do período ficou em R$ 31 milhões, enquanto no mesmo período do ano anterior a empresa registrou “breakeven” (quando a receita se iguala ao custo, sem gerar lucro nem prejuízo).
Valor Econômico
GOVERNO
Mapa lança novos uniformes para fortalecer identidade e reconhecimento na Defesa Agropecuária, diz Fávaro
Na terça-feira (5), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao lado do Secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, participou da cerimônia de lançamento dos novos uniformes para os profissionais do Mapa que atuam na Defesa Agropecuária
A padronização foi estabelecida pela Portaria DAS/Mapa 1.192, que detalha as regras de uso, especificações e padrões das vestimentas destinadas à equipe de fiscalização e inspeção. Os novos uniformes foram criados para garantir o reconhecimento dos servidores, além de proporcionar conforto e funcionalidade essenciais para as exigentes atividades de defesa agropecuária. Durante o evento, o ministro Fávaro ressaltou a importância da medida: “O Mapa é um dos ministérios mais longevos da República, que cumpre um belíssimo papel para a sociedade brasileira e mundial. Atesta a qualidade dos produtos da agropecuária brasileira, a segurança dos alimentos que chegam à nossa mesa, e realiza a fiscalização com poder de polícia. Por isso, a criação deste uniforme, com uma identidade visual padronizada, é fundamental para dar segurança, reconhecimento aos profissionais e fortalecer a instituição”. O secretário Carlos Goulart destacou que a iniciativa representa um marco na modernização da defesa agropecuária, alinhando-se às melhores práticas de segurança e comunicação visual. “Sem o empenho do ministro Fávaro, não teríamos sucesso na criação desses novos uniformes. Isso é muito importante para o Mapa e para o agente público. Agora, não seremos mais anônimos. Todos sabem da importância de uma identidade visual forte e como isso empodera o órgão,” afirmou Goulart. A Portaria estabelece que os uniformes devem ser ergonômicos, funcionais e apropriados para o ambiente de trabalho dos servidores. As peças foram desenvolvidas com materiais de alta qualidade, garantindo durabilidade e conforto para quem atua na linha de frente, em atividades como fiscalização e inspeções. Além disso, a expectativa é que a nova padronização aumente o conforto e a segurança dos servidores, elevando também o reconhecimento e a confiança da Defesa Agropecuária perante a sociedade. A padronização entra em vigor imediatamente, e os servidores terão um prazo de 180 dias para se adequarem ao regulamento.
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Operação da PF, CGU e Receita investiga corrupção em rodovias federais no Paraná
Uma operação conjunta entre a Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal (PF), Receita Federal (RFB) e Ministério Público Federal (MPF) foi lançada na terça-feira (5) para investigar suspeitas de irregularidades e corrupção em obras de duas rodovias federais no Paraná.
As investigações da segunda fase da Operação Rolo Compressor se concentram sobre as obras de adequação da BR-163, entre Toledo e Marechal Cândido Rondon, e restauração e pavimentação da BR-487 (Estrada da Boiadeira), entre Porto Camargo e Serra dos Dourados. A operação conta com a participação de 13 auditores da CGU, 12 auditores da Receita Federal e 240 policiais federais. Ao todo estão sendo cumpridos 54 mandados de busca e apreensão e bloqueios de bens nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Rondônia e Distrito Federal. As ordens judiciais foram expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba. A investigação apontou que, entre 2011 e 2022, funcionários públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Paraná teriam recebido valores ilícitos de empresas que mantinham contratos com o poder público. A suspeita é de que houve fraudes em procedimentos licitatórios, celebração de contratos com graves falhas, inexecução significativamente lesiva ao erário público e atos de corrupção, especialmente quando da supervisão e fiscalização das execuções das obras contratadas pelo Dnit nas rodovias. Segundo as investigações, uma série de atos de lavagem de dinheiro teriam, em tese, sido praticados para acobertar a movimentação dos recursos ilícitos gerados pelas práticas dos crimes. Ambos os contratos investigados na operação somam um valor de quase R$ 700 milhões. Auditores da CGU identificaram um sobrepreço de R$ 17,5 milhões, superfaturamento de R$ 8,5 milhões por especificações em desacordo com as normas técnicas e prejuízo de R$ 67,2 milhões por divergências não justificadas entre o que foi previsto nos projetos e o que foi executado nas obras. O total de irregularidades chega a mais de R$ 75,8 milhões. Com relação à qualidade dos serviços realizados, a CGU identificou problemas nos equipamentos de drenagem e na pavimentação. Os auditores constataram assoreamento de bueiros e valetas e ruínas de bacias de contenção. Na pavimentação, foram identificadas patologias precoces como desagregação, “couro de jacaré” (fissura em bloco), “panelas” e trilhas de roda. O relatório da CGU calculou ainda a chamada Taxa Social de Desconto (TSD), um índice que mede o impacto da corrupção na não conclusão das obras das rodovias BR 163/PR e BR 487/PR nos prazos previstos. As irregularidades no projeto de investimento deixaram de proporcionar bem-estar à sociedade no montante quantificado em cerca de 125 milhões. Na avaliação da controladoria, as rodovias têm relevância estratégica para o escoamento da produção agrícola e para a integração de regiões e estados brasileiros.
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai ante real enquanto ministros discutem corte de gastos em Brasília
O dólar se firmou em baixa no Brasil durante a tarde da terça-feira, após o governo antecipar um encontro de ministros em Brasília para discutir medidas na área fiscal, em um dia de cautela nos mercados globais com a eleição presidencial nos Estados Unidos
O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,62%, cotado a 5,7472 reais. No ano, porém, a divisa acumula alta de 18,46%. Às 17h13, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,77%, a 5,7605 reais na venda. O cenário mudou no início da tarde quando surgiu a informação de que uma reunião na Casa Civil do governo em Brasília, para discutir cortes de gastos, havia sido antecipada das 16h para as 14h10. O encontro reuniu o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Embora a Casa Civil tenha informado que não haveria entrevista no fim do encontro, o mercado gostou da antecipação. “Houve uma mudança brusca (no dólar) porque a reunião prevista para as 16h foi antecipada”, comentou durante a tarde Lucélia Freitas Aguiar, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “Os investidores aguardam com grande expectativa (o anúncio), para verificar onde haverá cortes. Quando surge algo, o pessoal se agarra e isso pega bastante nos preços”, acrescentou. No exterior, o dólar também recuava ante a maior parte das demais divisas no fim da tarde, em meio ao cenário eleitoral ainda nebuloso nos EUA. As apostas de eventual vitória do republicano Donald Trump sobre a democrata Kamala Harris voltaram a afetar boa parte dos mercados na terça-feira, após na véspera a expectativa de vitória dela ter ganhado força a partir de uma pesquisa eleitoral no Estado de Iowa, que mostrou vantagem para a vice-presidente. Em tese, eventual vitória de Trump seria desfavorável a moedas como o peso mexicano, mas a divisa do México, assim como o real, se fortalecia no fim da tarde ante o dólar.
Reuters
Ibovespa tem alta discreta à espera de eleição dos EUA
O Ibovespa fechou com uma alta modesta nesta terça-feira, assegurada pelo avanço de 3% de Itaú Unibanco após resultado trimestral, com o maior banco do país revisando para cima a previsão de crescimento de crédito e sinalizando dividendo extraordinário para 2024
Expectativas relacionadas a um aguardado pacote fiscal do governo também afetaram as negociações na B3, assim como apostas sobre o desfecho da eleição presidencial norte-americana, em meio à disputa acirrada entre a democrata e vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente republicano Donald Trump. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,11%, a 130.660,75 pontos, tendo marcado 129.692,26 pontos na mínima e 130.768,59 pontos na máxima do dia. O volume financeiro no pregão somou 19,5 bilhões de reais. De acordo com o analista Hayson Silva, da corretora Nova Futura Investimentos, o Ibovespa se afastou das mínimas com a antecipação de uma reunião com uma série de ministros, entre eles Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, da Casa Civil, para continuar as tratativas sobre corte de gastos. A antecipação "aumentou a expectativa de um anúncio sobre medidas fiscais", observou Silva, acrescentando que a possibilidade de um pacote fiscal sair favoreceu o Ibovespa, mesmo em um cenário de cautela diante da eleição nos EUA e o risco de uma contagem de votos prolongada. "No Brasil, a agenda fiscal segue como um tema chave", reforçou o analista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com ministros na véspera para definir o pacote, mas o encontro terminou sem anúncio. Também na segunda, Haddad afirmou que as medidas estavam adiantadas, prevendo um anúncio para esta semana. Conforme notou o sócio e advisor da Blue3 Willian Queiroz, o mercado está precificando "praticamente minuto a minuto" qualquer especulação envolvendo a proposta fiscal. E sem um cenário mais concreto, uma ideia mais clara do desfecho das negociações, "a cada notícia há uma reviravolta", acrescentou.
Reuters
Expansão de serviços no Brasil acelera com demanda forte, mostra PMI
A maior entrada de novos pedidos desde meados de 2022 impulsionou o setor de serviços em outubro, apesar do aumento das pressões de custos, mostrou a PMI (pesquisa Índice de Gerentes de Compras) divulgada na terça-feira (5)
O PMI de serviços do Brasil, da S&P Global, avançou a 56,2 em outubro, contra 55,8 em setembro, atingindo o nível mais elevado desde julho. A marca de 50 separa crescimento de contração. Em meio ao apetite dos clientes, os fornecedores de serviços ampliaram a produção em outubro, com as vendas aumentando no ritmo mais forte em quase dois anos e meio. Os dados da pesquisa mostraram que os setores de Transporte e Informação e Comunicação tiveram os melhores desempenhos em outubro, já que tanto os novos negócios quanto a produção ficaram acima dos níveis vistos nas outras três categorias monitoradas. Apesar do cenário favorável, as contratações nas empresas de serviços foram pausadas no mês, encerrando uma sequência de um ano de aumento no emprego no setor. Em termos de inflação, a depreciação cambial e as secas levaram a um forte aumento nos gastos das empresas, pressionando os preços de produtos como químicos, componentes eletrônicos, alimentos, combustíveis, metais, papel e plástico. Embora as empresas tenham continuado a repassar os custos aos clientes, a taxa de inflação dos preços cobrados não mudou em relação a setembro. Com a expansão também da indústria em outubro, o PMI Composto do Brasil mostrou aceleração do ritmo do setor privado ao subir para 55,9 no mês, de 55,2 em setembro.
Reuters
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