Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 740 | 01 de novembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
“Boi-Cepea” atinge maior valor em 545 dias
O preço da arroba do boi gordo continua subindo e atingiu maior valor dos últimos 545 dias, disse a Agrifatto, referindo-se ao Indicador Cepea/B3 (praça paulista, à vista). Na quarta-feira (31/10), o índice do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada fechou em R$ 318,30/@, o maior nível desde 26/08/22. No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de cinco dias.
“Os preços da pecuária têm tido fortes altas desde o final de agosto em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea”, diz o instituto, em nota divulgada na quinta-feira. Em São Paulo, o Indicador do boi gordo e a carcaça casada negociada no atacado paulista acumulam avanço de mais de 15% em outubro/23. Segundo dados apurados pela Scot, os compradores de São Paulo abriram o dia (quinta-feira, 31/10) oferecendo preços melhores pela arroba do boi gordo (+ R$ 2/@) e da vaca gorda (+ R$ 5/@), agora negociados por R$ 317/@ e R$ 300/@, respectivamente, no prazo. As cotações da novilha e do “boi-China” ficaram estáveis nesta quinta-feira, em R$ 305/@ e R$ 320/@, no prazo, segundo a Scot, lembrando que, em São Paulo, o animal com padrão-exportação ainda mantém um ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”. Pelos números da Agrifatto, porém, não há mais premiação para o “boi-China”: vale R$ 320 no mercado paulista, mesmo valor do animal destinado para o mercado doméstico (sem padrão-exportação). Segundo a consultoria, a demanda internacional aquecida pela carne brasileira, em contraste com a oferta limitada de animais terminados, sustenta essa tendência de alta. “A expectativa é de que esse movimento continue no médio prazo, já que frigoríficos focados exclusivamente no mercado interno enfrentam dificuldades com margens operacionais, trabalhando com capacidade ociosa e, devido às programações de abate reduzidas, são forçados a aceitar cotações da arroba cada vez mais elevadas”, esclarece a Agrifatto. Atualmente, diz a consultoria, as escalas de abate continuam encurtadas em apenas 5 dias úteis, na média nacional. No mercado futuro, o vencimento do contrato para outubro/24 fechou a sessão de quarta-feira (30/10) em R$ 315,30/@, enquanto o papel com entrega em novembro/24 ficou cotado em R$ 323,25/@. Olhando para as exportações, afirma a Agrifatto, nota-se que os importadores chineses ainda estão se habituando com os novos valores de compra do dianteiro bovino brasileiro. “Diante disso, dificultam novos negócios, enquanto pressionam por redução nos preços”, dizem os analistas da Agrifatto. Neste momento, o dianteiro brasileiro com destino ao mercado chinês está cotado em US$ 5.200/tonelada. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta quinta-feira (31/10): São Paulo — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$320,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias; Rondônia — O boi vale R$290,00 a arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias; Maranhão — O boi vale R$290,00 por arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de seis dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Estabilidade nos preços do mercado de suínos
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 178,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,80/kg, em média.
Segundo o Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (30), houve alta de 0,11% em Minas Gerais, chegando a R$ 9,26/kg, e de 0,11% em São Paulo, fechando em R$ 9,37/kg. Os valores ficaram estáveis no Paraná (R$ 9,03/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,71/kg), e Santa Catarina (R$ 8,78/kg). Final de mês costuma ser um período em que, tradicionalmente, as vendas de carnes caem devido a descapitalização de boa parte da população, afetando as cotações no mercado produtor. Entretanto, para a suinocultura independente, o mês de outubro termina com altas nos preços do animal vivo nas principais praças produtoras.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: outubro terminou registrando alta nos preços
Em São Paulo houve aumento, passando de R$ 9,60/kg vivo para R$ 9,81/kg, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS)
No mercado mineiro houve alta, saindo de R$ 9,30/kg vivo para R$ 9,80/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve alta, passando de R$ 8,96/kg vivo para R$ 9,21/kg vivo. No Paraná, entre os dias 24/10/2024 a 30/10/2024, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 4,05%, fechando a semana em R$ 9,16/kg vivo.
Agrolink
Suínos/Cepea: Média de outubro avança pelo sexto mês seguido
Os preços da carne suína e do animal vivo reagiram neste encerramento de outubro, levando a média mensal a avançar pelo sexto mês consecutivo
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem sobretudo do ritmo recorde das exportações brasileiras da proteína suína in natura na parcial de outubro e da procura aquecida também por parte do mercado doméstico. Além disso, o movimento de alta dos preços é influenciado pela baixa disponibilidade de animal em peso ideal para abate, ainda conforme pesquisadores do Cepea.
Cepea
FRANGOS
Mercado do frango encerrou a quinta-feira (31) estável
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, assim como o frango no atacado, em média, R$ 6,82/kg
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,51/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (30), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,53/kg e R$ 7,58/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Gripe aviária espalha-se mais rápido do que em 2023 na UE, mostram dados
A gripe aviária está se espalhando mais rapidamente na União Europeia nesta temporada do que na de 2023, mais branda, elevando a preocupação com a repetição de crises anteriores que levaram à morte de dezenas de milhões de aves e renovando os temores de que ela possa se expandir para os seres humanos
Entretanto, ela não foi detectada em humanos nem em gado na UE, ao contrário dos EUA, onde o vírus se espalhou para quase 400 rebanhos leiteiros em 14 Estados neste ano e foi detectado em 36 pessoas desde abril. Quatro delas trabalhavam em uma granja comercial de ovos infectada pelo vírus. Sua disseminação para seres humanos e outras espécies de mamíferos, incluindo gado leiteiro e suínos dos EUA, está levantando preocupações de que o vírus possa sofrer mutação e tornar-se facilmente transmissível entre seres humanos, desencadeando uma pandemia. Entre o início da temporada migratória, em 1º de agosto, e o final da semana passada, países da UE relataram um total de 62 surtos de gripe aviária em fazendas de aves, principalmente no leste do bloco, mostraram dados da Organização Mundial de Saúde Animal. Isso se compara a sete surtos de gripe aviária relatados em fazendas da UE no mesmo período em 2023, mas ainda bem abaixo dos 112 surtos relatados no final de outubro de 2022. "A situação no nível da UE é certamente mais preocupante do que na mesma fase do ano passado", disse Yann Nedelec, diretor do grupo francês interprofissional de aves Anvol. A gripe aviária é uma doença sazonal das aves domésticas, disseminada principalmente pelas fezes de aves selvagens infectadas e pelo transporte de material infectado. Normalmente, ela aparece no outono com aves migratórias e diminui na primavera. Como na temporada passada, a Hungria registrou, de longe, o maior número de surtos desde o início da temporada em 1º de agosto, com o número aumentando rapidamente nas últimas semanas, segundo os dados. Na Polônia, o maior produtor de aves da UE, o vírus levou ao abate de 1,8 milhão de aves, das quais quase 1,4 milhão de apenas uma fazenda na cidade de Sroda Wielkopolska. A França, que sofreu as perdas mais graves em 2022/23, mas foi poupada na última temporada, reforçou as medidas de biossegurança em torno das granjas de aves em meados de outubro, citando um aumento no número de casos de gripe aviária em países vizinhos. "Ainda assim, esperamos que a vacinação que colocamos em prática na França nos poupe de qualquer crise neste ano", disse Nedelec.
Reuters
EMPRESAS
BRF Arabia anuncia aquisição de fatia em empresa saudita do setor avícola por US$84,3 mi
A BRF Arabia, joint venture formada pela empresa brasileira alimentos e a saudita Halal Products Development Company (HPDC), anunciou na quinta-feira contrato que prevê a aquisição de 26% da Addoha Poultry Company, empresa avícola da Arábia Saudita, por 84,3 milhões de dólares
A operação, afirmou a BRF Arabia, representa um marco importante para a companhia brasileira, que agora estreia na produção de carne de frango local para se consolidar como uma das principais parceiras da Arábia Saudita em sua agenda de segurança alimentar. "Por meio da nossa experiência como um dos principais líderes globais na produção de frango, pretendemos contribuir para desenvolvimento da Addoha em todos os aspectos das operações, desde qualidade e eficiência até inovação e sustentabilidade", disse o vice-presidente de Mercado Halal da BRF e Chairman da BRF Arabia, Igor Marti. A BRF detém participação 70% na joint venture, enquanto a HPDC, subsidiária de um fundo soberano saudita, tem 30%. "Esse investimento concretiza a estratégia de tornar a BRF referência no setor de proteína animal no mercado saudita e ser inserida de forma permanente na agenda de segurança alimentar do Reino, com um ecossistema de distribuição própria, marcas fortes, além do apoio de nossa fábrica em Damã", acrescentou o CEO da BRF, Miguel Gularte. Para Salah Homidan, chairman da Addoha, "a parceria se alinha perfeitamente aos planos de expansão da empresa de ampliar as operações e melhorar sua capacidade de fornecer produtos halal, fabricados conforme as orientações da religião islâmica. A Arábia Saudita é um dos principais consumidores do mercado halal do mundo. A Sadia é líder de mercado na categoria de frangos e reconhecida como a marca preferida na região.
Reuters
Minerva vai entrar com novo recurso no Uruguai para compra de ativos da Marfrig
Autoridade concorrencial uruguaia negou o fechamento do negócio no país
A Minerva Foods informou que deverá entrar com um novo recurso nos próximos dias pela compra de ativos da Marfrig no Uruguai. A empresa afirmou em fato relevante que tomou conhecimento da decisão da autoridade concorrencial uruguaia, a Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia (Coprodec), de manter a negativa para o fechamento do negócio, mesmo após um recurso inicial apresentado pela Minerva. "A companhia ressalta que a decisão da Coprodec ainda não é definitiva e permanece sujeita a recurso em sede administrativa, dirigido ao Ministerio de Economía e Finanzas uruguaio, e em sede judicial", ressaltou. A Minerva lembrou que a decisão da Coprodec se restringe às unidades uruguaias, não afetando a aquisição dos estabelecimentos industriais e comerciais da Marfrig localizados no Brasil, na Argentina e no Chile, cujo fechamento, inclusive, foi concluído na segunda-feira (28/10) com o pagamento de R$ 5,68 bilhões pela compradora.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
18 mil toneladas: Paraná bateu recorde em exportação de carne suína em setembro
Vietnã aparece pela primeira vez como líder na importação do produto paranaense, enquanto dois mercados que começaram a comprar carne suína este ano – Filipinas e República Dominicana – já estão entre os 10 principais parceiros comerciais
Setembro foi o melhor mês para a exportação de carne suína paranaense desde 1997, quando se iniciou a série histórica do Agrostat, plataforma que acompanha o setor agropecuário no comércio exterior, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Foram enviadas cerca de 18,6 mil toneladas para o Exterior, com receita de US$ 47,7 milhões. No mesmo mês de 2023 o Paraná tinha vendido 17,1 mil toneladas, ou 9% a menos que neste ano, enquanto o volume arrecadado foi de US$ 36,5 milhões, representando 25% a menos. A análise do Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 25 a 31 de outubro, também destaca grandes volumes adquiridos por países novos na pauta de importação de suínos paranaenses, como Filipinas e República Dominicana, além do crescimento de vendas ao Vietnã. As Filipinas fizeram as primeiras compras das carnes suínas do Estado neste ano, reforçando os volumes a partir de julho e em setembro figuraram na quinta posição entre os principais compradores. Foram enviadas 1,9 mil toneladas, que renderam US$ 5,3 milhões. A República Dominicana também estreou em 2024 e no mês passado adquiriu 490 toneladas, pagando US$ 973 mil, ficando na sétima posição. O Vietnã é cliente assíduo do Paraná desde outubro de 2018, mas pela primeira vez foi o principal comprador, com aquisição de 3,3 mil toneladas de carne suína. Em 2023 tinha ficado em terceiro no mês de setembro, com cerca de 2,3 mil toneladas. Hong Kong, que no mesmo mês do ano passado foi o principal destino, comprando 5,5 mil toneladas, passou agora para segundo lugar, com 2,8 mil toneladas. “Os dados evidenciam a constante busca por novas oportunidades de mercado para a carne suína paranaense, bem como a confiança de determinados importadores na manutenção e ampliação das relações comerciais”, analisou a veterinária do Deral Priscila Cavalheiro Marcenovicz. Completam o ranking dos 10 principais importadores de carne suína paranaense: Uruguai (2,4 mil toneladas), Singapura (2,3 mil toneladas), Argentina (1,5 mil toneladas), Angola (486 toneladas), Geórgia (481 toneladas) e Libéria (442 toneladas). BOVINOS – A desvalorização do real, as exportações recorde e a oferta limitada de animais no mercado interno provocaram fortes altas nos principais cortes bovinos nos mercados paranaenses. Com exceção da carne moída de primeira e da paleta com osso, todos os cortes pesquisados pelo Deral apresentaram aumento expressivo. A estimativa é que os preços permaneçam em patamares mais elevados no médio prazo. Em razão disso, a tendência é que o consumidor opte por proteínas mais baratas, como a carne suína e de frango. FRANGO – O boletim registra ainda que as exportações brasileiras de carne de frango tiveram retração de 0,7% em volume e 3,9% em faturamento nos nove primeiros meses de 2024. Foram enviados 3,819 milhões de toneladas agora, contra 3,793 milhões de toneladas nos três primeiros trimestres de 2023. O faturamento caiu de US$ 7,4 bilhões para US$ 7,1 bilhões. Para o Paraná, que é o primeiro produtor e primeiro exportador no País, o mercado internacional foi mais favorável. No período relatado foram exportadas 1,619 milhão de toneladas, com faturamento de US$ 2,959 bilhões. Representou aumento de 1,4% sobre os 1,597 milhão de toneladas e de 1,6% sobre os US$ 2,913 bilhões alcançados em 2023.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha outubro com alta de 6,10% e no maior nível desde março de 2021
Os receios em torno da política fiscal do governo Lula e da possibilidade de Donald Trump vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos voltaram a sustentar o dólar na quinta-feira, o que fez a moeda terminar o mês de outubro na maior cotação ante o real desde março de 2021.
O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,30%, cotado a 5,7815 reais. Este é o maior valor de fechamento desde 9 de março de 2021, quando encerrou em 5,7927 reais. Em outubro, a divisa acumulou elevação de 6,10%. Às 17h41, o contrato de dólar futuro para dezembro na B3 -- que nesta sessão passou a ser o mais líquido -- subia 0,35%, a 5,8025 reais na venda. A sessão desta quinta-feira foi marcada pela definição da Ptax de fim de mês, o que tradicionalmente eleva a volatilidade por conta da disputa pela taxa. Além da disputa pela Ptax, investidores observaram pela manhã a divulgação de dados robustos sobre a economia norte-americana, que reforçaram a tendência mais recente de alta para os rendimentos dos Treasuries. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram 12.000 nos EUA, para 216.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 26 de outubro. Já os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,5% no mês passado, após ganho revisado para cima de 0,3% em agosto. Por outro lado, o índice de preços PCE aumentou 0,2% em setembro, após um ganho não revisado de 0,1% em agosto. De acordo com Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, a desconfiança do mercado na política fiscal do governo Lula e a expectativa crescente de que o republicano Trump vencerá a democrata Kamala Harris na corrida eleitoral norte-americana voltaram a sustentar o dólar. “Estamos na mesma pegada dos últimos dias,”, comentou Avallone. “E não adianta ter diferencial de juros favorecendo Brasil se o governo não trata das próprias contas”, acrescentou. Nas últimas semanas, apesar do diferencial de juros favorável à atração de recursos pelo país -- já que o Fed caminha para cortar mais seus juros e o Brasil tende a acelerar a alta da taxa básica Selic --, o dólar tem escalado patamares cada vez mais elevados ante o real.
Reuters
Ibovespa fecha em queda afetado por Wall St e sem novidades fiscais
No setor de proteínas, BRF ON valorizou-se 2,86%, tendo no radar anúncio da BRF Arabia, joint venture formada pela empresa brasileira de alimentos e a saudita Halal Products Development Company (HPDC), na quinta-feira de contrato que prevê a aquisição de 26% da Addoha Poultry Company, empresa avícola da Arábia Saudita, por 84,3 milhões de dólares.
O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, contaminado pelo viés negativo de Wall Street, enquanto Bradesco também pesou com as preferenciais caindo mais de 4% após resultado trimestral, apesar de alta no lucro e melhora em rentabilidade. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,71%, a 129.713,33 pontos, tendo marcado 129.641,78 pontos na mínima e 130.797,86 pontos na máxima da sessão, sem novidades sobre o pacote fiscal. Com tal desempenho, o Ibovespa acumulou em outubro uma perda de 1,6%, no segundo mês seguido no vermelho, acumulando em 2024 uma perda de 3,33%. O volume financeiro no pregão desta quinta-feira somou 20,88 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, os rendimentos dos Treasuries avançaram após dados de auxílio-desemprego e gastos do consumidor mostrando a economia sólida, o que minou as bolsas, que ainda reagiram a notícias de Meta e Microsoft. O risco de o Banco Central perder as rédeas da inflação ganhou destaque em reuniões de membros do BC com investidores em Washington na última semana, segundo relatos à Reuters. O tema também passou a ocupar a pauta de análises de corretoras e bancos de investimentos no Brasil, mas especialistas e membros do governo ainda não veem elementos que levem a essa conclusão. De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa começou a semana superando a resistência, mas mostra ao longo das últimas tentativas a dificuldade em manter uma sequência de altas, mostrou o relatório Diário do Grafista nesta quinta-feira. Na segunda-feira, o Ibovespa encerrou acima dos 131 mil pontos, marcando o maior nível de fechamento desde 16 de outubro.
Reuters
Brasil tem menor taxa de desemprego desde o fim de 2013 no 3º tri
A taxa de desemprego brasileira encerrou o terceiro trimestre no menor nível desde o final de 2013, em um resultado abaixo do esperado que mostra que o mercado de trabalho segue aquecido. Nos três meses até setembro a taxa de desemprego ficou em 6,4%, de 6,9% no segundo trimestre, e ante os 7,7% vistos no mesmo período do ano passado
O dado divulgado na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou ainda ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 6,5%. Essa foi a segunda menor taxa de desemprego na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, acima somente dos 6,3% no trimestre encerrado em dezembro de 2013. "Estamos consolidando uma queda constante e contínua do indicador, e esse terceiro trimestre mostra um cenário positivo", disse Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE. Analistas avaliam que a taxa de desemprego no Brasil permanecerá em patamar baixo por algum tempo, o que ajuda a estimular a atividade econômica. Por outro lado, tende a pressionar os preços, principalmente de serviços, o que dificulta o controle da inflação. Diante disso, o Banco Central vem mostrando preocupação com o cenário inflacionário e os novos dados estarão na mesa durante a reunião de política monetária da autarquia na próxima semana, quando irá definir a taxa básica de juros, atualmente em 10,75%. Nos três meses até setembro, o número de desempregados caiu para 7,001 milhões, uma queda de 7,2% frente ao segundo trimestre e de 15,8% sobre o mesmo período do ano passado. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. "A trajetória de queda da desocupação resulta da contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas”", disse Beringuy. Já o total de ocupados alcançou 103,029 milhões, novo recorde, mostrando alta de 1,2% sobre os três meses até junho e de 3,2% na comparação anual. Segundo o IBGE, a Indústria e o Comércio foram os grupamentos de atividade que puxaram o aumento da ocupação no trimestre, com altas, respectivamente, de 3,2% e de 1,5% no número de trabalhadores. Juntos, esses dois grupamentos absorveram 709 mil trabalhadores, na comparação trimestral. No Comércio, a população ocupada foi recorde, chegando a 19,557 milhões de pessoas. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceram 1,5% na base trimestral, enquanto os que não tinham carteira aumentaram 3,9%, com o contingente total em cada um batendo novos recordes. Os empregados do setor público também chegaram a um recorde, de 12,785 milhões. “O terceiro trimestre aponta para retenção ou crescimento de ocupados na maioria dos grupamentos de atividades. Em particular, a indústria registrou aumento do emprego com carteira assinada. Já no comércio, embora a carteira assinada também tenha sido incrementada, o crescimento predominante foi por meio do emprego sem carteira”, explicou Beringuy. No período, a renda média real das pessoas ocupadas foi de 3.227 reais, uma queda de 0,4% sobre o segundo trimestre, mas alta de 3,7% ante o mesmo período de 2023. Na véspera, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou que o Brasil abriu 247.818 vagas formais de trabalho em setembro, acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters.
Reuters
Dívida pública federal cai 1,25% em setembro, para R$6,948 tri, diz Tesouro
A dívida pública federal caiu 1,25% em setembro ante agosto, para 6,948 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira.
No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou 6,640 trilhões de reais, com queda de 1,13%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 307 bilhões de reais, com recuo de 3,71%.
Reuters
Desemprego no Brasil cai, mas agropecuária registra queda no número de trabalhadores, aponta IBGE
A taxa de desocupação no Brasil recuou para 6,4% no trimestre encerrado em setembro de 2024, segundo a PNAD Contínua do IBGE, marcando a segunda menor taxa da série histórica. Setores como Indústria e Comércio impulsionaram o crescimento da ocupação com a criação de mais de 700 mil postos de trabalho. Contudo, o setor agropecuário apresentou queda de 4,7% no contingente de trabalhadores em relação ao mesmo período de 2023, indicando desafios no mercado de trabalho rural
Para o agronegócio, os dados do IBGE refletem a necessidade de se adaptar a novas realidades do mercado de trabalho. A alta mecanização e as mudanças climáticas têm exigido inovações e novas qualificações para manter a competitividade e ampliar as oportunidades de emprego no campo. Para reverter a tendência de queda, especialistas apontam para investimentos em qualificação técnica e para a importância da adoção de práticas de sustentabilidade, que podem gerar novas oportunidades de trabalho e desenvolvimento para o setor. taxa de desocupação, que atingiu 6,4%, representa uma diminuição de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (6,9%) e de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2023 (7,7%). O número de pessoas desocupadas caiu para 7 milhões, o menor índice desde janeiro de 2015. Essa trajetória reflete a crescente demanda por mão de obra na Indústria e no Comércio, setores que se destacaram ao absorver 709 mil novos trabalhadores no período. Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, "a queda da desocupação é impulsionada pela ampliação do contingente de trabalhadores nas atividades econômicas mais dinâmicas". Este crescimento foi especialmente evidente na Indústria, com aumento de 3,2%, e no Comércio, que registrou alta de 1,5% no número de ocupados. Enquanto os setores urbano-industriais apresentaram expansão, o setor agropecuário registrou queda de 4,7% na sua população ocupada em comparação ao ano anterior. A retração representa desafios específicos, como a sazonalidade e questões relacionadas à mecanização e automação rural, que têm impactado o emprego no campo. A redução de postos no agro contrasta com a estabilidade de outros setores e com o crescimento dos setores industriais e comerciais. No setor privado, o número de empregados com carteira assinada alcançou 39 milhões, um novo recorde. Além disso, o rendimento médio real das pessoas ocupadas atingiu R$ 3.227, representando um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2023. A massa de rendimentos também cresceu 7,2% na comparação anual, totalizando R$ 327,7 bilhões.
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