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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 74 DE 23 DE FEVEREIRO DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 74| 23 de fevereiro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


ÁGIO do ‘Boi-China’ alcança até R$ 40/@,

Machos terminados com padrão para entrar no mercado chinês valem entre R$ 340/@ e R$ 350/@ nas praças do interior de SP, segundo os dados levantados por consultorias do setor pecuário


A referência para o macho abatido com idade abaixo dos trinta meses – o chamado “boi-China” – segue firme entre R$ 340/@ e R$ 350/@ nas praças do interior de São Paulo, segundo os dados das consultorias. “Há relatos de frigoríficos que já oferecem prêmios na casa dos R$ 40 por arroba em animais que seguem os padrões do mercado chinês, em relação aos valores do boi comum (destinado ao mercado doméstico)”, informam os analistas da IHS Markit. Dados da Scot Consultoria mostram que as cotações das categorias de animais que seguem para o mercado interno estão estáveis no Estado de São Paulo. “Apesar do consumo interno fragilizado (de carne bovina), a oferta reduzida de animais está dando sustentação às cotações da arroba”, avalia a equipe de analistas da Scot. O boi comum vale hoje R$ 338/@ (valor bruto e a prazo) nas regiões de São Paulo, informa a Scot. A vaca e a novilha prontas para abate são negociadas a R$ 303/@ e R$ 330/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Segundo a IHS, em localidades da região Norte/Nordeste do Brasil (como nos Estados como Maranhão, Pará e Tocantins), os frigoríficos de pequeno ou médio portes que não exportam para o mercado internacional começam a se ausentar dos negócios, um reflexo da enorme dificuldade no escoamento dos estoques da proteína no atacado/varejo. Além disso, tanto a IHS quanto a Scot destacam o atual movimento de forte alargamento do diferencial de base (defasagem dos preços da arroba) entre São Paulo e as demais praças pecuárias do País. “Na região Norte/Nordeste, considerando a arroba do animal comum, os preços médios do boi gordo apresentam valores até R$ 40/@ menores quando comparados com as cotações estabelecidas na região Centro-Sul”, relatam os analistas da IHS. Segundo avaliação do economista Yago Travagini, da Agrifatto, nas últimas semanas, os preços do boi gordo seguiram firmes em São Paulo, enquanto em demais regiões – como em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia –, os valores da arroba sofreram algumas quedas. Tal movimento, diz Travagini, é explicado pelo fato de o mercado paulista abrigar um número grande de plantas habilitadas para exportação à China (47% dos frigoríficos existentes no Estado possuem unidades com este perfil). O analista da Agrifatto também destaca a enorme disparidade entre o preço do corte do dianteiro destinado ao mercado interno (hoje, ao redor de R$ 17-17,50/kg) e o valor do dianteiro direcionado ao mercado da China (R$ 38-39/kg). “Trata-se do dobro do valor, uma diferença muito grande”, observa ele. Segundo Travagini, com a desvalorização do dólar frente à moeda nacional, os frigoríficos brasileiros começaram a pressionar mais os importadores chineses a pagar valores mais altos pela carne exportada, com intuito de pelo menos preservar as margens de venda obtidas ao longo deste ano. “Dessa maneira, a China está aceitando pagar 8-10% a mais pela carne brasileira em relação a um mês atrás”, afirma Travagini. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 345/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 292/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 307/@ (à vista) vaca a R$ 295/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca R$ 295/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 276/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 289/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 287/@ (prazo) vaca a R$ 278/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 286/@ (à vista) vaca a R$ 276/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).

PORTAL DBO


Carne bovina tem alta de 133% acima da inflação, aponta estudo

Preços aumentam 41,97% de acordo com pesquisa do IBPT; veja os alimentos com maior variação


O preço da carne bovina teve um aumento de 146,23% nos últimos dois anos, valor que indica uma diferença de 133,70% em relação à inflação. A variação coloca a carne como o produto que teve maior alta no período, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) divulgado na última semana. Com base na análise de 40 produtos, a pesquisa concluiu que os preços tiveram uma variação média de 41,97%, ou seja, ficaram 29,44% acima da inflação oficial, divulgada pelo IGBE para o período da pandemia, que foi de 12,53%. "Os sucessivos aumentos nos preços mostram que a inflação sentida no bolso dos brasileiros quando vão às compras está muito acima da oficial, ainda mais se considerarmos que apenas quatro dos 40 produtos tiveram uma variação de preço menor que o IPCA”, explica João Eloi Olenike, Presidente do IBPT. De acordo com a pesquisa, o quilo da carne bovina nos últimos dois anos passou de R$ 19,90 para R$ 49. O aumento ajuda a compreender a queda no consumo de carne no Brasil, que é o menor em 25 anos, segundo dados da Conab divulgados em 2021. A variação de preços foi significativa também para outros alimentos e produtos. A farinha de mandioca (kg) e o açúcar (Kg), por exemplo, apresentaram um aumento de 102,40% e 77,68%, respectivamente. Fora do segmento de alimentação, outros produtos também tiveram mudanças consideráveis em seus preços, como foi o caso do papel higiênico (rolo), com um aumento de 89,16% e a argamassa (20 kg), com 60,18%.

GLOBO RURAL


Rebanho total de bovinos alcançou um novo recorde no Mato Grosso em 2021

Dados atualizados do Indea-MT apontam que o total é de 32,70 milhões de cabeças


O rebanho total de bovinos alcançou um novo recorde no estado do Mato Grosso ao atingir 32,70 milhões de cabeças em 2021, sendo a maior quantidade de todos os estados brasileiros. De acordo com os dados atualizados do Indea-MT, o resultado foi 5,24% superior ao observado em nov.20 e trouxe como destaque a região noroeste de Mato Grosso, que teve um incremento de 11,20% de animais no mesmo comparativo, uma vez que o sistema predominante na região é o de cria. incremento foi observado na quantidade de animais mais jovens, de 0 a 12 meses, enquanto os mais velhos, acima de 24 meses, resultaram em decréscimo no mesmo comparativo. Vale destacar que o município que continuou liderando o ranking com maior número de cabeças de bovinos foi Cáceres, seguido do município de Vila Bela da Santíssima Trindade, com 1,17 milhão e 1,07 milhão de cabeças, respectivamente, ante o cenário de 2020. Já o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontou em seu relatório semanal que a arroba do boi gordo foi pressionada em 2,61% no comparativo com semana passada em função de algumas plantas frigoríficas fora de mercado. O preço da arroba da vaca gorda registrou queda de 2,66% no comparativo semanal e ficou na média de R$ 284,36. Com aumento da oferta de animais de reposição aliado ao poder de compra do recriador, a relação de troca entre boi/bezerro recuou 2,57% frente à semana anterior. A cotação da arroba do boi gordo em dólar voltou a se valorizar em janeiro de 2022, após pressão no 4º trim.21 diante dos casos de “vaca louca atípica” no estado. “Devido às questões sanitárias, a arroba mato-grossense foi pressionada e, da média dos US$ 56,78 no 3º trim.21, chegou a US$ 49,02 no 4º trim.21”, informou o IMEA. Os preços, que vinham superando os de países como a Argentina e Paraguai, passaram a registrar as menores cotações em nível mundial. Com a retomada das compras externas, alinhado a oferta restrita, os preços voltaram a se valorizar e, em jan.22, ficou na média de US$ 58,13/@. Por fim, a liderança dos preços em jan.22 se manteve com a Austrália e EUA, com as cotações na média de US$ 100,82/@ e US$ 80,96/@, respectivamente.

IMEA


SUÍNOS


Suínos: terça-feira de valorização generalizada

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 2,80%/1,79%, chegando em R$ 110,00/R$ 114,00, enquanto a carcaça especial aumentou 1,20%/2,35%, valendo R$ 8,50 o quilo/R$ 8,70 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (21), houve aumento de 5,02% em Santa Catarina, custando R$ 5,23/kg, avanço de R$ 3,96% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 5,25/kg, valorização de 3,88% no Paraná, chegando em R$ 5,36/kg, incremento de 2,08% em São Paulo, alcançando R$ 5,88/kg, e de 1,33% em Minas Gerais, fechando em R$ 6,08/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango: cotações estáveis na terça-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como a ave no atacado, valendo R$ 5,80/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 3,99/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,08/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (21), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 6,10/kg e R$ 6,38/kg.

Cepea/Esalq


Filipinas detecta gripe aviária em fazendas de patos e codornas

O Departamento de Agricultura das Filipinas disse na terça-feira que detectou recentemente surtos de gripe aviária em algumas fazendas de patos e codornas perto da capital, depois de se livrar da doença há mais de um ano


Os casos mais recentes envolveram a cepa H5N1, não a cepa H5N6 encontrada durante surtos nos últimos anos, embora ambas sejam classificadas como altamente patogênicas. Em janeiro de 2021, o departamento anunciou que o país do Sudeste Asiático estava livre do vírus H5N6, citando uma declaração da Organização Mundial de Saúde Animal. Os primeiros casos de infecção pelo H5N1 foram encontrados no mês passado nas províncias de Bulacan e Pampanga, sede de algumas empresas avícolas. Casos adicionais foram registrados no início deste mês, disse o departamento em comunicado. No entanto, a cepa ainda não foi encontrada em frangos e perus, de acordo com Reildrin Morales, Diretor do Bureau of Animal Industry do departamento. Morales disse que as autoridades veterinárias municipais imediatamente abateram todas as aves nas fazendas de codornas e patos afetadas. Zonas de quarentena foram estabelecidas em torno de fazendas infectadas para evitar a propagação do vírus e o risco de transmissão para humanos, disse ele. O Secretário de Agricultura, William Dar, no entanto, assegurou ao público que o risco de os humanos pegarem o vírus H5N1 era "muito baixo".

REUTERS


EMPRESAS


BRF aprova chapa da Marfrig com Marcos Molina e Sergio Rial para conselho

O Conselho de Administração da BRF aprovou chapa apresentada pela Marfrig, com dez membros para a composição do colegiado da companhia, que será eleito no dia 28 de março em assembleia de acionistas, disseram as empresas nesta terça-feira


A lista enviada pela Marfrig indicou Marcos Molina como candidato a Presidente do Conselho de Administração da BRF -- a Marfrig, de Molina, é o principal acionista da BRF, gigante brasileira do setor de aves, suínos e alimentos processados. Molina é dono e atualmente preside o colegiado da Marfrig, uma das maiores produtoras de carne bovina do mundo, com forte atuação nos Estados Unidos e América do Sul. Sergio Rial, que deixou o cargo de CEO do Santander Brasil no ano passado e segue como presidente do conselho do banco, foi indicado para Vice-Presidência do conselho da BRF. Também foram indicados como conselheiros Márcia Marçal dos Santos, esposa de Molina; a Presidente da Adidas, Flávia Bittencourt; a CEO da Amcham, Deborah Vieitas; o executivo Augusto Cruz Filho; Altamir Batista da Silva, com passagem pelo J.P Morgan e banco Safra; Oscar Bernardes; Eduardo Pocetti do Conselho da Metal Leve; e o pecuarista Pedro de Camargo Neto. A chapa proposta pela Marfrig foi aprovada pela BRF com nove votos e uma abstenção, disse uma fonte à Reuters na condição de anonimato. Na véspera, a Marfrig comunicou ao mercado que seu conselho havia decidido que a companhia deveria exercer seus direitos de acionista da BRF, para passar a influenciar na administração da maior produtora de carne de aves do Brasil. No ano passado, a Marfrig intensificou as compras de ações da BRF em maio, dizendo naquela oportunidade que o movimento visava apenas diversificar investimentos. Com as operações, a companhia de bovinos chegou à participação de 33,25%. O estatuto da BRF exige que um investidor que atinja 33,33% de participação na empresa faça uma oferta pública de aquisição de todas as ações remanescentes, a chamada cláusula de "poison pill". Até o início deste mês, o mercado especulava que a Marfrig aumentaria sua fatia na BRF, sem acionar o mecanismo de "poison pill", quando a empresa de alimentos realizou uma oferta de ações ("follow-on") que levantou 5,4 bilhões de reais. A participação acionária da Marfrig foi mantida na BRF.

REUTERS


BRF tem lucro de R$ 964 milhões no 4º tri

A BRF teve um lucro líquido (operações continuadas) de R$ 964 milhões no quarto trimestre de 2021, alta de 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou a companhia na terça-feira (22)


No ano de 2021, o lucro líquido foi de R$ 517 milhões, queda de 62,8%. A receita líquida da empresa somou R$ 13,7 bilhões no quarto trimestre (+19,6%) e R$ 48,3 bilhões (+22,5%) em 2021. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado subiu 6,3% no quarto trimestre, a R$ 1,69 bilhão, e teve alta de 7,2% no ano completo, para R$ 5,6 bilhões. A BRF disse que a queda nas exportações no quarto trimestre levou a um aumento da concorrência no mercado doméstico brasileiro, gerando queda nos preços e pressionando margens da companhia. Apesar desse cenário, o maior spread histórico entre carne bovina e suína permitiu à empresa capturar volumes recordes de carne suína, em linha com a estratégia de aumentar a penetração regional. No segmento internacional, a BRF observou a contração dos volumes e preços de exportação da carne suína para a China. “A queda da margem de suínos e o cenário adverso de custos produtivos e logísticos impactaram negativamente a margem bruta do segmento, que foi parcialmente compensada pela elevação consecutiva dos preços em dólares para Japão e Coreia do Sul, devido à queda dos estoques locais e abastecimento limitado de outros países para a região”, disse a BRF em comunicado de resultados. No segmento de distribuição para o mercado halal, a BRF aumentou a participação de alimentos industrializados no mix de venda. O cenário inflacionário e de desvalorização da lira no mercado turco levaram a companhia a repassar custos para recompor margens no mercado interno e redirecionar volumes para a plataforma de exportações da Banvit.

CARNETEC


Frigorífico do PR vai exportar carne suína para Singapura

Com sede em Ibiporã, no norte do Estado, o RPF Group foi habilitado pela Singapore Food Agency por cumprir todas as exigências específicas do país asiático em segurança de alimentos.

A empresa ocupa a quarta posição entre os maiores produtores de carne suína no Estado

O país asiático vem buscando no Brasil um expressivo volume de proteína suína, mas apresenta exigências específicas de seus fornecedores, com necessidade de aprovação pela SFA - Singapore Food Agency. Além de Singapura, no ano passado a RPF ampliou suas habilitações de exportações para quatro novos países: África do Sul, Argentina, Paraguai e Uruguai, que também apresentam exigências específicas. Cada país possui um protocolo específico. Os países que chamamos de ‘Lista Geral’ ou ‘Lista Brasil’ permitem o comércio sem habilitação prévia pois entendem que a legislação brasileira atende aos requisitos sanitários por eles impostos. Há países que habilitam apenas após auditora in loco por parte deles. Outros solicitam apenas o preenchimento de questionários específicos e outros são habilitados por indicação. O Gerente Comercial do RPF Group, Marcos Pezzutti, revela que a estimativa de venda para o mercado de Singapura é de cerca de 10% do volume exportado pelo grupo. Ele destaca que o país pratica diferenciais de preços em relação aos demais da região, o que garante mais atratividade nessa operação. “A entrada em Singapura só foi possível pela qualidade de nossos produtos, que decorre de todo um sistema de rastreabilidade que temos implantado. Atuamos diretamente e temos o domínio em toda a cadeia produtiva - da criação, ao abate e industrialização - e isso é um diferencial e tanto no segmento”, garante Pezzutti. O RPF Group tem atualmente duas unidades frigoríficas no Paraná, em Ibiporã, norte do Estado, e em Bocaíuva do Sul, região dos Campos Gerais. Neste ano de 2022, a previsão é elevar o abate diário das atuais 3.100 cabeças de suínos para 4.100/dia. Outros mercados para os quais o RPF Group já exporta incluem Leste Europeu, Argentina, Uruguai e África do Sul.

RPF Group


Analistas prevêem trimestre bom para grandes frigoríficos

As companhias exportadoras de carne bovina listadas na B3 devem apresentar resultados consistentes no quarto trimestre de 2021, em meio à forte demanda dos mercados asiático e americano e ao cenário de oferta restrita de proteínas, apontaram analistas consultados pela Mover


Investidores estão atentos aos resultados do setor, já que as ações de Marfrig e JBS foram, respectivamente, a terceira e quarta maiores altas do Ibovespa no ano passado, subindo mais de 70%, enquanto o índice recuou 11,92%. Além disso, a americana Tyson Foods, líder global em alimentos, reportou balanço recorde há algumas semanas, o que sinaliza boas perspectivas também para os frigoríficos exportadores brasileiros, segundo traders. A dinâmica observada em resultados do ano passado tende a ser a mesma para o quarto trimestre. “Com forte demanda asiática e mercado americano aquecido, os frigoríficos voltarão a apresentar sólida geração de caixa e redução de alavancagem”, diz o analista do TC Matrix Vitor Aguiar. O cenário também é positivo em função da restrição global de oferta, especialmente na proteína bovina. “Diferentemente da proteína de aves ou suínos, que têm ciclo curto, a oferta de carne bovina demora a convergir com a demanda”, explica o analista do mercado físico de boi gordo Leandro Girotto. “Países com grande produção de gado a mantém estável por anos, mesmo com o consumo global em alta. O fenômeno ficou ainda mais evidente nos últimos anos, após a China intensificar o consumo dessa proteína, o que tem desbalanceado a cadeia e elevado preços”, completou Girotto. A alta procura pela proteína bovina e a baixa disponibilidade no mercado resultam em inflação de preços da carne, que beneficia JBS e Marfrig, segundo o Bank of America, BofA. O cenário deve trazer crescimento anual de 80% para o Ebitda da Marfrig e de 68% para o lucro operacional da JBS no quarto trimestre, segundo o banco. Já a Minerva deve ter margens pressionadas pela alta da arroba no Brasil, observada nos últimos meses do ano passado. Isabella Simonato e Guilherme Palhares, analistas do BofA, preveem crescimento anual de 6,7% no Ebitda da exportadora, para R$643 milhões, impulsionado pela resiliência da subsidiária Athena Foods, que conseguiu acelerar volumes de outros países da América Latina.

TradersClub


MEIO AMBIENTE


Varejista alemã Aldi para de comprar carne brasileira por causa de desmatamento

Rede amplia compras do produto em seu próprio país


O grupo varejista alemão Aldi Nord e Aldi Süd decidiu parar de comprar carne bovina do Brasil por causa do desmatamento na Amazônia e reforçar as compras da carne produzida na própria Alemanha. Serão suspensas as compras de carnes brasileiras frescas e congeladas a partir do próximo verão europeu. Em comunicado divulgado na sexta-feira, a companhia afirmou que, apesar dos acordos para prevenir o contágio do desmatamento na cadeia de fornecimento de carne do Brasil, o segmento ainda é criticado pelo desmate ilegal para avanço de pastagens. A companhia disse que a medida faz parte de seu objetivo de acabar até 2030 com o desmatamento em suas cadeias de fornecimento “relevantes”, como soja, óleo de alma e carne. A Aldi adiantou que, com a decisão, também pretende aumentar as compras de carne dos produtores alemães. Atualmente, 85% da carne comercializada pela rede varejista já é de origem alemã.

VALOR ECONÔMICO


INTERNACIONAL


Governo da Argentina afirma que incêndio e seca já afetaram 1,5 milhão de cabeças de gado

Ministro da Agricultura da Argentina destacou que a situação está se tornando um problema nacional


O governo da Argentina informou na terça-feira (22) que mais de 1,5 milhão de cabeças foram comprometidas pelos incêndios e pela seca na província de Corrientes. Durante a visita aos produtores afetados, o Ministro da Agricultura da Argentina, Julián Domínguez, afirmou que a situação está se tornando um problema nacional no que se refere à produção de gado. "Estamos em um cenário que complica ainda mais o 1,5 milhão de cabeças que faltavam no gado argentino. Esse cenário vai afetar a oferta de animais, a falta de bezerros e a alteração do processo de produção dos animais do ciclo 2022/23", destacou o Ministro da Agricultura em depoimento publicado no site oficial do Ministério da Agricultura da Argentina. De acordo com as informações do Broadcast Agro, a região é a segunda província pecuária do país com quase 5 milhões de cabeças de gado e isso representa 10% do rebanho total do país. O Ministro da Agricultura da Argentina ainda destacou que algumas medidas estão sendo implementadas pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa). O governo já liberou linhas de financiamento específicas para produtores. “Estamos trabalhando para agilizar as assistências que possam sustentar a capacidade produtiva”, afirmou Domínguez.

Broadcast Agro


França proíbe importação de carne de animais tratados com antibiótico

A França publicou um decreto nesta terça-feira que proíbe a importação de carne de animais tratados com antibióticos --uma prática proibida na agricultura na União Europeia desde 2006--, em medida que afetaria principalmente o mercado de aves


A França está antecipando uma medida de toda a UE que deveria entrar em vigor no final do mês passado, mas foi adiada por falta de legislação sobre verificações sanitárias, disse o Ministério da Agricultura em comunicado. A proibição francesa entrará em vigor em 22 de abril, dando ao mercado dois meses para obter uma garantia de seus fornecedores de que a carne não vem de criação usando antibióticos, para que operadores tenham tempo de modificar sua cadeia de suprimentos, se necessário. Ao administrar antibióticos quando os animais não estão doentes, as bactérias se acostumam com o remédio e gradualmente desenvolvem resistência, tornando os antibióticos menos eficazes quando realmente necessários, disse o ministério. O setor das aves seria de longe o maior mercado afetado pela proibição, disse um funcionário do Ministério da Agricultura francês. A UE importa principalmente aves do Brasil, Tailândia e Ucrânia. Não ficou claro imediatamente quanto das importações poderia ser afetada pela proibição.

Reuters


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná aumentou em R$ 2,2 bilhões receitas com ICMS dos combustíveis em 2021

Durante a apresentação das contas, Renê Garcia Junior mostrou aos deputados que o estado fechou 2021 com R$ 6,48 bilhões de resultado primário, mas citou que, descontados os “restos a pagar”, a Fazenda iniciou 2022 com R$ 2 bilhões em caixa


Durante a prestação de contas referente ao terceiro quadrimestre de 2021, na Assembleia Legislativa do Paraná, o Secretário Estadual da Fazenda, Renê Garcia Junior, revelou que, por causa da inflação, a arrecadação do estado com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis cresceu R$ 2,2 bilhões em 2021, em relação ao arrecadado em 2020. O Secretário lembrou que a alíquota sobre os combustíveis se manteve igual no período, mas que, com a grande elevação dos preços, a arrecadação saltou. “A receita de janeiro a dezembro apresentou crescimento real de 7% (nominal de 17%) com destaque para as receitas patrimoniais, graças ao resultado da Copel, que trouxe uma receita extraordinária de R$ 1,2 bilhão, e para a arrecadação com ICMS, onde, apenas com combustíveis, por conta da inflação, a arrecadação cresceu R$ 2,2 bilhões (de R$ 6,7 bilhões para R$ 8,9 bilhões)”, explicou o Secretário. O deputado Homero Marchese (Pros) questionou se, então, a inflação é benéfica para os cofres públicos: “a população está sendo penalizada, enquanto a arrecadação está crescendo” e perguntou se não havia como “repartir o bolo” reduzindo tributos neste período de inflação alta. “É uma falsa ilusão que a inflação provoca uma melhora no orçamento. Os estudos teóricos indicam que ela causa prejuízo. Inicialmente causa aumento de receita, mas como as receitas são vinculadas a despesas obrigatórias em 94%, as despesas com educação e saúde, por exemplo, são aumentadas na mesma proporção. E algumas dessas despesas são geradas em caráter permanente e não em programas pontuais”, respondeu o Secretário. “Outro problema é a indexação dos contratos e dos gastos com pessoal. Então, quando se soma liquidamente, muitas vezes, o que foi aumento de arrecadação temporário pela inflação, acaba impactando o superávit estrutural do estado”, acrescentou, citando que a dívida do estado e todos os seus contratos também sofreram reajuste com a inflação. “Com o déficit orçamentário previsto de R$ 6,7 bilhões, mas um crescimento de receitas que pode chegar a R$ 4,5 bilhões, chegamos a um cenário de equilíbrio para 2022. Sem déficit, nem superávit. Se as coisas se comportarem bem, com o crescimento de arrecadação por conta da inflação, esse é o quadro, mas não podem surgir despesas extras”, comentou.

GAZETA DO POVO


Governo promete “abandonar” taxas altas na Compagas, mas não diz quando preço será reduzido

Quais são as bases da tarifa e quanto custará o preço do gás natural no Paraná na prorrogação do contrato de concessão da Compagas por mais 30 anos?


A pergunta foi recorrente na audiência pública on line promovida na terça-feira (22) pelo governo paranaense. “Queremos que fique abaixo da média de mercado”, disse Marcelo Curado, representante da Casa Civil, que conduziu o debate. Rafael Lamastra, CEO da Compagas, a companhia que detém o monopólio da distribuição do gás natural no estado, disse que é possível uma redução de 37% em relação à margem atual da distribuição. O contrato da Compagas vence em 2024, quando completa 30 anos. Será estendido por mais 30 e o governo decidiu antecipar para este ano a renovação, redefinindo as cláusulas. Na audiência pública, Marcelo Curado informou que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da USP, que assessorou o governo do estado na construção do Plano Estadual do Gás e nas bases da renovação do atual contrato de concessão, foi recontratada em dezembro último e segue com o trabalho até abril desse ano. A nova contratação foi justificada por conta da necessidade de análise das contribuições apresentadas nas audiências públicas. A expectativa é que depois desse prazo seja apresentada uma nova versão do Plano e da minuta de contrato de concessão. De concreto, na audiência, o governo anunciou que a taxa interna de retorno (a taxa que remunera os investidores) sai dos atuais 20% e passa para o percentual médio de mercado, que varia entre 7% e 9%. Além disso, não haverá mais o pagamento da remuneração sobre as despesas, que também era de 20%. Para o Gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, esses são avanços importantes. “São questões que interferem no preço e, solucionadas, contribuirão para o gás ficar mais barato no Paraná”. Mas, segundo Mohr, dois pontos essenciais não foram respondidos: “Qual será a tarifa? E quando ela entra em vigor? O governo sinaliza para julho de 2024, quando efetivamente acaba o atual contrato, mas nós queremos a partir desse ano já que a renovação está sendo antecipada”, destaca Mohr. Para o Diretor da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Adrianno Lorenzon, um dos principais pontos que ainda ficaram em aberto na audiência é a questão da outorga. O governo quer cobrar R$ 508 milhões da Compagas para que ela siga com o monopólio da distribuição. “Isso preocupa bastante e os representantes dos consumidores se posicionaram contrários na audiência”, observou. Lorenzon reforçou que a Abrace é contra e que a entidade judicializou o tema em Minas Gerais, onde a discussão segue na Justiça. “Não somos contra a outorga, mas ela não pode ser repassada ao consumidor”, frisou. Para Rui Brandt, Presidente do Sinpacel, sindicato que representa as indústrias de papel e celulose, a proposta de redução da tarifa em 37%, como foi aventada na audiência pela Compagas, não resolve o problema. “Ainda continuaria muito elevada”, disse. Fábio Germano, Presidente do Sindilouças, sindicato que reúne as indústrias de louça e porcelana do Paraná, disse que “o importante é que as novas regras passem a valer logo após a assinatura e não seja necessário esperar dois anos”, disse. “Sofremos muito nos últimos anos, chegamos a ter um diferencial em torno de 50% no custo do gás natural em comparação ao estado vizinho de Santa Catarina, isso impacta na nossa competividade”, criticou. Segundo ele, o peso do preço do gás no custo de produção varia de 20% a 35%. No Paraná, o ICMS sobre o gás é de 18%. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul é 12%. O Paraná tem um dos preços mais altos do gás natural no país. Custa R$ 3,80 o metro cúbico (para 10 mil metros cúbicos por dia, que é o consumo médio das indústrias). Em todo o Brasil varia de R$ 3,60 a R$ 2,70. Santa Catarina, que concorre com o Paraná por atração de investimentos, cobra R$ 2,94. O grande questionamento diz respeito à margem de distribuição, que desequilibra o preço do Paraná em relação a outros estados.

GAZETA DO POVO


Paraná vive momento único para revisar concessão de gás natural, diz Fiep

Em audiência pública que discutiu prorrogação de contrato da Compagas, entidade defendeu redução de tarifas para aumentar competitividade industrial


A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) afirmou na terça-feira (22), em audiência pública promovida pela Secretaria de Planejamento, que o Estado vive um momento único para revisar seu modelo de concessão de gás natural. A Fiep defendeu que é essencial que o novo modelo, atualmente em discussão, garanta tarifas próximas às praticadas em estados vizinhos, ampliando a competitividade do setor, que hoje paga um dos valores mais elevados do país. A audiência pública faz parte do processo de implantação do Plano Estadual do Gás, que tem como principal estratégia a prorrogação do contrato de concessão da Compagas, empresa que detém o direito de explorar o serviço de distribuição e comercialização de gás natural no Paraná até julho de 2024. Ao antecipar uma prorrogação por mais 30 anos, o governo do Estado propõe estabelecer um modelo de concessão mais moderno, com o objetivo de ampliar investimentos na rede de distribuição e reduzir tarifas. “Esta é uma oportunidade única de planejarmos juntos os próximos 30 anos e uma possibilidade concreta de equiparar o preço do nosso gás natural especialmente com o de estados próximos, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde estão os maiores concorrentes das indústrias do Paraná”, disse o gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep, João Arthur Mohr. “Isso é importante também para atrair investimentos, gerar emprego e renda, trazendo competitividade para o Paraná”, completou.

FIEP


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha a R$5,051, mínima em quase 8 meses, com rotação de fluxos para Brasil

O dólar prosseguiu em queda na terça-feira, no terceiro pregão seguido de baixa e para mínimas em quase oito meses, com a moeda chegando a operar na casa de 5,04 reais à medida que investidores globais voltaram a privilegiar divisas de juros mais elevados e atreladas às commodities


O mercado ainda teve fôlego para derrubar o dólar a novas mínimas já no fim da sessão, conforme os ativos externos melhoraram de sinal em meio a declarações do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre tensões geopolíticas em torno de Rússia, Ucrânia e Ocidente.

O dólar à vista fechou em queda de 1,08%, a 5,051 reais na venda. É o menor valor desde 1º de julho do ano passado (5,0447 reais). Em fevereiro, o dólar recua 4,80%, intensificando a queda em 2022 para 9,37%. Quanto mais altos os preços das commodities, mais dinheiro tende a ingressar nos países que as exportam, aumentando, assim, a oferta de moeda estrangeira --o que joga a favor de um dólar mais baixo. Por ora, a crise geopolítica não alterou a dinâmica de rotação de fluxos para mercados emergentes, onde no momento investidores veem avaliações mais atrativas. Em evento nesta terça, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, referendou essa narrativa ao dizer que a taxa de câmbio brasileira tem sido amparada por uma combinação entre juro mais alto, surpresa benigna do lado fiscal e rotação de ativos, a qual tem gerado entre investidores percepção de que é "importante entrar agora". Ele lembrou que as compras de dólares feitas no ano passado por investidores para adequação a uma mudança nas regras de tributação do overhedge também deixaram de pesar sobre o real.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta de 1,04%, aos 112.891,80 pontos

O acirramento das tensões no Leste da Ucrânia não impediu o Ibovespa de encerrar o pregão em alta consistente e colocar fim à sequência do índice de três dias consecutivos de baixa


Em meio à alta de empresas mais ligadas à economia local hoje, a principal referência da bolsa brasileira conseguiu se descolar novamente dos pares em Nova York e voltou a se aproximar da faixa dos 113 mil pontos. Após ajustes, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,04%, aos 112.891,80 pontos. O índice, que foi negociado em território positivo durante toda a sessão, marcou 113.315 pontos nos maiores níveis intradiários. O volume financeiro negociado dentro do índice totalizou R$ 23,58 bilhões na terça-feira, em linha com a média diária anual de 2022. Em Nova York, o S&P 500 fechou o dia em baixa de 1,01%, o Dow Jones recuou 1,42% e o Nasdaq anotou desvalorização de 1,23%.

VALOR ECONÔMICO


Citi eleva projeção para Selic a 12,75% e vê inflação acima do teto da meta neste ano

O Citi agora espera que a taxa Selic chegue a 12,75% ao fim do atual ciclo de aperto monetário em curso pelo Banco Central, prevendo que a autarquia será pressionada por uma inflação acima do teto da meta no acumulado deste ano


Anteriormente, o credor norte-americano projetava taxa terminal de 12,25%, mas a "persistência da inflação" levou à expectativa de maior agressividade por parte do BC "como maneira de levar a inflação de volta à meta em 2023 com credibilidade", disse o Citi em relatório na terça-feira. A projeção do banco privado para o IPCA ao término de 2022 subiu a 5,8%, patamar bem acima do teto da banda de tolerância. O centro do objetivo para este ano é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em dezembro passado, o Citi esperava alta de 4,7% do IPCA em 2022.

REUTERS


Ipea eleva projeção para inflação este ano a 5,6%, acima do teto da meta

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou para cima a projeção para a inflação neste ano medida pelo IPCA para 5,6%, de uma taxa de 4,9% prevista antes


Se confirmado, esse resultado fica bem acima do teto da meta para 2022, cujo centro é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Segundo o Ipea, a revisão teve como base pressões maiores de alimentos no domicílio e dos bens livres, cujas previsões de alta dos preços passaram respectivamente a 6,1% e 5,0%, de 4,5% e 3,7% anteriormente. A inflação estimada para os preços monitorados também aumentou, passando de 5,4% para 6,0%, com destaque para serviços livres e educação. "O crescimento econômico moderado e a recuperação gradual do mercado de trabalho impedem uma retomada mais forte da demanda interna”, disse o Ipea. O Ipea destacou ainda que, a apesar da perspectiva de desaceleração do IPCA em 2022, depois de o índice alcançar 10,06% em 2021, nível mais elevado em seis anos e estourando com força o teto da meta, ainda há outros riscos no horizonte. "Não estão descartados riscos inflacionários adicionais, que podem limitar ainda mais a desinflação no ano. Pelo lado da economia mundial, o agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia pode gerar uma alta mais acentuada das commodities, especialmente do petróleo e do gás", destacou o instituto. "Internamente, as incertezas em relação à política fiscal, que podem se intensificar devido às discussões inerentes ao processo eleitoral”, completou.

Ipea


Confiança do consumidor sobe em fevereiro, mas permanece em nível “muito baixo”, diz FGV

A confiança do consumidor subiu 2,9 pontos em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou na terça, 22, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou 77,0 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 0,7 ponto

“Em fevereiro, houve melhora da confiança dos consumidores influenciada por uma avaliação menos negativa sobre a situação atual e por um aumento das expectativas em relação aos próximos meses. O destaque foi o aumento da intenção de compras de bens duráveis, em queda há cinco meses consecutivos. O resultado positivo pode ter sido influenciado pelo Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica que voltaram a ficar mais otimistas, com indicadores superando o nível neutro de 100 pontos”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. Intenção de Consumo das Famílias atinge maior nível desde maio de 2020. No entanto, a pesquisadora do Ibre/FGV sugere cautela na análise dos resultados, uma vez que o indicador de confiança permanece em nível historicamente ainda “muito baixo”. Os consumidores também mostram “comportamento volátil” nos últimos meses, o que mostra “que a incerteza elevada tem afetado bastante a manutenção de uma tendência mais clara da confiança no curto prazo”, completou Viviane. Em fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,5 ponto, para 67,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 3,8 pontos, para a 84,5 pontos. O item que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 1,7 ponto em fevereiro, para 61,7 pontos, e o que mensura a percepção sobre a situação econômica atual cresceu 1,0 ponto, para 74,0 pontos, terceiro mês consecutivo de avanços. Apesar da melhora, os dois componentes se mantêm em patamar baixo em termos históricos. Quanto às expectativas para os próximos meses, o quesito de intenção de compras de bens de consumo duráveis avançou 8,8 pontos, para 69,1 pontos, após cinco meses seguidos de perdas. O item que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar caiu 0,4 ponto, para 84,2 pontos, enquanto o componente que captura as projeções sobre a situação econômica geral subiu 2,7 pontos, para 102,3 pontos. No mês de fevereiro, a confiança aumentou em todas as faixas de renda familiar, com destaque para os consumidores de menor poder aquisitivo. Entre as famílias que recebem até R$ 2.100,00 mensais, o ICC subiu 6,5 pontos, para 75,6 pontos, maior valor desde março de 2020, quando o indicador estava em 82,5 pontos.

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