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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 727 DE 15 DE OUTUBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 727|15 de outubro de 2024

                                          

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Boi gordo: tendência de alta continua, e mercado interno já vê queda no consumo

Os agentes envolvidos com o mercado brasileiro do boi gordo abriram a semana de olho no comportamento da demanda doméstica de carne bovina. No Paraná, o boi vale R$295,00 por arroba. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de seis dias.

 

Nas últimas semanas, a demanda interna pela proteína bovina esteve aquecida, o que ajudou a dar sustentação ao movimento de alta nos preços do boi gordo, que, na última semana, se aproximaram dos R$ 300/@ em São Paulo. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, na segunda-feira, os preços dos animais terminados ficaram estáveis, embora ainda com tendência de alta. Com isso, o boi gordo “comum” seguiu valendo R$ 297/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 265 e R$ 285/@, respectivamente, de acordo com a Scot. O “boi-China”, também base SP, está apregoado em R$ 300/@, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal sem padrão-exportação, acrescentou a consultoria. No entanto, pelo levantamento da Agrifatto, houve reajuste no preço do boi gordo na segunda-feira (14/1), que passou a ser negociado por R$ 297,50/@, considerando o valor médio entre o animal “comum” e o “boi-China”. Nas 16 outras regiões monitoradas pela Agrifatto, a média de preço do boi também aumentou neste primeiro dia da semana, para R$ 272,65/@. “Treze das dezessete praças acompanhadas passaram por valorização (SP, AC, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PR, RJ, RS, SC e TO); as outras quatro mantiveram suas cotações estáveis (AL, BA, PA e RO)”, detalha a Agrifatto. No mercado futuro, todos os contratos do boi gordo subiram na última sexta-feira, recorda a Agrifatto. O vencimento mais próximo, outubro/24, fechou a R$ 304,90/@, marcando uma alta de 0,89% em relação ao dia anterior. O contrato para novembro/24 foi cotado a R$ 302,40/@, com avanço diário de 0,60%. “É importante destacar que, no mercado futuro, as pessoas físicas, cautelosamente, reduziram suas posições compradas, enquanto os investidores institucionais diminuíram as suas posições vendidas”, observa a Agrifatto. Embora os preços de R$ 300/@ sejam uma realidade na B3, “alguns sinais de saturação começam a surgir, evidenciados pela redução na exposição dos operadores”, acrescentam os analistas da Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na segunda-feira (14/10): São Paulo — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$297,50. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$ 290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$260,00 a arroba. O “boi China”, R$270,00. Média de R$265,00. Vaca a R$245,00. Novilha a R$255,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$275,00 a arroba. O “boi China”, R$285,00. Média de R$280,00. Vaca a R$250,00. Novilha a R$255,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$280,00. Média de R$275,00. Vaca a R$245,00. Novilha a R$255,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$265,00 a arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de sete dias; Maranhão — O boi vale R$260,00 por arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Volume exportado de carne bovina in natura ultrapassa 100 mil toneladas até segunda semana de outubro

Média diária registra aumento de 27,4%

 

O volume exportado de carne bovina in natura alcançou 101,6 mil toneladas na segunda semana de outubro, conforme apontou a Secretária de Comércio Exterior (Secex) na segunda-feira (14). O volume embarcado em outubro do ano anterior foi de 186,1 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária exportada na segunda semana de outubro/24 ficou em 11,2 mil toneladas, ganho de 27,4%, frente a outubro/23 com 8,8 mil toneladas. O preço médio na segunda semana de outubro/24 ficou com US$ 4.600 mil por tonelada, alta de 0,01% frente a outubro de 2023, com US$ 4,596 mil por tonelada. O valor negociado para o produto ficou em US$ 467,6 milhões. O valor comercializado durante o mês de outubro do ano anterior foi de US$ 855,6 milhões. A média diária ficou em US$ 51,9 milhões, avanço de 27,5%, frente a outubro do ano passado, que ficou em US$ 40,746 milhões.

Secex/MDIC

 

Cotações da reposição subindo

A segunda semana de outubro foi marcada pela falta de chuva em grande parte do país, apesar das mudanças climáticas em determinadas regiões

 

Essa situação tem afetado negativamente as propriedades rurais, que enfrentam escassez de pasto. Em resposta, muitos produtores estão optando pela reposição mais pesada, para diminuir o tempo de permanência no pasto. Nesse contexto, considerando a média nacional, na comparação de preços feita semana a semana a cotação do boi magro anelorado subiu 5,0%, a do garrote e a da desmama subiu 4,0% e a do bezerro de ano subiu 3,0%. A cotação da vaca magra subiu 2,0%, a da novilha 3,0% e a da bezerra de ano e a da desmama subiu 1,0%. 

A procura pelo boi magro anelorado tem sido maior, e a oferta não está grande, elevando os preços. Das 13 praças monitoradas pela Scot Consultoria, apenas na Bahia a cotação não mudou. Nas demais, subiram.

Scot Consultoria

 

SUÍNOS

 

Mercado de suínos registra tímidas altas para o animal vivo na segunda-feira

O mercado de suínos abriu a semana na segunda-feira (14) com leve alta para o preço do animal vivo 

 

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,30/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (11), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, valendo R$ 8,96/kg. Houve tímida alta de 0,12% no Paraná, chegando a R$ 8,53/kg, incremento de 0,73% no Rio Grande do Sul, custando R$ 8,28/kg, avanço de 0,12% em Santa Catarina, alcançando R$ 8,43/kg, e de 0,45% em São Paulo, fechando em R$ 8,99/kg.

Cepea/Esalq

 

Suíno/Cepea: preços para o setor seguem na estabilidade desde a terceira semana de agosto

As cotações do suíno vivo e da carne atravessaram setembro em estabilidade, mas as médias mensais fecharam acima das observadas em agosto. Vale lembrar que, na segunda quinzena de junho, os preços do suíno vivo e da carne iniciaram um movimento de alta, que se sustentou até a terceira semana de agosto

 

Desde então, os preços desses produtos vêm permanecendo praticamente estáveis em quase todas as regiões monitoradas pelo Cepea, sustentados por um equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado doméstico. As exportações brasileiras de carne suína, considerando-se produtos in natura e industrializados, apresentaram recuperação em setembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 119 mil toneladas da proteína no último mês, 1,7% a mais que em agosto e 7% acima do volume escoado em setembro/23. Ainda conforme a Secex, em termos financeiros, a receita obtida com as exportações brasileiras de carne suína somou R$ 1,56 bilhão em setembro deste ano, montante 2,3% superior ao arrecadado em agosto e expressivos 29,5% maior que o auferido em igual período de 2023. De agosto para setembro, os preços médios do suíno vivo comercializado no mercado independente subiram na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba). As cotações do milho e do farelo de soja (principais insumos presentes na atividade suinícola) também avançaram no período, mas em menor intensidade frente ao animal vivo. Esse cenário garantiu novo aumento no poder de compra do suinocultor paulista – no caso do milho, trata-se do oitavo mês seguido de melhora da relação de troca; e, para o farelo de soja, o terceiro. Em setembro, os preços médios das carnes suína, bovina e de frango subiram no atacado da Grande São Paulo. Os avanços da carne suína superaram os da proteína avícola, mas ficaram abaixo dos observados para a de boi. Diante desse contexto, a competitividade da carne suína cresceu frente à bovina, mas diminuiu em relação à de frango. Para a carcaça especial suína negociada no atacado da Grande SP, a média de setembro foi de R$ 13,05/kg, alta de 5,1% em relação ao mês anterior. O impulso veio da menor oferta interna de produtos de origem suinícola.

Cepea

 

Em 9 dias úteis, receita com exportações de carne suína chega a 52,98% de outubro/23

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas nesta segunda-feira (14), as exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada, até a segunda semana de outubro (nove dias úteis), atingiram cerca de metade do total arrecadado em todo o mês de outubro de 2023

 

A receita obtida, US$ 100 milhões, representa 52,98% do total arrecadado em todo o mês de outubro de 2023, com US$ 188,7 milhões. No volume embarcado, as 40.143 toneladas representam 48,63% do total registrado em outubro do ano passado, com 82.531 toneladas.

O faturamento por média diária foi de US$ 11,1 milhões, quantia 23,6% maior do que a de outubro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 21,66% observando os US$ 14,1 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.460 toneladas, houve elevação de 13,5% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado a semana anterior, redução de 20,31%, comparado às 5.597 toneladas da semana passada. Já no preço pago por tonelada, US$ 2.491, ele é 8,9% superior ao praticado em outubro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa baixa de 1,69% em relação aos US$ 2.534 anteriores.

Secex/MDIC

 

FRANGOS

 

Preços estáveis para o mercado do frango

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, da mesma maneira que a ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,80/kg

 

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,49/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (11), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,44/kg e R$ 7,57/kg. 

Cepea/Esalq

 

Média diária de faturamento com exportações de carne de frango sobe na segunda semana de outubro

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até segunda semana de outubro (nove dias úteis), registrou média diária de faturamento 24,5% superior a de outubro de 2023

 

A receita obtida, US$ 353,1 milhões, representa 53,37% do total arrecadado em todo o mês de outubro de 2023, que foi de US$ 661.7 milhões. No volume embarcado, as 180.943 toneladas representam 48,35% do volume registrado em outubro do ano passado, com 374.171 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 39.2 milhões quantia 24,5% maior do que a registrada em outubro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 0,92% quando comparado aos US$ 39,6 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.104 toneladas, aumento de 12,8% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado a semana anterior, diminuição de 0,59% em relação às 20.225 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 1.951, ele é 10,4% superior ao praticado em outubro do ano passado. O resultado, frente a semana anterior, representa diminuição de 0,33% sobre o valor de US$ 1.958 visto na semana passada.

Secex/MDIC

 

CARNES

 

Carne bovina é um dos principais produtos pecuários nas exportações brasileiras

O Brasil é o maior exportador de carne do mundo, segundo maior produtor e terceiro maior consumidor. A pecuária é um dos pilares do agronegócio brasileiro e, em reconhecimento à sua relevância para a economia e a sociedade, comemorou-se na segunda-feira (14) o Dia Nacional da Pecuária.

 

“O Brasil é um país de grande importância na pecuária internacional, exportamos carne bovina para mais 150 países, além de outros produtos do setor que movimentam a economia e agropecuária brasileira”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atua tanto no fomento da cadeia produtiva quanto no incentivo às exportações. Somente com a carne bovina, as vendas alcançaram US$ 1,25 bilhão em setembro deste ano, um aumento de 29,2% em comparação ao mesmo período de 2023. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa), o faturamento de setembro é o terceiro maior da história das exportações do setor. As exportações de carne bovina in natura também registraram recorde de volume embarcado, com vendas que somaram US$ 1,14 bilhão, um crescimento de 28,4%. Em 2023, a produção de carne bovina foi de 9,5 milhões de toneladas, e a expectativa para este ano é de 10,2 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O relatório "Perspectivas para a Agropecuária – Safra 2024/25, volume 12" destaca que o Brasil é o maior exportador, o terceiro maior consumidor mundial e o segundo maior produtor de carne bovina. O secretário da SCRI, Luis Rua, ressaltou o compromisso do Mapa em ampliar os mercados internacionais para a cadeia produtiva. “Não paramos de trabalhar para fortalecer a cadeia pecuária, garantindo um pecuarista forte, frigoríficos robustos e uma cadeia completa, gerando benefícios sociais e econômicos para o país”, afirmou. Para que os pecuaristas acessem o mercado externo, é necessário cumprir os requisitos regulamentados pelo Mapa, por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). É imprescindível obter o registro do estabelecimento no Serviço de Inspeção Federal (SIF), que atesta a regularidade sanitária, técnica e legal das instalações e etapas do processo de produção. Após a concessão do registro, a empresa deve solicitar a habilitação para exportar junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa/SDA). De acordo com a Secretaria, atualmente mais de 3.200 estabelecimentos nacionais estão registrados no SIF. Todos os estabelecimentos registrados são habilitados para exportação. Qualquer estabelecimento registrado no Dipoa possui autorização para exportar produtos de origem animal (POA) para países que não exigem habilitação específica. No entanto, alguns países requerem que, além do registro no Dipoa, o estabelecimento tenha uma autorização de exportação concedida pelo país importador, o que chamamos de habilitação. Outro requisito é o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), que é o documento que expressa o acordo sanitário estabelecido entre autoridades sanitárias de países que realizam, entre si, comércio de animais e material de multiplicação animal. Significa que, ao emitir o documento, a autoridade sanitária do país de origem da mercadoria atesta o cumprimento de todas as condições, chamadas requisitos sanitários, que incluem exigências de saúde e bem-estar animal, demandadas pelo país importador.

MAPA

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Paraná bate US$ 18,1 bilhões de exportações com liderança de carnes e óleos vegetais

Valor equivale ao montante movimentado entre os meses de janeiro a setembro. Na categoria de carnes e miudezas, Paraná representou 18,4% das vendas do país, movimentando US$ 3,2 bilhões. Também foi o estado que mais vendeu óleo e gorduras vegetais a outros países, com US$ 352,3 milhões

 

Líder nacional na exportação de carnes, óleos vegetais e fertilizantes, o Paraná chegou a US$ 18,1 bilhões vendidos a outros países de janeiro a setembro de 2024, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), tabulados pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). Na categoria de carnes e miudezas, por exemplo, o Paraná liderou as vendas nacionais para outros países, com US$ 3,2 bilhões exportados nos nove primeiros meses do ano. Os valores representam 18,4% de todas as exportações de carne feitas pelo Brasil nos nove primeiros meses do ano. Logo atrás ficaram Santa Catarina (US$ 2,7 bilhões), Mato Grosso (US$ 2,1 bilhões) e São Paulo (US$ 2 bilhões). As exportações de óleos e gorduras vegetais e animais também colaboraram para o resultado. Nos nove primeiros meses do ano, o Paraná foi o estado que mais vendeu produtos desta categoria a outros países, com US$ 352,3 milhões comercializados no período, à frente de São Paulo (US$ 351 milhões) e Rio Grande do Sul (US$ 298,3 milhões). O Estado ainda foi o que mais exportou fertilizantes, com um total de US$ 96,7 milhões embarcados ao exterior, superando Rio Grande do Sul (US$ 53,7 milhões) e São Paulo (US$ 33,7 milhões). O Paraná também foi o segundo maior exportador de sementes grãos e frutos oleaginosos no período, com US$ 4,8 bilhões comercializados com outros países, atrás apenas do Mato Grosso (US$ 10,6 bilhões) e à frente de Goiás (US$ 4,3 bilhões) e Rio Grande do Sul (US$ 2,8 bilhões). Na comparação com o restante do Brasil, o Paraná foi o quinto maior exportador nacional, atrás de São Paulo (US$ 52,1 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 34,02 bilhões), Minas Gerais (US$ 31,5 bilhões) e Mato Grosso (US$ 22,1 bilhões), e à frente de Pará (US$ 17 bilhões), Goiás (US$ 9,7 bilhões) e Bahia (US$ 8,6 bilhões), por exemplo. Somando todos os estados, as exportações brasileiras foram de US$ 255,4 bilhões no período. A China segue sendo o principal destino das exportações paranaenses. Foram US$ 5,1 bilhões em produtos vendidos para o país asiático, o que representa 28,4% de todas as exportações do Paraná entre janeiro e setembro deste ano. Na sequência estão Estados Unidos (US$ 1,1 bilhão), Argentina (US$ 778 milhões) e México (US$ 744 milhões). Considerando apenas as exportações de carnes, o Paraná comercializou US$ 538 milhões com a China, US$ 312 milhões com os Emirados Árabes Unidos e US$ 214 milhões com o Japão. Em relação às exportações de óleo e gorduras vegetais e animais, em que o Paraná também é líder nacional em vendas, o maior fluxo comercial registrado ao longo do ano foi com a Índia (US$ 175 milhões). Já nas vendas de fertilizantes, o maior comprador do Paraná é o Paraguai, com US$ 89 milhões exportados ao país vizinho. Ao longo dos nove primeiros meses do ano, o Paraná ainda importou US$ 14,4 bilhões em produtos. O principal produto comprado de outros países é o fertilizante, com US$ 1,5 bilhão importado no acumulado do ano. Entre os outros produtos mais importados estão os óleos e combustíveis (US$ 1,1 bilhão), autopeças (US$ 922 milhões) e os produtos químicos orgânicos (US$ 893 milhões). Com a soma de todas as importações do período, o Paraná registrou um saldo comercial, que é a diferença entre os produtos vendidos e comprados de outros países, de US$ 3,69 bilhões.

Agência Estadual de Notícias

 

VBP do Paraná triplica em 10 anos e irradia desenvolvimento pelo Estado

Hoje, 35 municípios registram resultado acima de R$ 1 bilhão. Soja, frango de corte, suíno, milho e leite foram os principais produtos do agronegócio paranaense em 2023. Juntos representam 54% do Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP), que, no ano passado, totalizou R$ 198,8 bilhões.

 

 Esse montante reflete a força da agropecuária na economia estadual, que cresce de forma expressiva ano após ano. O valor registrado em 2023 representa um crescimento nominal de 3% em relação ao levantamento anterior (2022) e 11% considerando a inflação do período.

“Sem agricultura não tem desenvolvimento. Se os municípios conseguem produzir seu alimento localmente, eles ficam menos expostos a oscilações de preços e escassez de alimentos. Só isso já gera uma estabilidade social e econômica”, diz Junior Ruiz Garcia, coordenador do grupo de estudos em macroeconomia ecológica da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em 2023, pelo segundo ano consecutivo, o setor pecuário foi responsável pela maior fatia do VBP, com participação de 48,8%. A agricultura respondeu por 46,6% da composição do índice, com destaque para os grãos, que tiveram resultado 17% superior ao do ano anterior, impulsionados pelo bom desempenho das lavouras. A soja respondeu por 25% da composição do VBP 2023. Já as florestas plantadas reduziram a participação devido à desvalorização dos preços, para 4,7%. Para efeito de comparação, há 10 anos, o VBP paranaense totalizava R$ 69,1 bilhões. Ou seja, em uma década o VBP paranaense quase triplicou (R$ 198,8 bilhões). Em termos reais, descontado o efeito da inflação para o período, o VBP avançou 29%. Ainda, enquanto em 2013 apenas três cidades registravam VBP acima de R$ 1 bilhão, hoje 35 municípios registram resultados bilionários vindos do campo. Toledo, na região Oeste, se destaca como maior VBP do Estado, com resultado acima de R$ 4,5 bilhões em 2023. A produção de suínos de corte totalizou, sozinha, mais de R$ 1,3 bilhão. Esses montantes têm reflexos no bolso da classe produtora e em outros setores da economia local. Afinal, quando o campo vai bem, os outros setores também são beneficiados. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede indicadores como expectativa de vida, escolaridade e renda do município do Oeste paranaense é de 0,768, acima da média paranaense (0,749) e da média nacional (0,765). Além do repasse de impostos e da receita circulante na economia local, a pujança agropecuária traz outros impactos positivos para as cidades. “Se o agro vai bem, o município no qual o agro se desenvolve também vai. Se eu tenho produção acontecendo, eu tenho empregos sendo ofertados nesse município. Mesmo na agricultura que utiliza mão de obra familiar, também vai demandar mão de obra externa” considera a coordenadora do curso de AgroDigital da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Maria Fernanda Lopes de Freitas. Não por acaso, entre os 35 municípios que despontam com VBP acima de R$ 1 bilhão, apenas dez deles possuem percentual de pessoas empregadas na agropecuária abaixo da média paranaense (3,53% dos empregos). O restante apresenta percentual acima deste valor, com alguns com boa parte da população local atuando na atividade agropecuária, como Tibagi, nos Campos Gerais, que tem 42% da sua força de trabalho atuando nesse setor.

Faep

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai ante real com notícia de pacote do governo para segurar gastos

O dólar fechou a segunda-feira em queda ante o real, retornando para abaixo dos 5,60 reais, após reportagem da Reuters informar que o governo Lula se prepara para apresentar medidas de contenção de gastos depois das eleições municipais

 

O recuo no Brasil ocorreu a despeito de, no exterior, a moeda norte-americana estar em alta ante a maioria das demais divisas. O dólar à vista fechou em baixa de 0,59%, cotado a 5,5827 reais. Em outubro, porém, a divisa acumula alta de 2,45%. Às 17h26, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,28%, a 5,600 reais na venda. A moeda norte-americana perdeu força e migrou para o território negativo no Brasil ainda pela manhã, na esteira de comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que reforçou o compromisso da autarquia com a meta de inflação de 3%. Em sua primeira fala pública após ter tido sua indicação para assumir a presidência do BC em 2025 aprovada pelo Senado, Galípolo também reiterou que a desancoragem das expectativas segue preocupando. "A taxa de juros básica aqui está se movendo basicamente observando o que está acontecendo do ponto de vista da atividade e olhando para as projeções da inflação dentro do horizonte relevante", disse, em evento promovido pelo Itaú BBA. Galípolo afirmou ainda que o BC não persegue um nível de câmbio e atua no mercado apenas em casos de falta de liquidez ou excesso de volatilidade. Tanto o dólar quanto as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) perderam força após os comentários de Galípolo, mas o principal gatilho do dia surgiu no início da tarde, em matéria da Reuters informando que o governo prepara medidas de contenção de gastos obrigatórios. As medidas devem ser apresentadas após a realização do segundo turno das eleições municipais, no fim deste mês. Um primeiro pacote buscará tratar pontualmente de gastos específicos, iniciativa que deve ser acompanhada de um segundo eixo com propostas mais estruturais e “mais duras”. “O que elevou o dólar até a última sexta-feira foi a preocupação com o fiscal. Então hoje, com esta notícia, o mercado aproveitou para realizar lucros”, comentou à tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “Com o governo falando em cortar gastos, o mercado realizou e o dólar caiu, em total descompasso com o exterior”, acrescentou. Pela manhã, também no evento do Itaú BBA, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo ainda está na etapa de análise para elaboração do projeto de reforma do Imposto de Renda, com estudos que incluem avaliação sobre a eficácia das deduções atuais, além da análise de modelos internacionais de tributação de dividendos. Já o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do PIB, avançou 0,2% em agosto sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado. A leitura foi melhor do que a expectativa de estabilidade em pesquisa da Reuters, marcando uma retomada ante a queda de 0,6% de julho, em dado revisado.

Reuters

 

Ibovespa sobe e retoma 131 mil pontos

O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, retomando o patamar dos 131 mil pontos perdido na semana passada, com alívio na curva de juros doméstica em meio à notícia da Reuters sobre contenção de gastos do governo

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,78%, a 131.005,25 pontos. O volume financeiro no pregão somou 19,35 bilhões de reais. Depois de uma manhã sem grandes oscilações, o Ibovespa engatou alta pela tarde, na sequência de notícia da Reuters de que o governo prepara medidas de contenção de gastos para serem apresentadas após o segundo turno das eleições municipais, no fim deste mês, citando fontes do Ministério da Fazenda. Analistas destacaram o tom positivo das medidas em torno de maior disciplina fiscal. "É justamente a linha de discurso que faltava para trazer mais previsibilidade para o mercado", afirmou o analista Renato Nobile, da Buena Vista Capital. Estiveram no radar ainda declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento promovido pelo Itaú BBA. Haddad disse que o governo pode rever mais uma vez a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, após a Fazenda elevar em setembro sua projeção para o PIB em 2024 a 3,2%, ante estimativa anterior de 2,5%. Já Galípolo, em sua primeira fala pública após ter indicação à presidência do BC aprovada pelo Senado, destacou que os diretores da autarquia estão de olho nas projeções de inflação e na atividade econômica para definir os juros básicos. No mercado de juros, a percepção mais benigna sobre o fiscal refletiu alívio na curva dos DIs, fortalecendo ações de empresas de setores cíclicos, mais sensíveis a juros, com a taxa para janeiro de 2025, de curtíssimo prazo, em 11,132% no final da tarde, ante 11,146% do ajuste anterior. No exterior, a alta dos principais índices acionários norte-americanos selou o ambiente favorável para a bolsa paulista, com o índice de referência SPX subindo 0,77%. Investidores aguardam uma série de balanços corporativos nos EUA esta semana, assim como dados econômicos importantes, em busca de indicações sobre a saúde da maior economia do mundo. Na visão de Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, o comportamento benigno das bolsas norte-americanas ofereceu algum apoio ao índice acionário doméstico, mas o maior foco esteve no sinal de maior responsabilidade fiscal do governo brasileiro.

Reuters

 

Mercado passa a ver Selic em 11,00% ao fim de 2025, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central subiram sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas ligeiramente mais altas para o crescimento do PIB e para o avanço do IPCA em 2024 e projeção de uma inflação menor em 2025, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira

 

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano é de 11,00%, de 10,75% na semana anterior, indicando menos cortes de juros em 2025. Para 2024, a projeção da Selic se manteve em 11,75%. No momento, a taxa está em 10,75%. A mudança na previsão ocorre na esteira da divulgação de novos dados para o IPCA na semana passada, que mostraram que a inflação ao consumidor acelerou em setembro, mesmo que em linha com o esperado. Em 12 meses, a alta dos preços chegou a 4,42%, próximo do teto da meta de inflação de 4,50%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento ligeiro na projeção para o IPCA neste ano, agora com alta de 4,39%, ante 4,38% há uma semana. Em 2025, o índice deve chegar a 3,96%, abaixo dos 3,97% projetados anteriormente. Houve ligeira melhora ainda na expectativa para a expansão do PIB em 2024, agora em 3,01%, de 3,00% na semana anterior. No próximo ano, a economia brasileira deve crescer 1,93%, segundo os analistas, mesma projeção da pesquisa anterior. Para o mercado de câmbio, foi mantida a previsão quanto ao preço do dólar ao fim deste ano em 5,40 reais. Em 2025, a expectativa é de que a moeda norte-americana atinja 5,40 reais, de 5,39 reais na semana anterior.

Reuters

 

IBC-Br sobe 0,23% em agosto ante julho, na série com ajuste, e 3,1% na comparação anual 

No trimestre encerrado em agosto, a alta da atividade econômica foi de 1,5% em relação ao trimestre anterior, e no acumulado do ano, a expansão foi de 2,9%, informou o Banco Central 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,23% em agosto, na comparação dessazonalizada com julho, conforme divulgado na segunda-feira (14) pela autoridade monetária. Em julho, o indicador teve queda de 0,59% (dado revisado de queda de 0,4%). O resultado de agosto veio acima da mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data, de elevação de 0,10%. O dado também ficou dentro do intervalo das projeções, que iam de queda de 0,39% a crescimento de 0,50%. No trimestre encerrado em agosto, a alta foi de 1,5% em relação ao trimestre anterior. No acumulado do ano, a alta foi de 2,9%. Em 12 meses, o indicador apresentou avanço de 2,5%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, por sua vez, houve alta de 3,1%. Devido às constantes revisões, o indicador acumulado em 12 meses é mais estável do que a medição mensal. Por fim, na média móvel trimestral, usada para captar tendências, o IBC-Br teve alta de 0,33% em relação aos três meses encerrados em julho. O IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia.

Valor Econômico

 

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