
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 726 | 14 de outubro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Em 30 dias, boi gordo sobe R$ 47/@, vaca avança R$ 40/@ e novilha R$ 45/@ em São Paulo
Animal com o padrão-exportação também subiu cravando R$ 300/@ na sexta-feira (11), no balcão de SP, acréscimo de R$ 45/@ em 30 dias. No Paraná o boi vale R$290,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de cinco dias.
No prazo de 30 dias, o preço do boi gordo direcionado ao mercado doméstico subiu R$ 47/@ em São Paulo, saltando de R$ 250/@, em 11/9, para R$ 297/@ (sexta-feira, 11/10, valor a prazo, bruto), segundo cálculos feitos pelo Portal DBO a partir dos dados apurados diariamente pela Scot Consultoria. Considerando a mesma base de comparação e a mesma praça paulista, a vaca gorda, a novilha gorda e o “boi-China” registraram acréscimo de R$ 40/@, R$ 45/@ e (também) R$ 45/@, respectivamente. “A oferta de boiadas segue reduzida e a ponta vendedora, buscando preços maiores, tem cadenciado o máximo possível a entrega dos lotes, fazendo com que as indústrias ofertem mais pela arroba para completarem as escalas de abate”, justificou a Scot Consultoria. Pelos cálculos da Scot, desde o começo de outubro/24, as programações dos frigoríficos paulistas ficaram ainda mais curtas, atendendo, hoje, em média, a seis dias. Segundo a Agrifatto a atual conjuntura do mercado brasileiro do boi gordo indica que, mesmo com aumentos diários nos preços, a oferta de gado terminado continua limitada. O zootecnista Rodrigo e Mundo, analista da Scot, lembra que já há negócios sendo fechados com a arroba do boi gordo “comum” cotada a R$ 300 – em praças do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. “É importante frisar que esse preço ainda não se tornou referência, embora esteja a poucos passos de se consolidar”, relatou o analista. Rodrigo destaca os fundamentos altistas do mercado: “A oferta de fêmeas destinadas ao abate está mais enxuta, as chuvas ainda não retomaram de maneira contundente no Brasil-Central e a demanda (pela carne bovina), principalmente interna, deverá se fortalecer, especialmente com a proximidade das festividades de final de ano”. Para o curto prazo, alerta ele, é importante atenção à saída do segundo giro do confinamento, “que pode moderar o movimento de alta, mas não deve exercer pressão de baixa”. “É importante observar que o mercado de carne com ossos no atacado tenha experimentado oito semanas consecutivas de alta e repassado esses aumentos para o consumidor final”, informou a Agrifatto. Ao adentrar a segunda quinzena de outubro/24, tradicionalmente caracterizada por baixo apelo de consumo “o cenário se torna ainda mais desafiador”, afirmam os analistas da Agrifatto. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (11/10): São Paulo — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$295,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abates de oito dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$275,00 a arroba. O “boi China”, R$285,00. Média de R$280,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$285,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$260,00. Média de R$255,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$280,00. Média de R$275,00. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de cinco dia. Pará — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$280,00. Média de R$275,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$275,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$285,00. Média de R$280,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$265,00 a arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de oito dias; Maranhão — O boi vale R$255,00 por arroba. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Após 6 semanas de estabilidade, escalas de abate recuam no País
As programações das indústrias apontaram encolhimento de um dia útil, fechando o período em 6 dias, na média nacional, segundo levantamento da Agrifatto
Depois de um longo período estagnada, a média nacional de escalas de abate recuou e encerrou a semana com as programações atendendo 6 dias úteis, de acordo com levantamento semanal divulgado na sexta-feira (11/10) pela Agrifatto. “Como os contratos a termo do boi gordo aparentemente não foram utilizados pelas indústrias em grande quantidade, a média nacional das programações de abate recuou um dia útil sobre a sexta-feira anterior (4/10), registrando 6 dias úteis no fechamento desta semana (11/10), o menor patamar desde 05/10/2023”, reforçou a Agrifatto. Minas Gerais – Foi o destaque da semana, pois registrou a menor escala de abate desde 11/07/2022, com apenas 4 dias úteis programados. Goiás: Apontou um declínio semanal de 2 dias úteis nas suas escalas, encerrando a semana com as programações atendendo 5 dias úteis. Tocantins: Indicou uma queda de 2 dias úteis em suas programações de abate, resultando em 5 dias úteis de escalas. Rondônia: Apresentou recuo de 2 dias úteis sobre a sexta-feira anterior, fechando a semana com suas programações de abate em 7 dias úteis. MT/SP – Ambos os Estados registraram um declínio de 1 dia útil em relação ao quadro de escalas do dia 4/10, encerrando a semana em 5 e 7 dias úteis, respectivamente. MS/PR – As escalas nos dois Estados tiveram um avanço de um dia útil no comparativo semanal, ambas fechando em 6 dias úteis. Pará – Demonstrou estabilidade no comparativo semanal, com suas escalas encerrando o período em 6 dias úteis.
Portal DBO
SUÍNOS
Sexta-feira (11) terminou com preços estáveis para o mercado de suínos
A semana de negociações para o mercado de suínos terminou nesta sexta-feira (11) com preços totalmente estáveis
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,30/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (10), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Paraná (R$ 8,52/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,22/kg), Santa Catarina (R$ 8,42/kg), e São Paulo (R$ 8,95/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Preço do frango vivo no Paraná caiu 3,65% na sexta-feira (11)
O preço do frango vivo no Paraná teve queda na sexta-feira (11), em meio às cotações para o mercado do frango na estabilidade
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, da mesma maneira que a ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,80/kg. Na cotação do animal vivo, o preço caiu 3,65% no Paraná, cotado a R$ 4,49/kg, enquanto em Santa Catarina ficou valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (10), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,44/kg e R$ 7,57/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Preços iniciam outubro com movimentos distintos
Os preços da carne de frango e do animal vivo vêm apresentando comportamentos distintos neste início de outubro
Segundo pesquisadores do Cepea, o típico aquecimento da demanda neste período do mês (recebimento de salários) tem elevado os valores em muitas regiões. Já em outras praças, o descompasso entre oferta e demanda resulta em leve queda nas cotações. Quanto aos cortes, colaboradores do Cepea apontam que as vendas aquecidas e os estoques em baixos patamares permitiram ajustes positivos nos preços de todos os produtos acompanhados pelo Centro de Pesquisas.
Cepea
MEIO AMBIENTE
Frigoríficos competem com petroleiras em nível de emissões de metano, diz Greenpeace
Ao todo, o relatório Greenpeace Nordic avaliou as emissões estimadas de metano de 29 empresas de carnes e laticínios. Levantamento sugere cortar em 50% a produção e o consumo global de carnes e lácteos
As emissões de gás metano de cinco das maiores empresas de carnes e lácteos do mundo estão quase em linha com o nível de emissões das principais gigantes do setor de combustíveis fósseis, de acordo com um novo estudo do Greenpeace. Segundo o levantamento, os frigoríficos brasileiros JBS, Marfrig e Minerva e as companhias americanas Cargill e Dairy Farmers of America, juntos, emitem mais de 9 milhões de toneladas de metano em um ano, que é um dos gases do efeito estufa (GEE). O mesmo patamar de emissões é alcançado, quando combinado, pelas petroleiras ExxonMobil, Chevron, Shell, TotalEnergies e BP, diz o estudo. Ao todo, o relatório Greenpeace Nordic avaliou as emissões estimadas de metano de 29 empresas de carnes e laticínios, uma vez que um dos principais emissores do gás é o gado bovino. A emissão acontece em meio ao processo digestivo do animal por meio do chamado “arroto do boi”. O relatório também analisou as 100 maiores empresas do setor de combustíveis fósseis do mundo. As projeções do Greenpeace contaram com dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) como base. Shefali Sharma, gerente sênior da campanha agrícola do Greenpeace Nordic, afirma, no relatório, que há uma “superprodução e consumo excessivo de carne e laticínios” que precisam ser limitados, com o intuito de conter o aquecimento do planeta. “Por muito tempo, hesitamos em relação às grandes empresas de carne e laticínios e seu crescimento desenfreado, como se elas estivessem de alguma forma isentas de fazer as mudanças drásticas exigidas de todos os outros neste planeta”, diz Sharma. Em sua avaliação, os governos precisam assumir essa pauta de redução nas emissões e apoiar os produtores rurais para uma transição nos sistemas produtivos. Isso porque, se não forem regulamentados, os segmentos de carne e laticínios devem aquecer o mundo em 0,32°C adicionais até 2050, de acordo com o estudo do Greenpeace. O levantamento, então, sugere uma mudança radical na produção e nos hábitos alimentares da população, que poderiam resultar em um efeito de resfriamento de 0,12°C até 2050. Para atingir essa projeção de resfriamento do planeta, o Greenpeace estima que seria necessário cortar aproximadamente 50% da produção e consumo global de carnes e lácteos, com foco em regiões como Brasil, Estados Unidos, China e União Europeia - algo praticamente inalcançável, considerando o cenário atual de demanda. A Marfrig questionou, em nota, a metodologia usada pelo Greenpeace para estimar as emissões de metano da companhia e destacou sua meta de reduzir em 33% suas emissões até 2035. A empresa destaca que as emissões do setor de proteína estão concentradas no escopo 3, onde estão operações indiretas que envolvem sua cadeia de valor, enquanto o setor petrolífero se concentra no escopo 1, diretamente ligado à atividade industrial. "O mais apropriado seria comparar as emissões totais de ambos os setores por meio do equivalente em CO2, conforme orientado pela Science Based Targets Initiative (SBTi), organização internacional da qual a empresa é signatária desde 2020", explicou o frigorífico. A Minerva também questionou a metodologia usada pelo relatório. De acordo com o frigorífico, suas emissões nos três escopos (1, 2 e 3) somaram 691,5 mil toneladas em 2023, 37% a menos do que o divulgado no estudo. "Para medir as emissões de GEE em seu inventário corporativo, a Minerva Foods segue as diretrizes do Programa Brasileiro GHG Protocol, uma adaptação local da ferramenta GHG Protocol – A Corporate Accounting and Reporting Standard,ccompatível com as normas da Organização Internacional de Normalização (ISO) ecas metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre MudançascClimáticas (IPCC)", detalhou a nota. A JBS, por sua vez, alegou não ter tido acesso prévio à metodologia do Greenpeace e chamou a comparação de "inapropriada". "Vários estudos demonstraram que a agricultura e a pecuária podem não só propiciar a produção de alimentos necessária, mas também desempenhar um papel significativo na redução de emissões e na captura de gases de efeito estufa (GEE) da atmosfera por meio de práticas como melhoria do manejo do solo, eficiência da produção e desmatamento zero", afirmou a companhia em nota.
Globo Rural
EMPRESAS
Frigol capta R$ 160 milhões com emissão de CRA
Este foi o primeiro CRA da empresa com rating da Moody's e coordenação dos bancos Bradesco BBI e Safra. Próximo passo que está no radar do frigorífico é a possível emissão de um título vinculado à sustentabilidade
Quarto maior frigorífico de carne bovina do país, o Frigol fez a captação de R$ 160 milhões por meio de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) emitido na sexta-feira (11/10), em série única com vencimento em seis anos. Após dois outros CRAs emitidos em 2022, o CFO da empresa, Eduardo Masson, acredita que o novo título emitido também representa um reconhecimento do mercado, diante do trabalho de governança que vem sendo feito. A prova disso foi o fato deste ter sido o primeiro CRA com rating da Moody's e coordenação dos bancos Bradesco BBI e Safra."Isso (o rating) nos permite acessar um mercado mais amplo, de pessoa física, e baixar o custo", afirmou o CFO. A companhia fez a emissão em meio a um cenário de maior aversão à crédito no mercado de capitais, que ganhou expressividade após o pedido de recuperação judicial da empresa de insumos Agrogalaxy. "Saímos com uma operação positiva, em um momento negativo do mercado de CRA", completou o CEO, Eduardo Miron. A agência Moody's classificou o frigorífico e a emissão como grau de investimento, com perspectiva de rating A- para a empresa e A para a emissão do título. A taxa do CRA foi de CDI + 4% ao ano, abaixo do custo de CDI +5,75% ao ano registrado nos dois CRAs anteriores do Frigol. A partir de então, o próximo passo que está no radar do frigorífico é a possível emissão de um título vinculado à sustentabilidade.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Serviços têm alta 5,7% no Paraná no acumulado de 12 meses
Variação paranaense entre setembro de 2023 e agosto de 2024 foi maior do que o dobro do registrado em todo o Brasil. Atividades turísticas também cresceram acima da média no Paraná, com alta de 6,3% no período
Com um crescimento de 5,7% entre setembro de 2023 e agosto de 2024, o Paraná é o estado que registrou o maior crescimento no setor de serviços em todo o Brasil no acumulado em 12 meses, de acordo com a Pesquisa Mensal dde Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na sexta-feira (11). O aumento paranaense no período ficou empatado com a alta registrada pelo Tocantins e foi quase o triplo do crescimento médio do Brasil no período, que foi de 1,9%. Santa Catarina (5%), Espírito Santo (5%), Piauí (4,6%), Sergipe (4,3%), Minas Gerais (3,5%) e São Paulo (1,6%) também tiveram variações menores do que a do Paraná. Com este crescimento, a receita nominal dos serviços no Paraná aumentou 10,1% no período, o que representa a terceira maior alta do País, atrás apenas de Tocantins (13,1%) e Espírito Santo (10,4%). Na média nacional, a receita dos serviços em 12 meses aumentou 6,7%. A atividade de serviços do Paraná ainda teve um desempenho melhor que a nacional no crescimento acumulado entre janeiro e agosto deste ano, quando o Estado registrou alta de 3,7% frente ao aumento nacional de 2,7%. Todos os segmentos de serviços registraram um forte crescimento no período acumulado em 12 meses no Paraná. A maior alta foi registrada pelo segmento classificado pelo IBGE como outros serviços, que aumentou 8,2% entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Esta segmentação engloba os serviços imobiliários, as atividades auxiliares aos serviços financeiros, as atividades de gestão de resíduos, esgoto, descontaminação, entre outros. Na sequência, os maiores crescimentos ficaram por conta dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,1%), serviços de informação e comunicação (6,3%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,7%) e serviços. O IBGE também divulgou os dados referentes à atividade turística, que mostram que o turismo do Paraná teve o quinto maior aumento do Brasil em 12 meses, com alta de 6,3% no período entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Com esta variação, o Paraná só ficou atrás de Minas Gerais (10,2%), Bahia (7,8%), Santa Catarina (7,6%) e Rio de Janeiro (7,5%). O índice paranaense foi superior aos registrados por Pará (6,3%), Pernambuco (2,6%), São Paulo (1,8%) e Goiás (-1,9%), por exemplo. O turismo paranaense cresceu mais do que o dobro da variação nacional no período, que foi de 2,5%.
Se considerado apenas o crescimento neste ano, no acumulado entre janeiro e agosto de 2024, o aumento do turismo paranaense foi de 5,4%, mais do que o triplo da variação de 1,5% registrada pela média brasileira. Em relação à receita dos estabelecimentos que prestam serviços turísticos, a pesquisa mostra que o Paraná teve alta de 11,8% no acumulado em 12 meses, com o sexto maior crescimento do Brasil.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe e encerra semana acima de R$5,60
O dólar fechou a última sessão da semana novamente acima de 5,60 reais, impulsionado pelas preocupações dos investidores com o equilíbrio fiscal no Brasil, ainda que no exterior a moeda norte-americana cedesse ante a maior parte das demais divisas de emergentes nesta sexta-feira
O dólar à vista fechou em alta de 0,55%, cotado a 5,6156 reais. Na semana, a divisa acumulou ganhos de 2,92%. As 17h31, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,44%, a 5,6225 reais na venda. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA em setembro ficou estável, ante expectativa de alta de 0,1% de economistas ouvidos pela Reuters. “Estamos em trajetória de alta de juros por aqui e de queda nos EUA. Então o carry trade para o Brasil está muito atrativo e temos ainda os estímulos (à economia) da China, o que coloca tudo a favor do real”, comentou durante a tarde Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos. As preocupações com o equilíbrio fiscal permearam os negócios apesar de não terem surgido novidades de impacto nesta área nos últimos dias. Na manhã desta sexta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista a uma rádio de Fortaleza, mas suas declarações não fugiram do roteiro recente. Lula defendeu que a ampliação da faixa de isenção de imposto de renda, para até 5 mil reais, seja compensada pela taxação dos mais ricos, repetindo declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os receios com o equilíbrio fiscal brasileiro sustentaram o dólar no Brasil na sexta-feira a despeito de, no exterior, a moeda norte-americana estar em baixa ante divisas pares do real, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.
Reuters
Ibovespa fecha em queda descolado de NY
No setor de proteínas, MINERVA ON cedeu 4,48%, em sessão negativa para o setor, com MARFRIG perdendo 3,35% e JBS ON terminando em queda de 1,58%
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, descolado de Wall Street, em mais uma sessão de alta nas taxas dos DIs, mas o declínio foi atenuado pelo avanço das ações da Vale, endossado pelo aumento dos preços futuros do minério de ferro. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,28%, a 129.992,29 pontos, acumulando uma perda de 1,37% na semana. O volume financeiro no pregão somou 17,9 bilhões de reais. A bolsa paulista segue contaminada pelos receios com a cena fiscal do país e seus reflexos na política monetária, particularmente o risco de excessos fiscais precisarem ser compensados por uma Selic mais elevada. As taxas dos DIs avançaram na sexta-feira mesmo com a estabilização nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O yield do Treasury de 10 anos marcava 4,0944% no final do dia, de 4,094% na véspera. De acordo com analistas do Itaú BBA, tem sido rotina, na maior parte dos pregões, o Ibovespa ir na contramão das bolsas norte-americanas. Nesta sessão, o S&P 500 subiu 0,61%. "A expectativa de uma recuperação existe, mas o índice precisa superar a resistência inicial em 131.800 pontos", afirmou a equipe do Itaú BBA no relatório Diário do Grafista, enviado a clientes na sexta-feira.
Reuters
CNI aumenta de 2,4% para 3,4% a projeção de crescimento do PIB
Consumo das famílias e mercado trabalho aquecido explicam aumento
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve subir de 2,4% para 3,4% em 2024, projeta o Informe Conjuntural do 3º Trimestre, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (10). O superintendente de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles explica o que levou a entidade a rever o crescimento do PIB deste ano de forma expressiva: “A CNI aumentou a previsão do PIB de 2024, principalmente, por causa do desempenho da economia no primeiro semestre, que foi muito positivo, acima das nossas expectativas". Além disso, segundo Telles, "os fatores que têm contribuído para o crescimento não devem desaparecer até o fim do ano e o segundo semestre vai ter como base de comparação o período mais fraco da atividade em 2023”. Entre as razões para o desempenho da economia, sobretudo para sustentar a demanda e o investimento, estão o aumento do consumo das famílias, consequência de um mercado de trabalho aquecido; a alta da massa salarial e a maior oferta de crédito; além dos gastos do governo. Apesar de prever menor intensidade, a confederação acredita que esses fatores seguirão impulsionando a atividade na segunda metade de 2024. A nova edição do Boletim de Mercado de Trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada nesta quarta-feira (9), confirma o quadro positivo relativo ao mercado de trabalho apontado pela CNI. Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ipea ressalta que a força de trabalho e a população ocupada estão nos maiores níveis registrados desde o início da série histórica da PNAD Contínua em 2012. Em 2024, o Brasil registrou um aumento de 1,7% na força de trabalho, alcançando mais de 109 milhões de trabalhadores. Já a quantidade de cidadãos ocupados cresceu 3%, totalizando 101,8 mi de pessoas. A taxa de desocupação caiu 6,9%, esse é o menor número desde 2014. O emprego formal também apresentou crescimento, com uma alta de 4 % em comparação ao segundo trimestre de 2023, segundo os dados da PNAD Contínua. Além disso, o Novo Caged registrou a criação de 1,7 mi de novas vagas com carteira assinada.
Agência Brasil
Exportações do agro brasileiro batem recorde e alcançam US$ 14,19 bilhões em setembro
Setor registrou crescimento de 3,6% em comparação ao mesmo período no ano passado, impulsionado por aumento nas vendas de carnes, açúcar e celulose
No mês de setembro, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram cifra recorde, totalizando US$ 14,19 bilhões em vendas externas, um aumento de 3,6% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse resultado positivo da balança comercial foi impulsionado, em grande parte, pelo aumento do volume exportado. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), os principais setores exportadores foram o complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais, cereais, farinhas e preparações, além do café. Esses seis setores representaram 84,6% da pauta exportadora do agronegócio brasileiro. Na quinta-feira (10), o secretário Luis Rua destacou que o valor recorde de setembro também é resultado da abertura de mercados realizada nos últimos meses para produtos agropecuários brasileiros. As exportações de carnes tiveram grande destaque, com o setor bovino registrando o maior valor exportado pelo Brasil. Em setembro de 2024, as vendas externas de carne bovina alcançaram US$ 1,25 bilhão, um aumento de 29,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As exportações de carne bovina in natura também atingiram um recorde histórico de volume embarcado, com 251,76 mil toneladas (+29,1%). A China manteve-se como o principal mercado comprador da carne brasileira. O complexo sucroalcooleiro exportou US$ 1,92 bilhão em setembro de 2024 (+6,4%). O principal produto desse setor foi o açúcar, responsável por quase 95% das vendas externas do complexo. Em setembro de 2024, os embarques de açúcar de cana em bruto atingiram um volume recorde de 3,47 milhões de toneladas (+25,9%) para os meses de setembro. Os produtos florestais, que incluem celulose, papel, e madeiras e suas obras, também registraram forte desempenho. A celulose foi o único produto do setor a atingir a marca de US$ 1 bilhão em vendas, com US$ 1,04 bilhão exportados, estabelecendo um novo recorde para os meses de setembro. Os mercados mais industrializados foram os principais importadores de celulose. Outro destaque foi o café verde, com vendas externas que subiram de US$ 573,84 milhões em setembro de 2023 para US$ 1,07 bilhão em setembro de 2024 (+86,6%), cifra recorde para os meses de setembro. O volume embarcado também foi recorde, atingindo 243,1 mil toneladas comercializada. Nos últimos doze meses, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram a cifra de US$ 166,19 bilhões, o que significou elevação de 1,8% em comparação aos US$ 163,19 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores.
MAPA
Setor de serviços cai 0,4% em agosto, pior que o esperado
Na comparação com agosto de 2023, o indicador avançou 1,7%. Nos 12 meses até agosto, houve aumento de 1,9%
O volume de serviços prestados no Brasil caiu 0,4% de julho para agosto, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, houve alta de 0,2% (após revisão de dado divulgado inicialmente como aumento de 1,2%). Na comparação com agosto de 2023, o indicador avançou 1,7%. Nos 12 meses até agosto, houve aumento de 1,9%. Em 2024, o volume de serviços prestados no país subiu 2,7% frente a igual período de 2023. A queda de 0,4% na série com ajuste sazonal foi na contramão da mediana das estimativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que era de elevação de 0,1%, e ficou no piso das projeções (de queda de 0,4% a alta de 1,1%). Já a expectativa mediana para o resultado de agosto, perante um ano antes, era de aumento de 3,6%, com intervalo de projeções indo de alta entre 2,8% e 5,1%. Com o desempenho de agosto, os serviços estão em patamar 15% superior ao do pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 0,4% abaixo do recorde da série histórica, registrado em julho de 2024. O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 0,1% na passagem de julho para agosto. Na comparação com agosto de 2023, a receita de serviços aumentou 7,5%. Duas das cinco atividades acompanhadas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) tiveram queda na passagem entre julho e agosto. Além disso, uma ficou estável. A maior retração veio em serviços de informação e comunicação, com recuo de 1% em agosto, ante julho, seguida por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,4%). O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares ficou estável. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, detalhou as atividades que mais pesaram nessas quedas. E duas delas tiveram demanda maior em julho, por causa das férias escolares: cinemas e transporte aéreo. Isso leva a uma base de comparação maior. “Nos serviços de informação e comunicação, há [efeito das] empresas de exibição cinematográfica, que auferiram receita maior em julho, com base de comparação elevada, por causa das férias escolares. Isso foi aliado a menor receita de telecomunicações”, afirmou. No caso do segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, as atividades de correio e transporte aéreo foram as que mais pesaram. “Em transporte aéreo, a gente também tem maior número de viagens em julho, por causa das férias. Então a base de comparação é maior”, disse. O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares não chegou a registrar queda, mas ficou estável em agosto, frente a julho. Nesse caso, Lobo citou a influência negativa das atividades jurídicas. Por outro lado, os serviços prestados às famílias avançaram 0,8% e a atividade de outros serviços teve alta de 1,4%.
Valor Econômico
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