CLIPPING DO SINDICARNE Nº 722 DE 08 DE OUTUBRO DE 2024
- prcarne
- 8 de out. de 2024
- 17 min de leitura

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 722 | 08 de outubro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Demanda externa aquecida garante mercado do boi gordo em alta
Fim de semana registrou boas movimentações de carne bovina no mercado varejista e setembro marcou um novo recorde histórico para as exportações brasileiras. No Paraná, o boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de cinco dias.
Diante de uma demanda externa favorável, o preço do boi gordo paulista subiu na segunda-feira (7/10). O boi “comum” é negociado por R$ 285/@, enquanto o “boi-China” está valendo R$ 290/@, resultando em um preço médio para as duas categorias de R$ 287,50/@, informa a consultoria Agrifatto. Nas 16 outras regiões monitoradas, a média de preço do animal terminado se sustentou em R$ 256,70/@. No mercado futuro, todos os contratos registraram queda na sexta-feira (4/10). O contrato com vencimento em outubro/24 encerrou o dia cotado a R$ 285,25/@, com recuo de 0,54% em relação ao dia anterior. Por sua vez, o papel com vencimento em janeiro/25 foi negociado a R$ 286,40/@, com desvalorização de 2% sobre quinta-feira (3/10). Na primeira semana de outubro/24, o boi gordo deu continuidade ao movimento de valorização, estimulado pelo cenário de seca (agravado pelas queimadas), aliado à forte demanda externa. Tal conjuntura tem refletido diretamente nos preços do boi gordo em praticamente todas as regiões do país. “Negócios pontuais puderam ser vistos ao longo da semana passada a R$ 300/@”, informou a Agrifatto, citando os Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Na sexta-feira, o indicador Cepea do boi gordo (praça paulista, preço à vista) registrou alta de 5,42% frente à última semana de setembro/24, fechando em R$ 291,80/@. Em âmbito internacional, as exportações brasileiras de carne bovina in natura em setembro/24 atingiram o maior patamar da história, superando 250 mil toneladas embarcadas. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na segunda-feira (7/10): São Paulo — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$287,50. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abates de oito dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$270,00. Média de R$270,00. Vaca a R$250,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$280,00. Média de R$280,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$242,50. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$260,00. Média de R$255,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de cinco dias; Pará — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$250,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$270,00. Média de R$270,00. Vaca a R$250,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$250,00 a arroba. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$245,00 por arroba. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Carne bovina sobe para consumidor e coloca o setor de varejo em alerta
Segundo apurou a Agrifatto, após sete semanas de aumentos consecutivos, os reajustes de preços da carne no atacado estão começando a aparecer no varejo
O mercado de carne bovina apresenta contrastes neste início de outubro, observa o engenheiro agrônomo Miguel Narbot, analista da Scot Consultoria. “Enquanto o atacado segue com preços firmes e em alta, sustentado pela oferta restrita de boiadas para abate, o varejo encontra obstáculos, com os consumidores ainda cautelosos frente aos preços elevados”, resume Narbot. Segundo apurou a Agrifatto, após sete semanas de aumentos consecutivos, os reajustes de preços da carne bovina no atacado estão começando a aparecer no varejo. “Mesmo em uma primeira quinzena do mês, período sazonalmente caracterizado por um aumento no consumo, a população pode começar a sentir os impactos de uma menor oferta e de um preço mais ‘salgado’, o que pode levar a uma retração nas compras”, observa a consultoria. No segmento de carne com osso, os preços mantêm uma tendência de alta. No final de setembro, a carcaça do boi casado capão subiu 2,3%, sendo negociada por R$17,75/kg, segundo a Scot. Por sua vez, a carcaça do boi casado inteiro apresentou uma valorização de 2,9%, alcançando R$17,70/kg. A vaca casada também seguiu esse movimento, com uma alta de 2,1%, negociada em R$17,35/kg. A novilha casada teve uma valorização de 0,9%, chegando em R$17,75/kg. “Esse aumento no atacado reflete a oferta restrita de animais prontos para abate e a demanda firme, tanto no mercado interno quanto externo”, reforça Narbot. Com isso, continua o analista da Scot, no varejo, os preços da carne sem osso também seguem a tendência de alta, mas com um comportamento mais irregular entre os cortes. Em São Paulo, no final de setembro, o preço médio registrou uma valorização média geral de 1,8%, impulsionado por cortes como o acém e a costela. Já no atacado de carne sem osso, o cenário é mais cauteloso, informa o analista da Scot. Em SP, os preços subiram em média 1,0% nos últimos sete dias, com a maminha apresentando uma alta de 1,8% no período. Cortes traseiros, como a alcatra, registraram alta de 2,4% na última semana. No entanto, diz Narbot, cortes como a picanha e o patinho tiveram quedas de 1,0% e 1,2 respectivamente. Para o restante de outubro, espera-se que o mercado de carne continue aquecido no atacado, com aumentos adicionais impulsionados pela oferta limitada de bovinos prontos para o abate, prevê Narbot. “A tendência é de que os preços do atacado permaneçam firmes, especialmente para cortes voltados ao consumo direto e à industrialização”, ressalta. No varejo, no entanto, o cenário é mais desafiador. “Os consumidores continuam resistentes a novos reajustes, e a demanda, embora presente, pode permanecer abaixo do esperado, obrigando o setor a adaptar suas estratégias para manter o fluxo de vendas estável”, antecipa Narbot.
Portal DBO
Carne bovina in natura: Volume embarcado alcança 39,8 mil toneladas na primeira semana de outubro/24
Média diária embarcada ficou em 9,9 mil toneladas
O volume exportado de carne bovina in natura alcançou 39,8 mil toneladas na primeira semana de outubro/24, conforme apontou a Secretária de Comércio Exterior (Secex). O volume embarcado em outubro do ano anterior foi de 186,1 mil toneladas em 21 dias úteis.
A média diária exportada na primeira semana de outubro/24 ficou em 9,9 mil toneladas e registrou ganho de 12,4%, frente ao volume total exportado em outubro/23 que ficou em 8,8 mil toneladas. O preço médio ficou com US$ 4.595 mil por tonelada, na qual ficou estável frente aos dados divulgados em outubro de 2023, com preços médios de US$ 4,596 mil por tonelada. O valor negociado para o produto na primeira semana de outubro/24 ficou em US$ 183,2 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de outubro do ano anterior foi de US$ 855,666 milhões. A média diária ficou em US$ 45 milhões e registrou um avanço de 12,4%, frente ao observado no mês de outubro do ano passado, que ficou em US$ 40,7 milhões.
Agência Safras
SUÍNOS
Estabilidade seguiu na suinocultura na segunda-feira (7)
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média.
Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (4), houve tímida alta de 0,24% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,21/kg, e queda de 0,11% em São Paulo, com preço de R$ 8,95/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Paraná (R$ 8,49/kg), e Santa Catarina (R$ 8,38/kg).
Cepea/Esalq
Em quatro dias úteis, receita com exportações de carne suína atingem 30% de todo outubro/23
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura, até a primeira semana de outubro (quatro dias úteis), já atingiram o equivalente a 30,06% do total faturado em setembro do ano passado
A receita obtida, US$ 56,7 milhões, representa 30,06% do total arrecadado em todo o mês de outubro de 2023, que foi de US$ 188,7 milhões. No volume embarcado, as 22.389 toneladas representam 27,12% do total registrado em outubro do ano passado, com 82.531 toneladas.
O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 14,1 milhões, quantia 57,8% maior do que a de outubro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve elevação de 10,67% observando os US$ 12,8 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.597 toneladas, houve elevação de 42,4% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, incremento de 9,1%, comparado às 5.128 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.534, ele é 10,8% superior ao praticado em outubro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve alta de 1,40% em relação aos US$ 2.499 anteriores.
Agência Safras
FRANGOS
Preço do frango no atacado paulista teve leve alta na segunda-feira (7)
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,74%, fechando, em média, R$ 6,80/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço aumentou 0,22% no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, enquanto em Santa Catarina, o valor não mudou, valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (4), tanto o preço da ave congelada quanto do frango resfriado não mudou, valendo, respectivamente, R$ 7,41/kg e R$ 7,55/kg.
Cepea/Esalq
Outubro inicia com crescimento no faturamento por média diária nas exportações de carne de frango
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até a primeira semana de outubro (quatro dias úteis), tiveram aumento de 23,94% no faturamento por média diária em relação ao mesmo mês do ano passado.
A receita obtida, US$ 158,4 milhões representa 23,94% do total arrecadado em todo o mês de outubro de 2023, que foi de US$ 661,7 milhões. No volume embarcado, as 80.901 toneladas representam 21,62% do volume registrado em outubro do ano passado, com 374.171 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 39,6 milhões quantia 25,7% maior do que a registrada em outubro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 4,07% frente aos US$ 41,2 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.225 toneladas, houve aumento de 13,5% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 5,99% em relação às 21.514 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 1.958, ele é 10,7% superior ao praticado em setembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa avanço de 2,04% no comparativo ao valor de US$ 1.919 visto na semana passada.
Agência Safras
Exportações de carne de frango crescem 22,1% em setembro e registram segundo melhor desempenho da história
Preços médios aumentam e receita cresce acima dos índices de volumes, embarques do ano revertem queda e registram alta de 0,6%
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 485 mil toneladas em setembro, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 22,1% o volume embarcado em setembro de 2023, com 397,1 mil toneladas. É o segundo melhor desempenho mensal da história do setor - o maior da série ocorreu em março de 2023, com 514,6 mil toneladas. O mês de setembro também registrou a segunda maior receita mensal já obtida pelas exportações de carne de frango do Brasil, com US$ 953,8 milhões, saldo 32,6% superior ao nono mês de 2023, com US$ 719,3 milhões. O maior saldo mensal da história também ocorreu em março de 2023, com US$ 980,5 milhões. No ano (janeiro a setembro), as exportações de carne de frango acumulam alta de 0,6%, com 3,917 milhões de toneladas nos nove primeiros meses deste ano, contra 3,892 milhões no mesmo período de 2023. A receita acumulada entre janeiro e setembro de deste ano chegou US$ 7,273 bilhões, número 4% menor em relação ao obtido no ano anterior, com US$ 7,578 bilhões. “A forte alta registrada em setembro reverteu o desempenho registrado ao longo do ano, que agora é positivo e sinaliza seguir assim até dezembro. Com a elevação dos preços médios das exportações, também tivemos uma elevação nas receitas de setembro em patamares significativamente maiores que os registrados em volumes”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Principal destino das exportações de carne de frango, a China importou em setembro 55,1 mil toneladas, volume 3,4% menor em relação ao ano anterior. Em movimento diferente, os Emirados Árabes Unidos importaram 41,4 mil toneladas (+17,6%), seguido por Japão, com 36,5 mil toneladas (+48,6%), Arábia Saudita, com 29,9 mil toneladas (+5,9%), África do Sul, com 28,4 mil toneladas (+38,2%), México, com 23,8 mil toneladas (+57%), União Europeia, com 23,7 mil toneladas (+58%) e Gana, 16,1 mil toneladas (+198,4%). Filipinas, com 15,9 mil toneladas (-4,3%) e Kuwait, com 13,1 mil toneladas (+66,2%) completam o top 10. Maior exportador de carne de frango do Brasil, o Paraná exportou 195,6 mil toneladas em setembro, volume 20% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida estão Santa Catarina, com 105,6 mil toneladas (+23,1%), Rio Grande do Sul, com 63,2 mil toneladas (+12,4%), São Paulo, com 28,1 mil toneladas (+30,5%) e Goiás, com 19,5 mil toneladas (+3,4%). “Oito dos 10 principais importadores de carne de frango do Brasil registraram fortes altas em suas importações. Mesmo entre aqueles com desempenho inferior no comparativo mensal há boas notícias. É o caso da China, que retomou importações em níveis acima das 50 mil toneladas. Outro aspecto relevante é a alta das importações de mercados com alto valor agregado, como o Japão, o que teve impacto positivo no desempenho das receitas registradas em setembro. O movimento também é positivo entre as nações islâmicas, e assim deve seguir nos próximos meses, já que o fluxo logístico para estes destinos foi ajustado diante da situação de conflito na região”, completa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
ABPA
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Orçamento de 2025 tem aumento de 60% nos investimentos, com R$ 2,1 bilhões para obras
O orçamento dedicado a investimentos para o próximo ano será de R$ 6,3 bilhões, valor quase 60% maior do que o registrado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, segundo números da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Desse total, 33% serão alocado para as mais variadas obras espalhadas pelo Paraná.
Um terço de todo o investimento que o Governo do Paraná planeja para 2025 será destinado para obras de infraestrutura e transporte. De acordo com a projeção para o ano que vem apresentada no Anteprojeto de Lei Orçamentária (PLOA), enviado à Assembleia Legislativa, serão mais de R$ 2,1 bilhões alocados apenas para melhorias em rodovias, asfaltamento e construção de novas vias. Ao todo, o orçamento dedicado a investimentos para o próximo ano será de R$ 6,3 bilhões, valor quase 60% maior do que o registrado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, segundo números da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Desse total, 33% serão alocados para as mais variadas obras espalhadas pelo Paraná. Esses 60% correspondem a um total de R$ 2,4 bilhões a mais que o Estado vai investir em 2025 em comparação àquilo presente na LOA 2024 (R$ 3,9 bilhões). Isso significa que praticamente toda essa diferença de um ano para o outro será usada em obras — dedicando o equivalente a todo o orçamento de investimento de 2024 para todas as demais áreas. Segundo o texto do PLOA 2025, parte dos R$ 2,1 bilhões destinados a obras de investimento já tem rumo certo. O documento direciona mais de R$ 1,8 bilhão para cidades de todas as regiões do Estado. São trabalhos já em andamento, como a construção da Ponte de Guaratuba e a duplicação de rodovias como a PR-317 e a Rodovia dos Minérios, mas também de outros que devem começar nos próximos meses. “Já estamos autorizando a fazer, por exemplo, a PR-151 entre Ponta Grossa e Palmeira, assim como continuar a revitalização da PR-280, entre Clevelândia e Pato Branco”, lista o secretário da Fazenda. “E ainda tem o novo contorno de Curitiba, entre Araucária e Campo Largo, orçado em cerca de R$ 400 milhões”. Segundo Ortigara, são pelo menos 20 obras em andamento, já autorizadas ou planejadas para 2025 espalhadas por todas as regiões do Paraná. Entre elas, estão ainda a PR-412 tanto no trecho entre Matinhos e Praia de Leste quanto entre Guaratuba e Garuva (SC), a PR-466 entre Guarapuava e Pitanga, e a ponte sobre o Rio Ivaí, conectando os municípios de Japurá e São Carlos do Ivaí, no Noroeste. E, de acordo com o secretário da Fazenda, os investimentos vão também se reverter em asfalto em mais de 300 municípios. Com um orçamento previsto de R$ 224 milhões para 2025, o programa Asfalto Novo, Vida Nova vai asfaltar ruas de cidades com até 25 mil habitantes de todo o Paraná. Embora os investimentos em obras de infraestrutura sejam os mais chamativos, eles não são os únicos no planejamento do Governo do Paraná. A PLOA 2025 apresentada pela Sefa garante ainda outros R$ 2,1 bilhões para a contratação de bens e serviços para todas as áreas do governo e mais R$ 1,4 bilhão na compra de equipamentos. Fecham a conta mais R$ 700 mil dedicados a outros tipos de investimentos.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem alta em dia de ajuste em emergentes e com Oriente Médio no radar
As tensões no Oriente Médio também afastaram o investidor global de ativos de maior risco, buscando refúgio em ativos mais seguros
O dólar comercial encerrou a sessão exibindo apreciação frente à moeda brasileira. Operadores mencionaram algum ajuste nos mercados emergentes (em especial na América Latina), uma vez que as moedas desses países foram menos afetadas pelos dados fortes dos Estados Unidos divulgados na última sexta-feira (4). As tensões no Oriente Médio também afastaram o investidor global de ativos de maior risco, buscando refúgio em ativos mais seguros (daí a força do iene japonês e do franco suíço hoje). Além disso, comentários mais “hawkish” (favoráveis ao aperto monetário) de dirigentes do Federal Reserve (Fed) teriam reforçado a cautela. Terminadas as negociações, o dólar comercial exibiu valorização de 0,55%, cotado a R$ 5,4853. Já o euro comercial avançou 0,52%, a R$ 6,0189. A sessão de ontem começou marcada pelo avanço nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). Depois da divulgação dos dados fortes de emprego nos Estados Unidos na sexta, os agentes financeiros passaram a reavaliar todo o ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed). Como na sexta os mercados de moedas emergentes (em especial da América Latina) não foram tão impactados, hoje eles passaram por algum ajuste tardio. Além disso, o diretor de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, lembra que a “aversão a risco em função dos conflitos entre Israel e Irã fizeram preço”. Os contratos futuros do petróleo voltaram a registrar forte alta, com o Brent para dezembro registrando valorização de 3,55%, a US$ 80,93. “Acho que [essa alta do petróleo] não ajuda o real, apesar de sermos exportadores líquidos. O que vai prevalecer nessas altas fortes é a aversão a risco”, diz Weigt. “No médio e longo prazo pode ajudar, mas no curto prazo acho que não.” Como a aversão a risco predomina neste ambiente, moedas conhecidas por serem refúgios em momento de estresse global se beneficiaram ontem com o franco suíço avançando 0,50% perto do horário de fechamento, enquanto o iene apreciava 0,44%. Weigt, da Travelex, também lembra que enxerga um dólar fortalecido por mais tempo, diante dos dados mais fortes nos Estados Unidos e pelo aumento da percepção de risco global e local.
Valor Econômico
Ibovespa fecha em leve alta com ajuda de Petrobras e Vale
Piora nas bolsas de Nova York em meio à aversão a risco com as tensões no Oriente Médio faz índice local perder fôlego; comentários de dirigente do Fed também pesaram nos negócios
O Ibovespa terminou a sessão em leve alta na sessão da segunda-feira (7), acompanhando a piora nas bolsas de Nova York. Além da maior aversão a risco, diante das tensões no Oriente Médio, o mercado também reagiu a comentários do presidente do Federal Reserve (Fed) de Mineápolis, Neel Kashkari, interpretados como mais conservadores. Assim, o Ibovespa subiu 0,17%, aos 132.018 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 13,4 bilhões no Ibovespa e de R$ 17,7 bilhões na B3. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,94%; o S&P 500 recuou 0,96% e o Nasdaq perdeu 1,18%. O mercado operou de olho nas commodities no exterior, diante da alta do petróleo no mercado internacional e na véspera de a China, possivelmente, anunciar novas medidas de estímulo à sua economia. Nesse sentido, a alta das ações da e da deu suporte ao índice, que enfrentou fortes oscilações ao longo desta segunda-feira. O papel ordinário da petroleira fechou em alta de 1,69%, enquanto o da mineradora subiu 0,88%. Na ponta negativa do pregão ficaram ações mais sensíveis aos juros altos, como ON e ON, que recuaram 5,27% e 2,87%, respectivamente. Em relação ao minério de ferro, o economista de inflação e commodities da BGC Liquidez, Carlos Thadeu, avalia que mercado já viveu uma expansão no primeiro estímulo anunciado por Pequim e atingiu a média histórica, de valorização de 20% da commodity metálica. “Alguns analistas acham que não foi suficiente. Há espaço para um pouco mais de movimento, mas, pela média histórica de 20%, acho que o preço do minério já está bem precificado”, afirma. O Banco do Povo da China (PBoC) passou a reduzir a da exigência de reserva obrigatória dos bancos e cortou os juros de curto prazo no dia 27, cumprindo o compromisso de oferecer mais suporte para a economia em desaceleração e, assim, alcançar a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5%. O petróleo subiu mais de 3%, ontem, ainda em meio à alta das tensões entre Irã e Israel. "Há vários fatores influenciando, como o furacão Milton avançando, sendo o segundo furacão que passa pela Flórida. O que eu vejo é que esse patamar de preço de US$ 70 a US$ 85 por barril parece bem precificado”, pontua Thadeu. Nesse sentido, outras petroleiras também subiram no pregão: ON ganhou 2,39% e ON avançou 1,61%. No entanto, o economista nota que, apesar de existir a possibilidade de o Irã zerar a sua exportação temporariamente, a alta do barril de petróleo será passageira. “Antes de a guerra se intensificar, a Arábia Saudita voltava a ganhar market share. Analistas falavam de US$ 50 dólares por barril. Uma interrupção temporária não segura nada.” Próximo ao fim do pregão, Neel Kashkari, do Fed, afirmou que o balanço de riscos está mudando da inflação alta para o mercado de trabalho resiliente, o que fez as bolsas de Nova York despencarem e o Ibovespa perder força. “Parece que a fala dele foi mais dura do que o mercado esperava. As chances de o Fed manter a taxa de juros na reunião de novembro estão aumentando”, afirma um operador. “Se isso realmente ocorrer, pode esquecer o rali de final de ano do Ibovespa”, completou.
Valor Econômico
Poupança tem em setembro maior volume de saques desde janeiro, diz BC
A caderneta de poupança registrou em setembro o maior volume de saques líquidos desde janeiro, totalizando 7,140 bilhões de reais, no terceiro mês seguido de retiradas, mostraram dados do Banco Central na segunda-feira
No acumulado do ano, a poupança registra retirada líquida de 11,239 bilhões de reais. Foram seis meses de saques até agora em 2024, com o maior volume registrado em janeiro, de 20,149 bilhões de reais. No mês passado, houve um saldo negativo de 6,137 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e saques líquidos de 1,003 bilhão de reais na poupança rural. A rentabilidade atual da caderneta de poupança é dada pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Esta fórmula vale enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano -- a taxa básica de juros está atualmente em 10,75% ao ano.
Reuters
IGP-DI acelera mais do que o esperado em setembro com alta de commodities, mostra FGV
A alta do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou mais do que o esperado em setembro, devido ao avanço dos preços de commodities aos produtores e dos preços aos consumidores em vários itens, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira.
O IGP-DI subiu 1,03% em setembro, depois de avanço de 0,12% no mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,80%. O resultado levou o índice a subir 4,83% em 12 meses. "Commodities de peso no índice de preços ao produtor, como soja, bovinos, leite e laranja, registraram alta expressiva entre agosto e setembro, colocando os produtos agrícolas como os principais responsáveis pela aceleração da inflação ao produtor", disse André Braz, coordenador dos índices de preços. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do indicador geral, acelerou para uma alta de 1,20% em setembro, após subir 0,11% no mês anterior. No IPA, a alta nas Matérias-Primas Brutas foi o maior destaque de setembro, avançando 2,19% no mês, ante queda de 0,47% em agosto, sendo que as principais contribuições para esse movimento foram dos itens soja em grão (-2,03% para 6,51%), leite in natura (0,65% para 5,37%) e bovinos (2,75% para 5,87%). Braz ainda destacou o resultado no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -- que responde por 30% do IGP-DI -- como um fator para o índice geral. O IPC teve alta de 0,63% em setembro, após recuar 0,16% em agosto. Seis das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (-0,40% para 1,72%), Alimentação (-1,03% para 0,04%), Educação, Leitura e Recreação (-0,60% para 1,51%), Despesas Diversas (0,45% para 1,85%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,14% para 0,37%) e Comunicação (0,16% para 0,31%). O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, teve alta de 0,58% em setembro, de 0,70% antes. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.
Reuters
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