Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 72| 21 de fevereiro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preços do macho terminado subiram R$ 5/@ na sexta-feira (18/2) no mercado paulista
Foi registrada cotação de R$ 345/@, a prazo, acréscimo de R$ 5/@ sobre o dia anterior
Pelos dados levantados pela Scot Consultoria, os preços do boi gordo direcionado ao mercado doméstico de São Paulo fecharam a semana a R$ 338/@, enquanto a vaca e a novilha prontas para abate foram negociadas em R$ 303/@ e R$ 330/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente. Para bovinos destinados ao mercado externo, são fechados negócios da ordem de R$ 350/@ no mercado paulista, informa a Scot. Segundo a IHS Markit, neste período final da semana, as indústrias localizadas em São Paulo iniciaram uma forte busca por lotes de boiadas gordas existentes em praças de fora do Estado, sobretudo nas regiões do Mato Grosso do Sul. “A condição de preço mais competitiva no MS, além da chance de se encontrar lotes mais volumosos de animais gordos, resultou em margens mais interessantes para os compradores de São Paulo”, reforçam os analistas da IHS. O pagamento de prêmios por arroba para aquisição de boiada que apresentem padrões que atendam o mercado externo continuam ocorrendo com grande frequência, informa a consultoria. Dessa maneira, relatam os analistas, as operações buscam preencher as programações de abate para este tipo de animal (especialmente o chamado “boi-China), refletindo em escalas mais curtas nas indústrias que miram a demanda externa. No entanto, na última quinta-feira (17/2), o dólar registrou a sua 6ª queda consecutiva, alcançando patamares de R$ 5,12. “Tais movimentos negativos já acendem um sinal de alerta para os exportadores, apesar dos preços internacionais da proteína bovina ainda continuarem altamente elevados”, relata a IHS. No mercado atacado de carne bovina, a semana demonstrou a toada típica do período, ou seja, a demanda doméstica enfraqueceu ainda mais, refletindo o menor poder aquisitivo dos consumidores nesta época do mês (quando há um maior distanciamento dos salários recebidos no início de cada mês). COTAÇÕES: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 345/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 292/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 307/@ (à vista) vaca a R$ 295/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca R$ 295/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 276/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 289/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 287/@ (prazo) vaca a R$ 278/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo: ágio entre o boi "China" e o "não China" chega até R$30,00/@
Com oferta comedida de boiadas, as cotações estiveram firmes em São Paulo. As altas de 0,3% para o boi gordo e 0,9% para a novilha gorda ao longo da semana contribuíram para que o volume de negócios fosse suficiente para a programação das escalas da semana que se inicia
Com certa dificuldade para compra de bovinos terminados, os negócios em R$350,00/@ para bovinos com destino à exportação tornaram a ser relatados e, com isso, o ágio entre o boi “China” e o “não China” aumentou nas praças pecuárias, variando de R$10,00/@ a R$30,00/@, a depender da região. Um ponto de atenção é o câmbio, que se continuar a cair, torna a carne brasileira mais cara.
SCOT CONSULTORIA
Frigoríficos têm dificuldade para alongar as escalas de abate
A segunda quinzena de fevereiro/22 iniciou como foi a primeira, ou seja, os negócios no mercado do boi gordo ocorreram de maneira pontual e a maioria dos frigoríficos não conseguiram alongar as suas escalas de abate, informa a consultoria Agrifatto
Em algumas regiões do País, as fortes chuvas na semana prejudicaram a compra e transporte de gado, o que ajudou a manter a média nacional das programações de abates em 9 dias úteis, sem mudanças no comparativo semanal. São Paulo: as indústrias locais fecharam a sexta-feira com 9 dias úteis já programados, um avanço de 1 dia no comparativo entre as semanas. Pará – Dentre as regiões analisadas, as indústrias paraenses são as que encontram maior facilidade em manter as suas escalas alongadas e a média do Estado avançou 1 dia útil no comparativo entre as semanas, encerrando a sexta-feira na casa de 16 dias úteis programados. O/MG/TO – Nas praças de Goiás, Minas Gerais e Tocantins, os frigoríficos fecharam a semana com a média de 8 dias úteis escalados, com os goianos recuando 3 dias, os mineiros estáveis e os tocantinenses avançando 1 dia ante a semana passada. RO/MS – Nas regiões de Rondônia e do Mato Grosso do Sul, as programações se encontram completas em 7 dias úteis, ambos sem alterações no comparativo semanal. MT – Entre as indústrias mato-grossenses, as escalas de abate se encontram na média de 6 dias úteis, 1 dia de queda ante a semana passada.
AGRIFATTO
Secretaria de Defesa Agropecuária quer avançar na qualidade regulatória
Consultoria irá subsidiar a Secretaria para aprimoramento da Análise de Impacto Regulatório (AIR)
Dentro do planejamento do Governo Federal para que os órgãos da administração pública direta implementem ferramentas para melhor governança regulatória, a Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), contratou consultoria visando aprimorar a produção de atos normativos relacionados à defesa agropecuária, em conformidade com o Decreto nº 10.411, de 30/06/2020. A contratação do consórcio Ubuntu KPMG Consultoria Ltda e Licks Advogados, publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira (17), ocorreu por meio do projeto de cooperação internacional Mapa-Prodefesa, por intermédio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). A consultoria terá início no dia 21 deste mês, com duração de seis meses. Os resultados da consultoria subsidiarão a Secretaria para aprimoramento da Análise de Impacto Regulatório (AIR), contemplando metodologias para a aferição do impacto econômico e o detalhamento de opções não normativas para a solução de problemas regulatórios. Além disso, serão introduzidas estratégias para realização da Avaliação de Resultado Regulatório (ARR), para o constante monitoramento do desempenho da norma editada, considerando o cumprimento dos objetivos originais e os impactos observados no mercado e na sociedade. “A iniciativa integra os esforços da Secretaria de Defesa Agropecuária para promover a incorporação de boas práticas regulatórias aos controles sanitários aplicados às diversas cadeias produtivas do agronegócio brasileiro, em conformidade com as diretrizes do Governo Federal e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, destacou a diretora do Departamento de Suporte e Normas, Judi Nóbrega.
MAPA
Asbia: número de doses de sêmen de bovinos de corte cresce 68,7% em 2021
Foram 21,1 milhões de doses coletadas em 2021; já as vendas totalizaram 19,9 milhões de doses, 22% a mais que 2020, revela o relatório anual Index Asbia
A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) mostrou um crescimento de 68,7% no número de doses de sêmen coletadas de bovinos de corte. Foram 21.146.794 doses, em 2021, contra 12.536.601, em 2020; o resultado é o maior desde 2018. Os dados fazem parte do Index Asbia 2021 que traz os dados de coleta, venda e exportação de sêmen em 2021 no País. Considerando doses importadas e coletas de sêmen de raças de leite, o mercado de sêmen brasileiro computou 35.898.394 doses em 2021. A alta foi de 40,4% em comparação com 2020. As vendas de sêmen de corte totalizaram 19.891.859 doses no ano passado, o que representou um crescimento de 21,8%, ante a comercialização de 16.327.494 doses em 2020. As vendas de sêmen de raças leiteiras fecharam em 5.558.098, com um crescimento de 6%. Ao todo, 25.449.957 doses vendidas, 18% a mais que em 2020. No ano passado, as doses de sêmen de corte foram enviadas a 4.030 municípios diferentes, representando 72% das regiões nacionais. Já o alcance da Inseminação Artificial (IA) de corte foi de 68%, alcançando 3.799 municípios em todo o País. Considerando os dados de corte e de leite, a IA atingiu o total de 4.463 municípios durante o ano de 2021 e com 80,1% desses municípios fazendo efetivamente o uso de IA. Para se ter uma ideia, em 2020, essa porcentagem foi de 74,4%. As vendas internacionais de sêmen bovino também tiveram um bom salto no ano passado. Foram 865.737 doses exportadas em 2021, 70,4% a mais em comparação com 2020, quando foram comercializadas 508.096.
ASBIA
SUÍNOS
Suínos: mercado encerra estável a sexta-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 102,00/R$ 108,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 8,30 o quilo/R$ 8,50 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (17), houve aumento somente em Santa Catarina, na ordem de 0,62, chegando a R$ 4,90/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais, custando R$ 5,98/kg, R$ 5,16/kg no Paraná, R$ 5,05/kg no Rio Grande do Sul e R$ 5,65/kg em São Paulo.
Cepea/Esalq
RS: Pesquisa registra alta de R$ 0,21 no preço do suíno independente
O preço médio do suíno independente teve aumento de R$ 0,21 no Rio Grande do Sul. A cotação registrada pela Pesquisa Semanal da Cotação do Suíno, milho e farelo de soja é de R$ 5,76.
O custo médio da saca de 60 quilos de milho ficou em R$ 96,17. Já o preço da tonelada do farelo de soja é de R$ 2.906,67 e da casquinha de soja é de R$ 1.450,00, ambos para pagamento à vista, preço da indústria (FOB). O preço médio na integração apontado pela pesquisa também é de R$ 5,02. As cooperativas e agroindústrias apresentaram as seguintes cotações: Aurora/Cooperalfa R$ 5,10 (base suíno gordo) e R$ 5,20 (leitão 6 a 23 quilos), vigentes desde 09/02; Cooperativa Languiru R$ 5,20, vigente desde 14/02; Cooperativa Majestade R$ 5,10, vigente desde 09/02; Dália Alimentos/Cosuel R$ 5,20, vigente desde 08/02; Alibem R$ 4,10 (base suíno creche e terminação) e R$ 5,20 (leitão), vigentes desde 10/02, respectivamente; BRF R$ 5,30, vigente desde 09/02; Estrela Alimentos R$ 4,10 (base creche e terminação), vigente desde 08/02, e R$ 5,15 (leitão), vigente desde 09/02; JBS R$ 5,30, vigente desde 18/01; e Pamplona R$ 5,10 (base terminação) e R$ 5,20 (base suíno leitão), vigentes desde 09/02.
AGROLINK
FRANGOS
Frango: sexta-feira com cotações estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,88%, valendo R$ 5,75/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 3,99/kg, e no Paraná houve recuo de 0,20%, custando R$ 5,08/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (17), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 6,13/kg e R$ 6,42/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Queda no preço do vivo mantém pressão sobre poder de compra
Enquanto os preços do frango vivo continuam em queda, os dos principais insumos consumidos na avicultura, milho e farelo de soja, seguem avançando, o que vem reduzindo o poder de compra de avicultores em fevereiro
Este é, inclusive, o quarto mês consecutivo de queda no poder de compra do produtor. Segundo colaboradores do Cepea, a baixa liquidez interna da carne de frango e as exportações enfraquecidas têm pressionado as cotações do animal vivo. Já para o farelo de soja, o alto valor da matéria-prima e as vendas internacionais aquecidas têm impulsionado os preços no mercado doméstico. Para o milho, a expectativa de menor produção motivou pequenas altas de preços nos últimos dias, aumentando a pressão sobre o poder de compra do avicultor.
Cepea
USDA: Até 2031, exportações mundiais de carne de frango crescem 25%; as do Brasil, 32%
Para o Brasil são previstas exportações de 5,2 milhões de toneladas
“Projeções Agrícolas do USDA para 2031” estimam que no primeiro ano da próxima década as exportações mundiais de carne de frango estarão próximas dos 16,7 milhões de toneladas, volume que representa aumento de 25% em relação ao que foi exportado em 2020. Para o Brasil são previstas exportações de 5,2 milhões de toneladas, quase um terço a mais que há dois anos. O USDA prevê que Tailândia, Turquia e China registrarão índice de expansão bem superior ao do Brasil – entre 43 a 47% a mais do que exportaram em 2020. Porém, o volume adicional apontado para os três países (pouco mais de 820 mil toneladas) corresponde a apenas 65% do adicional sugerido para o Brasil – 1,262 milhão de toneladas a mais. Os menores índices de crescimento estão previstos para os EUA (17,41%) e para a União Europeia (9,51%). Com isso, a participação de ambos no total mundial sofre recuos de, respectivamente, 6,23% e 12,55%, enquanto a participação brasileira, aumenta perto de 5,5%, chegando a 31,21% do total mundial.
AGROLINK
CARNES
Custos de produção de suínos e frangos de corte têm forte alta em janeiro
Os custos de produção de suínos e frangos de corte medidos pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa tiveram forte alta em janeiro, na comparação com dezembro, influenciados principalmente por gastos relacionados à alimentação dos animais, informou a Cias/Embrapa na sexta-feira (18)
O ICPSuíno, que mede os custos de produção de suínos, subiu 6,78% em janeiro em relação a dezembro de 2021, para 427,69 pontos. A alta do índice foi influenciada pela variação de 6,5% nas despesas operacionais com a alimentação dos animais, que representou 82% do custo de produção de suínos. “Com isso, o custo total de produção por quilograma de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina aumentou R$ 0,48 no mês, chegando aos R$ 7,48”, disse a Cias/Embrapa em comunicado. Santa Catarina é o maior produtor nacional de suínos. O índice que mede os custos de produção de frangos de corte, ICPFrango, subiu 5,63% para 426,26 pontos. O índice foi impactado pela alta de 5,13% nos gastos com nutrição e de 0,35% com custos de compra de pintos de um dia. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no maior estado produtor, Paraná, subiu R$ 0,30 em janeiro em relação a dezembro de 2021, a R$ 5,51.
CARNETEC
EMPRESAS
Castrolanda distribui R$ 46,5 milhões em sobras a associados
No total, lucro da cooperativa chegou a R$ 145 milhões em 2021
A cooperativa paranaense Castrolanda, com sede em Castro, aprovou a distribuição de sobras referentes a 2021 a seus associados no montante total de R$ 46,5 milhões. As sobras totais, equivalentes ao lucro da cooperativa, somaram R$ 145 milhões. O faturamento anual atingiu a marca de R$ 5,9 bilhões – o maior valor registrado em 70 anos de história. Em relação a 2020, houve aumento de 31,1%.
VALOR ECONÔMICO
Produtos Copacol são apresentados em mais uma edição da Gulfood
Com exposição dos produtos aos consumidores do mercado externo, a Copacol participou de mais uma edição da Gulfood Dubai 2022, maior feira mundial voltada para o mercado de alimentos halal
O Oriente Médio representa o terceiro maior destino de produtos da Cooperativa, que exporta para 76 países. “Possuímos uma forte atuação neste mercado, inclusive com um escritório permanente em Dubai, o que possibilita uma forte relação com nossos clientes. Com mais uma edição da feira, conquistarmos consumidores de todo o mundo e demonstramos a qualidade dos nossos produtos. É um momento extremamente importante, de retomada da economia, por isso, fazemos questão de estarmos presentes e estabelecermos acordos com parceiros no mercado externo”, afirmou o Diretor-Presidente da Copacol, Valter Pitol. O volume total de exportações no último ano chegou a 476,2 milhões de dólares: crescimento de 16% em comparação a 2021, graças a presença da marca em eventos nacionais e internacionais, reforçando a relação com os clientes. Outro fator relevante para os bons negócios com os clientes do Oriente Médio é a implantação do escritório de vendas da Cooperativa em Dubai, desde 2018. A unidade atende toda a região, além do norte da África – expressivos importadores de nossos produtos. O mercado árabe corresponde a 20% do volume total exportado pela Copacol. Além de encontros de negócios, a feira contou com degustação especial, com ingredientes brasileiros em omeletes e em pratos típicos da culinária árabe – como o shawarma. A Gulfood é uma vitrine para as agroindústrias brasileiras, que estreitam a relação com os clientes e demonstram as novidades do setor alimentício. A participação do Brasil ocorre graças à parceria da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Copacol
FRIMESA: CENTRAL TEM NÚMEROS APROVADOS EM ASSEMBLEIA
2021 foi um ano desafiador para a Frimesa Cooperativa Central. Com determinação, foi possível manter a cadeia produtiva junto às filiadas - Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato e ampliar a marca
A Frimesa apresentou os dados do exercício de 2021 no dia 18 de fevereiro, em Assembleia Geral Ordinária, realizada no centro de eventos da Associação Esportiva e Recreativa Frimesa (Assercoop), em Medianeira, Oeste do Paraná. O evento foi presencial e a diretoria apresentou os números que foram aprovados: um faturamento de 5,039 bilhões, sendo um crescimento de 17% comparado com 2020, e 115 milhões em sobras, menos que o esperado de 150 milhões. Com desafios atribuídos pela pandemia de Covid-19, a Frimesa continuou a investir nos seus projetos e no novo frigorífico de Assis Chateaubriand. Os resultados alcançados pela Frimesa são fruto do sistema cooperativista. “O importante é que toda a cadeia produtiva ganhou com os nossos números, ganhou o produtor, ganhou a filiada e ganhou a Frimesa”, esclarece Zydek. “Nosso desafio é crescer em torno de 20% e passar o faturamento para 6 bilhões, o que é um desafio bastante grande. Teremos investimentos próximos a 500 milhões, estamos investindo em torno de 350 milhões no novo Frigorífico de Assis Chateaubriand”, explica o diretor-executivo da Frimesa, Elias José Zydek. Foram produzidas 442 mil toneladas de alimento, sendo 283 mil toneladas em carnes, e 159 mil toneladas em produtos lácteos. Esses resultados começam nas propriedades rurais: com o trabalho de 918 produtores de suínos e 1726 produtores de leite. A matéria-prima entregue por eles permitiu que as indústrias trabalhassem em 95% da capacidade. A área de carnes representa, 71,8% nos negócios da Frimesa com um mix de 306 produtos nas linhas de cortes, linguiças frescais e defumadas, presuntos, defumados, curados, hambúrgueres, salsichas, entre outros. Quanto ao volume de produção, foram 2.244.836 cabeças abatidas para industrialização nos seus dois frigoríficos, um localizado em Medianeira e outro em Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná, uma média de 8300 suínos/dia. As exportações representaram 25,9% do faturamento no segmento de carne suína, totalizando R$ 913 milhões.
FRIMESA
JBS diz que BNDESPar vendeu 50 milhões de ações
A JBS S.A. disse na sexta-feira (18) que o BNDES Participações (BNDESPar) vendeu 50 milhões de ações ordinárias da processadora de carnes na quarta-feira (16)
Após a venda das ações, o BNDESPar passa a deter 461,66 milhões de ações ordinárias da JBS, equivalentes a 19,45% do total, disse a JBS em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Anteriormente, o BNDESPar detinha uma participação de 21,55% na JBS.
O BNDES já havia declarado intenção de vender ações da JBS e vem reduzido a participação na processadora de carne bovina desde o ano passado.
CARNETEC
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Contrato de concessão do gás natural deve ser renovado por mais 30 anos e indústria espera preço menor
Audiência pública sobre renovação do contrato da Compagas acontece nesta terça-feira (22)
Como entender que o gás natural, estratégico para atração de indústrias que demandam grandes volumes de energia, atenda no Paraná apenas 170 empresas, enquanto no estado vizinho de Santa Catarina, que tem metade da área territorial, já chega a 333 o número de indústrias beneficiadas? O tema ganhou urgência no debate público porque o governo paranaense decidiu antecipar a renovação do contrato de distribuição do gás natural com a Compagas, que vence em 2024, após 30 anos. Para o setor industrial, liderado pela Federação das Indústrias (Fiep), trata-se de oportunidade única de resgatar a competitividade perdida em função de "elevadíssima tarifa" decorrente de "privilégios injustamente mantidos" no contrato assinado em 1994. O governo apresentará o Plano Estadual do Gás e as bases para renovação do contrato de concessão em audiência pública virtual, na próxima terça-feira (22), às 9 h.
Insumo essencial para indústrias de papel e celulose, madeira e cerâmica, entre outras, o produto em Santa Catarina está entre os mais baratos do Brasil, cerca de R$ 2,94 por metro cúbico. O Paraná, na contramão, tem preço de R$ 3,80. A principal razão da diferença no preço final do insumo entre os dois estados está na margem de distribuição. Enquanto no Paraná a Compagas cobra R$ 0,80 por metro cúbico transportado, em Santa Catarina a SC Gás cobra R$ 0,45. Outro fator é o ICMS que incide sobre o gás natural. Aqui, a alíquota é 18%; no estado vizinho, 12%. Os dados constam do estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) – Contribuições à Consulta Pública Nº 001/2021 -, com a assessoria de Barbosa e Gaertner Advogados Associados. O material foi entregue ao governo do Paraná em setembro de 2021. O estudo faz referência à margem atual como “indefensável” e enfatiza que “sua redução é essencial à competitividade paranaense”. A decisão estratégica de investir no gás natural como matriz energética vem garantindo avanços em Santa Catarina. Em 2021, o consumo do gás no setor industrial cresceu 21,32% em comparação a 2020 e 14,57% em relação a 2019. Apenas em 2021, 25 novas indústrias passaram a consumir gás e hoje já são 333. Para este ano, a distribuidora catarinense projeta conectar mais 30 novas indústrias à rede de gás. O volume destinado ao setor industrial corresponde a 87% do total distribuído pela Compagas, excluindo o destinado à geração termelétrica. Segundo a companhia, o consumo industrial teve um aumento de 12% em 2021 em relação a 2020, quando o consumo havia registrado uma redução de 9% em relação ao ano anterior. A Compagas explica que nos últimos anos o mercado de gás canalizado paranaense foi impactado por alguns fatores, como o fechamento, em 2020, pela Petrobras, da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, um grande consumidor de gás natural que respondia por 30% do volume distribuído pela companhia.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha em baixa de 0,49%, a R$5,1417 na venda
O dólar contrariou tendência internacional de aversão a risco e teve queda ante o real nesta sessão, engatando uma sexta semana consecutiva de perdas em meio à percepção de rendimentos atraentes na cena doméstica
A moeda norte-americana à vista caiu 0,49% na sexta-feira, a 5,1417 reais na venda. Na semana, o dólar caiu 1,93%. Esta foi sua sexta semana seguida de baixa, período em que perdeu 8,7%, na mais longa sequência de recuos semanais desde uma série da mesma duração finda em maio de 2021. Na B3, onde os negócios vão além das 17h (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,64%, a 5,1485 reais.
REUTERS
Ibovespa cai e interrompe sequência de 5 semanas de alta
O principal índice da bolsa brasileira caiu na sexta-feira, encerrando a semana com perdas tímidas, à medida que novas escaladas de tensões geopolíticas na Ucrânia pesaram sobre os mercados globais
A Rumo foi um dos destaques de baixa, após divulgar resultados do quarto trimestre, enquanto os grandes bancos subiram, em meio a noticiário corporativo e relatório de analistas sobre o setor. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,59%, a 112.861,29 pontos, a segunda baixa seguida. O giro financeiro foi de 22,6 bilhões de reais, em sessão de vencimento de opções sobre ações. Na semana, também segundo dados preliminares, o índice recuou 0,63%, depois de cinco altas seguidas.
REUTERS
Valor das exportações cresce 31,4% em janeiro, diz FGV
Crescimento foi liderado pelas commodities, cujo volume subiu 17,4%, contra 6,8% das não commodities informou na sexta o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), ao divulgar o Indicador de Comércio Exterior (Icomex).
As commodities tiveram participação de 63% no valor total exportado pelo país, enquanto as não commodities participaram com 90% das importações. No caso dos preços, as commodities exportadas tiveram aumento de 13,6%, inferior aos 18% registrados pelas não commodities.
Por setor de atividade, houve aumento no volume exportado da agropecuária (91,3%), seguido da indústria de transformação (16,3%), enquanto a indústria extrativa mostrou queda de 13,4%. Os preços das exportações tiveram aumento de 30,1% na agropecuária e de 20,1% na indústria de transformação, com redução de 2% na indústria extrativa. A balança comercial de janeiro fechou com déficit de US$ 214,4 milhões, segundo anúncio do Ministério da Economia. Desde 2009, quando as commodities passaram a explicar mais de 50% das exportações nacionais e a China ocupou o posto de principal mercado comprador, o saldo só foi superavitário quatro vezes em janeiro. No ano passado, o saldo mostrou déficit de US$ 219,8 milhões. No último mês de janeiro, a China perdeu pontos para os Estados Unidos. A China continuou liderando os principais mercados de exportação do Brasil, com 21,5% de participação, seguida dos Estados Unidos, com 11,6%. Em janeiro de 2021, entretanto, esses percentuais eram de 27,7% para a China e 9,5% para os Estados Unidos. O Ibre explica o resultado da China como decorrente da baixa taxa de crescimento das exportações (1,9%) para esse mercado, entre os meses de janeiro de 2021 e de 2022, em comparação com os Estados Unidos, cuja alta no mesmo período atingiu 59,4%. A Argentina permaneceu como terceiro principal destino de exportação, com participação de 4,8% e crescimento de 24,2%. A queda do valor exportado para a China está associada à retração de 6,3% das exportações em volume para aquele país, entre janeiro de 2021 e de 2022. Já a variação dos preços para esse mercado foi positiva (7,8%). Para todos os outros mercados, os volumes exportados aumentaram, assim como os valores. As exportações brasileiras cresceram 53,2% para a União Europeia, 33,4% para a América do Sul (exceto Argentina) e 35,9% para a Ásia, excluindo China e Oriente Médio. O principal produto exportado pelo Brasil, em janeiro, foi o petróleo, com variação de 27,4%, em valor. A China foi responsável por 41,9% das compras do produto, mas registrou queda de 17,7%, em relação a janeiro de 2021. Os Estados Unidos, com participação de 12,6%, aumentaram as suas compras em 192%. O segundo principal produto exportado foi o minério de ferro que registrou queda nas vendas totais (33,7%) e para a China (44,1%). As exportações de soja, terceiro principal produto nacional, aumentaram em 5.224%. Para a China, cuja participação no total foi de 80%, a variação foi de 13.990%. Além do aumento das compras de petróleo, os Estados Unidos elevaram em 1.052% as compras de carne bovina, que tinham restrições em janeiro de 2021, em 33% as de café e em 340%, as de semimanufaturas de ferro e aço, diz o relatório do Icomex.
AGÊNCIA BRASIL
Após estagnação em 2021, produção agroindustrial segue fraca
FGV Agro prevê apenas leve crescimento no país em 2022
O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) caiu 2,1% em dezembro ante o mesmo mês de 2020, mas registrou variação positiva de 3,9% em relação a novembro e, com isso, fechou 2021 com resultado estável na comparação com o ano anterior. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. A alta sobre dezembro foi definida por crescimentos tanto no grupo de produtos não-alimentícios (4%) quanto no formado por alimentos e bebidas (3,8%). No primeiro, os destaques foram os avanços dos biocombustíveis (16,9%) e da área de fumo (10,9%); no segundo, a maior variação positiva foi a dos produtos alimentícios de origem vegetal (7,1%). “Apesar de a produção agroindustrial não ter registrado queda em 2021, a estagnação [variação de 0%] não se apresenta como uma boa notícia, uma vez que 2020 foi marcado pelos efeitos mais adversos (em termos econômicos) do início da pandemia da covid-19 no país e, logo, a base de comparação é estreita”, avaliam os pesquisadores do FGV Agro. Também vale notar que o resultado final do ano passado foi estável graças ao crescimento de 7,5% da produção de produtos não-alimentícios, uma vez que no grupo formado por alimentos e bebidas houve retração de 6,2%. O centro da FGV também destaca que a agroindústria brasileira encerrou 2021 com um nível de produção 3,6% inferior a fevereiro de 2020, antes do início da pandemia. O FGV Agro mantém cautela em relação a 2022. No cenário base projetado, prevê para o acumulado do ano uma pequena expansão de 0,4%, fruto de altas de 0,3% no setor de alimentos e bebidas e de 0,6% na área de produtos não-alimentícios. O cenário traçado leva em conta que a pandemia será controlada; que a economia brasileira registrará avanço modesto no ano (0,3%); que a inflação continuará elevada (5,5%); que as turbulências geopolíticas externas serão amenas; e que haverá pouca instabilidade no país por causa das eleições. Se o horizonte se mostrar mais amigável, o PIMAgro poderá subir até 1,8%. Se for mais sombrio, poderá recuar até 1,3%.
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CNC: Consumo das famílias sobe 0,4% em fevereiro e atinge maior nível em quase um ano
Intenção de compra de duráveis, porém, mostrou a sexta queda consecutiva
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 0,4% em fevereiro ante janeiro, atingindo 77,6 pontos, maior patamar desde maio de 2020 (81,7 pontos). Na comparação com fevereiro de 2021, a alta foi de 4,6%. Para a entidade, o resultado reflete melhor percepção do consumidor em relação à renda atual. Dos sete tópicos usados para cálculo do ICF, seis apresentaram alta em fevereiro ante janeiro. É o caso das altas em emprego atual (1,6%); perspectiva profissional (0,9%); renda atual (2,1%); acesso ao crédito (0,7%); nível de consumo atual (3,9%); e perspectiva de consumo (0,1%). Nessa comparação, houve queda de 7,7% em momento para duráveis. Já na comparação com fevereiro de 2021, ocorreram altas de emprego atual (11,3%); perspectiva profissional (1,2%); renda atual (6,7%); nível de consumo atual (8,5%); e perspectiva de consumo (18,2%). Em contrapartida, houve recuos em acesso ao crédito (-6,6%) e em momento para duráveis (-9,2%). A avaliação melhor de renda pode ser originada de melhor percepção sobre emprego, pontuou a CNC. A parcela de famílias que avaliaram o item Perspectiva Profissional de forma negativa reduziu para o menor patamar desde abril de 2020 (48,9%). Em janeiro, esse percentual era de 50,3% e, em fevereiro do ano passado, era de 50,8%. A pontuação do indicador também apresentou o melhor resultado desde abril do ano retrasado (106,3 pontos), chegando a 90,8 pontos, com variação mensal positiva de 0,9% e de 1,2%, na comparação com o mesmo mês em 2021, detalhou a CNC. Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, a alta inflacionária e o aumento dos juros encareceram os bens duráveis, levando a uma maior dificuldade de compra desses itens. Mas ela notou que houve avanço de 0,7% do item acesso ao crédito, em fevereiro ante janeiro, após quatro meses de queda nesse tópico, para essa comparação. "Isso mostra que, apesar de a Selic [taxa básica de juros] ter alcançado patamar de dois dígitos, o crédito continua sendo um importante indutor do consumo", afirmou ela, no comunicado.
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