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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 718 DE 02 DE OUTUBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 718 | 02 de outubro de 2024

 


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Novilha gorda e “boi-China” sobem no mercado paulista, informa Scot

Fêmea terminada atinge R$ 258/@, enquanto animal com padrão-exportação agora é negociado por R$ 275/@ em SP, apurou consultoria. No Paraná, o boi vale R$275,00 por arroba. Vaca a R$250,00. Novilha a R$255,00. Escalas de abate de cinco dias

Em São Paulo, após a alta do boi “comum” na segunda-feira (30/9), o mercado paulista registrou avanço R$ 3/@ nos preços do “boi-China” e da novilha gorda, agora negociados por R$ 258/@ e R$ 275/@, respectivamente, de acordo com dados da Scot Consultoria.

O boi destinado ao mercado interno (de SP) continua valendo R$ 270/@, enquanto a vaca gorda está cotada em R$ 245/@, acrescenta a Scot. Segundo a Agrifatto, a forte pressão positiva continua “contaminando” o mercado físico do boi gordo, impulsionada sobretudo pela oferta restrita de animais terminados neste período crítico da entressafra. Em setembro/24, o preço médio do boi gordo em São Paulo ficou em R$ 256,14/@ (indicador Cepea), atingindo o maior patamar dos últimos 17 meses, contabiliza a Agrifatto. Na B3, com dia de liquidação, o contrato futuro do gordo com vencimento em setembro/24 fechou valendo R$ 268,45/@, enquanto o papel para outubro/24 encerrou em R$ 274/@. No mercado atacadista, a movimentação se manteve firme na última semana do mês, desviando do padrão de uma segunda quinzena de mês, que normalmente é marcada pelo baixo escoamento doméstico de carne bovina, relata a Agrifatto. A cotação da carcaça bovina registrou alta de 2,14% em comparação à semana anterior, ficando cotada em média a R$ 17,93/kg, o maior nível semanal desde abril/23, acrescenta a consultoria. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta segunda-feira (30/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$275,00. Média de R$272,50. Vaca a R$245,00. Novilha a R$255,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”, R$265,00. Média de R$260,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$275,00 a arroba. O “boi China”, R$275,00. Média de R$275,00. Vaca a R$250,00. Novilha a R$255,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$250,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$265,00. Média de R$260,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$245,00 a arroba. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$240,00 por arroba. Vaca a R$220,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abate de seis dias; Mercado físico (preços médios) / Semana encerrada em 27/9; Boi gordo: R$ 267,36 Variação semanal de +3,8%. Bezerro: R$ 2.138,10 Variação semanal de 1,4%. Carcaça casada: R$ 17,93 Variação semanal de 2,14%.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Diferencial de base do boi gordo se encurta nas praças interioranas do País

Diferença de preços entre MS e SP encurtou 1,5 ponto percentual em setembro/24, atingindo +2,2%, o nível mais positivo da série histórica, destacou a Agrifatto

 

Os preços do boi gordo nas regiões do Brasil-Central têm subido intensamente nas últimas semanas, resultando no encurtamento do diferencial de base em importantes praças pecuárias, informou a Agrifatto. Diferencial de base é a diferença entre os valores do boi gordo praticados na praça-base – no caso São Paulo – e na região onde o animal será abatido. Nesse sentindo, o destaque no mês passado ficou para o Mato Grosso do Sul, onde o preço do animal terminado registrou um avanço e 10,34% no comparativo mensal, fechando em R$ 261,17/@. “Mesmo com São Paulo também apresentando uma alta mensal significativa, o diferencial de base MS-SP encurtou 1,5 ponto percentual em setembro/24, atingindo +2,2%, o nível mais positivo da série histórica”, observa a Agrifatto. Historicamente, a diferença de preços entre o boi gordo de Mato Grosso do Sul e o animal abatido em São Paulo é de -6,30%, acrescenta a consultoria. Por sua vez, em setembro/24, o preço médio do boi gordo na praça paulista atingiu R$ 255,45/@, com aumento mensal de 8,67% e o maior nível desde maio/23, relata a Agrifatto. Em setembro/24, o maior destaque de encurtamento do diferencial de base ficou para Rondônia, onde o indicativo registrou encolhimento de 4,5 pontos percentuais, para -14,9%, o menor nível desde novembro/23. Segundo dados da Agrifatto, os preços do boi gordo em Rondônia registraram alta de 14,76% em setembro/24, na comparação com agosto/24, atingindo R$ 217,43/@, o maior patamar desde abril/23. “Vale ressaltar que as escalas de abate estão em níveis desconfortáveis para a indústrias brasileiras, rondando os 6 dias úteis, na média nacional, o menor nível desde 2023”, aponta a Agrifatto. “Não à toa, em setembro/24, a valorização da fêmea foi tão intensa quanto a alta do macho em todos os Estados acompanhados”, observa a consultoria. No último mês, continua a Agrifatto, Minas Gerais e de Rondônia registraram as altas mais expressivas para as fêmeas. No primeiro Estado, a vaca gorda encerrou setembro/24 cotada a R$ 228,35/@, com aumento mensal de 12,83%. Em Rondônia, o acréscimo no preço dessa categoria foi de 16,14%, fechando o período em R$ 202,41/@.

Portal DBO

 

SUÍNOS

 

Suínos: alta leve para o preço do vivo no PR e no RS

As cotações no mercado de suínos encerraram esta terça-feira (1) com a maioria dos preços estáveis, com mudanças tímidas apenas para o suíno vivo no Paraná e no Rio Grande do Sul. Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne suína têm se mantido praticamente estáveis na maioria das regiões acompanhadas pelo órgão

 

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (30), houve tímida alta de 0,12% no Paraná, chegando a R$ 8,53/kg, e queda de 0,12% no Rio Grande do sul, com valor de R$ 8,19/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Santa Catarina (R$ 8,41/kg), e São Paulo (R$ 8,97/kg).

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Frango no atacado paulista sobe 3,10% na terça-feira

A ave no atacado paulista, que vinha registrando pouco a pouco queda nos preços desde a semana passada, teve alta de 3,10% na terça-feira (1). De acordo com análise do Cepea, os preços do frango vivo vêm tendo suporte da oferta reduzida do animal e do forte ritmo de exportação da carne brasileira

 

A média diária de embarques de carne de frango in natura, por sua vez, está em 21,3 mil toneladas, mais de 30% superior à de agosto e 14% acima da do mesmo período do ano passado – dados Secex divulgados pelo Cepea. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado teve alta de 3,10%, fechando, em média, R$ 6,65/kg. Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,65/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (30), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,38/kg e R$ 7,53/kg.

Cepea/Esalq

 

MEIO AMBIENTE

 

Paraná aumenta 12% de matas ciliares com proteção de nascentes; iniciativa é similar ao Projeto Olho D’água da Cocari

O Paraná se destaca ao registrar um aumento de 12% na cobertura de matas ciliares, reflexo do nosso comprometimento com a proteção das nascentes e a sustentabilidade ambiental.

 

O Projeto Olho D’água, desenvolvido pela Cocari desde 2009, é um verdadeiro exemplo de sucesso. Este programa visa a recuperação de nascentes localizadas nas propriedades dos cooperados, garantindo água limpa e segura, livre de contaminações tanto para consumo humano quanto para as atividades agrícolas. O resultado é um aumento significativo na vazão das águas. Até julho deste ano, já foram restauradas 1.209 nascentes, sendo 1.166 delas situadas no Paraná. Além disso, a Cocari tem expandido suas ações para Goiás e Minas Gerais, contabilizando 40 nascentes restauradas em Goiás e 3 em Minas Gerais. O sucesso do projeto é resultado de parcerias estratégicas, com a colaboração da empresa Nortox e o apoio do Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, do Instituto Água e Terra (IAT), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e de prefeituras municipais. Os resultados positivos obtidos com o projeto Olho D’água inspiraram a criação de iniciativas semelhantes por diversas empresas e prefeituras. Desde 2019, o governo do Estado do Paraná lançou o Programa Paraná Mais Verde, que visa à distribuição de mudas de espécies nativas para plantio em áreas de preservação e urbanas, promovendo a recuperação ambiental. Segundo o Instituto Água e Terra (IAT), a cobertura de matas ciliares do Paraná aumentou de 1,25 milhão de hectares em 2008 para 1,41 milhão de hectares em 2021, conforme dados do MapBiomas. O Projeto Olho D’água também já foi reconhecido com diversas premiações, dentre elas com o Prêmio Somos Coop, da OCB e o Troféu Chico Mendes, pelos excelentes resultados. A proteção das Áreas de Preservação Permanente (APP) é essencial para garantir a qualidade das fontes de água que abastecem tanto as áreas urbanas quanto rurais, protegendo a biodiversidade local. Nos últimos cinco anos, o programa já distribuiu aproximadamente 9,8 milhões de mudas, sendo que 40% desse total, ou 3,9 milhões de mudas, foram destinadas a APPs, incluindo as matas ciliares. Essa ação reforça o compromisso do Paraná com a saúde ambiental e a geração de um futuro mais sustentável para todos. A restauração realizada pela Cocari nas propriedades de cooperados é um procedimento simples e eficaz, e não tem custo algum para o produtor. É feita a limpeza das nascentes e a montagem de estruturas que protegem as fontes de água, assim como a manutenção do trabalho feito, quando necessário.

Agência Estadual de Notícias

 

GOVERNO

 

MAPA adia fim de exportação de carne de fêmeas PARA UE

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prorrogou por 120 dias o prazo para a suspensão das importações de carne bovina de fêmeas brasileiras pela União Europeia

 

A medida, que passaria a valer em 6 de outubro, foi adiada até 27 de janeiro de 2025. O objetivo é permitir a criação de um novo protocolo que elimine o uso de estradiol em programas de inseminação artificial. A decisão ocorre em um momento de alta nas exportações de carne bovina do Brasil, um dos maiores fornecedores do produto para a Europa. A restrição afetaria frigoríficos que dependem desse mercado, o que poderia causar insegurança em toda a cadeia produtiva. Com o novo prazo, espera-se a conclusão de um protocolo que atenda às exigências europeias, já em desenvolvimento.

MAPA

 

Brasil mantém negociações para adiar lei antidesmatamento

O Brasil ainda não recebeu resposta oficial da Comissão Europeia a respeito do pedido para adiar a entrada em vigor da lei antidesmatamento da União Europeia. 'Vamos buscar outros mecanismos para que a implementação [da lei] não ocorra de forma unilateral”, diz o ministro Carlos Fávaro

 

O Brasil ainda não recebeu resposta oficial da Comissão Europeia a respeito do pedido para adiar a entrada em vigor da lei antidesmatamento do bloco (EUDR, na sigla em inglês). A solicitação foi apresentada por carta assinada pelos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) durante as reuniões do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20, em setembro. Na ocasião, Fávaro afirmou que esperaria uma manifestação formal dos europeus até dia 1º de outubro e que o país poderia ingressar com uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) caso o pleito não fosse atendido. “Vamos dar prazo até 1 de outubro para que a comunidade europeia se manifeste formalmente quanto à prorrogação. Caso não o façam, vamos buscar outros mecanismos para que a implementação não ocorra de forma unilateral”, disse o ministro, na ocasião. Consultado, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, disse que o Brasil seguirá em diálogo com as autoridades europeias. Ele disse que o país e outros exportadores vão insistir na prorrogação da vigência do regulamento. “Não há como cumprir uma legislação, se até o momento não houve nenhuma regulamentação. Falta a instrução e a regulação. Sem discutir o mérito, o mínimo que se espera é a prorrogação”, afirmou. Segundo ele, a estratégia será manter as consultas aos europeus e intensificar o diálogo até ter uma resposta. O Brasil, porém, não descarta acionar a OMC com o apoio dos países do Mercosul caso haja demora nesse retorno. Mesmo com o órgão de apelação do órgão inativo, sem indicação do membro dos Estados Unidos, pode haver uma movimentação internacional para suspender a lei europeia por um período de avaliação.

Globo Rural 

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Plantio de soja no Paraná dobra em uma semana, ritmo supera anos recentes, diz Deral

O plantio de soja no Paraná, um dos principais Estados produtores do Brasil, acelerou na última semana e atingiu 22% da área total projetada para a safra 2024/25, de 5,8 milhões de hectares, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) publicados nesta terça-feira.

 

Em relação ao índice da semana passada, o plantio aumentou 12 pontos percentuais, passando a ficar à frente do ritmo registrado nesta mesma época nos últimos anos, beneficiado por chuvas que atingiram algumas regiões, enquanto outros produtores semearam "no pó" à espera de precipitações. Em 2 de outubro do ano passado, o Paraná havia semeado 20% da área projetada, enquanto na mesma época de 2022 o índice era de 15%, contra 16% em 2021.Conforme os números desta terça-feira do Deral, o Paraná já plantou 1,27 milhão de hectares de soja. Diferentemente de outras partes do Brasil, que enfrentam severa estiagem, o Sul vem registrando chuvas, o que permitiu o avanço dos trabalhos no Paraná. "As chuvas recentes proporcionaram condições favoráveis ao plantio da soja, que é a cultura predominante. Apesar da expectativa de que as precipitações continuem, a semeadura perdeu ímpeto, à espera de chuvas mais abundantes", afirmou o Deral, em relatório. As áreas atualmente plantadas têm a expectativa de serem colhidas em janeiro, seguidas pelo plantio de uma segunda safra, principalmente de milho, acrescentou o órgão do governo do Estado. "Alguns plantios realizados 'no pó' preocupam; estes foram feitos por grandes produtores, que, mesmo contando com maquinário próprio, precisam iniciar os trabalhos fora das melhores condições e com um certo grau de risco devido ao tempo disponível para operação", informou o Deral. Conforme previsão atualizada nesta terça-feira pela consultoria StoneX, o Paraná deverá produzir 22,4 milhões de toneladas de soja, o que seria um aumento de 13,7% na comparação com a safra anterior, atingida pela seca. A StoneX manteve o número projetado para o Brasil em 165 milhões de toneladas, afirmando que "é cedo para afirmar que a situação climática atual resultará em prejuízos sobre as lavouras ou mesmo em cortes de área", enquanto há expectativa de intensificação de chuvas em outras regiões do país na segunda parte do mês. A falta de chuva tem atrasado o plantio de soja em Mato Grosso, maior produtor brasileiro, com impactos no índice de plantio nacional, que poderia estar ainda mais baixo não fosse o avanço dos trabalhos no Paraná. O Deral também reportou avanço semanal de 14 pontos percentuais no plantio de milho primeira safra no Paraná, para 74% da área projetada, atrás do índice registrado nesta época em 2023 (82%). Na colheita de trigo, o total subiu para 62% da área, ante 48% na semana anterior. A safra de trigo de 2024 do Paraná foi estimada em 2,58 milhões de toneladas, redução de 29% ante a temporada passada, pelo efeito de seca e geadas, de acordo com números do Departamento de Economia Rural (Deral).

Reuters

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Moody’s melhora nota do Brasil, que fica a 1 degrau de retomar grau de investimento

Agência de avaliação de risco se adiantou às duas concorrentes, Fitch e S&P, que mantêm o País como um mercado de investimento de grau ‘especulativo’

 

Exatamente cinco meses depois da melhora da perspectiva de rating (classificação de risco) do Brasil, a agência de classificação de risco Moody decidiu elevar a nota do País — de Ba2 com perspectiva positiva, para Ba1 — e manteve a perspectiva positiva. A empresa se adiantou às duas concorrentes — Fitch e Standard & Poor’s (S&P) — que com ela formam as Big 3 no setor. Nessas empresas, o País segue como um mercado de investimento de grau “especulativo”, o que antecede o primeiro nível do selo de bom pagador, tão almejado por empresas e governo, porque facilita a atração de mais investimentos e, com isso, há a expectativa de fomentar a economia doméstica. Muitos fundos de pensão internacionais, por exemplo, têm autorização para comprar apenas papéis considerados pelas agências como “investment grade” (grau de investimento). Para chegar às notas de crédito de longo prazo, são consideradas variáveis políticas e econômicas que influenciam na classificação de risco, como juros, fluxo de caixa, contexto político e projeções de resultados futuros, entre outros. As agências medem também a capacidade de pagamento da dívida de países — chamados de rating soberanos —, e este foi um dos pontos vistos como positivos pela Moody’s em 1º de maio, quando melhorou a perspectiva do País. Apenas a partir das classificações seguintes à Ba1 é que se considera um ativo grau de investimento pela Moody’s: de Baa1 a Baa3 de nível médio; médio-alto de A1 a A3; grau alto de Aa1 a Aa3 e AAA o mais alto grau. No caso da Fitch, o Brasil está classificado atualmente em BB. A nota foi alterada ao final de julho do ano passado, após deixar o País estacionado em BB- por cinco anos. BB é grau especulativo, quando não há recomendação de investimentos.

O Estado de São Paulo

 

Dólar sobe ante real com escalada do conflito no Oriente Médio

O dólar fechou a terça-feira em leve alta ante o real, impulsionado por movimento global de busca por ativos seguros em meio à escalada do conflito no Oriente Médio, após o Irã realizar um ataque com mísseis a Israel

 

O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, cotado a 5,4640 reais. No ano, a divisa norte-americana acumula elevação de 12,62% ante o real. Às 17h21, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,19%, a 5,4810 reais na venda. Ainda durante a manhã, no entanto, a moeda norte-americana ganhou força ante o real, acompanhando o fortalecimento da divisa também no exterior em meio aos receios com o cenário no Oriente Médio. A expectativa de um ataque do Irã a Israel disparou uma busca por ativos de menor risco, como o dólar, em movimento que foi amplificado à tarde, após centenas de mísseis serem disparados contra o território israelense. No Brasil, a aversão ao risco se traduziu na aceleração do dólar ante o real e na migração das taxas dos DIs para o território positivo. Às 14h27 o dólar à vista atingiu a cotação máxima de 5,4794 reais (+0,56%). “Quando surgem episódios bélicos, os investidores acabam procurando mercados mais protegidos, mais seguros. Aí a tendência é que haja fuga para o mercado norte-americano”, comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. Após o impacto inicial das notícias sobre o ataque, o dólar desacelerou, mas ainda assim terminou em alta ante o real. Profissionais ouvidos pela Reuters ponderaram que os impactos do conflito no Oriente Médio serão mais duradouros no câmbio apenas se houver um acirramento de fato, com o envolvimento de países de fora da região. “O cenário de tensão geopolítica nunca é positivo. No início é normal haver um exagero, como na alta do petróleo, na busca pelo ouro ou por títulos dos EUA”, comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. “No longo prazo, se tivermos mesmo uma escalada, que não fique só no Oriente Médio, isso seria muito negativo para o mundo como um todo”, acrescentou.

Reuters

 

Ibovespa fecha em alta puxado por Petrobras com salto do petróleo

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, chegando a superar os 133 mil pontos no melhor momento, em movimento sustentando principalmente pelas ações da Petrobras, acompanhando o forte avanço dos preços do petróleo no exterior pela escalada do conflito no Oriente Médio

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,51%, a 132.495,16 pontos, tendo marcado 133.405,49 pontos na máxima e 131.816,56 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no primeiro pregão de outubro somou 23,55 bilhões de reais. O forte avanço dos preços do petróleo foi o destaque do dia, após o Irã lançar dezenas de mísseis balísticos contra Israel em retaliação à campanha israelense contra o Hezbollah, aliado de Teerã, no Líbano. O petróleo Brent fechou em alta de 2,6%, a 73,56 dólares o barril, após subir mais de 5% na máxima da sessão. Em Wall Street, o S&P 500 caiu 0,93%.

Reuters

 

Expansão da indústria do Brasil ganha força em setembro com melhora da demanda, mostra PMI

A expansão do setor industrial brasileiro ganhou força em setembro com um renovado aumento na produção, criação mais forte de empregos e aceleração das vendas, apesar das pressões de preços historicamente elevadas, de acordo com uma pesquisa divulgada na terça-feira

 

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria brasileira, compilado pela S&P Global, avançou a 53,2 em setembro, de 50,4 no mês anterior, afastando-se ainda mais da marca de 50 que separa crescimento de contração. No entanto, devido ao resultado baixo de agosto, a média para o terceiro trimestre foi a mais baixa até agora em 2024. Os dados de setembro apontaram o oitavo aumento seguido na produção industrial em nove meses, após declínio em agosto. As empresas que elevaram a produção citaram crescimento das vendas e melhora na tendência da demanda. As entradas de novos negócios em setembro aumentaram pelo nono mês consecutivo, e no ritmo mais forte desde abril, de acordo com o levantamento. A fabricação de bens de capital, que havia pesado em agosto, foi o subsetor de melhor desempenho no mês passado em termos de vendas e crescimento da produção. A demanda internacional também ajudou no aumento das vendas totais, com os participantes da pesquisa destacando ganhos de pedidos da África, Ásia, América Latina e Europa. O investimento em tecnologia, a resiliência da demanda e a necessidade de funcionários qualificados alimentou a criação de vagas de emprego em setembro a um ritmo mais forte do que em agosto. Por outro lado, tanto os custos de insumos quanto os preços cobrados subiram em um dos ritmos mais fortes em mais de dois anos. Em meio a relatos de que a demanda por insumos excedeu a oferta, e citações a depreciação cambial e aumento dos custos de transportes, os produtores registraram aumentos em seus custos operacionais, o que levou a uma alta também dos preços cobrados. As empresas ainda permaneceram confiantes de uma alta da produção ao longo dos próximos 12 meses, com 62% dos entrevistados sinalizando otimismo. No entanto, o nível de sentimento positivo caiu para o menor patamar em seis meses. "Apesar dos desafios, o sentimento positivo e o aumento das contrações entre as indústrias sugerem que o crescimento da produção deve continuar nos próximos meses, indicando resiliência no setor", disse Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia S&P Global Market Intelligence.

Reuters


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