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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 714 DE 26 DE SETEMBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 714 | 26 de setembro de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Mercado do boi gordo: oferta caiu, preço subiu

Neste meio da semana, o valor do animal terminado em SP chegou a R$ 265/@ (média entre o bovino “comum” e o “boi-China”), de acordo com os dados da Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$270,00 por arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de cinco dias

 

“Por conta da restrição de oferta, típica da entressafra, além de forte demanda pela carne bovina, tanto no mercado varejista interno quanto nas exportações, 14 das 17 praças monitoradas registraram valorização do boi gordo no começo desta semana”, relatou a consultoria, citando as regiões de SP, AC, AL, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, RJ, RO, SC e TO. Com isso, apenas três praças mantiveram as suas cotações estáveis: PA, PR e RS, acrescentou a consultoria. Segundo a Agrifatto, com o baixo volume de negociações, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros encurtaram em mais um dia, atendendo agora a seis dias, na média nacional. Na quarta-feira (25/), o preço do boi gordo em São Paulo se manteve em R$ 265/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China”), de acordo com os dados da Agrifatto. Nas 16 demais regiões monitoradas pela consultoria, a média subiu para R$ 246,90/@. No mercado futuro, a terça-feira (24/9) foi marcada por oscilações mistas nos contratos do boi gordo. O papel com vencimento em dezembro/24 encerrou cotado a R$ 274,45/@, com leve desvalorização de 0,47% no comparativo diário. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (25/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$260,00 a arroba. O “boi China”, R$270,00. Média de R$265,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abates de oito dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$260,00. Média de R$255,00. Vaca a R$235,00. Novilha a R$240,00. Escalas de abate de cinco dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$270,00. Média de R$270,00. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$230,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$260,00. Média de R$255,00. Vaca a R$235,00. Novilha a R$240,00. Escalas de abate de cinco dias; Rondônia — O boi vale R$240,00 a arroba. Vaca a R$220,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$230,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

SUÍNOS

 

Preços do suíno vivo subiram nos estados do Sul na quarta-feira (25)

Altas pontuais marcaram o encerramento do mercado de suínos na quarta-feira (25

 

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (24), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg) e em São Paulo (R$ 8,96/kg). Houve alta de 0,24% no Paraná, chegando em R$ 8,52/kg, avanço de 0,37% no Rio Grande do Sul, com valor de R$ 8,20/kg, e de 0,36% em Santa Catarina, fechando em R$ 8,41/kg.

Cepea/Esalq 

 

FRANGOS

 

Quarta-feira (25) de cotações estáveis no mercado do frango

As cotações no mercado do frango seguiram com viés de estabilidade na quarta-feira (25). De acordo com análise do Cepea, dados de abate divulgados pelo IBGE e analisados pelo órgão evidenciam os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul este ano para o setor avícola. 

 

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,76%, fechando, em média, R$ 6,50/kg. Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,65/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (24), os preços da ave congelada e da resfriada ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,34/kg e R$ 7,51/kg. 

Cepea/Esalq

 

GOVERNO

 

Brasil e China avançam em negociações para ampliar comércio agropecuário

A China é o principal parceiro comercial do Brasil no setor agrícola, respondendo por 33,91% das exportações do país

 

Na terça-feira (24), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sediou uma importante reunião técnica com a Administração Geral de Alfândega da China (GACC). O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, conduziu o encontro acompanhado do secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, que contou com a participação do vice-ministro chinês, Zhao Zenglian. Durante a reunião, foram discutidos temas estratégicos para a ampliação do comércio agropecuário entre Brasil e China, com foco na revisão e atualização de protocolos sanitários e fitossanitários, fortalecendo ainda mais a parceria entre os dois países. A delegação brasileira apresentou o interesse na abertura do mercado chinês para miúdos de bovinos e carne bovina com osso, ampliando as oportunidades de exportação de produtos de origem animal. Também foram discutidos avanços na revisão do protocolo de exportação de carne de aves, com a inclusão de miúdos e o reconhecimento da regionalização para Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e para a Doença de Newcastle. Outro ponto central da reunião foi a revisão do protocolo de exportação de carne bovina, onde o Brasil busca remover a suspensão automática das exportações em casos de ocorrência atípica de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). O reconhecimento do status sanitário brasileiro para febre aftosa também foi destaque, reforçando a importância desse avanço para as exportações de carne suína e bovina. A reunião ainda tratou da previsão de assinatura de protocolos para a exportação de uvas frescas, gergelim, sorgo, farinha e óleo de pescados durante a próxima reunião da cúpula do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro. Além disso, o Brasil reafirmou seu interesse em habilitar novos estabelecimentos para exportação de carne de aves, suínos e bovinos, além de avançar nas discussões sobre certificação eletrônica para produtos cárneos. Diretores e servidores de diversas secretarias do Mapa também participaram da reunião, fortalecendo a colaboração técnica entre os dois países e ressaltando a importância das tratativas para ampliar o acesso dos produtos brasileiros ao mercado chinês, que segue como um dos principais destinos das exportações agropecuárias do Brasil. “As relações comerciais entre Brasil e China têm se fortalecido de forma contínua ao longo dos últimos 20 meses, período no qual fomos sempre muito bem recebidos em cada visita e negociação. A parceria estratégica entre nossos países é fundamental para o crescimento do comércio agropecuário, e estamos avançando em importantes protocolos que beneficiarão nossos produtores e ampliarão ainda mais as oportunidades de exportação para o mercado chinês”, destacou o secretário Perosa. A China é o principal parceiro comercial do Brasil no setor agrícola, respondendo por 33,91% das exportações do país. Nos primeiros oito meses deste ano, o Brasil exportou aproximadamente US$ 38 bilhões em produtos agrícolas para o mercado chinês, com 68% desse total proveniente do complexo da soja.

Mapa

 

Mapa atinge marca histórica com 200 novos mercados abertos para o agro brasileiro em 20 meses, diz Geraldo Alckmin

Somente neste ano, 122 novos mercados foram abertos, com recordes históricos estabelecidos em quase todos os meses

 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) alcançou nesta quarta-feira (25), um feito inédito ao abrir 200 no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) alcançou nesta quarta-feira (25), um feito inédito ao abrir 200 novos mercados internacionais em pouco mais de 20 meses. Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 60 novos destinos foram contemplados, ampliando a presença do agronegócio brasileiro em todos os continentes. "Chegamos à marca de 200 mercados. O Brasil é um grande protagonista hoje planetário: segurança alimentar, energética e clima", comemorou o presidente em exercício Geraldo Alckmin. As aberturas recentes de embriões para a Rússia e erva-mate para Angola e Coréia do Sul foram essenciais para atingir a marca. De acordo com a secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, a conquista reforça a estratégia do governo de fortalecer o comércio exterior e diversificar as exportações, consolidando o Brasil como um dos maiores players globais no setor agropecuário. O número atual supera a soma dos mercados abertos durante nos anos de 2019 (35), 2020 (74) e 2021 (77), quando, ao longo de 36 meses, foram conquistadas 186 novas aberturas. O recorde obtido neste mês já se aproxima do total alcançado nos últimos quatro anos da gestão anterior, que registrou 239 aberturas de mercado. "A abertura de novos mercados comprova a competitividade e confiabilidade do setor produtivo brasileiro, reconhecido em mais de 200 países pela sua qualidade sanitária. Essa expansão internacional impulsiona as exportações, contribuindo para o saldo positivo da balança comercial, gerando divisas, empregos e renda ao homem do campo", destaca o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Somente neste ano, já foram abertos 122 novos mercados, com quase todos os meses estabelecendo recordes históricos. Entre os números mensais, destacam-se 26 novos mercados em junho (13 países), 16 em julho (9 países), 15 em maio (10 países), 15 em agosto, 10 em março (7 países), 7 em fevereiro (6 países), 9 em janeiro (5 países) e 5 em abril (3 países). Até o momento, já foram abertos 19 novos mercados neste mês em 10 destinos. As aberturas incluem não apenas produtos tradicionais do Brasil, como carnes e soja, mas também uma diversificada gama de produtos agropecuários, como pescados, sementes, gelatina e colágeno, ovos, produtos de reciclagem animal, noz-pecã, erva-mate, arroz, açaí em pó, café verde, embriões e sêmen. "Nos últimos 20 meses, criamos, em média, uma nova oportunidade de comercialização a cada três dias. Esse marco reflete a determinação e o esforço contínuo do ministro Carlos Fávaro e de toda a equipe do Mapa em diversificar nossa pauta exportadora e ampliar as oportunidades para os produtos agrícolas brasileiros no cenário global", ressalta Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Mapa

 

EMPRESAS

 

Cade aprova negócio entre Minerva e Marfrig com restrições

Minerva acertou compra de 16 plantas da Marfrig por R$ 7,5 bilhões, mas terá que vender uma unidade em GO. Cade permitiu que Marfrig aumente planta em MT

 

O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (25/9) a aquisição pela Minerva de parte do negócio de carnes bovina e ovina da Marfrig. Os conselheiros do tribunal optaram por dar aval ao acordo bilionário por unanimidade, mas impondo novas medidas para mitigar impactos concorrenciais. Segundo o tribunal do Cade, como não houve acordo com as empresas, duas soluções unilaterais foram impostas a elas para a aprovação da operação. Em até 12 meses, a Minerva terá de vender uma planta de abate em Pirenópolis (GO). O mercado mais preocupante em termos concorrenciais era Goiás, na avaliação do Cade. Além disso, os conselheiros derrubaram uma cláusula prevista no contrato entre as empresas que impedia a Marfrig de expandir sua planta em Várzea Grande (MT). Em agosto de 2023, as companhias firmaram um acordo que previa a venda de 16 plantas da Marfrig para a Minerva na América no Sul, sendo 11 no Brasil, por R$ 7,5 bilhões. O conselheiro-relator do processo no tribunal do Cade, Carlos Jacques, afirmou em seu voto que não foi possível chegar a um acordo com as empresas e citou que houve “pouca sensibilidade” das companhias na negociação com o órgão de defesa da concorrência. Apesar disso, ele destacou que, nas últimas semanas, a Minerva aceitou vender a planta produtiva em Pirenópolis. Caso a planta não seja vendida em 12 meses, a empresa terá de leiloá-la.

Segundo Jacques, não houve preocupações concorrenciais com o restante da operação. Os demais conselheiros do Cade seguiram seu voto na íntegra.

Globo Rural

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Prazo para aderir ao Refis está perto do fim; programa já renegociou quase R$ 2 bilhões

Prazo termina hoje, quinta-feira (26) para quem optar pelo pagamento parcelado e na próxima segunda (30) para os pagamentos à vista. O programa foi aberto em abril e, até o momento, já regularizou quase R$ 2 bilhões em débitos até dia 22 de setembro.

 

Os contribuintes que possuem pendências com a Receita Estadual do Paraná têm apenas mais alguns dias para regularizar seus débitos com redução de multas e de juros. O prazo de adesão ao Refis, o Programa de Parcelamento Incentivado de dívidas tributárias da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), termina na quinta-feira (26) para quem optar pelo pagamento parcelado e na próxima segunda (30) para os pagamentos à vista. O programa foi aberto em abril e, até o momento, já regularizou quase R$ 2 bilhões em débitos até dia 22 de setembro. A maior parte desse montante foi via parcelamento, com um total de R$ 1,9 bilhão. Já os pagamentos à vista somam R$ 84 milhões. Para a chefe do Setor de Cobrança Administrativa da Receita Estadual, Luciana Trintim, o Refis é a oportunidade ideal para que os contribuintes fiquem em dia com o fisco estadual — por isso, a atenção com os prazos é fundamental. “A redução de até 80% das multas e juros, bem como a ampliação do prazo de parcelamento, cria condições extremamente favoráveis para a quitação de multas e juros de débitos não pagos no prazo regulamentar, possibilitando a retirada do cadastro de inadimplentes (Cadin), a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa e a suspensão de execuções fiscais, bem como evitando futuros bloqueios de ativos financeiros”, explica. Aproximadamente 30 mil empresas são elegíveis para o Refis. Juntas, elas podem regularizar cerca de R$ 40 bilhões em débitos pendentes com o Estado. Entre os tributos incluídos no Refis estão o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). O programa abrange débitos relacionados a fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2023. Não é apenas a Receita Estadual que está de olho no prazo final do Refis. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) também está com os esforços concentrados para atender o contribuinte que precise desse auxílio na renegociação de seus débitos tributários, sobretudo nas dívidas ativas ajuizadas. A Central de Atendimento da PGE recebeu cerca de 7 mil ligações desde abril, quando o programa teve início, e quase 1.100 foram somente neste último mês. Além disso, o atendimento também é feito por e-mail. Neste caso, foram 2,6 mil e-mails recebidos no período, sendo 500 só no mês de setembro. No caso de dívidas ativas ajuizadas, o prazo para solicitar a adesão ao Refis pela modalidade de parcelamento encerrou-se em 20 de setembro. Ainda assim, segue disponível até o dia 30 de setembro a possibilidade de pagamento à vista dos débitos, em parcela única, com redução de 80% do valor dos juros e da multa.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar tem leve alta ante o real puxado pelo exterior

O dólar fechou a quarta-feira em leve alta ante o real, influenciado pelo avanço firme da moeda norte-americana no exterior, em um dia marcado ainda pelos dados favoráveis de inflação divulgados no Brasil.

 

A moeda norte-americana à vista fechou em leve alta de 0,29%, cotada a 5,4774 reais. Em setembro, porém, o dólar acumula baixa de 2,82%. Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,39%, a 5,4755 reais na venda. Logo na abertura da sessão, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) avançou 0,13% em setembro, após alta de 0,19% em agosto. O percentual ficou abaixo das projeções em pesquisa da Reuters, que tinha mediana de 0,3% e intervalo de 0,21% a 0,32%. Considerado uma espécie de prévia para a inflação oficial, o IPCA-15 foi bem recebido pelo mercado. Economistas destacaram números mais favoráveis em serviços e nos núcleos do IPCA-15. Em reação, as taxas dos DIs registraram as mínimas do dia pouco depois da divulgação do IPCA-15, em meio à percepção de que o Banco Central pode não precisar elevar tanto a Selic quanto o originalmente esperado. O dólar, que logo após a divulgação do indicador marcou a mínima do dia, ganhou força logo depois à medida que os investidores ponderavam os dados. Além do IPCA-15, os negócios eram influenciados pelo avanço firme da moeda norte-americana no exterior. Profissionais ouvidos pela Reuters têm ponderado nos últimos dias que após o Banco Central ter elevado a Selic em 25 pontos-base, para 10,75% ao ano, com o Federal Reserve cortando os juros em 50 pontos-base, para a faixa de 4,75% a 5,00%, haveria espaço para o dólar ceder a patamares mais baixos, próximos dos 5,40 reais ou abaixo disso. Pela manhã o BC informou que o Brasil teve déficit em transações correntes de 6,589 bilhões de dólares em agosto, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,75% do Produto Interno Bruto. Já os investimentos diretos no país alcançaram 6,104 bilhões de dólares.

Reuters

 

Ibovespa cai com exterior negativo

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, seguindo o movimento de aversão a risco nos mercados internacionais, com fraqueza nas bolsas norte-americanas e declínio nos preços do petróleo, sem encontrar apoio no avanço das ações de Vale e Petrobras

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,43%, a 131.586,45 pontos, perto da mínima da sessão, de 131.489,09 pontos. Na máxima, foi a 132.981,78 pontos, enquanto o volume financeiro no pregão somou 21,78 bilhões de reais. Nos primeiros negócios do dia, o indicador da bolsa paulista chegou a subir, apoiado por uma leitura de inflação abaixo das estimativas de economistas, mas não conseguiu manter o ímpeto, conforme agentes financeiros recalibravam suas posições. O IPCA-15, divulgado nesta quarta antes da abertura do mercado, apontou para uma desaceleração da alta da inflação, com avanço de 0,13% em setembro versus alta de 0,19% em agosto, segundo o IBGE. O resultado veio abaixo da expectativa de avanço de 0,30%, conforme pesquisa da Reuters. "No curtíssimo prazo, o dado da inflação é positivo, apesar da alta, é uma inflação ainda abaixo da meta, o que é bom, significa que esse ciclo de aperto não precisa ser tão intenso ou durar tanto", disse Enrico Cozzolino, head de análise da Levante Investimentos. "Porém, ao longo do dia, depois da realização desse fato, (o cenário) é que ainda é um ciclo de aperto, ainda é uma mudança do direcional... E o mercado vai fazendo esses ajustes", afirmou. Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P 500 encerraram o dia em queda, ao passo que o Nasdaq ficou quase estável, com investidores à espera de novos dados econômicos e sinais sobre os próximos cortes na taxa de juros. No mercado de juros, o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 3,7925% no final da tarde, de 3,736% na véspera.

Reuters

 

IPCA-15 contraria a tese de economia sobre aquecida

O dado de setembro, em 0,13%, veio abaixo do 0,28% esperado, mas sua composição benigna chama a atenção

 

Ninguém se atreve a conclusões definitivas a partir de apenas um dado, mas alguns analistas econômicos do mercado financeiro consultados pelo Valor na manhã da quarta-feira (25) concordam que a inflação medida pelo IPCA-15 de setembro contraria a tese de que a economia está sobreaquecida. O dado, em 0,13%, não veio apenas abaixo do 0,28% esperado, mas sua composição benigna chama a atenção. A inflação subjacente de serviços, aquela que é mais influenciada pela atividade econômica, ficou em zero, ante 0,33% esperados, segundo o questionário pré-Copom, feito pelo Banco Central antes das reuniões do seu Comitê de Política Monetária (Copom). Outros dados que capturam a tendência da inflação vieram melhor do que o esperado. Isso, em tese, não deveria estar acontecendo. O Copom disse, em comunicado divulgado na semana passada, que a economia opera acima de sua capacidade. Amanhã, vai divulgar o seu Relatório de Trimestral de Inflação, que trará sua estimativa numérica. Ontem, com a divulgação dos dados do questionário pré-Copom, tivemos a visão atualizada dos analistas do mercado do chamado hiato do produto, que é uma medida de ociosidade da economia. A mediana das projeções coloca o hiato no território positivo – economia sobreaquecida – em 0,8%. O relatório mostra que pelo menos 75% dos analistas veem um hiato positivo de 0,5% ou mais. Um problema é que o mercado parece ter um viés para projetar um nível de ociosidade da economia subestimado. Desde fins de 2022, o questionário pré-Copom registra hiato zerado ou positivo. Mas, apesar disso, a inflação ligada ao ciclo econômico recuou. Mas a questão atual é: como a inflação que depende do ciclo econômico está recuando, se o mercado financeiro e o Banco Central dizem que a economia opera acima da capacidade? Uma explicação possível é que leva algum tempo para que essa economia muito aquecida se reflita nos dados da inflação. Ou seja, a inflação do IPCA-15 de setembro reflete condições do passado, quando o nível de ociosidade não estava tão apertado. O problema com essa tese é que o mercado já estimava, em junho, um hiato positivo em 0,3%. Em março, a estimativa era de um hiato zerado, ou seja, uma economia que opera no limite da capacidade. O BC estimou hiato zerado para junho, e levemente positivo para março, em 0,1%. Mas, de qualquer forma, não dá para descartar a hipótese de que que o sobreaquecimento da economia ainda vai bater na inflação. Outra possibilidade é que as estimativas sobre o hiato do produto estejam simplesmente erradas. Não é fácil estimar o hiato, e as estimativas são pouco precisas. O que pode explicar essa suposta ociosidade, se de fato ela está presente? A teoria mais citada é que a economia teve ganhos de produtividade depois de todas as reformas feitas a partir do governo Temer. O BC nunca comprou esse argumento pelo valor de face, apesar de aqui e ali ter dado declarações simpáticas a ele. Toda essa discussão sobre o sobreaquecimento da economia pode desaparecer até a reunião do Copom de novembro, se outros índices de inflação que forem divulgados até lá não confirmarem a desaceleração indicada pelo IPCA-15. Mas não é de hoje que a inflação vem rodando abaixo do que seria esperado, se fossem consideradas as medidas mais tradicionais de cálculo do hiato do produto.

Valor Econômico

 

OCDE eleva previsão do PIB do Brasil de 1,9% para 2,9% em 2024

Segundo organização, previsão é que o País mantenha o impulso econômico do primeiro semestre ‘auxiliado por maior gasto fiscal’; estimativa de inflação subiu de 4% para 4,4%

 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revisou para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano e para 2025. Para 2024, a estimativa passou de expansão de 1,9% para 2,9%, enquanto, para o próximo ano, foi de 2,1% para 2,6%, segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro. “A previsão é de que o Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, diz o texto. Para a inflação no Brasil, a OCDE elevou a estimativa de 4% para 4,4% neste ano e de 3,3% para 4% em 2025. O relatório aponta que o índice de preços ao consumidor no País e no México têm subido, em parte devido à desvalorização cambial. “O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação será um pouco maior no final de 2025 do que o esperado, embora ainda dentro da banda da meta da inflação do Banco Central”, diz o relatório. Ainda segundo o estudo, a desvalorização cambial no Brasil, na Argentina, na Turquia e no México “tem apoiado receitas de exportação”, mas também elevou os custos financeiros do pagamento de dívidas denominadas na moeda dos Estados Unidos. A OCDE ressalta que as taxas de juros reais de longo prazo estão elevadas no Brasil e nos Estados Unidos, na zona do euro e no Reino Unido. A OCDE elevou também a projeção do crescimento da economia mundial de 3,1% para 3,2% em 2024 e manteve a previsão de expansão de 3,2% para 2025. A entidade fez avaliação semelhante para os países membros do G20, cuja estimativa para o PIB subiu de 3,1% para 3,2% neste ano e foi mantida em 3,1% para 2025.Segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro, a OCDE manteve a previsão de alta do PIB dos Estados Unidos em 2,6% neste ano e reduziu de 1,8% para 1,6% em 2025. Em relação à zona do euro, a entidade não alterou a estimativa do crescimento de 0,7% em 2024, mas reduziu a projeção para 2025, de 1,5%, para 1,3%. Para a China, as expectativas de expansão em 2024 e 2025 permaneceram em 4,9% e 4,5%, respectivamente. No caso do Japão, ocorreu uma redução de 0,5% para -0,1% em 2024 e uma elevação de 1,1% para 1,4% em 2025. A OCDE prevê queda da inflação em diversos países neste ano. Nos Estados, a previsão para 2024 é de 2,4%, pouco abaixo dos 2,5% divulgados em maio, enquanto para 2025 caiu de 2,0% para 1,8%. Para o G20, a projeção recuou de 5,9% para 5,4% neste ano e de 3,6% para 3,3% em 2025. Na zona do euro, a estimativa para o índice de preços ao consumidor subiu de 2,3% para 2,4% neste ano e recuou de 2,2% para 2,1% em 2025. Em relação à China, a expectativa ficou estável para a inflação em 2024, quando deverá ser de 0,3%, e recuou de 1,3% para 1,0% em 2025. No caso do Japão, a projeção passou de 2,1% para 2,5% em 2024 e subiu de 2,0% para 2,1% no próximo ano. Segundo o relatório, a inflação relativa a mercadorias em diversos países caiu para patamares baixos, mas continua elevada a inflação de serviços, que “ainda precisa baixar 1 ponto porcentual em várias economias para levar o núcleo da inflação para taxas consistentes com a meta”. Na avaliação da OCDE, há significativos riscos para a economia mundial. “Persistentes tensões comerciais e geopolíticas podem crescentemente prejudicar investimentos e elevar preços de importações.” O relatório destacou que a expansão do PIB de vários países pode desacelerar mais rápido do que o esperado com a perda de força do mercado de trabalho. Além disso, desvios no processo de “desinflação suave” podem deflagrar rupturas em mercados financeiros. Por outro lado, a retomada da renda real das famílias em diversas nações pode ser um grande reforço para a confiança e os gastos dos consumidores. Para a OCDE, “ações fiscais decisivas são necessárias” por diversos países para assegurar a sustentabilidade da dívida pública, permitir que governos possam reagir a futuros choques e gerar recursos para conter pressões de alta de despesas.

O Estado de São Paulo

 

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