Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 712|24 de setembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: semana começa com altas nos preços dos machos e fêmeas em SP
O boi gordo “comum” subiu R$ 2/@, para R$ 257/@, no prazo, enquanto o “boi-China” teve valorização diária de R$ 4/@, chegando em R$ 265/@, segundo dados da Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$270,00 por arroba. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de seis dias
Na segunda-feira (23/9), os frigoríficos localizados no Estado de São Paulo abriram o dia ofertando mais pela arroba de todas as categorias, de acordo com apuração da Scot Consultoria. O boi gordo “comum” subiu R$ 2/@, para R$ 257/@, no prazo, enquanto o “boi-China” teve valorização diária de R$ 4/@, chegando em R$ 265/@, com ágio de R$ 8/@ sobre o animal direcionado ao mercado interno. Por sua vez, os preços da vaca e da novilha gordas negociadas no mercado paulista registraram acréscimo de R$ 3/@ na segunda-feira, atingindo R$ 235/@ e R$ 250/@, respectivamente. “Com a oferta já reduzida, os pecuaristas que trabalham com gado confinado têm optado por manter os bovinos no cocho por mais tempo, na expectativa de valorizações futuras”, observou a Scot. Segundo levantamento da Agrifatto, atualmente, as escalas de abate das indústrias brasileiras seguem em níveis críticos de apenas sete dias úteis, o que também têm sido determinantes para a elevação dos preços da arroba. No mercado futuro, todos os contratos do boi gordo subiram na última sexta-feira, com destaque para o papel com vencimento em setembro/24, que encerrou o dia cotado a R$ 263,55/@, com aumento de 0,69% em relação ao dia anterior. No mercado varejista de São Paulo, as vendas de carne bovina computadas durante o último final de semana foram consideradas fracas, informou a Agrifatto. “O mercado está enfrentando dificuldades de escoamento na última semana do mês, especialmente porque as quatro semanas consecutivas de aumento nos preços do atacado estão começando a impactar a ponta varejista”, relata a Agrifatto. Na sexta-feira, foram realizadas algumas vendas de boi castrado com preços entre R$ 17,70/kg e R$ 17,80/kg para entregas ao longo desta semana, informaram os analistas da Agrifatto, referindo-se ao mercado paulista. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta segunda-feira (23/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$260,00 a arroba. O “boi China”, R$265,00. Média de R$262,50. Vaca a R$235,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$250,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$265,00 a arroba. O “boi China”, R$270,00. Média de R$267,50. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$222,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias; Pará — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias; Goiás — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$250,00. Média de R$250,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$225,00 a arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Exportação de carne bovina em 15 dias úteis de setembro está perto do volume e faturamento de setembro/23
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne bovina in natura até a terceira semana de setembro (15 dias úteis), aceleraram e estão prestes a empatar com os resultados de setembro do ano passado
A receita obtida, US$ 830,6 milhões, representa 93,86% do total arrecadado em todo o mês de setembro de 2023, que foi de US$ 884,9 milhões. No volume embarcado, as 185.486 toneladas representam 95,09% do total registrado em setembro do ano passado, quantidade de 195.048 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 55,3 milhões quantia 25,2% maior do que a registrada em setembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 10,53% quando comparado aos US$ 61,9 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 12.365 toneladas, houve elevação de 26,8% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, queda de 11,15% em relação às 13.918 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 4.478, ele é 1,3% inferior ao praticado em setembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa alta de 0,69% no comparativo ao valor de US$ 4.447 visto na semana passada.
Agência Safras
Rebanho brasileiro de bovinos atinge recorde histórico
O rebanho bovino brasileiro atingiu um recorde em 2023, a 238,6 milhões de cabeças, 1,6% acima do registrado em 2022, segundo os resultados da Pesquisa da Pecuária Municipal 2023 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
“Esse aumento, na realidade, foi em menor proporção do que a gente estava observando em anos anteriores”, disse a analista da pesquisa, Mariana Oliveira, em vídeo divulgado pelo IBGE sobre a pesquisa na quinta-feira (19). “O setor estava com um comportamento de retenção de fêmeas e agora, inclusive também porque em 2023 a gente teve um aumento no abate de bovinos, temos indícios de que está iniciando a inversão do ciclo pecuário deste setor.” O número de cabeças de bovinos brasileiros em 2023 foi o maior desde o início da série histórica da pesquisa do IBGE iniciada em 1974. Já o crescimento de 1,6% em relação a 2022 foi o menor aumento observado nos últimos três anos, o que reflete a tendência de inversão de ciclo pecuário. Em 2023, o abate de bovinos no Brasil foi o segundo maior já registrado, com um total de 34,1 milhões de cabeças, e o peso da carcaça também foi recorde, segundo os dados do IBGE. São Félix do Xingu, no Pará, foi o município brasileiro com o maior número de bovinos, ou 2,5 milhões de cabeças, 2,8% a menos que em 2022. O segundo maior rebanho, de 2,2 milhões de bovinos, foi registrado em Corumbá (MS), e o terceiro, em Porto Velho (RO), com 1,8 milhão de bovinos. Mato Grosso manteve a posição de estado brasileiro com o maior rebanho bovino, com 34 milhões de cabeças em 2023, seguido de Pará (25 milhões), Goiás (23,7 milhões), Minas Gerais (22,5 milhões) e Mato Grosso do Sul (18,9 milhões). Entre as regiões brasileiras, o Sudeste e o Centro-Oeste apresentaram queda no rebanho bovino após quatro anos consecutivos de crescimento. A Região Centro-Oeste fechou o ano com 76,7 milhões de cabeças, queda de 0,6% na comparação anual. A Região Sudeste registrou redução de 2% no rebanho para 38,2 milhões de animais. Já as Regiões Nordeste, Norte e Sul apresentaram aumentos de 6,4%, 3,2% e 3,9% no rebanho bovino, respectivamente.
Carnetec
SUÍNOS
Suínos: segunda-feira (23) de estabilidade nas cotações
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (20), houve tímida alta apenas no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,25%, chegando a R$ 8,15/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Paraná (R$ 8,50/kg), Santa Catarina (R$ 8,42/kg), e São Paulo (R$ 8,96/kg).
Cepea/Esalq
Exportações de carne suína tem queda no volume por média diária na 3ª semana de setembro
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas na segunda-feira (23), as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de setembro (15 dias úteis), registraram pequena diminuição nas toneladas por média diária em relação a setembro do ano passado
A receita obtida, US$ 176.1 milhões, representa 77,07% do total arrecadado em todo o mês de setembro de 2023, com US$ 228,5 milhões. No volume embarcado, as 71.282 toneladas representam 72,41% do total registrado em agosto do ano passado, com 98.438 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 11,7 milhões, quantia 2,8% maior do que a de setembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 9,14% em relação aos US$ 12,9 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.752 toneladas, houve queda de 3,4% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Em relação à semana anterior, recuo de 9,01%, comparado às 5.222 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.471, ele é 6,4% superior ao praticado em setembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa baixa de 0,13% em relação aos US$ 2.474 anteriores.
Agência Safras
FRANGOS
Cotações no mercado do frango na segunda-feira (23), dentro da estabilidade
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,75%, fechando, em média, R$ 6,3/kg
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,65/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (20), a ave congelada teve tímida alta de 0,14%, chegando a R$ 7,34/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,27%, fechando em R$ 7,48/kg.
Cepea/Esalq
Em 15 dias úteis, volume de carne de frango exportada chega a 85% do total de setembro de 2023
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de setembro (15 dias úteis), atingiram pouco mais de 85% do total em volume embarcado em setembro do ano passado
A receita obtida, US$ 608,4 milhões, representa 91,84% do total arrecadado em todo o mês de setembro de 2023, que foi de US$ 662,4 milhões. No volume embarcado, as 318.868 toneladas representam 85,46% do total registrado em agosto do ano passado, quantidade de 373.083 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 40,5 milhões quantia 22,5% maior do que a registrada em setembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 11,85% em relação aos US$ 46 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 21.257 toneladas, houve elevação de 14% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, observa-se retração de 12,05% em relação às 24.171 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.908, ele é 7,5% superior ao praticado em setembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa alta de 0,23% no comparativo ao valor de US$ 1.903 visto na semana passada.
Agência Safras
GOVERNO
Abertura de mercado de carne de frango e bovina em Papua Nova Guiné
Com essas aprovações, o agronegócio brasileiro chega à 119ª abertura de mercado em 2024, totalizando 197 novas oportunidades em 59 destinos desde o início de 2023
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelas autoridades de Papua Nova Guiné, de aprovação dos certificados sanitários para a importação de carne de aves, carne mecanicamente separada de frango e cortes bovinos desossados provenientes do Brasil. Inicialmente, as exportações serão realizadas pelas plantas industriais brasileiras que foram inspecionadas e aprovadas pelo governo papuásio no ano passado. As negociações para acesso ao mercado de carne de aves começaram em 2020, e as de carne bovina, em 2022, impulsionadas pelo interesse do setor privado brasileiro no mercado de 9 milhões de habitantes — o segundo mais populoso da Oceania, atrás apenas da Austrália. Com essas aprovações, o agronegócio brasileiro chega à 119ª abertura de mercado em 2024, totalizando 197 novas oportunidades em 59 destinos desde o início de 2023. Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
INTERNACIONAL
Importações de carne bovina da UE cairão em 2025, acentuado pelas exigências de livre desmatamento
No primeiro semestre de 2024, as importações de carne bovina da UE caíram 3,4%, com importações significativamente menores do Brasil, e espera-se que em 2025 voltem a cair
O Regulamento da UE que entrará em vigor no dia 30 de dezembro deste ano e que exigirá a importação de produtos livres de desmatamento poderá limitar ainda mais as importações de carne bovina de países terceiros, em particular do Brasil, de acordo com as últimas projeções do USDA na União Europeia, publicadas na terça-feira. As importações de carne bovina em 2024 atingiriam 350.000 toneladas e, em 2025, cairiam para 345.000, ambos abaixo das 363.000 toneladas de 2023. Segundo os importadores de carne bovina, a demanda por carne de alta qualidade, geralmente utilizada em restaurantes e churrascarias de alto padrão, continua lenta e não está se recuperando após os fechamentos causados pelos surtos de Covid. As projeções da USDA mostram um aumento no consumo de carne bovina na UE em 2024, para 6,25 milhões de toneladas, uma recuperação que não se prolongaria até 2025, com uma queda esperada para 6,185 milhões de toneladas nesse ano. Entretanto, a produção de carne bovina da UE aumentaria cerca de 2,2% em 2024, mas cairia cerca de 1,5% em 2025.
Blasina Y Associados
EMPRESAS
Quase 60% do volume de aves da BRF já é produzido com energia limpa
Segundo a BRF, 57% do volume de aves da companhia já é produzido com energia solar fotovoltaica. O volume de energia solar gerado nas propriedades abasteceria uma cidade com cerca de 200 mil habitantes, informou a BRF na segunda-feira (23). O agronegócio de baixo carbono e o aumento do uso de energia renovável fazem parte do pilar Mudanças Climáticas da Plataforma de Sustentabilidade da BRF
“Para mitigar os seus efeitos, a companhia vem implementando um plano estruturado de redução das emissões nos escopos 1, 2 e 3, contribuindo para os esforços mundiais contra o aquecimento global. O plano de ação está baseado também em outras duas frentes de trabalho: compra sustentável de grãos – a empresa já conta com 100% de rastreabilidade de grãos de fornecedores diretos da Amazônia e do Cerrado e avançou para 90% dos indiretos nesses biomas – e incremento da eficiência operacional, que inclui novas tecnologias de tratamento de efluentes e resíduos”, disse o diretor de Sustentabilidade da BRF, Paulo Pianez, em nota. Atualmente, a BRF conta com 9,5 mil produtores integrados no Brasil e na Turquia. No território nacional, eles estão distribuídos em sete estados e abastecem 24 unidades de frangos, perus e suínos. A empresa fornece a eles os animais, a alimentação, a assistência técnica, o transporte, o abate e todos os produtos necessários para a criação dos animais. Em contrapartida, os parceiros fornecem instalações que atendam aos conceitos de higiene, mão de obra, bem-estar e qualidade de vida dos animais. Para incentivá-los a aderir à energia solar, a BRF firmou convênio com o Banco do Brasil para disponibilizar R$ 200 milhões em financiamento facilitado, com taxas de juros menores, para financiar investimentos na instalação de painéis nas granjas, prestando ainda suporte comercial, técnico e jurídico. Além disso, os produtores com usinas fotovoltaicas instaladas em suas propriedades podem melhorar a renda, em função da pontuação no Programa Integrado Destaque da companhia. Economia de 95% nos custos de energia: Álvaro José Baccin, produtor integrado da BRF em Cascavel (PR) e engenheiro-agrônomo com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e pela Unicamp, conta que ele e sua esposa, também integrada, já estudavam sobre o tema há cerca de cinco anos. “Queríamos contribuir para uma vida melhor no planeta. A possibilidade de gerar energia a partir de fonte natural e renovável, combatendo as alterações climáticas, ajuda a atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU", disse o produtor na mesma nota. Também foram fatores de decisão a viabilidade econômica com condições facilitadas via incentivo governamental, além do apoio da própria BRF, que conta com empresas homologadas que oferecem produtos de alta tecnologia para todo o processo de implementação da usina fotovoltaica, incluindo projeto, equipamentos e instalação. Os custos com energia que antes chegavam a R$ 12 mil mensais caíram para menos de R$ 400 mensais. “Noto que muitos produtores da região, incluindo piscicultores e suinocultores, já produzem com energia solar. Aqueles que ainda não investiram em energia limpa devem pensar no assunto”, complementou. Na frente de Mudanças Climáticas, a BRF encerrou o último ciclo com redução de 21% nas emissões totais atreladas aos escopos 1 e 2 quando comparado com a baseline 2019, motivada majoritariamente pela priorização do consumo de energia renovável, com rastreabilidade comprovada. A companhia estabeleceu o compromisso de reduzir, até 2030, 35% das emissões escopo 1 (emissões diretas) e escopo 2 (emissões relativas à aquisição de energia elétrica); e 12,3% das emissões do escopo 3 (emissões indiretas na cadeia de valor).
Carnetec
C. Vale amplia operações em Mato Grosso do Sul
A C. Vale está ampliando sua atuação em Mato Grosso do Sul. Três novas unidades vão passar a atender produtores em Maracajú, Chapadão do Sul e Costa Rica agora em 2024
O município de Maracajú possui pouco mais de 45 mil habitantes e um território 5.396 quilômetros quadrados onde se cultiva, em média, 330.000 hectares de soja e 280.000 hectares de milho. Em Costa Rica, a unidade de recebimento de grãos da C. Vale fica na BR 359, Km 12, sentido Alto Taquari (região Baus), ao lado do Autoposto Baus. Com um território de 3.249 quilômetros quadrados, o município de Chapadão do Sul, possui 38 mil habitantes e dispõe de 105 mil hectares de área para cultivo de soja e 35.000 hectares para milho. A unidade será gerenciada por Edimar Manoel Teodoro e pelo subgerente Jaisson Oliveira de Paula. Com as três novas unidades, sobe para 17 o número de municípios com unidades de recebimento de grãos no estado em que a C. Vale começou a operar em 2001. A estratégia de expandir a presença em Mato Grosso do Sul leva em conta a necessidade de abastecimento da esmagadora de soja da cooperativa que entrou em operação em junho no município de Palotina (PR). A indústria chegou ao final de julho processando 40 mil sacas do grão por dia.
Ocepar
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Plantio de soja vai a 0,9% no Brasil com chuva no PR, mas MT segue travado
Plantio de soja vai a 0,9% no Brasil com chuva no PR, mas MT segue travado
O plantio da safra 2024/25 de soja chegou na quinta-feira (19) a 0,9% da área estimada para o Brasil, contra menos de 0,1% uma semana antes e 1,9% no mesmo período da safra passada, de acordo com dados da AgRural. Quem puxa o ritmo e responde pela quase totalidade da área já semeada no país é o Paraná, onde chuvas muito bem-vindas foram registradas na semana passada. Em Mato Grosso, o tempo seco e quente ainda predomina, mantendo os produtores à espera de condições mais favoráveis à semeadura. A semeadura da primeira safra de milho 2024/25, o milho verão, chegou na quinta-feira (19) a 26% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, contra 19% na semana anterior e 25% um ano antes, de acordo com levantamento da AgRural. Os trabalhos seguem concentrados no Sul do país, onde os produtores relatam aumento na incidência da cigarrinha, que está sendo monitorada com atenção neste início de safra.
Agrural
Obra da Perimetral Leste de Foz do Iguaçu chega a 43,76% de execução
Além de uma rodovia ligando a BR-277 à nova ponte internacional, serviços em andamento incluem duas novas aduanas e dois viadutos. Os serviços são administrados e fiscalizados pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL)
A rodovia Perimetral Leste de Foz do Iguaçu, na região Oeste, atingiu 43,76% de execução em setembro, o melhor registro para uma medição mensal da obra, um avanço de 4,43%. Já foram investidos R$ 59,9 milhões na empreitada, resultado de uma parceria entre o Governo do Paraná, governo federal, e a Itaipu Binacional. Os serviços são administrados e fiscalizados pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL). Em agosto a obra chegou a 39,33%, tendo sido executados 4,06% no mês, até então o melhor resultado, agora já superado. Além de uma nova rodovia, a obra inclui a construção de duas novas aduanas, nas fronteiras com o Paraguai e a Argentina. A aduana Brasil – Paraguai, ao lado da Ponte da Integração, está mais avançada, com serviços de contrapiso e revestimento de paredes do edifício principal, onde serão realizadas as atividades administrativas; montagem da estrutura metálica e cobertura do edifício sul; e implantação subterrânea de cabeamento e tubulações, além execução da camada de sub-base do pavimento da aduana. Na aduana Brasil – Argentina, ao lado da Ponte Tancredo Neves, foram concluídas as fundações do edifício principal e iniciado o içamento das estruturas pré-moldadas; e continuam as fundações dos edifícios norte e sul. Estão em andamento também dois viadutos no trecho entre a BR-469 e a BR-277. No cruzamento com a Avenida República Argentina a pista foi interditada para lançamento das vigas longarinas, com a próxima etapa sendo a superestrutura. A interdição permanece para executar também a terraplenagem e alças da estrutura. No viaduto com a Avenida Felipe Wandscheer foram concluídos os pilares da mesoestrutura e em breve devem ser lançadas as vigas. No local também iniciaram os serviços de remanejamento da rede elétrica. Na implantação da pista foram finalizados os trechos de sub-base e base do pavimento próximo ao viaduto no entroncamento com a BR-369 e nas proximidades da Rua Carlos Hugo Urnau. As frentes de terraplenagem da plataforma da rodovia estão atuando próximo à Av. Felipe Wandscheer e à Av. Perimetral Leste.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe pela 2ª sessão puxado por receios com área fiscal
Após se reaproximar dos 5,60 reais pela manhã, o dólar desacelerou no Brasil na segunda-feira, e terminou o dia em leve alta, na segunda sessão consecutiva de ganhos
O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,26%, cotado a 5,5352 reais. Em setembro, no entanto, a divisa dos EUA acumula baixa de 1,79%. Às 17h27, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,31%, a 5,5405 reais na venda. Na noite de sexta-feira os ministérios do Planejamento e da Fazenda apontaram, por meio do Relatório de Receitas e Despesas, a necessidade de ampliar em 2,1 bilhões de reais o bloqueio de verbas de ministérios para cumprir o limite de gastos deste ano, totalizando uma contenção de 13,3 bilhões de reais. Segundo projeções da equipe econômica, o governo central fechará 2024 com déficit primário de 28,3 bilhões de reais. “Há um descontentamento de alguns economistas do mercado com a área fiscal do governo. Com isso, o dólar continuou hoje o movimento de alta visto na sexta-feira”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. O dólar começou a perder força ante o real, com alguns agentes do mercado aproveitando as cotações mais elevadas para vender a moeda norte-americana. Além disso, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajudaram a aliviar a pressão no câmbio. Em Nova York, Haddad reforçou o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal e destacou que as despesas do governo seguem dentro das regras do arcabouço. Segundo ele, o Executivo vai conseguir cumprir a meta deste ano para as contas públicas. "Nós divulgamos os dados do quarto relatório (bimestral de receitas e despesas) deste ano, mostrando que as despesas estão absolutamente dentro da regra do arcabouço, limitadas a 2,5% de crescimento em relação ao ano passado. Tivemos boas surpresas nesse quarto relatório", disse. O ministro afirmou ainda que projeções da equipe técnica da pasta apontam que o país deve "subir um degrau" em seu rating no ano que vem, ficando mais próximo do grau de investimento das agências de classificação de risco.
Reuters
Ibovespa engata quinta queda consecutiva com receios sobre fiscal no radar
O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, seu quinto pregão consecutivo de declínio, com deterioração da percepção fiscal no país diante de ajustes na contenção de gastos pelo governo, na contramão da alta nas bolsas norte-americanas
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,38%, a 130.568,37 pontos, menor patamar de fechamento desde 8 de agosto. O volume financeiro no pregão somou 19,6 bilhões de reais. Investidores repercutiram na segunda o anúncio de sexta-feira sobre a contenção total de verbas de ministérios -- que será reduzida de 15 bilhões de reais para 13,3 bilhões de reais, com ganhos de arrecadação compensando uma alta de gastos obrigatórios. Em entrevista coletiva para comentar o relatório bimestral de receitas e despesas, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou na segunda-feira que há incômodo na equipe econômica do governo em relação a uma "irracionalidade" na percepção de agentes econômicos sobre a gestão fiscal. No front de juros, agentes financeiros mencionaram um tom "mais duro" do Comitê de Política Monetária (Copom) após a elevação da taxa Selic em 25 pontos-base na semana passada. Analistas consultados pelo Banco Central subiram sua projeção para o nível da Selic ao fim deste ano, prevendo agora uma alta de 50 pontos-base nos juros na próxima reunião da autarquia, em novembro, conforme pesquisa Focus divulgada na segunda. Na visão de analistas do Itaú BBA, o Ibovespa "deu um até logo" para a tendência de alta no curto prazo. "O que pode segurar o mercado por aqui é que sob a visão do estrangeiro, o EWZ e o Ibovespa em dólar ainda não perderam suportes", afirmaram Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta no relatório Diário do Grafista. Nos Estados Unidos, os índices acionários encerraram levemente positivos, em meio a comentários de autoridades do Federal Reserve e dados estáveis de atividade empresarial, partindo da forte alta do mercado na semana passada, após a decisão do banco central norte-americano de reduzir os juros. "A expectativa de longo prazo para a trajetória dos juros, tanto no Brasil quanto nos EUA, continuará sendo um elemento-chave para determinar os movimentos futuros do mercado financeiro brasileiro", afirmou Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações, em comentários.
Reuters
Mercado passa a ver Selic em 11,50% este ano, com alta de 0,5 p.p. em novembro, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central subiram sua projeção para o nível da Selic ao fim deste ano, prevendo agora uma alta de 50 pontos-base nos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em novembro, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que os analistas veem a taxa básica de juros, atualmente em 10,75% ao ano, fechando 2024 em 11,50%, ante 11,25% na semana anterior. Em 2025, eles mantiveram a expectativa de que a Selic cairá para 10,50%. A mudança na projeção ocorre na esteira da decisão do Copom na semana passada, em que os membros da autarquia votaram de forma unânime por um aumento de 25 pontos-base na Selic, destacando uma atividade econômica superaquecida e vendo riscos elevados de aceleração na inflação. Segundo analistas, o comunicado divulgado pelo Copom após a decisão foi "duro" e "hawkish" (agressivo contra a inflação), gerando a percepção entre participantes do mercado de que a autarquia será mais agressiva do que o esperado anteriormente em seu novo ciclo de aperto monetário. Na quarta-feira, as atenções estarão voltadas para a divulgação de números do IPCA-15 de setembro, com economistas consultados pela Reuters prevendo uma alta de 0,29% no índice, de 0,19% no mês anterior. Em 12 meses, a expectativa é que o número chegue a 4,29%, ante 4,35% em agosto. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que as projeções para a alta do IPCA e a expansão do PIB neste ano subiram novamente. Em 2024, a mediana das projeções aponta que a inflação fechará o ano em 4,37%, a décima semana consecutiva de aumento da previsão, de 4,35% há uma semana. Para o próximo ano, a expectativa é que o IPCA atinja alta de 3,97%, de 3,95% anteriormente. A projeção para a expansão da economia brasileira chegou a 3,00% neste ano, a sexta semana consecutiva de aumento, de 2,96% antes. Em 2025, o país deve crescer 1,90%, segundo os analistas, mesma previsão de uma semana atrás. Os economistas ainda mantiveram as projeções para o preço do dólar neste ano e no próximo, a 5,40 reais e 5,35 reais, respectivamente.
Reuters
POWERED BY
EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
Comentarios