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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 710 DE 20 DE SETEMBRO DE 2024

prcarne

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 710 | 20 de setembro de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Preços futuros indicam boi gordo acima de R$ 270/@ no final de 2024

Enquanto o mercado físico segue agitado, com valorizações diárias, a tela da B3 segue no mesmo caminho, com os contratos deste ano sugerindo continuidade no movimento de alta. No Paraná, o boi vale R$265,00 por arroba. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de cinco dias.

 

No mercado futuro do boi gordo, as apostas nas altas continuam: todos os contratos negociados na B3 tiveram ajustes positivos na quarta-feira (18/9), com o vencimento para setembro/24 e outubro/24 (pico da entressafra) apresentando avanço semanal de quase 2%, precificados a R$ 258,60/@ e R$ 265,25/@, respectivamente. Por sua vez, o contrato para entrega em novembro/24 está bem próximo de R$ 270/@, enquanto o papel de dezembro/24 rompeu este patamar na tela da B3, ficando em R$ 271,10/@. Segundo dados apurados pela Agrifatto, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros seguem encurtando a cada dia – hoje, as programações atendem apenas sete dias úteis, um reflexo da redução na oferta de boiadas gordas, especialmente de vacas e novilhas. Pelo lado da demanda, além a recuperação atípica do mercado varejista doméstico (normalmente, a última quinzena do mês é marcada pela queda no consumo, devido ao menor poder aquisitivo da população), as exportações continuam em ritmo forte, repetindo o bom desempenho dos últimos meses. No entanto, pelo menos momentaneamente, as compras da China, disparado o maior importando mundial da carne bovina brasileira, estão em ritmo lento, devido ao período de comemorações no país asiático (Festival do Meio Outono). “Os importadores chineses se mantiveram mais calmos nas negociações, aguardando o resultado das vendas pós-feriados para assim voltar as compras”, observa a Agrifatto, acrescentando: “Diante disso, o dianteiro brasileiro com destino ao mercado chinês ficou estável no comparativo semanal, permanecendo cotado a US$ 4.600/tonelada”. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quinta-feira (19/9): São Paulo — O “boi comum” vale R$260,00 a arroba. O “boi China”, R$265,00. Média de R$262,50. Vaca a R$235,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$250,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$265,00 a arroba. O “boi China”, R$265,00. Média de R$265,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de cinco dias; Pará — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias; Goiás — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$250,00. Média de R$250,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$215,00 a arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Boi/Cepea: Preços da carne no atacado atingem máximas do ano

As valorizações de todos os cortes com osso levantados pelo Cepea no mercado atacadista de carne da Grande São Paulo estiveram por volta de 4% ao longo dos últimos sete dias

Diante disso, a carcaça casada do boi gordo (junção do traseiro, do dianteiro e da ponta de agulha) vem sendo negociada nesta semana no maior patamar nominal deste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, atacadistas da Grande São Paulo comentam que, além de a oferta dos frigoríficos estar um pouco menor, o consumo se aqueceu – de fato, alguns indicadores macroeconômicos (desemprego e massa de rendimentos) dão sustentação a esse comportamento.

Cepea

 

CARNES

 

Brasil tem crescimento no número de bovinos e galináceos, mas queda de suínos

Em 2023, também houve aumento da produção de leite e de ovos de galinha para níveis recordes

 

Valor de produção gerado pela pecuária avançou 4,5% em 2023, para R$ 112,3 bilhões. O ano de 2023 foi de crescimento no efetivo de bovinos e de galináceos, mas queda no total de suínos. Além disso, houve aumento da produção deleite e de ovos de galinha para níveis recordes. Esses são alguns dos destaques da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (19/9). O rebanho bovino subiu 1,6% em 2023, ante 2022, e atingiu novo recorde, de 238,6 milhões de cabeças. É o maior patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 1974. O ritmo de expansão, no entanto, desacelerou, o que reflete a reversão da tendência de retenção de fêmeas para reprodução nos últimos anos, segundo a supervisora e consequente venda de bezerros e/ou aumento de rebanho tem mostrado arrefecimento, segundo a supervisora da pesquisa, Mariana Oliveira. Números da pecuária em 2023. Efetivos: Galináceos: 1,6 bilhão de aves. Galinhas: 263,5 milhões de aves. Bovinos: 238,6 milhões de cabeças. Suínos: 43 milhões de cabeças. Ovinos: 21,8 milhões de cabeças. Codornas: 15,3 milhões de cabeças. Caprinos: 12,9 milhões de cabeças. Equinos: 5,8 milhões de cabeças. Matrizes de suínos: 5 milhões de cabeças. Bubalinos: 1,7 milhão de cabeças. No rebanho de galináceos, a alta foi de 0,6% em 2023, para 1,6 bilhão. Desse total, 263,5 milhões, 16,7%, são de galinhas. O efetivo de suínos, por sua vez, caiu 3,1% em 2023 frente a 2022, totalizando 43 milhões de animais. O número de matrizes de suínos manteve-se estável em 5 milhões de matrizes. “O ano de 2023 foi marcado pelo fenômeno La Niña, que teve como consequência estiagem no sul do país, ao mesmo tempo em que provocou clima bem favorável no Norte e no Nordeste”, afirma Mariana Oliveira.

Globo Rural

 

SUÍNOS

 

Estabilidade nas cotações no mercado de suínos na quinta-feira (19)

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média.

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (18), houve queda somente em Minas Gerais, na ordem de 0,11%, chegando a R$ 8,96/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 8,50/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,13/kg), Santa Catarina (R$ 8,46/kg), e São Paulo (R$ 8,95/kg). As principais bolsas de suínos realizadas nesta quinta-feira (19) mantiveram preços estáveis, o que foi considerado positivo por lideranças do setor, uma vez que a tendência tradicional com a proximidade com o final de mês é de queda, e não é o que se vê no momento. 

Cepea/Esalq

 

Suinocultura independente: preços estáveis na quinta-feira (19)

Em São Paulo, o preço ficou estável pela quinta semana consecutiva em R$ 9,07/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) 

 

No mercado mineiro, o preço ficou estável pela quinta semana consecutiva, valendo R$ 9,00/kg vivo pela quarta semana consecutiva, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal ficou estável em R$ 8,57/kg vivo. No Paraná, entre os dias entre os dias 05/09/2024 a 11/09/2024, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 6,06%, fechando a semana em R$ 8,70/kg vivo.

Agrolink

 

Suínos/Cepea: Competitividade da carne sobe frente ao boi, mas cai em relação ao frango

Os preços médios das carnes suína, de frango e de boi vêm registrando altas no mercado atacadista da Grande São Paulo neste mês de setembro

 

Pesquisadores do Cepea indicam que os avanços nos valores da carne suína, no entanto, se destacam em relação aos do frango, mas ficam abaixo dos observados para a bovina. Diante desse contexto, de agosto para setembro, a competividade da carne suína tem crescido frente à bovina, mas diminuído em relação à avícola. 

Cepea

 

FRANGOS

 

Frango: quarta-feira (19) de preços estáveis

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,30%, fechando, em média, R$ 6,70/kg.

 

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (18), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,35/kg e R$ 7,52/kg.

Cepea/Esalq

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,2 trilhão em agosto

Os principais produtos que puxaram o resultado do VBP foram soja, milho, cana-de-açúcar, bovinos e frango. Paraná participa com 11,3%

 

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária em agosto deste ano alcançou R$ 1,2 trilhão, segundo dados da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Desse total, R$ 391,6 bilhões referem-se à produção pecuária (32,6%) e R$ 809,1 bilhões à produção das lavouras (67,4%). Entre os principais produtos agrícolas, destacam-se a soja (23,5%), o milho (10,1%), a cana-de-açúcar (9,9%) e o café (5,9%). No setor pecuário, os bovinos (12%), frango (8,3%), leite (5,3%) e suínos (4,9%) tiveram maior destaque. O valor registrado em agosto presenta estabilidade em relação ao ano anterior, com uma leve variação positiva de 0,1%. No recorte específico, o VBP das lavouras apresentou uma queda de 3,2%, puxada pela redução no VBP do milho (-16,6%) e da soja (-17,4%), ambos impactados por quebras de safra e queda nos preços. Em contrapartida, o VBP da pecuária cresceu 7,7% em relação a 2023, impulsionado principalmente pelo aumento de 68,9% no setor de suínos. A região Centro-Oeste ocupa a primeira posição em participação no VBP, com 28,6%, seguida pela região Sudeste, com 28,4%. Entre os estados, Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, lidera com 13,9%, seguido por São Paulo (13,3%), com participação significativa da cana-de-açúcar, Minas Gerais (11,4%), destaque na produção de café, e Paraná (11,3%), o segundo maior produtor de grãos do Brasil. O estudo traz dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/Esalq/USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Valor Bruto da Produção detalha o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais e leva em consideração os volumes de produção agrícola e pecuária e, a média dos preços recebidos pelos produtores.

MAPA

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai pela 7ª sessão após Fed cortar juros e Copom subir

O dólar à vista completou na quinta-feira a sétima sessão consecutiva de baixa, se reaproximando dos 5,40 reais, com as cotações reagindo às decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos na véspera, favoráveis à atração de recursos para o mercado doméstico

 

O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,71%, cotado a 5,4213 reais. Nos últimos sete dias úteis, a moeda norte-americana acumulou queda de 4,14%. Às 17h26, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,49%, a 5,4360 reais na venda. Na tarde de quarta-feira o real já havia sido favorecido pela decisão do Fed, que cortou sua taxa de juros em 50 pontos-base. A redução estava em grande parte precificada nos mercados globais, mas ainda assim surpreendeu uma parcela dos agentes, que esperava por corte de apenas 25 pontos-base. O movimento do Fed fez o dólar perder força em todo o mundo na véspera, inclusive no Brasil. Este cenário foi reforçado na noite de quarta-feira, com os mercados já fechados, pela decisão sobre juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O colegiado elevou a taxa básica Selic em 25 pontos-base, para 10,75% ao ano, como vinha precificando a curva de juros brasileira. No comunicado da decisão, o Copom adotou um discurso hawkish (duro com a inflação), reforçando os riscos inflacionários e a intenção de buscar a meta de 3%. Uma Selic mais elevada no Brasil, a 10,75%, somada aos juros mais baixos nos EUA, na faixa de 4,75% a 5,00%, significa na prática um diferencial de juros ainda mais favorável ao mercado brasileiro. Com isso, o dólar à vista despencou ante o real na abertura dos negócios nesta quinta-feira. Às 9h11 o dólar à vista foi cotado na mínima de 5,3943 reais (-1,21%). “Os 50 pontos-base (de alta) do Fed estavam praticamente dados, mas o cenário para o câmbio melhorou ainda mais no fim do dia, com o BC aumentando nossa taxa de juros”, comentou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

Reuters

 

Ibovespa descola de NY e fecha em queda

O Ibovespa fechou com um declínio discreto na quinta-feira, descolado de Wall Street, com Brava Energia despencando cerca de 9% após estimar o retorno da produção do campo de Papa Terra para o começo de dezembro, enquanto Vale avançou mais de 1%, sendo um contrapeso relevante

 

Investidores continuaram repercutindo eventos da véspera, quando o Federal Reserve cortou os juros nos Estados Unidos pela primeira vez em mais de quatro anos, em 0,5 ponto percentual, e o Banco Central elevou a Selic para 10,75% ao ano. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,34%, a 133.294,89 pontos, após avançar a 134.758,76 pontos na máxima e ceder a 133.174,91 pontos na mínima do dia, com as operações também afetadas negativamente pela alta na curva de juros doméstica. O volume financeiro somava 20,11 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

 

Arrecadação federal cresce 11,95% em agosto e bate recorde para o mês, mostra Receita

A arrecadação do governo federal teve alta real de 11,95% em agosto sobre o mesmo mês do ano anterior, somando 201,622 bilhões de reais, no melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 1995, informou a Receita Federal na quinta-feira

 

No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação foi de 1,731 trilhão de reais, 9,47% acima do registrado nos primeiros oito meses de 2023, já descontada a correção pela inflação. O dado também representa um recorde para o período. Em agosto, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 12,06% em valor ajustado pela inflação frente a um ano antes, a 195,120 bilhões de reais. No período de janeiro a agosto de 2024, o ganho foi de 9,41%, totalizando 1,645 trilhão de reais. Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, avançaram 8,50% em agosto frente ao mesmo período de 2023, a 6,502 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a agosto, esses recursos tiveram alta real de 10,54%, totalizando 85,933 bilhões de reais. Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês passado foi influenciado pelo comportamento de indicadores macroeconômicos, o retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e o desempenho dos tributos do comércio exterior em função do aumento do volume das importações, as alíquotas médias e a taxa de câmbio. O Fisco também apontou como impulsionadores da arrecadação ganhos com Imposto de Renda sobre ganhos de capital por conta da boa rentabilidade das aplicações de renda fixa. O resultado do mês ainda contou com um impacto positivo que reflete mudança de calendário com a calamidade no Rio Grande do Sul. Isso porque parte dos tributos adiados em maio, durante a crise provocada pelas enchentes no Estado, foi paga em agosto, o que gerou um incremento extraordinário de 3,6 bilhões de reais nas contas do mês passado. Entre os destaques de agosto no recorte por tributo, a arrecadação de PIS/Pasep e Cofins registrou crescimento real de 19,93%, a 45,676 bilhões de reais. Também houve alta real na receita previdenciária em 6,99%, a 54,700 bilhões de reais. Na divisão por setores, o comércio atacadista teve forte alta real em agosto ante o mesmo mês de 2023, de 25,7%, com ampliação dos negócios para varejistas que se preparam para as celebrações de fim de ano. Também foram registrados ganhos no setor financeiro e na indústria automotiva. "Desde o início do ano seguimos em trajetória de crescimento bastante acentuado na arrecadação", disse o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, citando também medidas que incrementaram as receitas, como a taxação de fundos de investimento exclusivos e offshore. Os dados positivos ajudam na busca pelo déficit zero pela equipe econômica, que anuncia na sexta-feira novas projeções para a trajetória fiscal deste ano, com avaliação sobre eventual necessidade de congelar verbas de ministérios para respeitar os limites do arcabouço.

Reuters

 

Receitas das exportações do agronegócio caíram 9,5% em agosto

Houve retração da quantidade embarcada e dos preços dos produtos enviados ao exterior

 

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 14,1 bilhões em agosto deste ano, valor 9,5% menor que os US$ 15,6 bilhões exportados no mesmo mês do ano passado. Houve redução da quantidade embarcada (-7,4%) e retração nos preços dos produtos enviados ao exterior (-2,3%) em relação a julho, segundo a secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. Uma das quedas mais fortes foi nas exportações de milho (-35,2%), que caíram de 9,36 milhões de toneladas em agosto de 2023 para 6,06 milhões no mês passado, reflexo da safra menor do cereal em 2023/24. A soma das exportações de grãos diminuiu de 18,14 milhões de toneladas em agosto de 2023 para 14,43 milhões de toneladas em agosto de 2024. Parte dessa retração foi compensada pela expansão das vendas externas de açúcar, que aumentaram em 347,96 mil toneladas, e de carne bovina in natura, com incremento de 32,2 mil toneladas no período. Os preços dos produtos embarcados caíram 8,6% na comparação com agosto de 2023. Os principais produtos exportados no mês passado foram do complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, cereais, farinhas e preparações e produtos florestais. Em agosto de 2024, o valor exportado de produtos do complexo soja foi US$ 4,47 bilhões. A China é o principal cliente, com 73,7% do volume importado no mês ou 5,9 milhões de toneladas. Os chineses também são os principais importadores de algumas das carnes brasileiras. As vendas externas das proteínas animais subiram 5,6%, de US$ 2,05 bilhões em agosto de 2023 para US$ 2,17 bilhões em agosto de 2024. Na carne bovina, o volume foi recorde: 245,36 mil toneladas, alta de 15,7%. As exportações de carne suína aumentaram 9,2%, para US$ 273,95 milhões, com elevação de 4,5% na quantidade exportada (incremento de 4,93 mil toneladas) e no preço médio de exportação. Filipinas, Japão, Chile e Singapura puxaram a alta nas vendas. O volume exportado de açúcar também foi recorde, com 3,92 milhões de toneladas em agosto de 2024 — equivalente a US$ 1,79 bilhão. “O Brasil tem se destacado no cenário internacional graças ao retorno das boas relações comerciais do governo brasileiro com o mundo. Produtos de qualidade e o rigoroso controle sanitário tem sido o nosso diferencial, sem dúvida”, afirmou, em nota, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério, Roberto Perosa.

As importações brasileiras de produtos agropecuários subiram 8,4%, de US$ 1,46 bilhão em agosto de 2023 para US$ 1,59 bilhão em agosto de 2024 (+8,4%). Houve aumento de 15,4% na compra de fertilizantes (US$ 1,57 bilhão) e queda de 27% na de defensivos (US$ 555,98 milhões). No acumulado do ano, as exportações do agronegócio brasileiro registram leve queda, de 0,6%. Entre janeiro e agosto deste ano, o faturamento das vendas externas do setor chegou a US$ 111,76 bilhões contra US$ 112,49 bilhões comercializados no mesmo período do ano passado. Esse valor representou 49,2% de todas as exportações brasileiras entre janeiro e agosto de 2024, 0,9 ponto percentual abaixo do registrado entre janeiro e agosto de 2023 (50,1%). Já as importações somaram US$ 12,83 bilhões nos oito primeiros meses de 2024, com incremento de 14,8% ante o mesmo período de 2023 (US$ 11,17 bilhões), e representou 7,4% das aquisições totais. Segundo o Ministério da Agricultura, o saldo da balança comercial brasileira entre janeiro e agosto foi de US$ 54,08 bilhões, com influência positiva do agronegócio, que registrou superávit de US$ 98,93 bilhões. Os valores não consideram as importações de diversos insumos importados utilizados na agropecuária nacional, como máquinas, equipamentos, defensivos e fertilizantes.

Globo Rural 

 

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